Sebastião Nery A NUVEM. O Q u e F I C O u D O Q u e P a S S O u

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Sebastião Nery A NUVEM. O Q u e F I C O u D O Q u e P a S S O u"

Transcrição

1 Sebastião Nery A NUVEM O Q u e F I C O u D O Q u e P a S S O u

2 NUVENS O QUE FICOU DO QUE PASSOU Copyright 2009 by Sebastião Nery 1ª edição setembro de 2009 Grafia atualizada segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, que entrou em vigor no Brasil em Editor e Publisher Luiz Fernando Emediato Diretora Editorial Fernanda Emediato Capa e Projeto Gráfico Alan Maia Diagramação Preparação de Texto Revisão DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Nery, Sebastião Nuvens : o que ficou do que passou / Sebastião Nery. -- São Paulo : Geração Editorial, ISBN Abuso de poder - Brasil 2. Brasil - Política e governo 3. Coronelismo - Brasil 4. Corrupção na política - Brasil 5. Impunidade 6. Reportagens investigativas 7. Repórteres e reportagens 8. Sarney, José, I. Título CDD: Índices para catálogo sistemático 1. Loren Ipsun : Loren Ipsun Loren : Loren GERAÇÃO EDITORIAL ADMINISTRAÇÃO E VENDAS Rua Pedra Bonita, 870 CEP: Belo Horizonte MG Telefax: (31) leitura@editoraleitura.com.br EDITORIAL Rua Major Quedinho, º andar CEP: São Paulo SP Tel.: (11) Fax: (11) producao.editorial@terra.com.br Impresso no Brasil Printed in Brazil

3 O passado não é o que passou. É o que fi cou do que passou. Alceu Amoroso Lima

4

5 Éramos onze. Somos seis. Para José, Antonio, Miguel, Fátima, Vivalda, que vieram comigo. Para Beatriz, a nuvem.

6

7 SUMÁRIO 1. O Coronel O Defuntinho Jaguaquara O Integralista O Seminarista amargosa Santa Tereza O amor O Pecado Pedra azul Belo Horizonte O Diário Juscelino a une O vereador O Jornalismo

8 Sebastião Nery 17. moscou O Comunismo O PCB O Jornal da Bahia a Tarde O Jornal da Semana O Deputado O Golpe São Paulo Rio Polítika Portugal espanha Prêmio esso Sibéria Brizola Câmara Grécia Collor Roma Paris O que Ficou do que Passou? Índice Remissivo

9

10 Sebastião Nery 12

11 1 O CORONEL Quando o trem apitou, meu mundo desabou. não vi mais ninguém, mais nada. Olhei a estação, desapareceu. Minha mãe, meus irmãos, parentes e amigos, sumiram todos. Ficou apenas aquele apito longo, sofrido, doído. Do outro lado da linha, nem a casa de meu avô eu via. A Baixa da Lagoa afundou. Queria agarrar-me a uma última lembrança, não sobrou nada. Nem mais um apito. Só um profundo silêncio, lá fora e dentro de mim. A meu lado, um homem chorava devagarinho. Meu pai. Desmontei. Solucei como acordando de um pesadelo. E eu tinha sonhado anos seguidos aquele instante. Finalmente estava voando na minha nuvem, atrás de meu sonho, que não sabia bem qual era, o que era, como era, onde ficava. Só sabia que queria ir, ir. Onze anos, magrinho, sequinho, doentinho, a cabeça enorme, ia enfiar-me o ano inteiro no seminário, acordar às 5 da manhã, tomar banho frio, rezar e estudar o dia todo. Rever minha casa, meu pai, minha mãe, meus irmãos, só no fim do ano. Quem quis ir fui eu. Quem disse que ia fui eu. Agora, era aguentar. Já ouvia o trem rangendo nos trilhos e relembrava a sabedoria de minha mãe: Nunca vou dizer a um filho meu: não vá. Ir nunca fez mal a ninguém. E meu pai me consolando baixinho, segurando minha mão: Quando a gente quer, só tem esse jeito: é fazer. 13

12 Sebastião Nery Pela primeira vez olhei longamente pela janela do trem. E lá estava ela, minha nuvem, bem ali ao meu lado, me acompanhando, me seguindo nas doces serras verdes dos pastos da minha infância. Deitado embaixo da jaqueira, lá na Palmeira, a pequena fazendinha de meus pais onde nasci, sem luz elétrica, sem estrada, passava horas descobrindo animais no céu. As nuvens iam se enovelando, brancas e enormes como elefantes, de repente com cara de boi e logo viravam outros bichos, até que lá vinha um cavalo alado, eu subia nele e voava, voava, sumia no infinito, como aquele trem gemendo nas curvas. Parei de chorar. Já era noite quando chegamos a Amargosa. Minha mala, como na canção de Caetano, também era de couro cru, mas não fedia nem cheirava mal. Estava cheia de naftalina e sabonete Lifebuoy misturados com minhas roupas. Meu pai ia dormir no hotel e voltar no dia seguinte cedo. Me levou até a casa (palácio) do bispo. Tudo apagado, em silêncio. Batemos uma vez, duas, apareceu uma mulher, que me olhou espantada, com visível surpresa, como se eu fosse um intruso: Por que você já veio hoje? O Padre Flamarion me disse que era para vir no dia 2 de fevereiro. Não é 2. É 12. Seus colegas só vão começar a chegar daqui a alguns uns dias. Vou falar com o Florêncio (o bispo). E sumiu. Demorou, demorou, eu já meio desesperado, quando apareceu o bispo, de rosto bom, sereno, cabelos grisalhos, que já tinha visto numa missão dele na minha terra: Seu Lindolpho, houve um engano. O Padre se confundiu. O seminário vai começar dia 12. Já que ele está aqui, pode ficar logo, mas sozinho, porque só estamos aqui eu e minha irmã. Meu pai ficou com pena de mim: Dom Florêncio, se o senhor quiser, nós voltamos e dia 12 estaremos aqui de novo. Abracei meu pai como se fosse na porta de um cemitério: Eu fico logo, papai. Pode ir. Aquele homem valente, que montava em cavalo brabo para amansar e não caía, pegou meu rosto, deu um beijo e chorou. Quase me desmanchei. Mas em nenhum instante pensei em voltar. A nuvem me levou, ela é que sabia o que ia fazer comigo. 14

13 a nuvem Olhei para trás, meu pai tinha desaparecido na curva da rua. Peguei a mala, entrei com o bispo. Numa sala grande, chamou a irmã, dona Tina, a surpreendida, pediu que mandasse a empregada providenciar um café com pão e começou a conversar comigo como se meus 11 anos fossem três vezes mais: Pode ser um sinal de Deus que o primeiro aluno a chegar seja logo você. Esta casa, que é o palácio do bispo, foi doada à diocese pelo seu tioavô, o coronel José Augusto Vaz Sampaio, irmão de sua avó Generosa, mãe de sua mãe. Já morreu. Era um bom cristão, como é a sua família, que é toda daqui de Amargosa e conheço bem. Você vai dormir no quarto grande, que era o dele e que foi também da mãe dele, dona Beatriz. Quase disse: Pelo amor de Deus, lá não! Fiquei todo arrepiado, mas não podia contar ao bispo, na chegada, as doidas e fascinantes histórias que eu sabia do coronel, tio e padrinho de minha mãe, a quem acabei devendo o Augusto de meu nome. Fui me deitar logo, porque a luz da cidade apagava cedo. E apagou. Quase não consegui dormir. No escuro, comecei a ver as pernas dela rolando roliças e brancas pelas gretas do telhado. Era uma história macabra. Dona Beatriz era uma índia alta, bonita, pegada a laço, como contava meu avô, genro dela. Batizada, foi dada para casar a um jovem português, Antão Vaz Sampaio. Tiveram filhas e só um filho, o coronel José Augusto, fazendeiro, chefe político poderoso na região, pela força do café, intendente (prefeito) de Amargosa várias vezes, deputado. Em 1975, em Portugal, escrevendo meu livro Portugal, um Salto no Escuro sobre a Revolução dos Cravos (Editora Francisco Alves, Rio), encontrei um vinho tinto, bom, no Alentejo, chamado Antão Vaz. Seria da família do bisavô? Morreu o marido Antão, dona Beatriz foi morar com o filho. No dia em que ela morreu, exatamente naquele quarto grande onde eu estava, o coronel mandou fazer o caixão em Nazaré das Farinhas, cidade próxima, porque era lá que se faziam caixões bons. Mas só chegava no dia seguinte, no trem. Velório à noite toda, com o corpo estendido na cama, naquela mesma cama que me deram para dormir. Quando o caixão chegou, de manhã, o desespero: não cabia. O caixão era pequeno demais para ela, que era alta. 15

