Livro Eletrônico Aula 00 Estatuto e Ética do Advogado p/ PGE-SP (Procurador do Estado)

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1 Livro Eletrônico Aula 00 Estatuto e Ética do Advogado p/ PGE-SP (Procurador do Estado) Professor: Daniel Mesquita

2 AULA ESTATUTO DA ADVOCACIA E CÓDIGO DE ÉTICA. DA ATIVIDADE DE ADVOCACIA, DOS DIREITOS DO ADVOGADO DIREITOS E PRERROGATIVAS DO ADVOGADO ESTATUTO DA ADVOCACIA E CÓDIGO DE ÉTICA. DA SOCIEDADE DE ADVOGADOS. DO ADVOGADO EMPREGADO. Sumário Sumário Considerações Iniciais Da Inscrição Introdução Inscrição principal e suplementar Cancelamento, interrupção e suspensão da inscrição Da Inscrição do Estagiário Da Atividade de advocacia Dos Direitos do Advogado Da defesa judicial dos direitos e das prerrogativas Da Sociedade do Advogado Natureza e personalidade jurídica Quanto ao nome da sociedade Demais considerações Do Advogado Empregado Verba sucumbencial Prof. Daniel Mesquita 1 de 31

3 AULA 00 - TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS 1 - Considerações Iniciais Hoje vamos estudar um dos principais assuntos do Estatuto da Advocacia e Código de Ética. É uma matéria relevante, que faz toda a diferença para a sua classificação. Além disso, a diretoria nacional da OAB orienta as seccionais a abrir consulta para analisar possíveis questionamentos. Diante das possibilidades de modificação do código que entrará em vigor, estudaremos o código que ainda está em vigo e, após consolidada as modificações faremos as atualizações necessárias no curso. Em termos de estrutura, a aula será composta de três capítulos: Da Inscrição. Atividade de advocacia e Dos Direitos do Advogado Da Sociedade de advogados. Do advogado empregado Boa a aula a todos! 2 - Da Inscrição Introdução Para que o advogado exerça a sua profissão ele precisa seguir toda a regulamentação disciplinada pela Ordem dos Advogados do Brasil, que é responsável por estabelecer todas as condições necessárias para o efetivo exercício da profissão, além de verificar se a atividade está sendo exercida dentro dos critérios. A Lei 8.906, em seu artigo 8º, estabelece que para a inscrição como advogado é necessário preencher os seguintes requisitos: CAPACIDADE CIVIL O Código Civil nos fala que ter capacidade Civil é ter maioridade O art. 3º do Código Civil, modificado pela Lei nº /2015, limita a incapacidade absoluta aos menores de 16 anos apenas. É necessário, ainda: Prof. Daniel Mesquita 2 de 31

4 ==0== ESTATUTO E ÉTICA DO ADVOGADO- PGE-SP DIPLOMA OU CERTIDÃO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO, OBTIDO EM INSTITUIÇÃO DE ENSINO OFICIALMENTE AUTORIZADA E CREDENCIADA; TÍTULO DE ELEITOR E QUITAÇÃO DO SERVIÇO MILITAR, SE BRASILEIRO; APROVAÇÃO EM EXAME DE ORDEM; Veja que a aprovação no exame da Ordem não garante a inscrição, é apenas um dos requisitos. O Estatuto da OAB informa que o Exame de Ordem é regulamentado em provimento do Conselho Federal da OAB. NÃO EXERCER ATIVIDADE INCOMPATÍVEL COM A ADVOCACIA; As hipóteses de incompatibilidade estão no artigo 28 do Estatuto. São aquelas que existe proibição total por lei. Aprofundaremos no tema nas próximas aulas, mas saiba, desde já, que as seguintes atividades são incompatíveis com a advocacia, mesmo que esta seja exercida em causa própria: 1. Chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais; 2. Membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta e indireta; 3. Ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço público (o cargo deve ter poder de decisão relevante sobre interesses de terceiro para ser incompatível, além disso, não é incompatível o cargo de administração acadêmica relacionada ao magistério jurídico); 4. ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro; 5. ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade policial de qualquer natureza; 6. militares de qualquer natureza, na ativa; 7. ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais; 8. ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas. Prof. Daniel Mesquita 3 de 31

