ICMS SP NOVO PARCELAMENTO ESPECIAL NOVAS REGRAS (PEP) DECRETO ( ) ALTERAÇÃO DO DECRETO ( )

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1 ESPECIALIDADES TRIBUTÁRIO SOCIETÁRIO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO E SOCIETÁRIO CONSTITUIÇÃO E EXTINÇÃO DE SOCIEDADES DEFESAS FISCAIS CONTRA AUTOS DE INFRAÇÃO DEFESAS ADMINISTRATIVAS EM GERAL MANDADOS DE SEGURANÇA EM DIREITO PÚBLICO AÇÕES DECLARATÓRIAS DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICO TRIBUTÁRIA ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL EXECUÇÃO FISCAL ADVOGADOS ENDEREÇO ADONILSON FRANCO Al. Santos, º andar, cjs. 407/408/409 JANAINA CRISTINA MÁXIMO Jardins São Paulo (SP) CEP RUBENS PEREIRA DE NOVAES JR Tel.: (+55) DÁVILA BARBOSA SENZIALE MACHADO E mail: franco@francoadvogados.com.br Web: CORRESPONDENTES: BELO HORIZONTE BLUMENAU CAMPINAS CUIABÁ DISTRITO FEDERAL FORTALEZA RECIFE MANAUS PORTO ALEGRE RIO DE JANEIRO SÃO LUIS LICITAÇÕES PÚBLICAS (ANÁLISES DE EDITAL, IMPUGNAÇÃO E RECURSOS LICITATÓRIOS) RECURSOS E DEFESAS PERANTE TRIBUNAIS DE CONTA AÇÕES JUDICIAIS EM GERAL PROCESSOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA AÇÕES TRABALHISTAS (DEFESAS OU INICIAIS) CONTRATOS PÚBLICOS OU PRIVADOS (INCLUSIVE INTERNACIONAIS EM INGLÊS) PROCESSOS ADMINISTRATIVOS PERANTE MINISTÉRIOS PÚBLICOS PARECERES JURÍDICOS EM DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO MARCAS E PATENTES FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO JUDICIAL/EXTRAJUDICIAL ICMS SP NOVO PARCELAMENTO ESPECIAL NOVAS REGRAS (PEP) DECRETO ( ) ALTERAÇÃO DO DECRETO ( ) Nota Importante: Informamos que o Decreto ( ) alterou as regras anteriores, agora para autorizar que os débitos decorrentes de ICMS: a) incidente sobre o desembaraço aduaneiro de mercadoria importada e; b) devido por sujeito passivo de substituição tributária, também poderão, ambos, ser parcelados em até 120 vezes. Ambas as situações, nos termos do Decreto , só podiam ser beneficiadas pela anistia parcial redução de multa e juros se pagas à vista. Agora podem ser pagas em até 120 parcelas! (VIDE QUADRO SINÓTICO, ABAIXO, ITEM 02, COLUNA 2 EXCEÇÃO, LETRAS A E B ; SOMENTE EM RELAÇÃO À LETRA C PROSSEGUE SENDO EXIGIDO O PAGAMENTO À VISTA). Para facilitar a compreensão reenviamos a matéria divulgada a todos em fevereiro deste ano, com expressa indicação, abaixo, dos itens ora alterados, lembrando que o prazo para adesão vence em (Decreto ). É sabido que o pífio desempenho da economia tem levado os Estados e Municípios a perder arrecadação, ao mesmo tempo em que as demandas por despesas vem crescendo. Um dos fatores que têm contribuído para isto, no caso dos Estados, agora, tem a ver com a determinação da nova alíquota do ICMS interestadual no caso daqueles que perderão arrecadação (sobre o funcionamento da nova alíquota interestadual Resolução Senado Federal 13, vide nosso Informativo nº 27 em De todo modo, há um movimento tendente a obter reforço de caixa a qualquer custo. É dentro desse contexto que vem à luz o novo Programa Especial de Parcelamento (PEP) paulista. NOTA: COMO ESSE DECRETO NASCEU DEBAIXO DE AUTORIZAÇÃO DADA POR TODOS OS DEMAIS ESTADOS FEDERATIVOS NO ÂMBITO DO CONVÊNIO ICMS 108/2012 (CELEBRADO EM 28/09/12), É INTERESSANTE QUE OS CONTRIBUINTES DO ICMS DE OUTROS ESTADOS ESTUDEM AS LEGISLAÇÕES EQUIVALENTES PROMULGADAS EM SEUS RESPECTIVOS ÂMBITOS (PROVAVELMENTE, TAIS LEGISLAÇÕES GUARDARÃO ESTREITA SEMELHANÇA COM A PAULISTA, OBJETO DOS PRESENTES ESTUDOS). Para entender de forma clara e simples as condições do novo PEP, elaboramos o Quadro Sinótico, abaixo. Sugerimos que cada contribuinte verifique se há situações concretas, suas, que se enquadrem e se beneficiem do novo PPE.