14 Sebastião Nery E não havia tempo de providenciar outro. O enterro já estava passando da hora. A cidade quase toda na casa, na rua, esperando para acompanhar. O coronel disse às irmãs que a decisão tinha que ser dele. Pediu para saírem do quarto, pegou uma machadinha, cortou as pernas da mãe, dobrou, pôs o corpo no caixão, com ele as pernas cortadas, fechou o caixão. Abriu a porta, mandou o enterro sair. E eu ali, onze anos, tentando dormir na cama da minha linda bisavó de nome bonito e pernas cortadas. Não conseguia. Olhava o teto, via aquele balé de pernas girando no ar. E chorava de medo, no silêncio fúnebre do palácio de um bispo e sua irmã. De manhã, no café, no canto da mesa, meus olhos inchados, dona Tina olhou, assustada para mim e disse ao irmão: Florêncio, manda esse menino de volta. Olha a cara dele. Está com olhos de louco. Vai ter uma coisa aqui e somos os responsáveis. Não é nada disso, Tina. Conheço a família toda. Ele está é com saudade de casa. A Sisínia (prima dele e minha professora) me disse que é um menino bom e inteligente, melhor aluno dela. E o bispo me deu para ler uma vida de São Francisco de Assis. Não adiantou. São Francisco falava aos pássaros e aos peixes, todos vivos. Não entendia de pernas mortas. O coronel foi o primeiro herói de minha infância. Minha mãe, sobrinha e afilhada querida, adorava-o. Minha avó, irmã, também. As histórias dele corriam pela família e pela região. Católico, piedoso, era um racista do cão. Em um domingo, chovia muito e ele, com seu guarda-chuva, saía de casa, na rua do Ribeirão (Rua Dr. José Gonçalves, que emancipou o município, hoje governador Lomanto Júnior, que nem de lá é), para a missa na igreja. Atravessando a rua, também com um guarda-chuva, vinha um negro. Ele jogou o guardachuva no chão e protestou: Homem já não pode mais nem usar guarda-chuva. Chegou à igreja todo molhado, teve pneumonia, quase morre. De quando em vez, o coronel pegava o trem, magrinho, elegante, com seu indefectível chapéu, terno escuro, colete, gravata preta, polainas, bengala, e ia a Jaguaquara visitar minha avó, sua irmã Generosa, e meu avô 16

15 a nuvem Joaquim José de Souza, que moravam na fazenda Casca, a cinco quilômetros da cidade. Desceu do trem, chovia, pegou o único carro de praça que havia na cidade, do Aurelino Moscoso (viveu quase cem anos): Vamos para a casa do Joaquim José. E não disse mais nada. A cancela da fazenda ficava a 500 metros da sede, um casarão cheio de salas, quartos e despensas. O motorista parou na chuva, abriu a cancela. O coronel já estava fora do carro, sem guarda-chuva, com o dinheiro na mão: Quanto foi a corrida? O que é isso, coronel? Está chovendo. Levo o senhor lá. Já viu chofer chegar perto de casa de família? E fez o meio quilômetro na chuva. Todo molhado. E era muito católico e piedoso. Imaginem se não fosse. Sábado de manhã, vestido como sempre, chapéu, gravata, colete, polainas, bengala, ia bem cedo para a feira. Apontava as mercadorias com a ponta da bengala: Quanto é que está a banana? Tanto, coronel. Muito cara. Você está roubando. O preço é esse. E dizia. Batia a bengala em cima das bananas e saía. Ninguém aumentava um tostão do que ele falava. Era o Procon da cidade. Ia a outro feirante: Quanto está a farinha? Tanto, coronel. Barata demais, seu besta. Assim você quebra. A mandioca está cara. O preço é esse. E dizia. Produto por produto, em cada feira o preço era o dele. Conheci alguns filhos: seu Américo, dona Mira, primos de minha mãe. Moravam ao lado do seminário, aonde eu ia tomar café e comer bolos e doces muitos domingos de tarde e ouvir mais histórias. Um dia, ele teve um aborrecimento com as filhas, desapareceu. Mais de um mês sem dar notícia. Procuraram em toda parte, na Bahia (Salvador era a Bahia), no Rio. Nada. Até que chegou pelo correio uma carta de Roma. Um pequeno bilhete. Li na época, só lembro o principal. Curto, enxuto, um primor de texto e sabedoria. O coronel era um craque. Escre- 17

16 Sebastião Nery via como um experiente jornalista. Uma lição de redação. Mais ou menos assim: Meninas, minha zanga já terminou. Está na hora de voltar. Peguei um vapor na Bahia, passei pelo Rio, saltei em Gênova, vim para Roma. É a Bahia com o Papa. De Roma fui de trem a Paris. É o Rio sem mar. De Paris, para Berlim. É São Paulo com mais fábrica. Como vocês veem, o mundo é todo a mesma merda. a) A bênção de seu Pai. Três noites terríveis passei na cama dele, imaginando seu vulto miúdo rondando os corredores escuros daquela casa enorme, que ele deu para palácio do bispo. Mas sobretudo vendo as pernas decepadas da mãe dele entrando pelas gretas do telhado. E meus colegas começaram a chegar. Mudei de quarto. Saí do açouge da bisavó. Estava salvo. De medo ninguém morre. 18

17 2 O DEFUNTINHO Tia Bela, irmã mais velha de minha mãe, alta, grandona, inteligente, sempre vestida até os pés, desenrolou o manto em que a criancinha estava embrulhada, viu o corpo todo à mostra, por fora e por dentro, coração, pulmão, intestinos, tudo se vendo, abriu-lhe os olhinhos com os dedos grossos e desistiu: Elvira, você fez a promessa, vá pagar. Vá visitar os presépios e deixe esse defuntinho comigo. Quando você voltar, a gente enterra. É o segundo seu que Deus vai levar. Ficam os outros. Nada disso, Bela. Vou ver os presépios com meu filho. Quando voltar, vou levar para doutor Campos ver. E ele vai ficar bom. Eu o entreguei à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e a São Sebastião. O defuntinho era eu. Mal nasci, logo adoeci. Naquele 8 de março de 1932, uma terça-feira, onze da noite, estava quente na casinha toda branca, cercada de flores, frutas e um quintal de café, na pequena fazendinha de 49 hectares, a Palmeira, em Jaguaquara, na Bahia, 800 metros de altura, uma Suíça baiana, onde já haviam nascido três dos meus quatro irmãos mais velhos. O primeiro, José Augusto, morreu logo no primeiro ano. Onze da noite, o candeeiro aceso a um canto, meu pai nervoso lá fora, minha mãe viu que eu estava inteirinho, pediu à parteira, Tia Chica, que abrisse a janela para entrar ar. Um galho de café, todo de bagos 19

18 Sebastião Nery vermelhos, entrou para dentro do quarto. Muitos anos depois, ela me viu escrevendo uma pequena história do café para o IBC (Instituto Brasileiro do Café) e me disse: Meu filho, haja o que houver, nunca fale mal do café. Foi a primeira saudação que você recebeu quando nasceu. Comecei a mamar e a pipocar minha pele fina e branquinha. A cabeça grande, os cabelos claros e eu magrinho, magrinho. Parecia um alfinete. Minha madrinha, Tia Viva não creio que uma madrinha tenha amado um afilhado mais do que ela me amou irmã mais nova de minha mãe, saiu da casa de meu avô e veio ajudar a cuidar de mim. E ficou anos seguidos, até nos mudarmos para a cidade, sete anos depois. E eu piorando, piorando. Meu pai foi à cidade, conversou com doutor Campos, que receitou uns remédios. Eu tomava e mamava, mamava, mas não melhorava. Era preciso registrar e batizar logo, para não morrer sem nome e pagão. Como todo sábado, meu pai montou no seu melhor cavalo para ir à cidade, Jaguaquara, a seis quilômetros, fazer a feira. Minha mãe recomendou: Registre logo os meninos, José, Braz, Antonio, Sebastião. E não esqueça que assim como o primeiro (o que morreu), o José também será Augusto, José Augusto, como meu padrinho (o coronel). No meio do caminho, meu pai se baralhou. Já não lembrava bem qual dos quatro teria o Augusto no nome. Resolveu rápido. Chegou ao cartório, registrou os quatro com o Augusto: José Augusto, Braz Augusto, Antônio Augusto, Sebastião Augusto. Os dois que vieram depois, Miguel e Gabriel, não tiveram o Augusto. Em 1946, aos 18 anos, esse meu irmão José Augusto foi fazer o alistamento militar e descobriu que não existia. No cartório da cidade não havia nada sobre ele. Como já tinha havido o primeiro José Augusto, o irmão mais velho nascido em fevereiro de 1926, que morreu com um ano, o tabelião que atendeu meu pai decidiu que não era preciso registrar outro José Augusto. Bastava o segundo herdar o nome e o registro do primeiro, ficando o morto como se vivo fosse. E meu irmão só foi afinal registrado, com a idade certa dele, aos 18 anos, em E mais uma vez sofreu a velha, multissecular e portuguesa ditadura dos cartórios. A escrevente lhe disse que ia sair uma lei acabando com o K, o W e o Y. E por isso ela ia mudar logo o nome dele e registrá-lo como Neri, com I e não mais com Y. E ficou ele sem o Y e com o Neri com I. 20