5 IDONEIDADE MORAL; Ter idoneidade moral é nunca ter praticado crime infamante. A doutrina que estuda deontologia jurídica diz que crime infamante é qualquer crime contra a honra, dignidade e a boa fama de quem o pratica. O aprovado na prova da OAB que tiver praticado algum crime de idoneidade moral, não conseguirá sua inscrição. Para que seja caracterizado a inidoneidade moral é necessário que haja o transito em julgado do crime infamante. Além disso, a inidoneidade moral pode ser suscitada por qualquer pessoa perante o Conselho Seccional da OAB. Se declarada a inidoneidade por decisão que obtenha no mínimo dois terços dos votos de todos os membros do conselho, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar, o advogado não poderá obter a sua inscrição. PRESTAR COMPROMISSO PERANTE O CONSELHO. Esse é o último requisito, é necessário assumir o compromisso diante da profissão, é o momento em que fará o juramento do advogado. Nesta fase será entregue a carteira e a cédula de advogado. O compromisso é solene, formal e personalíssimo, nem mesmo com procuração alguém poderá prestar o compromisso no lugar de outrem, tal requisito é indelegável. 2.2 Inscrição principal e suplementar A inscrição principal deve ser exercida no Conselho Seccional do domicílio profissional, nesse mesmo conselho será cobrada a arrecadação das contribuições. Dessa forma, a inscrição deve ser realizada no Estado em que você atuará advocacia. Cabe ressaltar que os Conselhos Seccionais devem sempre atualizar o cadastro do advogado. O cadastro atualizado deverá conter: a) O nome completo de cada advogado; b) O número da inscrição; c) Os endereços e telefones profissionais; e d) Caso faça parte, o nome da sociedade. Como vimos linhas acima, para atuar em Estado diferente, em mais de 5 causas por ano, é necessário ter uma inscrição suplementar. O advogado poderá Prof. Daniel Mesquita 4 de 31

6 ter quantas inscrições suplementares que forem necessárias, mas cada inscrição suplementar solicitada é uma nova anuidade que deverá ser paga a OAB. Cuidado! O limite é de 5 ações judiciais e não de clientes! Acompanhe o artigo 26 do RGOAB: Art. 26. O advogado fica dispensado de comunicar o exercício eventual da profissão, até o total de cinco causas por ano, acima do qual obriga-se à inscrição suplementar. E se o advogado atuar em mais de 5 causas no ano e não comunicar a OAB? Bom, nesse caso, o advogado será punido, pois está praticando uma infração. Mas não é necessário um novo exame de ordem. O artigo 34, I, diz: Art. 34. Constitui infração disciplinar: I - exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não inscritos, proibidos ou impedidos; O artigo 36 do Estatuto prevê a pena de censura para quem praticar essa infração disciplinar. O Estatuto da OAB prevê, ainda, a possibilidade de transferência da inscrição principal. Nesse caso, o advogado transfere o seu domicilio profissional para outro Estado. E o advogado estrangeiro, professor, é possível que ele advogue no Brasil? O Estatuto da Ordem define que o advogado estrangeiro deve passar por uma autorização, que permitirá que ele possa, a título precário, atuar no Brasil. A única atividade que estará autorizado a fazer é prestar consultoria de assunto referente ao direito de seu país. 2.3 Cancelamento, interrupção e suspensão da inscrição Neste ponto prepare a sua mente para saber as distinções entre cancelamento, interrupção e suspensão da inscrição. Cancelamento é a interrupção definitiva da inscrição do advogado. Veja em quais hipóteses ele acontece: Cancela-se a inscrição do profissional que assim o requerer sofrer penalidade de exclusão falecer passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia; perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição. Prof. Daniel Mesquita 5 de 31

