AULA 2. Acessibilidade. Prof. Mateus Silveira

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3 Acessibilidade AULA 2 Bom dia gente, tudo bem? Mais um dia seguindo nossa discussão sobre acessibilidade. Na aula de hoje nós vamos falar sobre os direitos fundamentais e sobre a acessibilidade como direito estabelecido pelo Estatuto. Lembra que até agora vimos o conceito de acessibilidade. O conceito de acessibilidade é ASA (Acesso Seguro e Autônomo). Depois nós vamos ver como essa acessibilidade vai se estabelecer nos seus direitos, nas suas construções, nas suas interações com as outras normas, mas o importante é a gente construir essa conceituação inicial da ideia de acessibilidade. Os direitos fundamentais que nós temos que trabalhar são 10. Vamos detalhar cada um desses 10 direitos fundamentais verificando o que a banca pode cobrar. Aqui é importante percebemos que os direitos fundamentais que estão na Constituição não interferem nos direitos fundamentais que estão no Estatuto. Ou seja, os direitos que estão na Constituição permanecem lá e valem para todas as pessoas, com deficiência, sem deficiência, brasileiros, estrangeiros residentes ou não, etc. O que o Estatuto faz é acrescentar novas implicações aos direitos fundamentais no nosso sistema jurídico ou até novas temáticas que sejam importantes para as pessoas com deficiência, por exemplo, o primeiro direito fundamental estabelecido no Estatuto é o direito à vida e posteriormente, o direito à habilitação e a reabilitação. O direito a habilitação e a reabilitação já é um direito mais específico para as PCD (pessoas com deficiência) e vamos ter algumas especificidades. Então vamos lá, o que a gente tem? Eu continuo com os direitos fundamentais da Constituição Federal e nós vamos ter mais essa atribuição de direitos fundamentais do Estatuto da Pessoa com Deficiência. Não há um conflito, mas sim uma junção na implicação dos direitos fundamentais. A ideia da construção é a mesma, agora nosso estudo vai especificar. Sempre deixo para vocês meus contatos nas redes sociais, sigam, curtam, sempre tem posts com assuntos do seu interesse. concurseiro.vip 3

4 Então vamos lá. Nós temos uma listinha de direitos fundamentais das pessoas com deficiência que pode ser nossa primeira questão sobre esse tema. Quais são os direitos fundamentais tutelados pelo Estatuto da PCD? Quais são os direitos fundamentais protegidos pela Lei de inclusão brasileira? Quais são os direitos fundamentais da Lei /2015? São esses: 1) Direito à vida; 2) Direito à habilitação e à reabilitação; 3) Direito à saúde; 4) Direito à educação; 5) Direito à moradia; 6) Direito ao trabalho; 7) Direito à assistência social; 8) Direito à previdência social; 9) Direito à cultura, ao esporte, ao turismo e o lazer; 10) Direito ao transporte e mobilidade; Fiz esse resumo dos direitos que o Estatuto traz para que vocês tenham a ciência de tudo que a gente está falando. Falamos sobre disposições preliminares e agora partimos para analisar os direitos fundamentais um a um e depois vamos analisar a ideia da acessibilidade como um direito maior, estabelecendo quais são as linhas que o Estatuto seguiu. Lembrando que temos duas leis importantes que também tratam sobre isso: a Lei nº /2000 fala sobre atendimento prioritário, e não é só para as PCD, é para todas as pessoas que necessitam de atendimento prioritário; e a Lei nº /2000 fala de acessibilidade. Essas leis não foram revogadas pelo Estatuto, elas foram mantidas, o que quer dizer que o tema aces- 4 concurseiro.vip

5 MPU VIP Acessibilidade Prof. Mateus Silveira sibilidade não estará apenas estabelecido no Estatuto da pessoa com deficiência. O tema acessibilidade estará previsto também na Lei Portanto, todas as normas que tínhamos antes do Estatuto das PCD ser criado permanecem, o que nós vamos ter é uma soma, um acréscimo de proteção junto às pessoas com deficiência. Vamos lá, a primeira construção que a gente tem dos direitos fundamentais das pessoas com deficiência é o direito à vida. No direito à vida a preocupação é muito ligada à questão da dignidade da pessoa humana. A ideia principal do direito à vida dentro do Estatuto é, a meu ver, relacionada à dignidade da pessoa humana. Como assim? Direito à vida num primeiro momento estabelece: Compete ao poder público garantir a dignidade da pessoa com deficiência ao longo de toda a vida. Ou seja, ideal de vida boa, o mínimo que eu preciso ter para ter uma vida boa. Tanto que o direito à vida se estabelece em duas dimensões. Na dimensão vertical, é estabelecido pela ideia de estar vivo. E na dimensão horizontal, estabelece uma vida digna, não basta estar vivo, preciso ter uma vida boa, que o Estado me dê condições para que eu tenha uma vida boa. Nós podemos ter visões diferentes de Estado dentro dessa ideia de vida boa, não tem problema, por exemplo, em uma visão mais liberal, o Estado vai propiciar situação econômica, condições de ir trabalhar para garantir a partir daí meus direitos sociais; uma visão mais de justiça social, a economia precisa estar equilibrada, mas nós precisamos de redistribuição de renda, de uma maior equidade entre as pessoas e além de estruturarmos a economia, vamos conceder às pessoas um rol de direitos sociais. São ideias de Estado diferentes, mas o ideal de vida boa permanece. Art. 10. Compete ao poder público garantir a dignidade da pessoa com deficiência ao longo de toda a vida. Parágrafo único. Em situações de risco, emergência ou estado de calamidade pública, a pessoa com deficiência será considerada vulnerável, devendo o poder público adotar medidas para sua proteção e segurança. Nós já conversamos sobre uma questão que o artigo 10 apresenta: que é a de considerar a pessoa com deficiência vulnerável em situações de risco, emergência ou estado de calamidade pública, a pessoa com deficiência. Na sequência, eu sigo nessa ideia de dignidade da pessoa com deficiência. Como assim professor? O artigo 11 vai dizer que para se ter algum tratamento de saúde em geral, intervenção concurseiro.vip 5