2 Página 2 de 5 COLUNA 1 COLUNA 2 COLUNA 3 ITEM REGRA EXCEÇÃO COMENTÁRIOS O QUE ABRANGE Outros tributos estaduais Como o novo PPE paulista foi Parte dos juros e das multas de ICMS como IPVA, por exemplo, não autorizado por Convênio entre referente a fatos geradores ocorridos até foram alcançados pelo os Estados firmado no âmbito 31/05/12 benefício do Confaz (CONVÊNIO ICMS ICMS objeto de denúncia espontânea Fatos geradores ocorridos a 108/2012), significa isto que promovida pelo próprio contribuinte partir de 01/06/12 não estão vários Estados estão relativo a fatos geradores ocorridos até abrangidos pelo benefício conduzindo, simultaneamente, 31/07/12, não informados por meio de GIA Débito decorrente de descumprimento de (com a exceção indicada ao lado sob a COLUNA 1 ITEM 01) programas de expurgos de parte dos juros e multas devidos por seus respectivos obrigação acessória verificado até No caso de empresas contribuintes, na desesperada 31/07/12 enquadradas no Simples tentativa de obter recursos 01 Saldo remanescente do Parcelamento anterior (PPI DEC /07) rompido até 31/05/12, desde que inscrito na Nacional, não poderão ser liquidados débitos: a) informados na Declaração financeiros rapidamente Isso prova, outrossim, que o ICMS é um dos grandes vilões Dívida Ativa Anual do Simples Nacional senão o vilão da Débitos de contribuinte inscrito no b) exigidos por meio de Auto de insuportável carga tributária Simples Nacional relacionados: Infração brasileira, merecedor de a) a substituição tributária ou ao recorrentes programas recolhimento antecipado (em parcela especiais de parcelamento. única conforme orientações do ITEM 02, ABAIXO COLUNA 1) b) ao diferencial de alíquota (nesse caso o recolhimento deve ser realizado em parcela única ou em parcelas conforme regras indicadas no ITEM 02, ABAIXO COLUNA 1) 02 REDUÇÕES PERCENTUAIS (VARIÁVEIS CONFORME PRAZO DE RECOLHIMENTO) Recolhimento: 1. Parcela única: atualizada) = redução de 75% (DEC , ART. 1º, I) punitiva) = redução de 60% (DEC , ART. 1º, I) 2. Até 24 meses: c. acréscimos financeiros = 0,64% a. m. (DEC , ART. 1º, II, A ) 3. De 25 a 60 meses: c. acréscimos financeiros = 0,80% a. m. (DEC , ART. 1º, II, B ) 4. De 61 a 120 meses: c. acréscimos financeiros = 1% a. m. (DEC , ART. 1º, II, C ) Principal do valor do imposto não é atingido pelo benefício. Somente multa (moratória e punitiva) e juros. NOTA: MULTA MORATÓRIA É AQUELA PAGA ESPONTANEAMENTE PELO CONTRIBUINTE ANTES DA AUTUAÇÃO FISCAL (SEU LIMITE MÁXIMO É DE 20%). MULTA PUNITIVA É AQUELA EXIGIDA PELO FISCO EM PROCEDIMENTO FISCALIZATÓRIO (AUTUAÇÃO FISCAL E GERALMENTE FIXADA EM 50% OU 100% DO VALOR DO ICMS). A MULTA PUNITIVA EXCLUI A MULTA MORATÓRIA E VICE VERSA. É alcançado pelo benefício, porém deve ser liquidado em parcela única, o ICMS referente a: a) desembaraço aduaneiro de mercadoria importada para comercialização ou industrialização (essa hipótese agora pode também ser parcelada em até 120 vezes Decreto 59413) b) substituição tributária (essa hipótese agora pode também ser parcelada em até 120 vezes Decreto ) c) d) contribuinte em situação cadastral irregular, salvo se o débito existente estiver inscrito na Dívida Por lei (CTN, art. 180), a anistia nunca pode ser estendida ao principal do tributo, devendo ser limitada somente ao montante da multa e juros Importante lembrar que o que mais pesa na atualização do débito tributário, federal, estadual ou municipal, são sempre os juros porque, ao contrário da multa, não têm limitação percentual, além do que os juros incidem também sobre a multa punitiva O valor a ser recolhido no âmbito do atual PPE não poderá ser inferior a R$ 500,00