7 Para fins do nosso concurso devemos estudar a aplicação de cada um desses incisos Aplicação Vamos analisar cada inciso. No caso do inciso I, o direito de requerer é personalíssimo. Na segunda situação, o cancelamento é a penalidade máxima do estatuto. O inciso III não precisa de maiores explicações, se o advogado falecer a sua inscrição será cancelada. Se o sujeito passar a exercer em caráter definitivo atividade incompatível com a advocacia, sua inscrição será cancelada. Veremos na próxima aula as atividades incompatíveis com a advocacia, dentre elas, destaco as seguintes: carreiras policiais, ministério público e magistratura. Nesse caso, a OAB já se posicionou que o cancelamento da inscrição do advogado independe de requerimento do interessado, ela será automática. A partir do momento em que ele passa a exercer a atividade incompatível, fica dispensado de pagar as anuidades. O art. 12 do Estatuto da Advocacia trata da interrupção temporária da inscrição do advogado, ou seja, do licenciamento. Este não é definitivo, mas temporário, após a interrupção o advogado volta a advogar. Nesse caso, o número de inscrição se mantém o mesmo, mas enquanto licenciado o advogado não advoga e nem paga a anuidade para a OAB. O licenciamento é um benefício. Veja as hipóteses legais de licenciamento: Artigo 12 Licencia-se o profissional que: I - assim o requerer, por motivo justificado; II - passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício da advocacia; III - sofrer doença mental considerada curável. Da leitura do texto acima, podemos afirmar que o requerimento para o licenciamento deve ser justificado, diferente do cancelamento que não precisa justificar. Quando o advogado exercer atividade incompatível temporariamente ocorre o licenciamento da inscrição Prof. Daniel Mesquita 6 de 31

8 No caso de doença mental curável ocorre o licenciamento, pelo tempo que for necessário, de acordo com o laudo médico que indicará o prazo necessário para o licenciamento, porém se a doença for incurável ocorrerá o cancelamento. Já a suspensão é uma pena. Quando aplicada, o advogado não pode advogar, mas tem que pagar a anuidade. A suspensão acarreta ao infrator a interdição do exercício profissional, em todo o território nacional, pelo prazo de trinta dias a doze meses (art. 37, 1º, do Estatuto da OAB). 2.4 Da Inscrição do Estagiário Chegamos ao último ponto de nossa aula inaugural. Se você chegou até aqui, você está no rumo certo, pois está se preparando de forma adequada para a matéria que tem mais peso no Exame de Ordem. Continue com força total neste ponto para não ser surpreendido na hora da prova. Comentamos todo o artigo 8º e vimos o que é necessário para a inscrição do advogado. Vamos recordá-lo? Art. 8º Para inscrição como advogado é necessário: I - capacidade civil; II - diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada; III - título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; IV - aprovação em Exame de Ordem; V - não exercer atividade incompatível com a advocacia; VI - idoneidade moral; VII - prestar compromisso perante o conselho. E por que estamos vendo isso novamente, professor? Porque somente os incisos destacados é que NÃO são exigidos para a inscrição do estagiário. Vamos fazer a seguinte divisão: Prof. Daniel Mesquita 7 de 31

9 CRITÉRIOS PARA A INSCRIÇÃO DO ESTÁGIÁRIO Art. 8º da inscrição do advogado APLICA-SE (incisos I, III,V,VI e VII) NÃO SE APLICA (incisos II e IV) Outra condição que também é exigida por lei é que o estagiário tenha sido admitido em estágio profissional de advocacia (art.9º, I). E o que vem a ser o estágio profissional de advocacia? O art. 9º, 1º, do Estatuto da OAB assim o define: Artigo 9, 1º 1ºO estágio profissional de advocacia, com duração de dois anos, realizado nos últimos anos do curso jurídico, pode ser mantido pelas respectivas instituições de ensino superior pelos Conselhos da OAB, ou por setores, órgãos jurídicos e escritórios de advocacia credenciados pela OAB, sendo obrigatório o estudo deste Estatuto e do Código de Ética e Disciplina. Perceba que a duração do estágio profissional é de dois anos, deve ser realizado nos últimos anos do curso jurídico e pode ser realizado pelas faculdades de direito, pelos Conselhos da OAB ou por órgãos jurídicos ou escritórios de advocacia credenciados junto à OAB. O estágio ministrado por instituição de ensino é assim regulamentado pelo Regulamento Geral (art. 27, 3º): Artigo 27, 3º As atividades de estágio ministrado por instituição de ensino, para fins de convênio com a OAB, são exclusivamente práticas, incluindo a redação de atos processuais e profissionais, as rotinas processuais, a assistência e a atuação em audiências e sessões, as visitas a órgãos judiciários, a prestação de serviços jurídicos e as técnicas de negociação coletiva, de arbitragem e de conciliação. Prof. Daniel Mesquita 8 de 31