6 cirúrgica, em regra, eu vou precisar do consentimento da pessoa com deficiência. Claro que tudo isso volta a ideia da dignidade da pessoa humana. Eu não defino um tratamento para uma pessoa sem a ouvir, sem conversar com o paciente. Por que isso acontecia junto às pessoas com deficiência? Porque nós partimos de um pressuposto de falta de capacidade. Ahh, aqui sou eu quem resolvo, ela não tem que dizer nada porque a melhor solução é essa. Art. 11. A pessoa com deficiência não poderá ser obrigada a se submeter à intervenção clínica ou cirúrgica, a tratamento ou a institucionalização forçada. Parágrafo único. O consentimento da pessoa com deficiência em situação de curatela poderá ser suprido, na forma da lei. Tem um filme brasileiro que se passa na década de 80. A esposa está grávida, passa a história do pai com aquela construção de preconceitos e outros elementos nesse sentido. O filme trabalha com um período de copa do mundo e depois do pai convivendo com o filho. A ideia, num primeiro momento, é que eles vão até a maternidade e nasce a criança. O médico vai até o pai e diz nasceu, tá bem e isto me marcou muito no filme, o médico chama os pais e diz tenho uma coisa séria pra falar pra vocês, a criança é mongolóide o médico não disse que a criança tinha síndrome de down, mas usou o termo mongolóide e várias outras terminologias pejorativas que eram muito utilizadas naquela época, em Mostrando o quão desrespeitoso era o tratamento com a pessoa que tinha deficiência naquela época, que não está tão distante assim. Esse é diferente da sociedade, está condenado... e isso atinge diretamente os pais, que não são pessoas que estão fora da estrutura social, eles estão dentro. Então, se o preconceito está dentro da estrutura social, o preconceito pode estar dentro da gente também. Eu digo isso com muita frequência para as pessoas. Às vezes eu tenho até medo das pessoas que dizem eu não tenho preconceito algum, eu acho isso de uma estranheza porque todos os dias eu sou provocado em alguns pré-conceitos que eu tenho. Um ou outro dia, eu vejo alguma coisa e já penso algo, mas o mais importante é conseguir ver isso, e saber que é um pré-conceito e estar aberto a essa construção. O filme trazia a questão de como desde o início da vida daquele bebê, a maneira como os médicos contaram aos pais e toda aquela situação, havia um completo desrespeito à ideia de ter uma vida digna, de ter uma vida boa, de ter uma vida como sujeito de direitos. Então a norma, o Estatuto, vem para quebrar isso. Vem para concluir uma visão que a gente tinha nas construções de tratamentos para pessoas com deficiência, pessoas com problemas mentais. A gente teve por muito tempo a ideia de institucionalizar, para deixar essas pessoas que são diferentes em um local em que podiam ser tratadas e bem cuidadas e ficavam fora do olhar da sociedade. E a diferença é essa, o que a gente quer é que tenhamos uma sociedade cada vez mais diversa, uma sociedade cada vez mais plural. Que respeite as diferenças porque elas são normais. Então a construção aqui é no sentido de respeitar a dignidade da pessoa humana nas questões de saúde, nas questões médicas. No parágrafo único, por que é dito que o consentimento da pessoa com deficiência em situação de curatela pode ser suprimido? Porque dependendo do nível dessa interdição, a pessoa talvez não possa discernir e alguém tenha que realizar isso por ela. Mas vejam, ela não está dizendo que em regra é, mas que poderá ser suprimido esse consentimento, se não houver condições. Mas se tiver condições vai ser necessário o consentimento da pessoa com deficiência, mesmo em curatela. Isso porque nós vamos ter o Estatuto tentando limitar a curatela principalmente para as questões financeiras, questões patrimoniais, agora às questões afetivas, ligadas ao respeito ao corpo, etc. não deverão ser limitadas pela curatela. Lembrando que curatela é como a ideia de tutor para maiores de idade e pressupõe uma interdição do adulto, seja ele com deficiência ou não. Essa interdição pode ter níveis diferentes. O estatuto se preocupa e deixa expresso que, em regra, 6 concurseiro.vip

7 MPU VIP Acessibilidade Prof. Mateus Silveira a curatela se preocupa com a gestão patrimonial e financeira. Então, quer dizer que se em regra a curatela se dá em relação a patrimônio e finanças, na questão relativa ao corpo, ao tratamento de saúde, precisa de consentimento. Poderemos ter níveis diferentes de curatela. Por exemplo, é possível que alguém esteja interditado por não estar em um bom momento, em condições boas para discernir e é possível também que a interdição seja devido à pessoa estar em coma, independente de ser ou não pessoa com deficiência. A grande ideia, portanto, é que se tenha o consentimento da pessoa com deficiência para qualquer ato ligado a uma cirurgia, intervenção clinica, tratamento, ou institucionalização forçada (internação forçada), salvo exceções. No artigo 12 esse consentimento é fortalecido: Art. 12. O consentimento prévio, livre e esclarecido da pessoa com deficiência é indispensável para a realização de tratamento, procedimento, hospitalização e pesquisa científica. 1º Em caso de pessoa com deficiência em situação de curatela, deve ser assegurada sua participação, no maior grau possível, para a obtenção de consentimento. 2º A pesquisa científica envolvendo pessoa com deficiência em situação de tutela ou de curatela deve ser realizada, em caráter excepcional, apenas quando houver indícios de benefício direto para sua saúde ou para a saúde de outras pessoas com deficiência e desde que não haja outra opção de pesquisa de eficácia comparável com participantes não tutelados ou curatelados. No caput diz que o consentimento é indispensável para realização de tratamento, procedimento, hospitalização e pesquisa científica. Quando ele pode ser suprido? Quando a pessoa em curatela não tiver a mínima condição de manifestar sua vontade. Por que mesmo no caso de curatela eu devo buscar o máximo grau possível de consentimento conforme expresso no parágrafo 1º. Em relação ao parágrafo segundo, as pesquisas científicas envolvendo PCD em situação de tutela ou curatela deve ser realizada em caráter excepcional. Essa questão envolve também algum tipo de doença grave que provoque alguma deficiência como agravo da doença, não é uma deficiência direta, mas é uma doença grave que acarreta uma deficiência. Tem um fato que foi objeto de divulgação no nosso estado. Vocês se lembram aquela discussão que houve em Londres, a respeito de pais que queriam levar seu recém nascido para ser tratado nos EUA ou que os ingleses realizassem um tratamento específico em seu filho tinha uma síndrome y. Houve toda uma discussão e o judiciário concordou com os médicos de que não era viável aquele tratamento, porque esse tratamento estava na fase experimental e a criança já estava em um nível que não teria outra solução que não a morte. Essa era conclusão médica. E logo depois, aqui no Rio Grande do Sul, nós tivemos uma notícia, inclusive de São Jerônimo (minha cidade), que um casal tinha filhos com essa mesma síndrome raríssima e que gera alguns agravos nas crianças, já que é uma doença degenerativa. Aí um dos filhos, um menino de 6, 7 anos, já estava sofrendo com alguns efeitos dessa síndrome. E nas irmãs gêmeas de 3, 4 anos, que também possuíam a síndrome, ainda não tinha se manifestado nenhum efeito. Foi feita uma campanha para que eles conseguissem levantar dinheiro para fazer o tratamento nos EUA e eles estão fazendo. Mas vejam o que eu quis dizer é que nos dois debates, tanto na Inglaterra quanto aqui, é uma questão muito difícil para o Direito opinar, porque são pais que estão fazendo o maior esforço possível para que seus filhos tenham alguma perspectiva de vida, inclusive buscando por pesquisas científicas. Então é necessário que se tenha alguns regulamentos mínimos para que a gente possa zelar sobre isso. Quero que fique claro que não é um tratamento. É um tratamento experimental, a eficácia não está comprovada. É algo tênue, difícil de construir e merece essa construção. concurseiro.vip 7