3 Página 3 de REDUÇÕES PERCENTUAIS DA MULTA PUNITIVA (AUTO DE INFRAÇÃO NÃO INSCRITO NA DÍVIDA ATIVA AIIM) Recolhimento do valor do Auto de Infração: 1. Prazo de até 15 dias da lavratura redução da multa = 70% (DEC , ART. 1º, 1º, 1) 2. Prazo de 16 a 30 dias da lavratura redução da multa = 60% (DEC , ART. 1º, 1º, 2) 3. Demais casos redução da multa = 45% (DEC , ART. 1º, 1º, 3) Procedimento para Adesão ao PEP A partir de 01/03/13 a 31/08/13 mediante acesso ao site: Selecionar os débitos fiscais a serem liquidados Emitir GARE ICMS correspondente à primeira parcela ou parcela única A obtenção do número do PEP gerado pelo sistema caracteriza a adesão ao programa. Entretanto, a adesão não significa celebração do parcelamento, a qual somente será considerada ocorrida com o recolhimento da 1ª parcela no prazo fixado Ativa e tiver sido iniciada Ação de Execução Fiscal contra o contribuinte Esse desconto adicional limita se à multa punitiva (não alcança multa moratória, tampouco os juros) Regra válida apenas para ICMS apurado em Auto de Infração referente a fatos geradores ocorridos até 31/05/12 As reduções da multa punitiva imposta em Auto de Infração normalmente é de 50% para pagamento em até 15 dias e de 25% para pagamento de 16 a 30 dias após a lavratura do Auto. O PPE está autorizando um desconto adicional nesses percentuais padrões, conforme indicado ao lado (COLUNA 1, ITEM 03) As reduções apontadas ao lado (DEC , ART. 1º, 1º, I E II) são cumulativas com aquelas indicadas no ITEM 02 COLUNA 1, SUPRA (DEC , ART. 1º, 1 A 3) Há uma falha na redação do Decreto que justifica nossos esclarecimentos no que se refere à cumulação das duas reduções. O texto legal sugere que a redução da multa de 75%, por exemplo (ITEM 02 COLUNA 1 DEC , ART. 1º, I), se cumularia com a redução de 70% (item 03 Coluna 1 DEC , ART. 1º, 1º, 1). Se fosse assim, a redução totalizaria, no exemplo, 145%, alcançando o principal, o que legalmente não é admitido. Assim, para expor a melhor interpretação, vamos tomar um exemplo em que a multa punitiva imposta tenha sido de 100% do valor do ICMS e o AIIM tenha sido pago dentro de 15 dias de sua lavratura. Essa multa será primeiramente reduzida em 75%, restando portanto, 25%. Esse percentual remanescente será novamente reduzido em 70%, restando ainda 7,5% a título de multa punitiva a ser pago pelo contribuinte autuado Vide, abaixo (ITEM 07 COLUNA 1), os efeitos do não pagamento da 1ª ou parcelas subsequentes O prazo final para adesão que nos termos do Decreto era 31/05/2013, foi ampliado para 31/08/2013 (Decreto ) Vencimento As parcelas subsequentes, no O vencimento da 1ª parcela ou única será: caso de parcelamento, vencerão 05 a) dia 25 do próprio mês no caso de adesão sempre no mesmo dia em que vencida a 1ª parcela