10 O estágio profissional de advocacia, realizado integralmente fora da instituiçãode ensino, por sua vez, nos termos do Regulamento Geral, compreende as atividades fixadas em convênio entre o escritório de advocacia ou entidade que receba o estagiário e a OAB. Preenchidos os requisitos, o estagiário se inscreve no Conselho Seccional em cujo território se localize seu curso jurídico. E o estagiário se sujeita às hipóteses de incompatibilidades estudadas nesta aula, professor? Sim e não. Como assim, professor? Explico. Sim, porque é vedado ao estagiário incompatível a inscrição na OAB e a prática profissional em escritório de advocacia. Não, porque o aluno de curso jurídico que exerça atividade incompatível com a advocacia pode freqüentar o estágio ministrado pela respectiva instituição de ensino superior, para fins de aprendizagem ( 3º do art. 9º do EOAB). E aquele que já é bacharel em direito, pode ser estagiário? Sim, o estágio profissional poderá ser cumprido por bacharel em Direito que queira se inscrever na Ordem ( 4º). Esses são os aspectos da inscrição do estagiário. Agora vamos compreender quais são os atos que podem ser praticados pelos estagiários inscritos na OAB. ABRA BEM OS OLHOS para as próximas linhas. O que muda nos atos do estagiário que tem a sua inscrição junto à OAB é que ele pode praticar isoladamente determinado atos, porém a responsabilidade recai sobre o advogado. Vejamos quais são esses atos, previsto no artigo 29 do RGOAB: R O A Retirar autos do cartório (fazer carga); Obter certidões; Assinar petições de juntada em processos judiciais ou administrativos. O 2º do art.29 do RGOAB ainda diz que, para o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário pode comparecer isoladamente, quando receber autorização ou substabelecimento do advogado. Prof. Daniel Mesquita 9 de 31

11 Os demais atos relacionados à consultoria e postulação somente pode ser realizados pelo estagiário em conjunto com o advogado. O estagiário ainda pode utilizar as horas de sua atividade prática supervisionada para a complementação de sua carga horária do estágio curricular supervisionado. O conjunto dessas horas deve somar um mínimo de 300 (trezentas) horas, distribuído em dois ou mais anos Cada Conselho Seccional deve manter uma Comissão de Estágio e Exame de Ordem, a quem incumbe coordenar, fiscalizar e executar as atividades decorrentes do estágio profissional da advocacia. 3 Da Atividade de advocacia O Estatuto da Advocacia e da Ordem do Brasil foi instituído pela Lei 8.906/1994. Com o advento da Constituição Federal, fez-se necessário a regulamentação da atividade de advocacia para que fossem atendidas as exigências estabelecidas pela Constituição de Importante que você tenha em mente, desde já, o texto constitucional que determinou a regulamentação da profissão de advogado: Art O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. A partir do texto constitucional, que afirma que o advogado é indispensável à administração da justiça, veio o art. 2º da Lei 8.906/94: Art. 2º O advogado é indispensável à administração da justiça. 1º No seu ministério privado, o advogado presta serviço público e exerce função social. 2º No processo judicial, o advogado contribui, na postulação de decisão favorável ao seu constituinte, ao convencimento do julgador, e seus atos constituem múnus público. 3º No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e manifestações, nos limites desta lei. Perceba que além de informar que o advogado é indispensável à administração da justiça, o dispositivo informa que o advogado presta serviço público e exerce função social, que seus atos constituem munus público e que o advogado, no exercício da profissão é inviolável por seus atos e manifestações, nos limites da lei. Não ignore essas características do exercício da profissão de advogado, elas caem em quase todos os Exames de Ordem! Mas o que vêm a ser, efetivamente, as atividades privativas de advocacia? Prof. Daniel Mesquita 10 de 31