8 Portanto, as normas brasileiras se preocupam com isto, pesquisas científicas envolvendo pessoas com deficiência, pesquisas científicas envolvendo algum tipo de doença, em situação de tutela, curatela devem ser realizadas em caráter excepcional, ou seja, não é regra eu submeter uma pessoa com deficiência a participar de pesquisas cientificas, porque eu preciso estudar a deficiência dela. Apenas quando eu tiver indícios de benefício direto para a saúde dela ou então quando ocorre também indícios de que no caso dela nós não vamos conseguir, mas se estudarmos esse caso é possível que consigamos benefícios para outras pessoas no futuro. Mas em ambos os casos precisa do consentimento e precisa ser algo que traga algum benefício e não que se submeta à pesquisa científica só por submeter. O artigo 13 vai dizer que: Art. 13. A pessoa com deficiência somente será atendida sem seu consentimento prévio, livre e esclarecido em casos de risco de morte e de emergência em saúde, resguardado seu superior interesse e adotadas as salvaguardas legais cabíveis. Isso ocorre comumente né? Vamos dar um exemplo com uma pessoa que não é deficiente porque é a mesma coisa. Digamos que alguém se acidente e é atendido pela equipe de emergência. Chegou ao hospital, precisou fazer um tratamento grave, por exemplo, a amputação de um membro. Em regra, eu vou buscar o consentimento da pessoa se ela estiver consciente, se ela não tiver consciente, vou buscar o consentimento de um familiar ou alguém que esteja acompanhando a pessoa. E se não tiver ninguém, têm-se protocolos médicos para dizer que existe risco de morte, que é emergência grave e que vai ter que se tomar essa atitude drástica. Por que quando alguém vai fazer uma cirurgia é necessária a presença de um familiar por perto? É para que se a pessoa estiver inconsciente em um momento em que se tenha que tomar uma decisão, que o familiar possa consentir por ela. Nessa linha, o Estatuto apenas destaca que isso também ocorre para as pessoas com deficiência, não é o fato de a pessoa ter deficiência que vai ser tirada dela a dignidade. Não é o fato de a pessoa ter deficiência que ela será submetida a tratamentos sem que tenha consentido previamente. Podemos fazer um resumo sobre o direito à vida com duas frases bem claras: 1. Respeito a Dignidade da pessoa humana; e 2. Buscar o consentimento para tratamentos, para intervenção no corpo, para procedimentos médicos. Ou seja, a manifestação do direito a vida respeita a manifestação da vontade da pessoa a ser tratada, medicada, etc.. O segundo direito fundamental que temos é o direito à habilitação e reabilitação. O artigo 14 nos traz: Art. 14. O processo de habilitação e de reabilitação é um direito da pessoa com deficiência. Parágrafo único. O processo de habilitação e de reabilitação tem por objetivo o desenvolvimento de potencialidades, talentos, habilidades e aptidões físicas, cognitivas, sensoriais, psicossociais, atitudinais, profissionais e artísticas que contribuam para a conquista da autonomia da pessoa com deficiência e de sua participação social em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas. 8 concurseiro.vip

9 MPU VIP Acessibilidade Prof. Mateus Silveira O processo de habilitação e de reabilitação é um direito da pessoa com deficiência. O que é o processo de habilitação e de reabilitação? Eu consigo responder isso só olhando o parágrafo único. Por isso os coloquei em destaque: Então a habilitação e a reabilitação constituem um direito fundamental importantíssimo para a pessoa com deficiência, que é o direito de buscar dar a ela acessibilidade, autonomia. Por exemplo, antes de começar a estudar esse tema com maior atenção, eu ficava observando a habilidade de pessoas com deficiência visual no uso da bengala para se locomover em espaços como o centro, onde há uma grande correria, muitas pessoas, etc.. O que é isso? Essas pessoas tiveram certo treinamento para isso, tiveram habilitação para isso, e claro, a repetição, a coragem da pessoa, a personalidade de cada individuo. Portanto, o direito de ter habilitação e reabilitação está associado a dar condição para que às pessoas com deficiência sejam mais autônomas, tenham maior acessibilidade. Para cadeirantes, pessoas que vão utilizar cão guia, reabilitar à leitura uma pessoa que perdeu a visão e tem que aprender em braile, etc.. Vamos à leitura do caput do artigo 15. Art. 15. O processo mencionado no art. 14 desta Lei baseia-se em avaliação multidisciplinar das necessidades, habilidades e potencialidades de cada pessoa, observadas as seguintes diretrizes: I diagnóstico e intervenção precoces; II adoção de medidas para compensar perda ou limitação funcional, buscando o desenvolvimento de aptidões; III atuação permanente, integrada e articulada de políticas públicas que possibilitem a plena participação social da pessoa com deficiência; IV oferta de rede de serviços articulados, com atuação intersetorial, nos diferentes níveis de complexidade, para atender às necessidades específicas da pessoa com deficiência; V prestação de serviços próximo ao domicílio da pessoa com deficiência, inclusive na zona rural, respeitadas a organização das Redes de Atenção à Saúde (RAS) nos territórios locais e as normas do Sistema Único de Saúde (SUS). concurseiro.vip 9

10 A avaliação a que nos referimos no caput é àquela citada no artigo 2º, parágrafo 1º, que é a avaliação biopsicossocial, realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar. Essa avaliação é feita para saber exatamente o que precisa ser estabelecido de habilidades para que a pessoa com deficiência atinja essa potencialidade. A partir dessa avaliação vai se estabelecer um tipo ou outro de ação. O artigo 16 vai dizer que: Art. 16. Nos programas e serviços de habilitação e de reabilitação para a pessoa com deficiência, são garantidos: I organização, serviços, métodos, técnicas e recursos para atender às características de cada pessoa com deficiência; II acessibilidade em todos os ambientes e serviços; III tecnologia assistiva, tecnologia de reabilitação, materiais e equipamentos adequados e apoio técnico profissional, de acordo com as especificidades de cada pessoa com deficiência; IV capacitação continuada de todos os profissionais que participem dos programas e serviços. Sobre o inciso II, uma vez eu peguei um processo com um grande absurdo, tínhamos um centro de habilitação e reabilitação em uma cidade de porte médio do Estado do Rio Grande do Sul que tinha fisioterapia, área de treinamento para reabilitação, etc.. Era uma casa antiga e essas salas de fisioterapia e de treinamento ficavam no segundo lugar e o acesso era somente por escadas. Imaginem, você pega uma pessoa com habilidade reduzida e precisa habilitá-la a conviver com aquela mobilidade reduzida, e aí ela vai ao centro de reabilitação criado para ser um centro regional de habilitação e reabilitação, mas que não possui acesso aos serviços de habilitação/reabilitação já que não tinha elevador. Era uma escada daquelas casas antigas, ou seja, óbvio que o ambiente não era acessível. Então é essa construção que esse inciso aborda: o centro de habilitação ou reabilitação criado pelo Poder Público, que geralmente são ligados ao INSS, à assistência social, a uma parceria município-estado, etc., precisa ser um local acessível. Portanto a ideia é esta, os serviços de habilitação/reabilitação precisam estar bem localizados e terem condições de atender às pessoas com deficiência. Inclusive nós vamos a outras normas, por exemplo, vocês já passaram por um semáforo que façam um barulho sonoro? Sim né? Aqui em Porto Alegre nós temos alguns. Esses semáforos, em regra, têm aquele botão para avisar que tem pedestre esperando na faixa, para tentar acelerar um pouco o sinal. Ali dentro tem uma caixinha que possibilita a emissão de um sinal sonoro que informa à pessoa com deficiência, de acordo com a intensidade do sinal sonoro, se é permitido ou não que ela passe. Essa caixinha, essa forma, nós vamos ter duas regras que não estão aqui no Estatuto, mas que se interligam a essa proteção, que estabelecem que ela seja obrigatória próxima a centros de habilitação e reabilitação. Eu me lembro que dando aula dessa matéria no Rio de Janeiro, perguntei a eles sobre essas caixinhas, e na ocasião eu tinha dois alunos deficientes visuais e eles disseram Aqui só tem próximo ao Benjamin Costant (que é o Instituto que faz a habilitação para deficientes visuais na cidade). Pensei Bom, pelo menos um pedaço da Lei está sendo cumprida, mas em todos os cruzamentos de grande movimento é necessário ter. (...) Às vezes nos preocupamos com o trânsito, mas não com a acessibilidade. Óbvio que um semáforo com essa caixinha que fique aberto por 9 segundos não vai permitir acessibilidade de uma pessoa com mobilidade reduzida. 10 concurseiro.vip