19 a nuvem Agora, em 2009, 63 anos depois, o novo Acordo Ortográfico Brasil- Portugal lhe devolveu o Y. O meu nunca deixei tomarem. Chegou o Natal de 1932, fomos para a casa de meus avós. Fui batizado e minha mãe fez a promessa de visitar todos os presépios comigo. Tia Bela não acreditava mais no defuntinho. Minha mãe ainda estava visitando os presépios, meu pai foi falar com doutor Campos, pegou outra receita, passou na farmácia do doutor Guilhermino, Guilherme Silva Filho, farmacêutico e advogado, filho do fundador de minha cidade e casado com uma parenta de minha mãe. Doutor Guilhermino fez um interrogatório: Lindolpho, a Elvira continua forte como sempre foi, comendo tudo, carne de boi, carne de porco, feijoadas, caças? Sim. Come tudo que tem na fazenda. E ela tem leite à vontade. O menino mama muito. Pois é ela que está fazendo mal a esse menino. É o leite dela, muito gordo. Diga a ela para cortar tudo, toda a alimentação dela, inclusive leite, e só comer frutas e mingaus muito leves. Daqui a um mês volte aqui e vocês vão ver esse menino melhor. Em um mês, não havia mais o defuntinho. Eu estava bom. Ainda apareciam pequenas brotoejas no corpo, mas sumiram logo. Doutor Guilhermino, meu salvador, além de outros filhos e filhas, é o pai do saudoso Book, técnico e campeão olímpico de remo do Flamengo, e do Raimundo Eirado, presidente da UNE (58 a 60). Trinta anos depois, morávamos no mesmo edifício, na Alameda Capimirim, na Graça, em Salvador. Três andares, três apartamentos: Doutor Guilhermino, subsecretário de segurança do governo Juracy Magalhães, em cima o doutor Vilas Boas Machado no térreo e eu no meio. Um dia, doutor Vilas Boas morreu de repente. Semanas depois, Doutor Guilhermino morreu também de repente. Depois do enterro, à tarde, volto para casa, arrasado, e vejo pregada na minha porta, com cola escolar, uma folha de papel pautado com letra infantil e esta profecia genial: U ôto é tu. O canalha do menino malvado do prédio não acertou. O milagre do Doutor Guilhermino fez meus pais e minha madrinha me criarem cheio de cuidados. Continuava magrinho, mas bem. Só não 21

20 Sebastião Nery podia viver a vida da roça, andar nos pastos, no mato, como meus irmãos. Até os três anos fui um prisioneiro. Não podia dar um passo fora de casa. Só até a calçada. Minha primeira grande alegria foi o dia em que fiz três anos. Lembro perfeitamente: meu pai trouxe da cidade um chinelo bonito para eu começar a sair de dentro de casa, e uma pedra, uma lousa com giz, para aprender a escrever. Em pouco tempo, não havia árvore que resistisse a mim. Subia em mangueira, jaqueira, pé de ameixa, cavalo e boi. Aos cinco anos meu avô me deu um carneiro selado. Virei um marajá. Quem nunca viveu não pode imaginar o que é viver no escuro: escorpiões, cobras, aranhas caranguejeiras. O perigo rondava dia e noite. O medo, permanente. Na roça, a noite descia como um túmulo. Havia barulhos estranhos, morcegos viravam onças imensas. Era dormir cedo até a luz voltar. O sol era Deus. Minha mãe estava grávida de meu quarto irmão, Antônio. Passeava numa das fazendas de meu avô, a Bonina, e ele nasceu de sete meses. Tão pequeno, que puseram numa caixa de sapatos, todo envolto em algodão. Numa manhã, amanheceu roxo. Um escorpião tinha dividido a caixa com ele, mordido a perna e continuado lá no macio do algodão. Salvou-se por milagre. Durante semanas dormiu entre os seios quentes e gordos de Tia Bela, sua madrinha, aquela que me chamou de defuntinho. E ficou morando com meu avô. É o mais alto e forte da família. Deve ser vitamina de escorpião, misturada com cobra. Ainda muito criança, estava sentado nos degraus da cozinha da fazenda de meu avô, sentiu uma dor terrível e uma coisa pendurada na perna. Uma jararaca o mordeu tão forte, que não largou. Foi cortada a facão. Um final de tarde, sábado, meu pai ainda na feira, na cidade, minha mãe sozinha em casa conosco, um gato negro, gordo, enorme e manso, que criávamos, começou a uivar como um desesperado, dentro do nosso quarto, o dos meninos. José, o irmão mais velho, abriu a porta para ver o que era. A um canto, os olhos esbugalhados, faiscando, apavorantes, o gato deu um salto em cima dele. Fechou a porta a tempo. O gato havia enlouquecido. A casa era de telha, não tinha forro. O gato podia saltar para onde quisesse. Minha mãe chorava. 22

21 a nuvem Mandamos chamar Seu Neco, velho morador da fazenda e amigo nosso, que morava perto. Pegou um pedaço de pau, abriu a porta, o gato pulava em cima dele, com miados infernais, ele batia com o pau, mas não acertava uma, o gato desviava no ar. A noite chegou e com ela o pânico. Só se ouvia o uivo histérico do gato, como um lobo doido. Felizmente meu pai chegou e apanhou a espingarda, acostumado a matar gavião voando ou paca correndo no mato. O gato continuava acuado lá no canto do quarto. Minha mãe segurava um candeeiro, meu pai entrou, errou o primeiro tiro. O gato pulava e voltava. Errou o segundo, o gato pulava e voltava. No terceiro, acertou na testa. Era uma vez um gato louco. A casinha tinha duas salas e três quartos. Um de meus pais. Outro, dos cinco meninos. Antônio morava com meu avô. O dos meninos tinha uma cama só, um catre grande. O das três irmãs também com uma cama só. A quarta e última acabara de nascer, ficou no berço no quarto de minha mãe. Dormíamos no escuro, sem candeeiro. De noite, se qualquer um de nós acordava querendo ir ao banheiro, que era um só, chamava e minha mãe respondia na hora: O que é, meu filho, ou minha filha? O candeeiro. Minha mãe se levantava, acendia o candeeiro, ficava esperando no corredor. Voltávamos, ela apagava e ia dormir. Se daí a meia hora um outro chamava, ela respondia sempre ao primeiro chamado. Foi o maior milagre da maternidade que já vi. Para minha mãe, sábia e sofrida, vida era a luz: Criei dez filhos com candeeiro e lamparina. Sei o que é o escuro. Progresso é luz elétrica. Todo o resto vem depois. Até os quatro anos, eu nunca tinha visto luz acesa. Minha mãe me levou à igreja da cidade, na festa da padroeira. De repente, acendem as luzes. Dei um grito e caí sentado no chão. Por isso Deus começou o mundo acendendo a luz. Fiat lux. 23

Em algum lugar de mim

Em algum lugar de mim Em algum lugar de mim (Drama em ato único) Autor: Mailson Soares A - Eu vi um homem... C - Homem? Que homem? A - Um viajante... C - Ele te viu? A - Não, ia muito longe! B - Do que vocês estão falando?

Leia mais

Lembro-me do segredo que ela prometeu me contar. - Olha, eu vou contar, mas é segredo! Não conte para ninguém. Se você contar eu vou ficar de mal.

Lembro-me do segredo que ela prometeu me contar. - Olha, eu vou contar, mas é segredo! Não conte para ninguém. Se você contar eu vou ficar de mal. -...eu nem te conto! - Conta, vai, conta! - Está bem! Mas você promete não contar para mais ninguém? - Prometo. Juro que não conto! Se eu contar quero morrer sequinha na mesma hora... - Não precisa exagerar!