12 O Estatuto define quais são essas atividades, são elas consultoria postulação As atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas. A postulação a órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais Não se esqueça dessas duas palavras-chave que bem resumem em que consiste a atividade privativa do advogado: CONSULTORIA + POSTULAÇÃO Mas toda e qualquer postulação é privativa de advogado? Não, meus caros, muito cuidado. Quando de sua edição, o art. 1º do estatuto dizia assim I - a postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais;.com o julgamento da ADIN , a expressão qualquer foi considerada inconstitucional, tendo em vista que em algumas situações não é necessário a presença do advogado para a postulação. ATENÇÃO: As situações em que não é necessário o advogado postular são: Juizados especiais cíveis até 20 salários mínimos. Impetração de habeas corpus Art. 791 CLT- Justiça do Trabalho. Aqui existe o jus postulandi, que é a capacidade da parte por si só, independente de advogado, ingressar com a ação na justiça do trabalho. Só abrindo um parêntese,o TST já sumulou que o jus postulandi limita-se às Varas do Trabalho e TRT, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. Os estagiários de advocacia, inscritos na OAB, também podem praticar as atividades privativas da advocacia juntamente com o advogado e sob a Prof. Daniel Mesquita 11 de 31

13 responsabilidade deste. Veremos adiante que os estagiários podem praticar alguns atos sem a presença do advogado. Ainda no ponto em que define as atividades privativas da advocacia, o Estatuto informa que os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogados. Tais atos e contratos devem resultar da efetiva constatação, pelo profissional que os examinar, de que os respectivos instrumentos preenchem as exigências legais pertinentes. Atenção! Nesses atos de registro de contratos constitutivos de pessoas jurídicas, está impedido de exercer a advocacia os advogados que prestem serviços a órgãos ou entidades da Administração Pública direta ou indireta, da unidade federativa a que se vincule a Junta Comercial, ou a quaisquer repartições administrativas competentes para o mencionado registro. (RGOAB- Art. 2º, único). O último dispositivo que a lei traz sobre o conceito de atividade privativa de advogado é a determinação de que essa atividade não pode ser divulgada em conjunto com outra atividade. Por exemplo, um escritório de contabilidade não pode fazer uma propaganda divulgando que também presta serviço de advocacia e vice-versa. E quem pode exercer a atividade de advocacia no território brasileiro? A simples graduação no curso de Direito não traz a qualificação de advogado, o exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Também exercem advocacia, sujeitando-se ao regime da Lei 8.906/94 além do seu regime próprio, os integrantes: a) Da Advocacia-Geral da União, b) Da Procuradoria da Fazenda Nacional, c) Da Defensoria Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e d) Das respectivas entidades de administração indireta e fundacional. Obs.: Tais integrantes da advocacia pública são elegíveis e podem integrar qualquer órgão da OAB, conforme art. 9 único- RGOAB. O Regimento Geral, em seu artigo 7º, estabeleceu que a função de diretoria e gerência jurídicas em qualquer empresa pública, privada ou paraestatal, inclusive em instituições financeiras, é privativa de advogado, não podendo ser exercida por quem não se encontre inscrito regularmente na OAB. E se alguém não inscrito praticar esses atos, professor? Os atos privativos de advogados praticados por pessoa não inscrita na OAB são declarados NULOS sem prejuízo de sanções civis, penais e administrativas, assim como os atos, praticado por advogado que se encontra Prof. Daniel Mesquita 12 de 31