11 MPU VIP Acessibilidade Prof. Mateus Silveira Então encerramos o segundo direito fundamental que falamos que é o Direito à habilitação e reabilitação. O terceiro direito fundamental é ligado à questão da saúde. Primeiramente, a saúde envolvendo o tratamento de pessoas com deficiência tem que ser todo estabelecido junto ao SUS. É possível uma pessoa com deficiência buscar atendimento fora do SUS? Sim, mas o Sistema Único de Saúde precisa ter tratamento para as pessoas. É isso que o artigo 18 está dizendo. Em todos os níveis de complexidade, ou seja, não importa se é um problema complexo e outro intermediário e com acesso universal e igualitário. Em alguns casos de alta complexidade, o tratamento pelo SUS é até melhor, por exemplo, transplantes, tratamentos de algumas outras doenças, vacinação e outros casos complexos o SUS é referência. Art. 18. É assegurada atenção integral à saúde da pessoa com deficiência em todos os níveis de complexidade, por intermédio do SUS, garantido acesso universal e igualitário. 1º É assegurada a participação da pessoa com deficiência na elaboração das políticas de saúde a ela destinadas. 2º É assegurado atendimento segundo normas éticas e técnicas, que regulamentarão a atuação dos profissionais de saúde e contemplarão aspectos relacionados aos direitos e às especificidades da pessoa com deficiência, incluindo temas como sua dignidade e autonomia. 3º Aos profissionais que prestam assistência à pessoa com deficiência, especialmente em serviços de habilitação e de reabilitação, deve ser garantida capacitação inicial e continuada. 4º As ações e os serviços de saúde pública destinados à pessoa com deficiência devem assegurar: I diagnóstico e intervenção precoces, realizados por equipe multidisciplinar; II serviços de habilitação e de reabilitação sempre que necessários, para qualquer tipo de deficiência, inclusive para a manutenção da melhor condição de saúde e qualidade de vida; III atendimento domiciliar multidisciplinar, tratamento ambulatorial e internação; IV campanhas de vacinação; V atendimento psicológico, inclusive para seus familiares e atendentes pessoais; VI respeito à especificidade, à identidade de gênero e à orientação sexual da pessoa com deficiência; VII atenção sexual e reprodutiva, incluindo o direito à fertilização assistida; VIII informação adequada e acessível à pessoa com deficiência e a seus familiares sobre sua condição de saúde; IX serviços projetados para prevenir a ocorrência e o desenvolvimento de deficiências e agravos adicionais; X promoção de estratégias de capacitação permanente das equipes que atuam no SUS, em todos os níveis de atenção, no atendimento à pessoa com deficiência, bem como orientação a seus atendentes pessoais; concurseiro.vip 11

12 XI oferta de órteses, próteses, meios auxiliares de locomoção, medicamentos, insumos e fórmulas nutricionais, conforme as normas vigentes do Ministério da Saúde. 5º As diretrizes deste artigo aplicam-se também às instituições privadas que participem de forma complementar do SUS ou que recebam recursos públicos para sua manutenção. Sobre o parágrafo primeiro: é assegurada a participação da PCD na elaboração das políticas de saúde a ela destinada. Lembre-se que o SUS tem gestões específicas como a gestão dentro do município, uma direção regional e uma direção nacional que é ligada ao ministério da saúde. Mas o SUS tem instâncias que trabalham junto à comunidade, para dizer para onde vão os recursos, como isso será feito e fazer um controle. Isso se estabelece muito, por exemplo, nos conselhos de saúde, nós temos os conselhos municipais de saúde, conselho estadual de saúde, conselho nacional de saúde. E o que está se dizendo aqui é que nessas instâncias coletivas que ouvem a sociedade civil é necessário que se tenha representada às PCD para que se conheça exatamente suas necessidades junto ao Sistema Único de Saúde. Darei um salto do parágrafo 1º para o parágrafo 4º em que se apresenta um rol listando o mínimo de ações e serviços de saúde pública que devem ser assegurados às PCD: Diagnóstico e intervenção precoces, realizados por equipe multidisciplinar; Serviços de habilitação e de reabilitação sempre que necessários, para qualquer tipo de deficiência, inclusive para a manutenção da melhor condição de saúde e qualidade de vida; Atendimento domiciliar multidisciplinar, tratamento ambulatorial e internação; Campanhas de vacinação; Atendimento psicológico, inclusive para seus familiares e atendentes pessoais; Essa é uma perguntinha que já veio O direito fundamental à saúde estabelece o SUS, que por sua vez deve assegurar, entre as ações e serviços de saúde prestados, atendimento psicológico, inclusive para seus familiares e atendentes pessoas. Tanto na Cespe, quanto na FCC e outras bancas. Então atenção para esse item que normalmente chama atenção já que, em regra, a gente fala de atendimento psicológico para pessoa com deficiência, mas aqui estamos falando que esse atendimento psicológico se estende aos familiares e atendentes pessoas. Respeito à especificidade, à identidade de gênero e à orientação sexual da pessoa com deficiência; Atenção sexual e reprodutiva, incluindo o direito à fertilização assistida; Informação adequada e acessível à pessoa com deficiência e a seus familiares sobre sua condição de saúde; Serviços projetados para prevenir a ocorrência e o desenvolvimento de deficiências e agravos adicionais; Promoção de estratégias de capacitação permanente das equipes que atuam no SUS, em todos os níveis de atenção, no atendimento à pessoa com deficiência, bem como orientação a seus atendentes pessoais; Oferta de órteses, próteses, meios auxiliares de locomoção, medicamentos, insumos e fórmulas nutricionais, conforme as normas vigentes do Ministério da Saúde. Esse fornecimento não é o ideal no nosso país, mas há a previsão disso em norma. 12 concurseiro.vip

13 MPU VIP Acessibilidade Prof. Mateus Silveira Vamos à leitura do Artigo 19: Art. 19. Compete ao SUS desenvolver ações destinadas à prevenção de deficiências por causas evitáveis, inclusive por meio de: I acompanhamento da gravidez, do parto e do puerpério, com garantia de parto humanizado e seguro; II promoção de práticas alimentares adequadas e saudáveis, vigilância alimentar e nutricional, prevenção e cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição da mulher e da criança; III aprimoramento e expansão dos programas de imunização e de triagem neonatal; IV identificação e controle da gestante de alto risco. O caput do artigo 19 se refere a doenças, por exemplo, desenvolvidas no processo de gestação Ahh, essas deficiências que podem ter causas evitáveis devem ser evitadas pelo SUS, outro exemplo, paralisia infantil e questões envolvendo outras doenças infantis que podem causar problema grave quando ocorre na fase adulta, exemplo: rubéola, sarampo. Ou seja, essas são competências que o SUS deve desenvolver e são causas evitáveis através da atuação da saúde pública. No inciso III, fala-se da questão de cumprir-se com o calendário da vacinação estabelecido pelas autoridades, eu tenho visto inclusive algumas pessoas dizendo que não é obrigatória a vacinação já que tem gente que tem intolerância a lactose, ou a casca do ovo... É até possível que essa intolerância exista, mas isso é o mínimo do mínimo, é a exceção. Mas, em regra, as vacinas são muito seguras e teremos um ou outro caso de reação à vacina. A vacina é um direito da criança e do adolescente e uma obrigação dos pais. Se os pais não cumprirem com o calendário da saúde, podem, em alguns casos, serem punidos, e eu acho que daqui a pouco teremos que ameaçar os pais para que cuidem da saúde dos filhos devido a esse problema da diminuição do número de vacinação. (...) Outra construção da ideia do direito à saúde é trazida pelos artigos 20, 22 e 23: Art. 20. As operadoras de planos e seguros privados de saúde são obrigadas a garantir à pessoa com deficiência, no mínimo, todos os serviços e produtos ofertados aos demais clientes. Primeiro, as operadoras de plano de saúde são obrigadas a garantir às PCD, no mínimo os mesmos produtos. Em regra, não é para ter um plano específico para a PCD que disponha de mais serviços, mas não pode haver um plano que não tenha todos os serviços e produtos ofertados pelo fato da pessoa ter alguma deficiência. Art. 22. À pessoa com deficiência internada ou em observação é assegurado o direito a acompanhante ou a atendente pessoal, devendo o órgão ou a instituição de saúde proporcionar condições adequadas para sua permanência em tempo integral. Então se uma pessoa com deficiência for internada, ela precisa ter autorização para seu acompanhante estar com ela sempre. Art. 23. São vedadas todas as formas de discriminação contra a pessoa com deficiência, inclusive por meio de cobrança de valores diferenciados por planos e seguros privados de saúde, em razão de sua condição. concurseiro.vip 13