4 Página 4 de feita entre os dias 1º e 15 b) dia 10 do mês subsequente no caso de adesão feita entre os dias 16 e último dia do mês antecedente Pagamento das parcelas em atraso será feita com acréscimo de juros de 0,1% a. d. (3% a.m.) Efeitos da Adesão O parcelamento implica na renúncia de qualquer defesa ou recurso administrativo ou mesmo judicial, cuja desistência deverá ser comprovada no prazo de 60 dias contados da data do recolhimento da 1ª parcela, ou única, mediante apresentação, à Procuradoria, de cópia das petições protocoladas Será exigido do beneficiário autorização para débito automático do valor correspondente às parcelas subsequentes, em Banco conveniado com a SEFAZ Na hipótese de débitos ajuizados, deve ser oferecida a garantia exigida para Embargos à Execução, isto é, no montante integral do débito. A essa garantia devem ser acrescidas custas judiciais + honorários advocatícios do advogado da Fazenda Pública (5% do valor do débito fiscal incluído no parcelamento) Os valores depositados em garantia judicial poderão ser abatidos do débito a ser parcelado, salvo se a ação judicial já tiver sido definitivamente julgada em favor da Fazenda Paulista, caso em que eventual saldo do débito será parcelado segundo as regras do PPE (ou, havendo saldo em favor do contribuinte, este lhe será restituído) Rompimento da Adesão O parcelamento é considerado rompido, dentre outras: a) com a falta de pagamento da 1ª parcela ou de 4 ou mais parcelas, consecutivas, ou alternadas b) falta de pagamento de até 3 parcelas após 90 dias do vencimento da última prestação do parcelamento; c) não comprovação da desistência e do recolhimento das custas e encargos de eventuais ações, embargos à execução fiscal, impugnações, defesas e recursos judiciais apresentados d) declaração incorreta, no ato de adesão, do valor atualizado do depósito judicial (acaso existente), para fins de abatimento do saldo devedor, ou cujo depósito não se refira aos débitos incluídos no parcelamento e) descumprimento de outras condições estabelecidas em Resolução Conjunta da Secretaria da Fazenda (SEFAZ) e Procuradoria do Estado (PGE) f) O rompimento do parcelamento implica imediato cancelamento dos descontos, reincorporando se ao débito fiscal os valores reduzidos, tornando o débito imediatamente exigível, com os acréscimos legais (se o débito originário não estava inscrito na Dívida Ativa, será inscrito e ajuizada Ação de Execução ou, se já inscrito, a Ação de Execução terá prosseguimento) g) Não autoriza a restituição dos valores Ato conjunto da SEFAZ e PGE poderão autorizar utilização de guia de recolhimento em substituição ao débito automático bancário Apesar de todos os atos legais desse tipo afirmarem que a adesão implica automática confissão de dívida, isso não existe. Sua previsão é ilegal. Todo contribuinte tem direito de questionar no Judiciário os valores por ele próprio incluídos indevidamente na dívida declarada ao fisco (porém, jamais confessada irretratavelmente) Por enquanto não foi divulgada Resolução Conjunta SEFAZ e PGE. Sua publicação é essencial, sem o que os contribuintes não têm todas as regras necessárias para participar do PPE

5 Página 5 de 5 recolhidos antes da vigência do PPE Atenciosamente, Franco Advogados Associados. São Paulo, 20 de agosto de Franco Advogados Associados OAB SP 87066