Leia mais

O menino e o pássaro. Rosângela Trajano. Era uma vez um menino que criava um pássaro. Todos os dias ele colocava

O menino e o pássaro. Rosângela Trajano. Era uma vez um menino que criava um pássaro. Todos os dias ele colocava O menino e o pássaro Era uma vez um menino que criava um pássaro. Todos os dias ele colocava comida, água e limpava a gaiola do pássaro. O menino esperava o pássaro cantar enquanto contava histórias para

Leia mais

Arthur de Carvalho Jaldim Rubens de Almeida Oliveira CÃO ESTELAR. EDITORA BPA Biblioteca Popular de Afogados

Arthur de Carvalho Jaldim Rubens de Almeida Oliveira CÃO ESTELAR. EDITORA BPA Biblioteca Popular de Afogados Arthur de Carvalho Jaldim Rubens de Almeida Oliveira O CÃO ESTELAR EDITORA BPA Biblioteca Popular de Afogados Texto e Pesquisa de Imagens Arthur de Carvalho Jaldim e Rubens de Almeida Oliveira O CÃO ESTELAR

Leia mais

A.C. Ilustrações jordana germano

A.C. Ilustrações jordana germano A.C. Ilustrações jordana germano 2013, O autor 2013, Instituto Elo Projeto gráfico, capa, ilustração e diagramação: Jordana Germano C736 Quero-porque-quero!! Autor: Alexandre Compart. Belo Horizonte: Instituto

Leia mais

JOSÉ DE SOUZA CASTRO 1

JOSÉ DE SOUZA CASTRO 1 1 JOSÉ DE SOUZA CASTRO 1 ENTREGADOR DE CARGAS 32 ANOS DE TRABALHO Transportadora Fácil Idade: 53 anos, nascido em Quixadá, Ceará Esposa: Raimunda Cruz de Castro Filhos: Marcílio, Liana e Luciana Durante

Leia mais

A menina que queria visitar a tia

A menina que queria visitar a tia Cenas urbanas A menina que queria visitar a tia A menina, conversando com a jornaleira, na manhã de domingo, tinha o ar desamparado. Revolvia, com nervosismo, um lenço com as pontas amarradas, dentro

Leia mais

Apoio: Patrocínio: Realização:

Apoio: Patrocínio: Realização: 1 Apoio: Patrocínio: Realização: 2 CINDERELA 3 CINDERELA Cinderela era uma moça muito bonita, boa, inteligente e triste. Os pais tinham morrido e ela morava num castelo. A dona do castelo era uma mulher

Leia mais

AS MULHERES DE JACÓ Lição 16

AS MULHERES DE JACÓ Lição 16 AS MULHERES DE JACÓ Lição 16 1 1. Objetivos: Ensinar que Jacó fez trabalho duro para ganhar um prêmio Ensinar que se nós pedirmos ajuda de Deus, Ele vai nos ajudar a trabalhar com determinação para obter

Leia mais

Roteiro para curta-metragem. Nathália da Silva Santos 6º ano Escola Municipalizada Paineira TEMPESTADE NO COPO

Roteiro para curta-metragem. Nathália da Silva Santos 6º ano Escola Municipalizada Paineira TEMPESTADE NO COPO Roteiro para curta-metragem Nathália da Silva Santos 6º ano Escola Municipalizada Paineira TEMPESTADE NO COPO SINOPSE Sérgio e Gusthavo se tornam inimigos depois de um mal entendido entre eles. Sérgio

Leia mais

Atividade: Leitura e interpretação de texto. Português- 8º ano professora: Silvia Zanutto

Atividade: Leitura e interpretação de texto. Português- 8º ano professora: Silvia Zanutto Atividade: Leitura e interpretação de texto Português- 8º ano professora: Silvia Zanutto Orientações: 1- Leia o texto atentamente. Busque o significado das palavras desconhecidas no dicionário. Escreva

Leia mais

Não é o outro que nos

Não é o outro que nos 16º Plano de aula 1-Citação as semana: Não é o outro que nos decepciona, nós que nos decepcionamos por esperar alguma coisa do outro. 2-Meditação da semana: Floresta 3-História da semana: O piquenique

Leia mais

Luís Norberto Pascoal

Luís Norberto Pascoal Viver com felicidade é sucesso com harmonia e humildade. Luís Norberto Pascoal Agradecemos aos parceiros que investem em nosso projeto. ISBN 978-85-7694-131-6 9 788576 941316 Era uma vez um pássaro que

Leia mais

Era uma vez um menino muito pobre chamado João, que vivia com o papai e a

Era uma vez um menino muito pobre chamado João, que vivia com o papai e a João do Medo Era uma vez um menino muito pobre chamado João, que vivia com o papai e a mamãe dele. Um dia, esse menino teve um sonho ruim com um monstro bem feio e, quando ele acordou, não encontrou mais

Leia mais

Os dois foram entrando e ROSE foi contando mais um pouco da história e EDUARDO anotando tudo no caderno.

Os dois foram entrando e ROSE foi contando mais um pouco da história e EDUARDO anotando tudo no caderno. Meu lugar,minha história. Cena 01- Exterior- Na rua /Dia Eduardo desce do ônibus com sua mala. Vai em direção a Rose que está parada. Olá, meu nome é Rose sou a guia o ajudara no seu projeto de história.

Leia mais

Anexo 2.1 - Entrevista G1.1

Anexo 2.1 - Entrevista G1.1 Entrevista G1.1 Entrevistado: E1.1 Idade: Sexo: País de origem: Tempo de permanência 51 anos Masculino Cabo-verde 40 anos em Portugal: Escolaridade: Imigrações prévias : São Tomé (aos 11 anos) Língua materna:

Leia mais

P/1 Seu Ivo, eu queria que o senhor começasse falando seu nome completo, onde o senhor nasceu e a data do seu nascimento.

P/1 Seu Ivo, eu queria que o senhor começasse falando seu nome completo, onde o senhor nasceu e a data do seu nascimento. museudapessoa.net P/1 Seu Ivo, eu queria que o senhor começasse falando seu nome completo, onde o senhor nasceu e a data do seu nascimento. R Eu nasci em Piúma, em primeiro lugar meu nome é Ivo, nasci

Leia mais

1. COMPLETE OS QUADROS COM OS VERBOS IRREGULARES NO PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO E DEPOIS COMPLETE AS FRASES:

1. COMPLETE OS QUADROS COM OS VERBOS IRREGULARES NO PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO E DEPOIS COMPLETE AS FRASES: Atividades gerais: Verbos irregulares no - ver na página 33 as conjugações dos verbos e completar os quadros com os verbos - fazer o exercício 1 Entrega via e-mail: quarta-feira 8 de julho Verbos irregulares

Leia mais

Roteiro para curta-metragem. Aparecida dos Santos Gomes 6º ano Escola Municipalizada Paineira NÃO ERA ASSIM

Roteiro para curta-metragem. Aparecida dos Santos Gomes 6º ano Escola Municipalizada Paineira NÃO ERA ASSIM Roteiro para curta-metragem Aparecida dos Santos Gomes 6º ano Escola Municipalizada Paineira NÃO ERA ASSIM SINOPSE José é viciado em drogas tornando sua mãe infeliz. O vício torna José violento, até que

Leia mais

FIM DE SEMANA. Roteiro de Curta-Metragem de Dayane da Silva de Sousa

FIM DE SEMANA. Roteiro de Curta-Metragem de Dayane da Silva de Sousa FIM DE SEMANA Roteiro de Curta-Metragem de Dayane da Silva de Sousa CENA 1 EXTERIOR / REUNIÃO FAMILIAR (VÍDEOS) LOCUTOR Depois de uma longa semana de serviço, cansaço, demoradas viagens de ônibus lotados...

Leia mais

Eu sempre ouço dizer. Que as cores da pele são diferentes. Outros negros e amarelos. Há outras cores na pele dessa gente

Eu sempre ouço dizer. Que as cores da pele são diferentes. Outros negros e amarelos. Há outras cores na pele dessa gente De todas as cores Eu sempre ouço dizer Que as cores da pele são diferentes Que uns são brancos Outros negros e amarelos Mas na verdade Há outras cores na pele dessa gente Tem gente que fica branca de susto

Leia mais

Era uma vez, numa cidade muito distante, um plantador chamado Pedro. Ele

Era uma vez, numa cidade muito distante, um plantador chamado Pedro. Ele O Plantador e as Sementes Era uma vez, numa cidade muito distante, um plantador chamado Pedro. Ele sabia plantar de tudo: plantava árvores frutíferas, plantava flores, plantava legumes... ele plantava

Leia mais

MEU TIO MATOU UM CARA

MEU TIO MATOU UM CARA MEU TIO MATOU UM CARA M eu tio matou um cara. Pelo menos foi isso que ele disse. Eu estava assistindo televisão, um programa idiota em que umas garotas muito gostosas ficavam dançando. O interfone tocou.