14 impedido (suspenso, licenciado ou que passar a exercer atividade incompatível com a advocacia). Dessa forma, os atos privativos de advocacia, por profissionais e sociedades não inscritos na OAB, constitui EXERCÍCIO ILEGAL DA PROFISSÃO O Regulamento Geral do Estatuto e da OAB proíbe, ainda, o advogado de prestar serviços de assessoria e consultoria jurídicas para terceiros, em sociedades que não possam ser registradas na OAB (art. 4º, único). Isso quer dizer que o advogado empregado não pode utilizar de uma empresa que não possa ser registrada junto a OAB como seu escritório particular. Para terminar esse assunto, leia o artigo 5º da Lei 8.906/94: Artigo 5º O advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo prova do mandato. 1º O advogado, afirmando urgência, pode atuar sem procuração, obrigando-se a apresentá-la no prazo de quinze dias, prorrogável por igual período. 2º A procuração para o foro em geral habilita o advogado a praticar todos os atos judiciais, em qualquer juízo ou instância, salvo os que exijam poderes especiais. 3º O advogado que renunciar ao mandato continuará, durante os dez dias seguintes à notificação da renúncia, a representar o mandante, salvo se for substituído antes do término desse prazo. Perceba que esse dispositivo regulamenta o uso da procuração. Para postular em juízo ou fora dele o advogado deve juntar o instrumento de mandato (= a procuração). Somente se o ato for urgente é que o advogado pode peticionar sem procuração. Contudo, o instrumento de mandato deve ser juntado em 15 dias. CUIDADO: A renúncia ao mandato não se opera imediatamente. O advogado que renunciar deve notificar o cliente da renúncia e só vai se eximir da obrigação de representar o mandante após dez dias contados da notificação. Por fim, você não pode encerrar o estudo desse tópico sem ter em mente a distinção entre atividade privativa da advocacia e efetivo exercício da atividade de advocacia. A atividade privativa da advocacia, como vimos, é a consultoria, assessoria e direção jurídica, bem como a postulação a órgão do Poder Judiciário e aos juizados. O efetivo exercício da atividade de advocacia, por sua vez, segundo o Regulamento Geral do Estatuto e da OAB é a participação anual mínima em cinco atos privativos em causas ou questões distintas. O único do artigo 5º do Prof. Daniel Mesquita 13 de 31

15 Regulamento descreve as formas de comprovação do efetivo exercício de advocacia: a) certidão expedida por cartórios ou secretarias judiciais; b) cópia autenticada de atos privativos c) certidão expedida pelo órgão público no qual o advogado exerça função privativa do seu ofício, indicando os atos praticados. 4 Dos Direitos do Advogado Caro aluno, você deve ligar o ALERTA MÁXIMO neste ponto da aula. Com certeza você terá duas ou três questões dos direitos do advogado em sua prova. Leia com atenção os quadrinhos verdes e os comentários e não perca nenhum detalhe! O Estatuto da OAB deixa claro que NÃO há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratarse com consideração e respeito recíprocos (art. 6º). Além disso, as autoridades, os servidores públicos e os serventuários da justiça devem dispensar ao advogado, no exercício da profissão, tratamento compatível com a dignidade da advocacia e condições adequadas a seu desempenho. Artigo 7º I - exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional; Isso quer dizer que independente do local onde é inscrito, o advogado tem total liberdade de exercer sua profissão. Logo mais estudaremos a inscrição do advogado, mas só para que você já tome conhecimento, o art. 10, 2º, nos fala que se o advogado exercer habitualmente a profissão, em outro território, considerando-se habitualidade a intervenção judicial que exceder de cinco causas por ano, deverá promover a inscrição suplementar nos Conselhos Seccionais dos devidos territórios. Por exemplo, se você abre seu escritório em São Paulo e se inscreve na OAB-SP, você poderá ter ações em Minas Gerais. Contudo, se você tiver mais de cinco causas por ano em Minas, você terá que promover a sua inscrição suplementar em Minas. Assim, você terá inscrição em SP e em MG. Vamos ao segundo direito do advogado. Prof. Daniel Mesquita 14 de 31

16 Artigo 7º ESTATUTO E ÉTICA DO ADVOGADO- PGE-SP II a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia; Neste inciso teremos uma exceção, presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade de que trata o inciso II, em decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão, específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações sobre clientes (art. 7º, 6º, do Estatuto da Advocacia). E agora vem a exceção da exceção! Caso o cliente esteja formalmente sendo investigado como partícipe ou co-autor pela prática do mesmo crime que deu causa à quebra da inviolabilidade, de que acabamos de tratar, a busca poderá ser estendida sobre informações do cliente. Artigo 7º III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis; Independente de procuração o advogado poderá se comunicar com o seu cliente preso, detido ou recolhido! Artigo 7º IV - ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB; Aqui você deve perceber uma distinção básica. Leia com atenção o quadro para saber quando a OAB é só comunicada e quando ela deve estar presente no ato da prisão: Prof. Daniel Mesquita 15 de 31

