População Indígena na Prevenção das DST Aids
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- Dalila da Rocha Beltrão
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1 População Indígena na Prevenção das DST Aids Desde o final da década de, o Programa Nacional de DST Aids tem apoiado diversas iniciativas dirigidas à população indígena no campo da prevenção, portanto, antes mesmo da implantação da atual política de saúde Indígena que estabelece a criação dos Distritos Sanitários especiais Indígena. Dentre estas iniciativas, destacamos os projetos de apoio para as ações de prevenção, a realização de oficinas macro regionais, a capacitação de agentes indígena de saúde e de outros profissionais de saúde, a produção de materiais educativos culturalmente contextualizados, a participação nas Conferências Nacionais de Saúde Indígena etc. Estas iniciativas foram desenvolvidas em parceria com ONG indígenas e indigenistas, municípios, universidades. Uma característica marcante deste trabalho tem sido o de favorecer a participação das comunidades nas atividades, respeitar as culturas indígenas e os saberes tradicionais além de fortalecer as organizações indígenas como sujeitos políticos na definição de prioridades da saúde pública. Dado a importância epidemiológica das DST e o aumento no número de casos de aids nesta população, o atual desafio é de fomentar a estruturação das ações de saúde indígena de forma sustentável. Neste sentido, tal como proposto na Lei Arouca Lei.3/, o Ministério da saúde, por meio do Programa Nacional da Secretaria de Vigilância em Saúde, tem investido na parceria com a Fundação Nacional de Saúde, executora da Saúde Indígena. Esta parceria procura apoiar a organização dos serviços de saúde que contemplem as ações de prevenção, assistência, vigilância e monitoramento no campo das DST/aids, no âmbito dos DSEI e rede de referência do SUS. Para tanto, é importante compreender as representações sociais dos processos de saúde e doença das comunidades indígenas e considerar o envolvimento de todos os atores sociais que possam participar como mediadores na construção de políticas e ações que resultem em atitudes e práticas preventivas e na melhoria da qualidade dos serviços. A população indígena tem a seguinte composição:. indivíduos 3. aldeias Mais de etnias 1 línguas 3 famílias lingüisticas Distribuição regional da população indígena: % na região norte, 3% no nordeste; 1% no Centro Oeste; % no Sul e % no Sudeste (SIASI/FUNASA - ). As ações de DST Aids preconizadas para serem desenvolvidas nos DSEI, em parceria com Estados e Municípios são: Educação e promoção de práticas seguras contextualizadas culturalmente; Vacinação contra a Hepatite B;
2 Aconselhamento pré e pós-teste anti-hiv e de VDRL; Oferta do teste anti-hiv, VDRL e HBSAG Aquisição em conjunto com Estados e Municípios de medicamentos para DST; Aquisição em conjunto com Estados e Municípios de preservativos; Manejar com DST por meio da abordagem sindrômica; Prevenção da transmissão vertical, do HIV, da hepatite e da sífilis congênita; Articulação com as propostas de prevenção do abuso de álcool e outras drogas Avanços: Aumento da cobertura do diagnóstico do HIV em gestantes; Capacitação de mais de agentes indígenas de saúde em prevenção das DST Aids; Pactuação das referências na maioria dos DSEI; Mais de % das casas de Saúde indígena realizando ações de prevenção; Aumento dos serviços de atenção básica realizando abordagem sindrômica das DST na rede de saúde indígena; Distribuição dos protocolos de tratamento, materiais instrucionais para capacitação dos profissionais de saúde e produção de materiais educativos no âmbito dos DSEI; Pactuação do fluxo de notificação dos casos, melhoria da notificação ainda que insuficiente Maior participação dos DSEI