Leia mais

Casa Templária, 9 de novembro de 2011.

Casa Templária, 9 de novembro de 2011. Casa Templária, 9 de novembro de 2011. Mais uma vez estava observando os passarinhos e todos os animais que estão ao redor da Servidora. Aqui onde estou agora é a montanha, não poderia ser outro lugar.

Leia mais

Para gostar de pensar

Para gostar de pensar Rosângela Trajano Para gostar de pensar Volume III - 3º ano Para gostar de pensar (Filosofia para crianças) Volume III 3º ano Para gostar de pensar Filosofia para crianças Volume III 3º ano Projeto editorial

Leia mais

MULHER SOLTEIRA. Marcos O BILAU

MULHER SOLTEIRA. Marcos O BILAU MULHER SOLTEIRA REFRÃO: Ei, quem tá aí Se tem mulher solteira dá um grito que eu quero ouvir Ei, quem tá aí Se tem mulher solteira dá um grito que eu quero ouvir (Essa música foi feita só prás mulheres

Leia mais

Tia Pri Didáticos Educação Cristã PROIBIDA REPRODUÇÃO,CÓPIA OU DISTRIBUIÇÃO POR QUALQUER MEIO tiapri@tiapri.com (47) 3365-4077 www.tiapri.

Tia Pri Didáticos Educação Cristã PROIBIDA REPRODUÇÃO,CÓPIA OU DISTRIBUIÇÃO POR QUALQUER MEIO tiapri@tiapri.com (47) 3365-4077 www.tiapri. Tia Pri Didáticos Educação Cristã PROIBIDA REPRODUÇÃO,CÓPIA OU DISTRIBUIÇÃO POR QUALQUER MEIO tiapri@tiapri.com (47) 3365-4077 www.tiapri.com Página 1 1. HISTÓRIA SUNAMITA 2. TEXTO BÍBLICO II Reis 4 3.

Leia mais

Ernest Hemingway Colinas como elefantes brancos

Ernest Hemingway Colinas como elefantes brancos Ernest Hemingway Colinas como elefantes brancos As colinas do outro lado do vale eram longas e brancas. Deste lado, não havia sombra nem árvores e a estação ficava entre duas linhas de trilhos sob o sol.

Leia mais

RECUPERAÇÃO DE IMAGEM

RECUPERAÇÃO DE IMAGEM RECUPERAÇÃO DE IMAGEM Quero que saibam que os dias que se seguiram não foram fáceis para mim. Porém, quando tornei a sair consciente, expus ao professor tudo o que estava acontecendo comigo, e como eu

Leia mais

1-PORTO SEGURO-BAHIA-BRASIL

1-PORTO SEGURO-BAHIA-BRASIL 1-PORTO SEGURO-BAHIA-BRASIL LUGAR: EUNÁPOLIS(BA) DATA: 05/11/2008 ESTILO: VANEIRÃO TOM: G+ (SOL MAIOR) GRAVADO:16/10/10 PORTO SEGURO BAHIA-BRASIL VOCÊ É O BERÇO DO NOSSO PAIS. PORTO SEGURO BAHIA-BRASIL

Leia mais

Memórias do papai MEMÓRIAS DO PAPAI

Memórias do papai MEMÓRIAS DO PAPAI MEMÓRIAS DO PAPAI 1 2 PREFÁCIO 1 - O PESADELO 2 - A MAMADEIRA 3 - O SHORTS 4 - O IMPROVISO 5 - SOLITÁRIO 6 - A TURMA A 7 - PRIMEIRAS IMPRESSÕES 8 - A TABUADA 9 - O MAU JOGADOR 10 - ARREMESSO DE DANONE

Leia mais

DANIEL EM BABILÔNIA Lição 69. 1. Objetivos: Ensinar que devemos cuidar de nossos corpos e recusar coisas que podem prejudicar nossos corpos

DANIEL EM BABILÔNIA Lição 69. 1. Objetivos: Ensinar que devemos cuidar de nossos corpos e recusar coisas que podem prejudicar nossos corpos DANIEL EM BABILÔNIA Lição 69 1 1. Objetivos: Ensinar que devemos cuidar de nossos corpos e recusar coisas que podem prejudicar nossos corpos 2. Lição Bíblica: Daniel 1-2 (Base bíblica para a história e

Leia mais

1. Substitui as palavras assinaladas pelos sinónimos (ao lado) que consideres mais adequados.

1. Substitui as palavras assinaladas pelos sinónimos (ao lado) que consideres mais adequados. 1. Substitui as palavras assinaladas pelos sinónimos (ao lado) que consideres mais adequados. É bonita a história que acabaste de contar. Vou dar este livro ao Daniel, no dia do seu aniversário. Ele adora

Leia mais

A DIVERSIDADE NA ESCOLA

A DIVERSIDADE NA ESCOLA Tema: A ESCOLA APRENDENDO COM AS DIFERENÇAS. A DIVERSIDADE NA ESCOLA Quando entrei numa escola, na 1ª série, aos 6 anos, tinha uma alegria verdadeira com a visão perfeita, não sabia ler nem escrever, mas

Leia mais

O PATINHO QUE NÃO QUERIA APRENDER A VOAR

O PATINHO QUE NÃO QUERIA APRENDER A VOAR Numa bela manhã, nasceram seis lindos patinhos que encheram de encanto seus pais. Eram amarelinhos e fofinhos. Um dos patinhos recebeu o nome de Taco. Mamãe e papai estavam muito felizes com seus filhotes.

Leia mais

O Coração Sujo. Tuca Estávamos falando sobre... hm, que cheiro é esse? Tuca Parece cheiro de gambá morto afogado no esgoto.

O Coração Sujo. Tuca Estávamos falando sobre... hm, que cheiro é esse? Tuca Parece cheiro de gambá morto afogado no esgoto. O Coração Sujo Personagens - Tuca - Teco - Tatá - Tia Tuca e Tatá estão conversando. Teco chega. Teco Oi, meninas, sobre o que vocês estão falando? Tuca Estávamos falando sobre... hm, que cheiro é esse?

Leia mais

OS AMIGOS NÃO SE COMPRAM

OS AMIGOS NÃO SE COMPRAM OS AMIGOS NÃO SE COMPRAM Era o dia 22 de dezembro. O Natal aproximava-se e o Pai Natal estava muito atarefado a preparar os sacos com os brinquedos. Muito longe dali, em Portugal, um menino chamado João

Leia mais

MALDITO. de Kelly Furlanetto Soares. Peça escritadurante a Oficina Regular do Núcleo de Dramaturgia SESI PR.Teatro Guaíra, no ano de 2012.

MALDITO. de Kelly Furlanetto Soares. Peça escritadurante a Oficina Regular do Núcleo de Dramaturgia SESI PR.Teatro Guaíra, no ano de 2012. MALDITO de Kelly Furlanetto Soares Peça escritadurante a Oficina Regular do Núcleo de Dramaturgia SESI PR.Teatro Guaíra, no ano de 2012. 1 Em uma praça ao lado de uma universidade está sentado um pai a

Leia mais

Estórias de Iracema. Maria Helena Magalhães. Ilustrações de Veridiana Magalhães

Estórias de Iracema. Maria Helena Magalhães. Ilustrações de Veridiana Magalhães Estórias de Iracema Maria Helena Magalhães Ilustrações de Veridiana Magalhães 2 Era domingo e o céu estava mais azul que o azul mais azul que se pode imaginar. O sol de maio deixava o dia ainda mais bonito

Leia mais

9º Plano de aula. 1-Citação as semana: Não aponte um defeito,aponte uma solução. 2-Meditação da semana:

9º Plano de aula. 1-Citação as semana: Não aponte um defeito,aponte uma solução. 2-Meditação da semana: 9º Plano de aula 1-Citação as semana: Não aponte um defeito,aponte uma solução. 2-Meditação da semana: Enraizando e criando raiz (CD-Visualização Criativa faixa 2) 3-História da semana: Persistência X

Leia mais

Sei... Entra, Fredo, vem tomar um copo de suco, comer um biscoito. E você também, Dinho, que está parado aí atrás do muro!