14 Então nos planos de saúde nós temos duas coisas para anotar: 1. Tem que ofertar às pessoas com deficiência no mínimo os mesmos serviços que ofertam a outras pessoas. 2. Não podem cobrar valores diferenciados para planos de saúde de pessoas com deficiência. Anotada essa construção, vamos ao artigo 26 que trata da notificação compulsória em casos de violência. Art. 26. Os casos de suspeita ou de confirmação de violência praticada contra a pessoa com deficiência serão objeto de notificação compulsória pelos serviços de saúde públicos e privados à autoridade policial e ao Ministério Público, além dos Conselhos dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, considera-se violência contra a pessoa com deficiência qualquer ação ou omissão, praticada em local público ou privado, que lhe cause morte ou dano ou sofrimento físico ou psicológico. Então em caso de suspeita ou confirmação de violência contra PCD é exigido que no mínimo a autoridade policial e o MP sejam notificados pelos serviços de saúde. Outras autoridades podem ser notificadas como os conselhos da PCD. A colega está dizendo que aconteceu um caso de um adolescente autista que foi espancado por seus colegas de escola. Nessa situação, esse jovem vai chegar ao atendimento de saúde (público ou privado) e é o caso de confirmação da violência. Não são os pais que vão levar à polícia, não é a escola. O serviço de saúde já vai verificar que o adolescente é autista e foi vítima de violência e vai informar às autoridades porque ele está obrigado a fazer essa notificação às autoridades policiais e ao Ministério Público. As autoridades policiais vão tomar as medidas cabíveis sem precisar de nenhuma denúncia dos pais ou da escola. Isso, infelizmente, é comum. Nesse exemplo que a colega trouxe, a violência aconteceu em público. Mas vamos ter isso com muita frequência em casa, quando o atendente ou acompanhante violenta a PCD. Essa violência é especificada no parágrafo único desse artigo como qualquer ação ou omissão, praticada em local público ou privado, que lhe cause morte ou dano ou sofrimento físico ou psicológico. Essa violência não é apenas uma violência física, pode ser psicológica, que é mais difícil de ser verificada. Mas chegou ao hospital, verificada uma suspeita ou confirmada a violência, se exige dos serviços de saúde que notifiquem às autoridades. Alguns alunos que trabalham nos serviços de saúde me perguntam Professor, às vezes nós temos a suspeita, mas é difícil, ficamos na dúvida de 14 concurseiro.vip

15 MPU VIP Acessibilidade Prof. Mateus Silveira como agir Notifica. Você não está acusando ninguém, você vai falar olha essa lesão pode ter ocorrido por uma violência ou a pessoa pode ter caído e se machucado. Você notificou. Quem é obrigado a fazer a investigação é a autoridade policial. Claro que, infelizmente, quando chega à polícia, não se tem condição de fazer um CSI, mas faça sua parte e notifique as autoridades. (...) Toda essa construção faz parte da ideia da proteção integral, que está estabelecida no artigo 8º das disposições preliminares, compete a nós, como sociedade, atuarmos na proteção das pessoas com deficiência. Falamos então do direito à vida, à habilitação e reabilitação e à saúde. Agora entraremos no capitulo IV que aborda o direito à educação. Vamos à leitura do artigo 27. Art. 27. A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem. Parágrafo único. É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência e discriminação. Um ponto importante aqui: lembrar do artigo 208, inciso III da CF que estabelece que o ensino da pessoa com deficiência se dá na escola regular. A educação que muda. Não é a pessoa com deficiência que tem que mudar de escola. É a educação como um todo que tem que ser uma educação inclusiva. O ENEM no ensino médio provocou uma mudança que é a interdisciplinaridade. Hoje, a gente pensa os conteúdos de modo mais interdisciplinar, as matérias se comunicam entre si, não são mais matérias compartimentadas. A gente vê essas mudanças inclusive nos concursos públicos, quando possível, é cobrado dois, três conteúdos em uma mesma questão. Bom, um desafio que temos para a educação do século XXI é esse: modificar a nossa estrutura educacional e, sem dúvida nenhuma, praticar uma educação inclusiva. Poder Público, professores, os quais são exigidos uma mudança na forma de ver a sala de aula, nos métodos, na forma de atuar, e provocados a saírem da zona de conforto. A educação precisa ser inclusiva, precisa ter um processo de aprendizagem que possa ser mais universal. É quase uma ideia de dar a educação um desenho universal, ou seja, eu conseguir que a minha aula seja acessível a todas as pessoas. O artigo 28 ele vai listar várias coisas que incumbem ao Poder Público assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar relacionadas à educação da PCD. São diversas políticas públicas, por exemplo, o sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalidades, bem como o aprendizado ao longo de toda a vida; um aprimoramento dos sistemas educacionais, visando a garantir condições de acesso, permanência, participação e aprendizagem, por meio da oferta de serviços e de recursos de acessibilidade que eliminem as barreiras e promovam a inclusão plena; um projeto pedagógico que institucionalize o atendimento educacional especializado, assim como os demais serviços e adaptações razoáveis, para atender às características dos estudantes com deficiência e garantir o seu pleno acesso ao currículo em condições de igualdade, promovendo a conquista e o exercício de sua autonomia. Bom, a escola é o berço dessa inclusão, é onde vamos propiciar a autonomia, a inclusão das PCD. concurseiro.vip 15