no planejamento das ações dos Estados, contemplando profissionais da rede de saúde indígena, para a incorporação de novas tecnologias nos serviços aconselhamento e teste rápido do HIV % dos DSEI com suprimento de medicamentos para tratamento das DST e preservativos em quantidade suficiente para atendimento da demanda Desafios da implantação das ações: Populações indígenas residentes em áreas urbanas sem dados de cobertura das ações Padrões diferenciados de vivencia da sexualidade na população indígena com redes extensas e complexas de parcerias sexuais; Casos de HIV entre usuários de drogas injetáveis na região sul em gestantes indígenas; Evidências de sub-notificação dos casos de HIV e aids e preenchimento precário dos dados nas fichas de notificação das gestantes HIV e crianças expostas nos serviços de referência; Implantação relativamente recente da política de saúde indígena (1), com modelo diferenciado de atenção e inexistência de avaliações abrangentes da implantação do sub-sistema de saúde indígena; Predomínio na saúde indígena de ações de caráter campanhista e não sistemáticas e de atendimento a demandas expontâneas; Inexistência de política de recursos humanos nos DSEI com alta rotatividade de profissionais de saúde das equipes multidisciplinares; Controle social em articulação na maioria dos DSEI Capacidade resolutiva do SUS em atender à demanda da população indígena e incorporação da dimensão intercultural Rede do SUS menos estruturada e descentralizada na Região Norte menor oferta de serviços de referência em DST Aids Inexistências de estratégias de enfrentamento do alcoolismo na maioria das comunidades mais afetadas por este problema Dados epidemiológicos e resultados consolidados pelo DESAI/FUNASA: Até dezembro de, há 1 casos de aids na população indígena adulta notificados, 13 casos em crianças e casos de gestantes HIV + notificados no SINAN (entre 1 e )
3 Os casos de aids têm sido mais observados entre índios residentes em áreas urbanas, mas que mantêm contatos freqüentes com as aldeias e entre índios residentes em áreas afetadas por projetos econômicos de grande impacto ambiental. Foram notificados no SINAN A pauperização da população indígena pressiona a migração para a área urbana. O segmento de mulheres tem sido bastante afetado, correspondendo a 3% dos casos de aids notificados. Há casos de sífilis congênita notificados no SINAN CASOS DE HIV, AIDS, SÍFILIS, HEPATITE E TUBERCULOSE EM INDÍGENAS. BRASIL, Sífilis Tuberculose Hepatite HIV soropositivo AIDS Sífilis Tuberculose Hepatite HIV soropositivo AIDS (DESAI Fonte SINAN e SIASI). Os casos de HIV são das gestantes CASOS DE AIDS EM INDÍGENAS SEGUNDO UF DE RESIDÊNCIA NO PERÍODO DE Série Pernambuco Pará Amapá Tocantins Alagoas Paraíba Rondônia Rio Grande do Norte
4 Casos de Gestante indígenas soropositiva para o HIV segundo a UF de notificação e ano do diagnóstico, Brasil, Ceará Paraiba Sergipe GESTANTES SOROPOSITIVAS PARA HIV - 1- (n=) CASOS DE AIDS EM INDÍGENAS SEGUNDO UF DE RESIDÊNCIA NO PERÍODO DE Série1 Pernambuco Pará 3 3 Amapá Tocantins Alagoas Paraíba Rondônia 1 1 Rio Grande do Norte
5 CASOS DE AIDS EM INDÍGENAS DO SEXO MASCULINO COM 13 ANOS OU MAIS POR UF DE RESIDÊNCIA E POR ANO DE DIAGNÓSTICO Brasil, Ceará Sergipe CASOS DE AIDS EM INDÍGENAS NO SEXO FEMININO COM 13 ANOS E MAIS, POR U.F. DE RESIDÊNCIA. Brasil, Amapá Paraíba Alagoas Pará Pernambuco PRÉ-NATAL - EXAMES REALIZADOS EM E n=. n= VDRL HIV Hepatite
6 MEDICAMENTOS PARA TRATAMENTO E SUPRIMENTO DE PRESERVATIVOS SUFICIENTE INSUFICIENTE NÃO INFORMOU Abord. Sindrômica Transm Vertical Aconselhamento Manejo Clin. de Hepatite TBVE CBVE p/ Tec e Aux. de Enf. Modulo DST/Aids p/ AIS Modulo DST/Aids p/ Parteiras Particip.nas oficinas de Prod.de Mat.
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