Sei... Entra, Fredo, vem tomar um copo de suco, comer um biscoito. E você também, Dinho, que está parado aí atrás do muro! Capítulo 3 N o meio do caminho tinha uma casa. A casa da Laila, uma menina danada de esperta. Se bem que, de vez em quando, Fredo e Dinho achavam que ela era bastante metida. Essas coisas que acontecem

Leia mais

Mostra Cultural 2015

Mostra Cultural 2015 Mostra Cultural 2015 Colégio Marista João Paulo II Eu e as redes sociais #embuscadealgumascurtidas Uma reflexão sobre a legitimação do eu através das redes sociais. Iago Faria e Julio César V. Autores:

Leia mais

PERTO DE TI AUTOR: SILAS SOUZA MAGALHÃES. Tu és meu salvador. Minha rocha eterna. Tu és minha justiça, ó Deus. Tu és Jesus, amado da Minh alma.

PERTO DE TI AUTOR: SILAS SOUZA MAGALHÃES. Tu és meu salvador. Minha rocha eterna. Tu és minha justiça, ó Deus. Tu és Jesus, amado da Minh alma. PERTO DE TI Tu és meu salvador. Minha rocha eterna. Tu és minha justiça, ó Deus. Tu és Jesus, amado da Minh alma. Jesus! Perto de ti, sou mais e mais. Obedeço a tua voz. Pois eu sei que tu és Senhor, o

Leia mais

Bíblia para crianças. apresenta O ENGANADOR

Bíblia para crianças. apresenta O ENGANADOR Bíblia para crianças apresenta JACÓ O ENGANADOR Escrito por: Edward Hughes Ilustradopor:M. Maillot; Lazarus Adaptado por: M Kerr; Sarah S. Traduzido por: Berenyce Brandão Produzido por: Bible for Children

Leia mais

Material: Uma copia do fundo para escrever a cartinha pra mamãe (quebragelo) Uma copia do cartão para cada criança.

Material: Uma copia do fundo para escrever a cartinha pra mamãe (quebragelo) Uma copia do cartão para cada criança. Radicais Kids Ministério Boa Semente Igreja em células Célula Especial : Dia Das mães Honrando a Mamãe! Principio da lição: Ensinar as crianças a honrar as suas mães. Base bíblica: Ef. 6:1-2 Texto chave:

Leia mais

Três Marias Teatro. Noite (Peça Curta) Autor: Harold Pinter

Três Marias Teatro. Noite (Peça Curta) Autor: Harold Pinter Distribuição digital, não-comercial. 1 Três Marias Teatro Noite (Peça Curta) Autor: Harold Pinter O uso comercial desta obra está sujeito a direitos autorais. Verifique com os detentores dos direitos da

Leia mais

1 o ano Ensino Fundamental Data: / / Revisão de Língua Portuguesa. Nome: ARTE NA CASA

1 o ano Ensino Fundamental Data: / / Revisão de Língua Portuguesa. Nome: ARTE NA CASA 1 o ano Ensino Fundamental Data: / / Revisão de Língua Portuguesa Nome: ARTE NA CASA Certo domingo, meus donos saíram e eu passeava distraidamente no jardim, quando vi que tinham esquecido uma janela aberta.

Leia mais

OITO PASSOS PARA ELIMINAR A ENXAQUECA, RECUPERANDO A AUTOESTIMA

OITO PASSOS PARA ELIMINAR A ENXAQUECA, RECUPERANDO A AUTOESTIMA OITO PASSOS PARA ELIMINAR A ENXAQUECA, RECUPERANDO A AUTOESTIMA OITO PASSOS PARA ELIMINAR A ENXAQUECA, RECUPERANDO A AUTOESTIMA Fátima Borges Silva 1ª Edição 2014 OITO PASSOS PARA ELIMINAR A ENXAQUECA,

Leia mais

Quem tem medo da Fada Azul?

Quem tem medo da Fada Azul? Quem tem medo da Fada Azul? Lino de Albergaria Quem tem medo da Fada Azul? Ilustrações de Andréa Vilela 1ª Edição POD Petrópolis KBR 2015 Edição de Texto Noga Sklar Ilustrações Andréa Vilela Capa KBR

Leia mais

AUTORES E ILUSTRADORES: FELIPE DE ROSSI GUERRA JULIA DE ANGELIS NOGUEIRA VOGES

AUTORES E ILUSTRADORES: FELIPE DE ROSSI GUERRA JULIA DE ANGELIS NOGUEIRA VOGES AUTORES E ILUSTRADORES: FELIPE DE ROSSI GUERRA JULIA DE ANGELIS NOGUEIRA VOGES 1ºC - 2011 APRESENTAÇÃO AO LONGO DESTE SEMESTRE AS CRIANÇAS DO 1º ANO REALIZARAM EM DUPLA UM TRABALHO DE PRODUÇÃO DE TEXTOS

Leia mais

HISTÓRIA DE LINS. - Nossa que cara é essa? Parece que ficou acordada a noite toda? Confessa, ficou no face a noite inteira?

HISTÓRIA DE LINS. - Nossa que cara é essa? Parece que ficou acordada a noite toda? Confessa, ficou no face a noite inteira? HISTÓRIA DE LINS EE PROF.PE. EDUARDO R. de CARVALHO Alunos: Maria Luana Lino da Silva Rafaela Alves de Almeida Estefanny Mayra S. Pereira Agnes K. Bernardes História 1 Unidas Venceremos É a história de

Leia mais

Sinopse I. Idosos Institucionalizados

Sinopse I. Idosos Institucionalizados II 1 Indicadores Entrevistados Sinopse I. Idosos Institucionalizados Privação Até agora temos vivido, a partir de agora não sei Inclui médico, enfermeiro, e tudo o que for preciso de higiene somos nós

Leia mais

"A felicidade consiste em preparar o futuro, pensando no presente e esquecendo o passado se foi triste"

A felicidade consiste em preparar o futuro, pensando no presente e esquecendo o passado se foi triste "A felicidade consiste em preparar o futuro, pensando no presente e esquecendo o passado se foi triste" John Ruskin "O Instituto WCF-Brasil trabalha para promover e defender os direitos das crianças e

Leia mais

Transcriça o da Entrevista

Transcriça o da Entrevista Transcriça o da Entrevista Entrevistadora: Valéria de Assumpção Silva Entrevistada: Ex praticante Clarice Local: Núcleo de Arte Grécia Data: 08.10.2013 Horário: 14h Duração da entrevista: 1h COR PRETA

Leia mais

INTERTÍTULO: DIANA + 1 FADE IN EXT. PRAIA/BEIRA MAR DIA

INTERTÍTULO: DIANA + 1 FADE IN EXT. PRAIA/BEIRA MAR DIA DIANA + 3 INTERTÍTULO: DIANA + 1 FADE IN EXT. PRAIA/BEIRA MAR DIA Pablo, rapaz gordinho, 20 anos, está sentado na areia da praia ao lado de Dino, magrinho, de óculos, 18 anos. Pablo tem um violão no colo.

Leia mais

SAMUEL, O PROFETA Lição 54. 1. Objetivos: Ensinar que Deus quer que nós falemos a verdade, mesmo quando não é fácil.

SAMUEL, O PROFETA Lição 54. 1. Objetivos: Ensinar que Deus quer que nós falemos a verdade, mesmo quando não é fácil. SAMUEL, O PROFETA Lição 54 1 1. Objetivos: Ensinar que Deus quer que nós falemos a verdade, mesmo quando não é fácil. 2. Lição Bíblica: 1 Samuel 1 a 3 (Base bíblica para a história o professor) Versículo

Leia mais

Freelapro. Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo

Freelapro. Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo Palestrante: Pedro Quintanilha Freelapro Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo Quem sou eu? Eu me tornei um freelancer

Leia mais

KIT CÉLULA PARA CRIANÇAS: 28/10/15

KIT CÉLULA PARA CRIANÇAS: 28/10/15 KIT CÉLULA PARA CRIANÇAS: 28/10/15 A mentira não agrada a Deus Principio: Quando mentimos servimos o Diabo o Pai da mentira. Versículo: O caminho para vida é de quem guarda o ensino, mas o que abandona

Leia mais

REGÊNCIA DO ALÉM CONTADOR (VOICE OVER)

REGÊNCIA DO ALÉM CONTADOR (VOICE OVER) REGÊNCIA DO ALÉM FADE IN SEQUÊNCIA # 01: CENA 01: EXT. IMAGENS DA CIDADE DE ARARAS DIA. Imagem do Obelisco da praça central da cidade, da igreja Matriz, Centro Cultural, rodoviária, Lago Municipal e cemitério.