16 Todas essas políticas listadas pelo artigo 28 incubem ao Poder Público e a grande novidade que foi colocada é não é apenas obrigação do Poder Público. O parágrafo do artigo 28 vai dizer que é também obrigação da iniciativa privada. E a iniciativa privada quando exercem os serviços de educação é obrigada a cumprir com isso, ou seja, ela tem que realizar essas políticas públicas porque a educação é uma concessão que o Poder Público dá à iniciativa privada, então ela não está liberada de cumprir com essas determinações. Quais são as determinações que a iniciativa privada ficou liberada de cumprir? Apenas duas. Os incisos IV e VI: IV oferta de educação bilíngue, em Libras como primeira língua e na modalidade escrita da língua portuguesa como segunda língua, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas; Nesse caso, a iniciativa privada não é obrigada a cumprir sem colocar um custo. VI pesquisas voltadas para o desenvolvimento de novos métodos e técnicas pedagógicas, de materiais didáticos, de equipamentos e de recursos de tecnologia assistiva; Aqui é um clássico do Poder Público, que precisa realizar pesquisas de novos métodos, formar professores que tenham conhecimento de técnicas pedagógicas, etc. Então o parágrafo primeiro traz que esses dois incisos do artigo 28 não são extensivos à iniciativa privada, os demais são obrigatórios tanto para o Poder Público quanto para a iniciativa privada. E o detalhe desse parágrafo é que a iniciativa privada não pode acrescentar preço com justificativa que ela tem que implementar um desses itens do artigo 28. É cumprimento de política pública já que você atua na área de educação. Isso foi objeto de discussão judicial, e o Supremo Tribunal Federal já decidiu que é constitucional que empresas privadas de educação sejam obrigadas a cumprir com as políticas públicas estabelecidas no artigo 28. A decisão do Supremo foi baseada no fato de que a educação é um serviço público concedido para a iniciativa privada. E não é por ter sido concedido que a iniciativa privada não tenha que cumprir com as políticas públicas de educação. Colega: Pode negar matrícula? Jamais. Não podia antes do Estatuto, hoje está muito mais claro isso. Ah, mas é que aqui eu tenho dificuldade por não ter elevador ou acessibilidade a todos os lugares faça acessibilidade, crie acessibilidade, você é obrigado a fazer isso. E outra, as pessoas com deficiência não podem em nenhum momento se sentir como se fosse um problema naquele ambiente. O ambiente tem que se tornar acessível e inclusivo. Sobre a decisão do STF: a ação direta de inconstitucionalidade 5357, que foi analisada pelo ministro Edson Fachin e a decisão saiu no informativo 829, declarou os dispositivos do artigo 28 parágrafo primeiro e do caput do artigo 30, que vamos ver, como inconstitucionais. Determinando exatamente que a iniciativa privada realize políticas públicas porque ela exerce uma concessão de um serviço público. 16 concurseiro.vip

17 MPU VIP Acessibilidade Prof. Mateus Silveira O parágrafo 2º vai dizer um pouquinho dos tradutores. Tem que estabelecer o direito a tradutores e intérpretes de libras, inclusive trouxe um exemplo na aula anterior sobre ser professor do ensino federal e da presença de tradutores e intérpretes de libras que é muito importante para os alunos que comunicam em libras. Esse parágrafo traz essa temática. Deve-se observar o seguinte: 1. Para educação básica, os tradutores e intérpretes de Libras devem, no mínimo, possuir ensino médio completo e certificado de proficiência na Libras; 2. Para graduação e pós-graduação, os tradutores e intérpretes da Libras devem possuir nível superior, com habilitação, prioritariamente, em Tradução e Interpretação em Libras. Texto integral do artigo 28: Art. 28. Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar: I sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalidades, bem como o aprendizado ao longo de toda a vida; II aprimoramento dos sistemas educacionais, visando a garantir condições de acesso, permanência, participação e aprendizagem, por meio da oferta de serviços e de recursos de acessibilidade que eliminem as barreiras e promovam a inclusão plena; III projeto pedagógico que institucionalize o atendimento educacional especializado, assim como os demais serviços e adaptações razoáveis, para atender às características dos estudantes com deficiência e garantir o seu pleno acesso ao currículo em condições de igualdade, promovendo a conquista e o exercício de sua autonomia; IV oferta de educação bilíngue, em Libras como primeira língua e na modalidade escrita da língua portuguesa como segunda língua, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas; concurseiro.vip 17

18 V adoção de medidas individualizadas e coletivas em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social dos estudantes com deficiência, favorecendo o acesso, a permanência, a participação e a aprendizagem em instituições de ensino; VI pesquisas voltadas para o desenvolvimento de novos métodos e técnicas pedagógicas, de materiais didáticos, de equipamentos e de recursos de tecnologia assistiva; VII planejamento de estudo de caso, de elaboração de plano de atendimento educacional especializado, de organização de recursos e serviços de acessibilidade e de disponibilização e usabilidade pedagógica de recursos de tecnologia assistiva; VIII participação dos estudantes com deficiência e de suas famílias nas diversas instâncias de atuação da comunidade escolar; IX adoção de medidas de apoio que favoreçam o desenvolvimento dos aspectos linguísticos, culturais, vocacionais e profissionais, levando-se em conta o talento, a criatividade, as habilidades e os interesses do estudante com deficiência; X adoção de práticas pedagógicas inclusivas pelos programas de formação inicial e continuada de professores e oferta de formação continuada para o atendimento educacional especializado; XI formação e disponibilização de professores para o atendimento educacional especializado, de tradutores e intérpretes da Libras, de guias intérpretes e de profissionais de apoio; XII oferta de ensino da Libras, do Sistema Braille e de uso de recursos de tecnologia assistiva, de forma a ampliar habilidades funcionais dos estudantes, promovendo sua autonomia e participação; XIII acesso à educação superior e à educação profissional e tecnológica em igualdade de oportunidades e condições com as demais pessoas; XIV inclusão em conteúdos curriculares, em cursos de nível superior e de educação profissional técnica e tecnológica, de temas relacionados à pessoa com deficiência nos respectivos campos de conhecimento; XV acesso da pessoa com deficiência, em igualdade de condições, a jogos e a atividades recreativas, esportivas e de lazer, no sistema escolar; XVI acessibilidade para todos os estudantes, trabalhadores da educação e demais integrantes da comunidade escolar às edificações, aos ambientes e às atividades concernentes a todas as modalidades, etapas e níveis de ensino; XVII oferta de profissionais de apoio escolar; XVIII articulação intersetorial na implementação de políticas públicas. 1º Às instituições privadas, de qualquer nível e modalidade de ensino, aplica-se obrigatoriamente o disposto nos incisos I, II, III, V, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIV, XV, XVI, XVII e XVIII do caput deste artigo, sendo vedada a cobrança de valores adicionais de qualquer natureza em suas mensalidades, anuidades e matrículas no cumprimento dessas determinações. 2º Na disponibilização de tradutores e intérpretes da Libras a que se refere o inciso XI do caput deste artigo, deve-se observar o seguinte: 18 concurseiro.vip