17 OAB no ato da prisão fora do exercício da advocacia no exercício da advocacia a OAB será comunicada do fato 1º) Só cabe prender se o crime for inafiançável. 2) A OAB tem que está presente na lavratura do auto de prisão sob pena de nulidade, se a OAB for comunicada e não encaminhar nenhum representante dá-se continuidade ao ato. A OAB deverá enviar um representante em tempo hábil, caso contrário, a prisão em flagrante poderá ser efetuada e o ato não será nulo. Acompanhe, com ATENÇÃO, o seguinte direito do advogado: Artigo 7º V - não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em prisão domiciliar; (Vide ADIN ) VEJA BEM!!!! A prerrogativa só vale para antes do trânsito em julgado da sentença criminal! Professor, e o que vem a ser sala de Estado Maior? A sala de Estado Maior foi bem definida pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da Reclamação 4535, noticiado no informativo STF nº 468. Leia com atenção o resumo do julgado: Por Estado-Maior se entende o grupo de oficiais que assessoram o Comandante de uma organização militar (Exército, Marinha, Aeronáutica, Corpo de Bombeiros e Prof. Daniel Mesquita 16 de 31

18 Polícia Militar); assim sendo, sala de Estado-Maior é o compartimento de qualquer unidade militar que, ainda que potencialmente, possa por eles ser utilizado para exercer suas funções. 2. A distinção que se deve fazer é que, enquanto uma cela tem como finalidade típica o aprisionamento de alguém e, por isso, de regra contém grades -, uma sala apenas ocasionalmente é destinada para esse fim. 3. De outro lado, deve o local oferecer instalações e comodidades condignas, ou seja, condições adequadas de higiene e segurança. Como se vê, a sala de Estado Maior é uma sala usada para o exercício das funções do grupo de oficiais que assessoram o Comandante de uma organização militar. Desse modo, essa sala, ao contrário de uma cela, não possui grades. Vamos dar continuidade para compreender onde e como o advogado pode adentrar? Leia com atenção o dispositivo: Artigo 7º VI - ingressar livremente: a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada aos magistrados; b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus titulares; c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado; d) em qualquer assembléia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais; VII - permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados no inciso anterior, independentemente de licença; Meu amigo, não passe voando por esse dispositivo. Ele contém detalhes importantes. Perceba que o advogado pode ingressar livremente nas sessões dos tribunais mesmo além dos cancelos, ou seja, ele pode adentrar na parte reservada aos magistrados! Veja, ainda, que o advogado pode entrar nas secretarias de delegacias e prisões mesmo fora do horário do expediente. Outro direito importante que você deve levar para a sua prova: Artigo 7º VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a ordem de chegada; Prof. Daniel Mesquita 17 de 31

19 Grave bem isso: O advogado poderá dirigir-se DIRETAMENTE ao magistrado. E mais: NÃO PRECISA AGENDAR. ATENÇÃO: Mesmo que não haja previsão no regimento interno do tribunal ou na lei processual, o advogado pode usar a palavra, pela ordem, para esclarecer dúvida relacionada a fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento. O mesmo vale para replicar acusações ou censuras contra ele. Também pode o advogado reclamar verbalmente (e por escrito) contra inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento. Assim como o advogado pode permanecer sentado ou em pé, ele pode falar sentado ou em pé em juízo, órgão administrativo de deliberação coletiva ou tribunal. Caro aluno, SANGUE NOS OLHOS para esses dispositivos: Artigo 7º XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obtenção de cópias, podendo tomar apontamentos; XIV - examinar em qualquer repartição policial, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de inquérito, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos; XV - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais; XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias; O inciso XIII traduz um direito muito utilizado pelos advogados e, por isso, é de suma importância para a sua prova: o direito de examinar, tirar cópia e tomar apontamentos de autos de processos mesmo sem procuração. A procuração só é necessária para esses atos quanto o processo estiver sujeito a sigilo. Com relação aos autos de inquérito e de prisão em flagrante, o advogado sem procuração tem o direito de examiná-los copiar peças e tomar apontamentos. Os processos já findos podem ser retirados por qualquer advogado, mesmo sem procuração, pelo prazo de 10 dias. Nos processos que tramitam em segredo de justiça ou nos processos que contenham documentos originais de difícil restauração, os direitos de obter vista ou de retirar os autos só são assegurados aos advogados com procuração nos autos. Se um advogado obteve vista dos autos, sem procuração, e deixou de devolvêlo no prazo legal, ele não poderá obter nova vista até o encerramento do processo. Prof. Daniel Mesquita 18 de 31