Leia mais

A Cura de Naamã - O Comandante do Exército da Síria

A Cura de Naamã - O Comandante do Exército da Síria A Cura de Naamã - O Comandante do Exército da Síria Samaria: Era a Capital do Reino de Israel O Reino do Norte, era formado pelas 10 tribos de Israel, 10 filhos de Jacó. Samaria ficava a 67 KM de Jerusalém,

Leia mais

Alô, alô. www.bibliotecapedrobandeira.com.br

Alô, alô. www.bibliotecapedrobandeira.com.br Alô, alô Quero falar com o Marcelo. Momento. Alô. Quem é? Marcelo. Escuta aqui. Eu só vou falar uma vez. A Adriana é minha. Vê se tira o bico de cima dela. Adriana? Que Adriana? Não se faça de cretino.

Leia mais

Para início de conversa 9. Família, a Cia. Ltda. 13. Urca, onde moro; Rio, onde vivo 35. Cardápio de lembranças 53

Para início de conversa 9. Família, a Cia. Ltda. 13. Urca, onde moro; Rio, onde vivo 35. Cardápio de lembranças 53 Rio de Janeiro Sumário Para início de conversa 9 Família, a Cia. Ltda. 13 Urca, onde moro; Rio, onde vivo 35 Cardápio de lembranças 53 O que o homem não vê, a mulher sente 75 Relacionamentos: as Cias.

Leia mais

Atividades Lição 5 ESCOLA É LUGAR DE APRENDER

Atividades Lição 5 ESCOLA É LUGAR DE APRENDER Atividades Lição 5 NOME: N º : CLASSE: ESCOLA É LUGAR DE APRENDER 1. CANTE A MÚSICA, IDENTIFICANDO AS PALAVRAS. A PALAVRA PIRULITO APARECE DUAS VEZES. ONDE ESTÃO? PINTE-AS.. PIRULITO QUE BATE BATE PIRULITO

Leia mais

A Sociedade dos Espiões Invisíveis

A Sociedade dos Espiões Invisíveis A Sociedade dos Espiões Invisíveis Tem dias em que tudo o que mais quero é embarcar na minha rede mágica e viajar para bem longe! Talvez, em algum outro lugar, não me sinta tão, tão... diferente! Eu sei

Leia mais

AS VIAGENS ESPETACULARES DE PAULO

AS VIAGENS ESPETACULARES DE PAULO Bíblia para crianças apresenta AS VIAGENS ESPETACULARES DE PAULO Escrito por: Edward Hughes Ilustradopor:Janie Forest Adaptado por: Ruth Klassen O texto bíblico desta história é extraído ou adaptado da

Leia mais

O GATO LATIU. Cleusa Sarzêdas. Edição especial para distribuição gratuita pela Internet, através da Virtualbooks, com autorização da Autora.

O GATO LATIU. Cleusa Sarzêdas. Edição especial para distribuição gratuita pela Internet, através da Virtualbooks, com autorização da Autora. 1 O GATO LATIU Cleusa Sarzêdas Edição especial para distribuição gratuita pela Internet, através da Virtualbooks, com autorização da Autora. A Autora gostaria de receber um e-mail de você com seus comentários

Leia mais

DESENGANO CENA 01 - CASA DA GAROTA - INT. QUARTO DIA

DESENGANO CENA 01 - CASA DA GAROTA - INT. QUARTO DIA DESENGANO FADE IN: CENA 01 - CASA DA GAROTA - INT. QUARTO DIA Celular modelo jovial e colorido, escovas, batons e objetos para prender os cabelos sobre móvel de madeira. A GAROTA tem 19 anos, magra, não

Leia mais

MOISÉS NO MONTE SINAI Lição 37

MOISÉS NO MONTE SINAI Lição 37 MOISÉS NO MONTE SINAI Lição 37 1 1. Objetivos: Ensinar que quando Moisés aproximou-se de Deus, os israelitas estavam com medo. Ensinar que hoje em dia, por causa de Jesus, podemos nos sentir perto de Deus

Leia mais

Um havia um menino diferente dos outros meninos: tinha o olho direito preto, o esquerdo azul e a cabeça pelada. Os vizinhos mangavam dele e gritavam: Ó pelado! Tanto gritaram que ele se acostumou, achou

Leia mais

chuva forte suas filhas não estavam em casa, decidiram chamar moradores vizinhos a ajudar a encontrá-las. Procuraram em cada casa, loja e beco que

chuva forte suas filhas não estavam em casa, decidiram chamar moradores vizinhos a ajudar a encontrá-las. Procuraram em cada casa, loja e beco que As Três Amigas Em 1970, em uma cidade pequena e calma, havia três amigas muito felizes, jovens e bonitas. O povo da cidade as conhecia como um trio de meninas que não se desgrudavam, na escola só tiravam

Leia mais

Mensagem Pr. Mário. Culto da Família Domingo 06 de abril de 2014

Mensagem Pr. Mário. Culto da Família Domingo 06 de abril de 2014 Mensagem Pr. Mário Culto da Família Domingo 06 de abril de 2014 VOCÊ RECONHECE ESTES SÍMBOLOS? E ESTES SÍMBOLOS? E ESTES? A BÍBLIA TAMBÉM TEM SEUS SÍMBOLOS ANTIGO TESTAMENTO NOVO TESTAMENTO AO LONGO DA

Leia mais

Caridade quaresmal. Oração Avé Maria. Anjinho da Guarda. S. João Bosco Rogai por nós. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Bom dia a todos!

Caridade quaresmal. Oração Avé Maria. Anjinho da Guarda. S. João Bosco Rogai por nós. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Bom dia a todos! 2ª feira, 09 de março: Dar esmola Esta semana iremos tentar aprender a dar. A dar aos que mais precisam. E vamos ver que Dar é BRU TAL!!!! Um dia, uma mulher vestida de trapos velhos percorria as ruas

Leia mais

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br A U A UL LA O céu Atenção Aquela semana tinha sido uma trabalheira! Na gráfica em que Júlio ganhava a vida como encadernador, as coisas iam bem e nunca faltava serviço. Ele gostava do trabalho, mas ficava

Leia mais

O passageiro. 1.Edição. Edição do Autor

O passageiro. 1.Edição. Edição do Autor 1 1.Edição Edição do Autor 2012 2 3 Jonas de Paula Introdução Esse conto relata um mal entendido que poderia acontecer com qualquer pessoa em qualquer lugar, tem haver com a questão da globalização e seu

Leia mais

mundo. A gente não é contra branco. Somos aliados, queremos um mundo melhor para todo mundo. A gente está sentindo muito aqui.

mundo. A gente não é contra branco. Somos aliados, queremos um mundo melhor para todo mundo. A gente está sentindo muito aqui. Em 22 de maio de 2014 eu, Rebeca Campos Ferreira, Perita em Antropologia do Ministério Público Federal, estive na Penitenciária de Médio Porte Pandinha, em Porto Velho RO, com os indígenas Gilson Tenharim,

Leia mais

O mar de Copacabana estava estranhamente calmo, ao contrário

O mar de Copacabana estava estranhamente calmo, ao contrário epílogo O mar de Copacabana estava estranhamente calmo, ao contrário do rebuliço que batia em seu peito. Quase um ano havia se passado. O verão começava novamente hoje, ao pôr do sol, mas Line sabia que,

Leia mais

Fim. Começo. Para nós, o tempo começou a ter um novo sentido.

Fim. Começo. Para nós, o tempo começou a ter um novo sentido. Fim. Começo. Para nós, o tempo começou a ter um novo sentido. Assim que ela entrou, eu era qual um menino, tão alegre. bilhete, eu não estaria aqui. Demorei a vida toda para encontrá-lo. Se não fosse o

Leia mais

1 o ano Ensino Fundamental Data: / / Nome:

1 o ano Ensino Fundamental Data: / / Nome: 1 o ano Ensino Fundamental Data: / / Nome: Leia o texto com ajuda do professor. EU QUERO! EU QUERO! A Júlia é pequenininha, mas quando quer alguma coisa grita mais do que qualquer pessoa grandona. Esta

Leia mais

Jesus contou aos seus discípulos esta parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar.

Jesus contou aos seus discípulos esta parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar. Lc 18.1-8 Jesus contou aos seus discípulos esta parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar. Ele disse: "Em certa cidade havia um juiz que não temia a Deus nem se importava

Leia mais

Afonso levantou-se de um salto, correu para a casa de banho, abriu a tampa da sanita e vomitou mais uma vez. Posso ajudar? perguntou a Maria,

Afonso levantou-se de um salto, correu para a casa de banho, abriu a tampa da sanita e vomitou mais uma vez. Posso ajudar? perguntou a Maria, O Afonso levantou-se de um salto, correu para a casa de banho, abriu a tampa da sanita e vomitou mais uma vez. Posso ajudar? perguntou a Maria, preocupada, pois nunca tinha visto o primo assim tão mal

Leia mais

017. Segunda-Feira, 05 de Julho de 1997.

017. Segunda-Feira, 05 de Julho de 1997. 017. Segunda-Feira, 05 de Julho de 1997. Acordei hoje como sempre, antes do despertador tocar, já era rotina. Ao levantar pude sentir o peso de meu corpo, parecia uma pedra. Fui andando devagar até o banheiro.