19 MPU VIP Acessibilidade Prof. Mateus Silveira I os tradutores e intérpretes da Libras atuantes na educação básica devem, no mínimo, possuir ensino médio completo e certificado de proficiência na Libras; II os tradutores e intérpretes da Libras, quando direcionados à tarefa de interpretar nas salas de aula dos cursos de graduação e pós-graduação, devem possuir nível superior, com habilitação, prioritariamente, em Tradução e Interpretação em Libras. Outra questão que as instituições privadas reclamaram naquela ADI é sobre o artigo 30 que exige que nos processos seletivos para ingresso, como o antigo vestibular, ou uma seleção para admissão de alunos de uma Universidade é necessário adotar algumas exigências como: ter atendimento preferencial à PCD; disponibilizar um formulário específico para que a PCD informe os recursos de acessibilidade e de tecnologia assistiva que são necessários para sua participação (leitor, caracteres maiores, etc.); etc. Íntegra do artigo 30: Art. 30. Nos processos seletivos para ingresso e permanência nos cursos oferecidos pelas instituições de ensino superior e de educação profissional e tecnológica, públicas e privadas, devem ser adotadas as seguintes medidas: I atendimento preferencial à pessoa com deficiência nas dependências das Instituições de Ensino Superior (IES) e nos serviços; II disponibilização de formulário de inscrição de exames com campos específicos para que o candidato com deficiência informe os recursos de acessibilidade e de tecnologia assistiva necessários para sua participação; III disponibilização de provas em formatos acessíveis para atendimento às necessidades específicas do candidato com deficiência; IV disponibilização de recursos de acessibilidade e de tecnologia assistiva adequados, previamente solicitados e escolhidos pelo candidato com deficiência; V dilação de tempo, conforme demanda apresentada pelo candidato com deficiência, tanto na realização de exame para seleção quanto nas atividades acadêmicas, mediante prévia solicitação e comprovação da necessidade; VI adoção de critérios de avaliação das provas escritas, discursivas ou de redação que considerem a singularidade linguística da pessoa com deficiência, no domínio da modalidade escrita da língua portuguesa; VII tradução completa do edital e de suas retificações em Libras. Muitas vezes em avaliações discursivas, é necessário, por exemplo, pensar na pessoa que escolhe como linguagem a libras, já que se comunicou toda vida através dela. A questão da não oralidade pode diminuir a construção de um vocabulário, vai diminuir o acesso que a pessoa teve a livros, etc. porque não vamos ter tantos disponíveis. O inciso VI traz isso, que se tenha uma atenção maior e inclusive um critério de avaliação diferenciado para que não se exija de uma pessoa que não teve um acesso tão grande a cultura porque falta (livros em braile, comunicação em libras, etc.) na construção de questões discursivas assim como se exige dos demais. concurseiro.vip 19

20 Inclusive, o Ministério Público Eleitoral de alguns estados estão entrando com ação para quem tem feito propaganda sem o tradutor de libras. Agora que as verbas de campanha estão escassas e a contratação de tradutor gera uma despesa, estão deixando de fazê-la e o MP Eleitoral está entrando com ação contra essas propagandas eleitorais. Colega: As empresas de iniciativa privada não precisam cumprir o que o inciso IV do artigo 28 traz? Elas não são obrigadas a cumprir aquele item tal qual o Poder Público é, mas precisa ter um tradutor/intérprete de libras? Sim. Porque não está no inciso IV, está no XI. O que o inciso IV traz como o que não está obrigado a iniciativa privada é ofertar, como um curso, que exista educação bilíngue e a libras como primeira língua. Agora, em toda sala de aula que se tenha um aluno que tenha deficiência auditiva, vai ser necessário que se tenha um tradutor/intérprete. No Poder Público temos que ter turmas com libras sendo oferecida como primeira língua e educação bilíngue. Na iniciativa privada, não. Essa é a ideia. Para fechar, vamos fazer algumas questões. Essa questão foi cobrada para o cargo de promotor do MPE-SC logo que o Estatuto foi aprovado, ou seja, o mais alto nível de concurso, e cobrou a literalidade da Lei. A diferença que a Cespe deve trazer é que ela pode contextualizar a cobrança da literalidade, ela apresenta um caso e contextualiza a cobrança, que deve ser o domínio da norma. Questão 1: O Estatuto da Pessoa com deficiência estabelece que as instituições privadas, de qualquer nível e modalidade de ensino, devem obrigatoriamente ofertar educação bilíngue, em Libras como primeira língua e na modalidade escrita da língua portuguesa como segunda língua, em escolas e classes bilíngües e em escolas inclusivas, sendo vedada a cobrança de valores adicionais de qualquer natureza em suas mensalidades, anuidades e matrículas no cumprimento dessa determinação. Comentário: Errado, porque aqui é a exceção do artigo 28, inciso IV e parágrafo 1º. Não é obrigatório às entidades privadas, mas apenas às púbicas. 20 concurseiro.vip

21 MPU VIP Acessibilidade Prof. Mateus Silveira Questão 2: No que se refere ao Estatuto da PCD, julgue o item: As escolas particulares podem cobrar dos estudantes com deficiência mensalidades com valores maiores que os das mensalidades cobradas de estudantes sem deficiência. Comentário: Errado. Artigo 28, parágrafo 1º deixa isso bem claro e também o Princípio da isonomia, etc. Vamos para o próximo direito fundamental. Já falamos dos direitos à vida, à habilitação e reabilitação, à saúde, à educação e agora abordaremos o direito à moradia. No direito à moradia precisaremos relembrar dois conceitos que vimos no artigo 3º: residência inclusiva e moradia para vida independente. A residência inclusiva é um local da assistência social para acolher pessoas com deficiência que não tenham condições de se manter e nem de serem mantidas por suas famílias e precisam de atendimento direto, como são necessitados serão atendidos pela assistência social. Colega: Dá pra ser uma espécie de abrigo? É algo mais complexo que o abrigo, o abrigo você entre hoje à noite, recebe uma alimentação, dorme lá porque está frio, mas amanhã de manhã você sai. Até porque não se abriga pessoas que fiquem dentro do sistema sem nenhuma motivação. O caso do abrigo, principalmente no Rio Grande do Sul, é bastante voltado aos moradores de rua em noites frias, para que tenham um local para serem abrigados e receberem alimentação, banho, etc. Agora na residência inclusiva estamos falando de algo mais amplo. Por exemplo, uma pessoa com deficiência que precisa de cuidados diários para sua higiene, saúde, alimentação. Ela não tem recursos, até recebe um benefício assistencial do Estado, mas é insuficiente. E a família não tem condições de ajudá-la. Ela se enquadra na ideia do conceito de necessitado. O Estado terá um local do Sistema Único de Assistência Social que vai se chamar residência inclusiva, no qual ela poderá morar e ter acesso aos serviços que necessita. Por que ela? Porque ela é uma pessoa com deficiência que necessita de um cuidado diário e não teria condição de buscá-lo em nenhum outro meio. É como se fosse um internamento (...). Tem aqui no RS, em Porto Alegre, próximo ao estádio do Beira-rio, um terreno enorme que pertencia a FASE (a FEBEM do RS), no qual uma área tem uma residência inclusiva para crianças, jovens e até adultos. Por exemplo, uma criança órfã que tenha necessidade de utilizar sonda e tenha mobilidade reduzida será mantida em uma residência inclusiva. Ou seja, naqueles casos em que os necessitados precisem de uma atenção de- concurseiro.vip 21