Leia mais

Palavras do autor. Escrever para jovens é uma grande alegria e, por que não dizer, uma gostosa aventura.

Palavras do autor. Escrever para jovens é uma grande alegria e, por que não dizer, uma gostosa aventura. Palavras do autor Escrever para jovens é uma grande alegria e, por que não dizer, uma gostosa aventura. Durante três anos, tornei-me um leitor voraz de histórias juvenis da literatura nacional, mergulhei

Leia mais

O DIA EM QUE O KLETO ACHOU DINHEIRO

O DIA EM QUE O KLETO ACHOU DINHEIRO 1 2 O DIA EM QUE O KLETO ACHOU DINHEIRO Rubens Balestro O achado O Kleto era um menino que morava no interior, numa casa de material que ficava na beira de uma estrada. Ele não era rico, mas não era pobre

Leia mais

Após o término da Segunda Guerra Mundial foram trabalhar no SíNo Quinta das Amoreiras, de propriedade de Augusto Camossa Saldanha, aqui entre Miguel

Após o término da Segunda Guerra Mundial foram trabalhar no SíNo Quinta das Amoreiras, de propriedade de Augusto Camossa Saldanha, aqui entre Miguel Vamos falar umas poucas palavras sobre nosso pai. Na tradição japonesa nessas horas esquecemos a tristeza e falamos das alegrias, das virtudes de quem foi. O duro é esquecer a tristeza. Hiroshi Watanabe

Leia mais

ENTRE FERAS CAPÍTULO 16 NOVELA DE: RÔMULO GUILHERME ESCRITA POR: RÔMULO GUILHERME

ENTRE FERAS CAPÍTULO 16 NOVELA DE: RÔMULO GUILHERME ESCRITA POR: RÔMULO GUILHERME ENTRE FERAS CAPÍTULO 16 NOVELA DE: RÔMULO GUILHERME ESCRITA POR: RÔMULO GUILHERME CENA 1. HOSPITAL. QUARTO DE. INTERIOR. NOITE Fernanda está dormindo. Seus pulsos estão enfaixados. Uma enfermeira entra,

Leia mais

Por volta de 1865, o jornalista João Brígido chega com

Por volta de 1865, o jornalista João Brígido chega com Por volta de 1865, o jornalista João Brígido chega com Ciço ao Seminário da Prainha depois de uma viagem de mais de um mês, montado a cavalo, desde a região do Cariri até a capital, Fortaleza. Trazia uma

Leia mais

Mais um ano está começando... Tempo de pensar no que passou Avaliar. Tempo de pensar no que virá Planejar

Mais um ano está começando... Tempo de pensar no que passou Avaliar. Tempo de pensar no que virá Planejar Mais um ano está começando... Tempo de pensar no que passou Avaliar Tempo de pensar no que virá Planejar Hámomentos em nossa vida em que temos duas opções: Desistir Recomeçar Quando a VIDA decepciona João

Leia mais

O PASTOR AMOROSO. Alberto Caeiro. Fernando Pessoa

O PASTOR AMOROSO. Alberto Caeiro. Fernando Pessoa O PASTOR AMOROSO Alberto Caeiro Fernando Pessoa Este texto foi digitado por Eduardo Lopes de Oliveira e Silva, no Rio de Janeiro, em maio de 2006. Manteve-se a ortografia vigente em Portugal. 2 SUMÁRIO

Leia mais

Delicadesa. Deves tratar as pessoas com delicadeza, de contrário elas afastar-se-ão de ti. Um pequeno gesto afectuoso pode ter um grande significado.

Delicadesa. Deves tratar as pessoas com delicadeza, de contrário elas afastar-se-ão de ti. Um pequeno gesto afectuoso pode ter um grande significado. Delicadeza 1 Delicadesa Deves tratar as pessoas com delicadeza, de contrário elas afastar-se-ão de ti. Um pequeno gesto afectuoso pode ter um grande significado. As Janelas Douradas O menino trabalhava

Leia mais

Professor BÓRIS em O DIREITO DE SER CRIANÇA

Professor BÓRIS em O DIREITO DE SER CRIANÇA Professor BÓRIS em O DIREITO DE SER CRIANÇA AUTORA Luciana de Almeida COORDENAÇÃO EDITORIAL Sílnia N. Martins Prado REVISÃO DE TEXTO Katia Rossini PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Linea Creativa ILUSTRAÇÕES

Leia mais

Os encontros de Jesus. sede de Deus

Os encontros de Jesus. sede de Deus Os encontros de Jesus 1 Jo 4 sede de Deus 5 Ele chegou a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, que ficava perto das terras que Jacó tinha dado ao seu filho José. 6 Ali ficava o poço de Jacó. Era mais ou

Leia mais

Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, após encontro com a Senadora Ingrid Betancourt

Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, após encontro com a Senadora Ingrid Betancourt Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, após encontro com a Senadora Ingrid Betancourt São Paulo-SP, 05 de dezembro de 2008 Presidente: A minha presença aqui

Leia mais

Qual o Sentido do Natal?

Qual o Sentido do Natal? Qual o Sentido do Natal? Por Sulamita Ricardo Personagens: José- Maria- Rei1- Rei2- Rei3- Pastor 1- Pastor 2- Pastor 3-1ª Cena Uma música de natal toca Os personagens entram. Primeiro entram José e Maria

Leia mais

Marcos Leôncio suka02@uol.com.br 1 VOTO VENDIDO, CONSCIÊNCIA PERDIDA. Escrita por: Marcos Leôncio. Elenco: Olga Barroso. Renato Beserra dos Reis

Marcos Leôncio suka02@uol.com.br 1 VOTO VENDIDO, CONSCIÊNCIA PERDIDA. Escrita por: Marcos Leôncio. Elenco: Olga Barroso. Renato Beserra dos Reis VOTO VENDIDO, CONSCIÊNCIA PERDIDA. Escrita por: Marcos Leôncio Elenco: Olga Barroso Renato Beserra dos Reis Zilânia Filgueiras Sérgio Francatti Dodi Reis Preparação de Atores e Direção: Dodi Reis Coordenação

Leia mais

Geração Graças Peça: Os Cofrinhos

Geração Graças Peça: Os Cofrinhos Geração Graças Peça: Os Cofrinhos Autora: Tell Aragão Personagens: Voz - não aparece mendigo/pessoa Nervosa/Ladrão faz os três personagens Menina 1 Menina 2 Voz: Era uma vez, duas irmãs que ganharam dois

Leia mais

PERSONAGENS DESTE CAPÍTULO.

PERSONAGENS DESTE CAPÍTULO. Roteiro de Telenovela Brasileira Central de Produção CAPÍTULO 007 O BEM OU O MAL? Uma novela de MHS. PERSONAGENS DESTE CAPÍTULO. AGENOR ALBERTO FERNANDO GABRIELE JORGE MARIA CLARA MARIA CAMILLA MARÍLIA

Leia mais

ALICE DIZ ADEUS 4º TRATAMENTO* Escrito e dirigido por. Simone Teider

ALICE DIZ ADEUS 4º TRATAMENTO* Escrito e dirigido por. Simone Teider DIZ ADEUS 4º TRATAMENTO* Escrito e dirigido por Simone Teider SEQUENCIA 1 Uma mulher, (46), está sentada num sofá vendo TV e lixando as unhas. Ela veste um vestido florido e um brinco grande. (16), de

Leia mais

MELHORES MOMENTOS. Expressão de Louvor Paulo Cezar

MELHORES MOMENTOS. Expressão de Louvor Paulo Cezar MELHORES MOMENTOS Expressão de Louvor Acordar bem cedo e ver o dia a nascer e o mato, molhado, anunciando o cuidado. Sob o brilho intenso como espelho a reluzir. Desvendando o mais profundo abismo, minha

Leia mais

OS DIREITOS DA CRIANÇA. Fanny Abromovich (O mito da Infância Feliz)

OS DIREITOS DA CRIANÇA. Fanny Abromovich (O mito da Infância Feliz) OS DIREITOS DA CRIANÇA Fanny Abromovich (O mito da Infância Feliz) Nós crianças, pedimos que os adultos pensem um pouco nos direitos que temos de viver de um jeito legal com mais atenção para aquilo que

Leia mais