22 vido à sua deficiência diária, por exemplo, um atendente pessoal ou de alguém da família, que possam ter isso fornecido pelo Estado. Mistura a ideia de um lar, de um abrigo e de serviços. Moradia para vida independente é um local coletivo no qual o adulto ou jovem com deficiência podem morar e são oferecidos serviços individualizados e serviços coletivos. Será um local acessível e que, em regra, vai ter a contribuição da pessoa com deficiência. Não é para necessitado, mas sim, para que as pessoas tenham um local mais acessível, mais adequado para morar. Podem ser instituições filantrópicas como um lar, podem ser casas que reúnam pessoas, enfim, a nomenclatura não está muito clara quanto a essa estruturação, mas seria uma ideia aproximada aos antigos asilos (hoje casas de repouso). (...) Aluna: Para participar de uma residência inclusiva é necessário comprovar a carência, a necessidade? Sim, porque o Estado não vai oferecer muitas vagas e precisa ter um perfil de quem ele atende, precisa saber se aquela pessoa realmente precisa da atuação do Estado. É um compromisso grande, afinal são pessoas que têm uma dependência maior e precisam de uma atenção maior e o Estado que concederá isso. Então com certeza vai ter uma análise que não é estabelecida na Lei diretamente e por isso que temos os Decretos. O que é um Decreto? O Decreto regulamenta a Lei. Vai dizer como vou cumpri-la. A Lei vai dizer: teremos residências inclusivas oferecidas pelo Estado. E o decreto vai dizer o jeito com que será feito, etc.. O Decreto não está na nossa matéria e, por isso, a gente só esclarece de modo mais genérico. Seguindo no Direito à moradia, após passar por esses conceitos de residência inclusiva e moradia para a vida independente, vamos ver outros direitos que estão aqui... Leitura do artigo 31: Art. 31. A pessoa com deficiência tem direito à moradia digna, no seio da família natural ou substituta, com seu cônjuge ou companheiro ou desacompanhada, ou em moradia para a vida independente da pessoa com deficiência, ou, ainda, em residência inclusiva. 1º O poder público adotará programas e ações estratégicas para apoiar a criação e a manutenção de moradia para a vida independente da pessoa com deficiência. 2º A proteção integral na modalidade de residência inclusiva será prestada no âmbito do Suas à pessoa com deficiência em situação de dependência que não disponha de condições de autossustentabilidade, com vínculos familiares fragilizados ou rompidos. O que está nos dizendo? Teremos políticas públicas para incentivar a criação das moradias para a vida independente das PCD e, além disso, as PCD poderão morar onde quiserem, com a família natural ou substituta, etc.. O que é a família substituta? É a família que advém de adoção, guarda ou tutela. Poderão morar com o cônjuge, companheiro ou sozinha, ou ainda morar em residência inclusiva ou com outras pessoas em moradia para a vida independente. Vejam que são modelos diferentes de residência de proteção. Para quem é a residência inclusiva? Para a pessoa com deficiência em situação de dependência que não disponha de condições de se auto sustentar, com vínculos familiares fragilizados ou rompidos. 22 concurseiro.vip

23 MPU VIP Acessibilidade Prof. Mateus Silveira O artigo 32 se preocupa com os programas habitacionais que sejam completamente subsidiados pelo Poder Público ou parcialmente subsidiados e traz algumas regras em relação à PCD que gozará, junto ao seu responsável, de prioridade na aquisição de imóvel para moradia própria. Primeiro vamos diferenciar programas habitacionais públicos ou subsidiados com recursos públicos. Programa habitacional público é quando é criado um cadastro com pessoas que vivem em condições bem ruins de habitação e ao ser aberto esse programa, essas pessoas serão colocadas em habitações dignas. Isso ocorre em todos os lugares, principalmente nos grandes centros, em que se tiram as pessoas que estão sub-habitando algum lugar e as coloca numa habitação mais digna. Normalmente, esses programas não exigem um pagamento de um valor, não se equipara a compra de um imóvel, mas sim, que a pessoa pague um custo mínimo para simbolizar a posse daquele bem. Em relação aos Programas subsidiados pelo Poder Público, existem vários níveis desse subsídio, um exemplo claro para essa ideia do art. 32 é aquele nível 1 do programa Minha casa, Minha vida, no qual o Poder Público auxilia com um valor e ajuda pessoas com uma renda mais baixa a adquirir o seu primeiro imóvel. Então o artigo 32 traz algumas observações em seus incisos como: reserva de, no mínimo, 3% (três por cento) das unidades habitacionais para pessoa com deficiência (...) e outra, essas unidades precisam ser acessíveis. Em caso de edificação multifamiliar, garantia de acessibilidade nas áreas de uso comum e nas unidades habitacionais no piso térreo e de acessibilidade ou de adaptação razoável nos demais pisos. O que é uma edificação multifamiliar? É uma edificação em que morem muitas famílias, são condomínios, edifícios com vários apartamentos (...) o fato de se buscar que as áreas de uso comum fiquem no térreo é também uma questão de custo mais baixo, já que poucos conjuntos habitacionais terão a possibilidade de ter elevador. E disponibilização de equipamentos urbanos comunitários acessíveis. E, por fim, elaboração de especificações técnicas no projeto que permitam a instalação de elevadores. Outro ponto apresentado no parágrafo 1º desse artigo é que esse direito à prioridade será reconhecido apenas uma vez. Agora quero trocar meu apartamento por um maior aí é contigo! Íntegra do artigo 32: Art. 32. Nos programas habitacionais, públicos ou subsidiados com recursos públicos, a pessoa com deficiência ou o seu responsável goza de prioridade na aquisição de imóvel para moradia própria, observado o seguinte: I reserva de, no mínimo, 3% (três por cento) das unidades habitacionais para pessoa com deficiência; II (VETADO); III em caso de edificação multifamiliar, garantia de acessibilidade nas áreas de uso comum e nas unidades habitacionais no piso térreo e de acessibilidade ou de adaptação razoável nos demais pisos; IV disponibilização de equipamentos urbanos comunitários acessíveis; V elaboração de especificações técnicas no projeto que permitam a instalação de elevadores. concurseiro.vip 23

24 1º O direito à prioridade, previsto no caput deste artigo, será reconhecido à pessoa com deficiência beneficiária apenas uma vez. 2º Nos programas habitacionais públicos, os critérios de financiamento devem ser compatíveis com os rendimentos da pessoa com deficiência ou de sua família. 3º Caso não haja pessoa com deficiência interessada nas unidades habitacionais reservadas por força do disposto no inciso I do caput deste artigo, as unidades não utilizadas serão disponibilizadas às demais pessoas. Feitas essas construções, chegamos ao nosso sexto direito fundamental, que é o direito ao trabalho. Repetindo, quais são os direitos fundamentais que já vimos: à vida, à habilitação e reabilitação, à saúde, à educação, à moradia. Em relação ao direito ao trabalho temos que nos lembrar de: ambiente inclusivo e colocação competitiva. Ou seja, eu não vou ter a função X que é para pessoas com deficiência, eu tenho qualquer função que pode ser ocupada por uma pessoa com deficiência. Esse é um elemento que precisa crescer muito no mercado de trabalho já que, em regra, é abrimos vagas para pessoas com deficiência só naquela posição, só naquele local. Você não entra como trainée, vou entrar, passar pelo treinamento e posso ir a qualquer função da empresa. Em regra, hoje, as empresas reservam uma função já que precisa cumprir a regra do decreto 3298 que estabelece que se eu tenho mais de 100 empregados preciso ter x% de pessoas com deficiência ou advindas de processo de reabilitação. Então a ideia da colocação competitiva é que a pessoa com deficiência possa acessar o mercado de trabalho e ser colocada em igualdade de competição, possa acessar qualquer posto, possa entrar como trainée e chegar a diretor. Leitura do art. 34: Art. 34. A pessoa com deficiência tem direito ao trabalho de sua livre escolha e aceitação, em ambiente acessível e inclusivo, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas. 1º As pessoas jurídicas de direito público, privado ou de qualquer natureza são obrigadas a garantir ambientes de trabalho acessíveis e inclusivos. 2º A pessoa com deficiência tem direito, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, a condições justas e favoráveis de trabalho, incluindo igual remuneração por trabalho de igual valor. 3º É vedada restrição ao trabalho da pessoa com deficiência e qualquer discriminação em razão de sua condição, inclusive nas etapas de recrutamento, seleção, contratação, admissão, exames admissional e periódico, permanência no emprego, ascensão profissional e reabilitação profissional, bem como exigência de aptidão plena. 24 concurseiro.vip

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