20 Obs.: Nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado apresentar procuração para o exercício dos direitos, veja que o inciso XIV fala mesmo sem procuração, mas sendo sigiloso tem que ter procuração! A inobservância aos direitos estabelecidos no inciso XIV, o fornecimento incompleto de autos ou o fornecimento de autos em que houve a retirada de peças já incluídas no caderno investigativo implicará responsabilização criminal e funcional por abuso de autoridade do responsável que impedir o acesso do advogado com o intuito de prejudicar o exercício da defesa, sem prejuízo do direito subjetivo do advogado de requerer acesso aos autos ao juiz competente, conforme 12 do art. 7º. 4.1 Da defesa judicial dos direitos e das prerrogativas 0 Ao tomar ciência de fato que possa causar, ou que já causou, violação de direitos ou prerrogativas da profissão, o Presidente do Conselho Federal, do Conselho Seccional ou da Subseção, irá tomar as providências judiciais e extrajudiciais cabíveis para prevenir ou restaurar o império do Estatuto, em sua plenitude, inclusive mediante representação administrativa. O representante da OAB dará assistência para o advogado nos inquéritos policiais ou nas ações penais em que figurar como indiciado, acusado ou ofendido, sempre que o fato a ele imputado decorrer do exercício da profissão ou a este vincularse. DICA A atuação do defensor do advogado não será prejudicada! Além disso caberá ao Presidente do Conselho ou da Subseção representar contra o responsável por abuso de autoridade, quando configurada hipótese de atentado à garantia legal de exercício profissional, prevista na Lei nº 4.898, de 09 de dezembro de Veja os últimos direitos que serão abordados: 4º O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em todos os juizados, fóruns, tribunais, delegacias de polícia e presídios, salas especiais permanentes para os advogados, com uso e controle assegurados à OAB. (Vide ADIN ) 5º No caso de ofensa a inscrito na OAB, no exercício da profissão ou de cargo ou função de órgão da OAB, o conselho competente deve promover o desagravo público do ofendido, sem prejuízo da responsabilidade criminal em que incorrer o infrator. E o que vem a ser desagravo público? Ofendido o exercício da profissão ou em razão dela, será adotada essa medida que será efetivada pelo Conselho Seccional em favor do advogado. É a resposta a uma ofensa ou injúria na qual o advogado Prof. Daniel Mesquita 19 de 31

21 foi vítima no exercício ou em razão da sua profissão. O desagravo público, atualmente, é visto como de interesse social, tendo em vista a independência necessária para o exercício da advocacia. O RGOAB, em seu art. 18, garante ao inscrito na OAB, quando ofendido comprovadamente em razão do exercício profissional ou de cargo ou função da OAB, o direito ao desagravo público promovido pelo Conselho competente, de ofício, a seu pedido ou de qualquer pessoa. Vamos analisar uma questão sobre o direito do advogado: Questão FCC Promotor de Justiça MPE-CE -ADAPTADA O Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei Federal no 8.906/1994), no que concerne à atividade de advocacia e aos direitos do advogado, estabelece que O advogado pode retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de 10 dias. Como vimos, a questão acima está correta. O Estatuto diz no art. 7º, XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias. Gabarito: Correta. 5 Da Sociedade do Advogado A sociedade de advogados é formada de acordo com o Estatuto da Advocacia e o regulamento geral da OAB, aplicando-se, no que couber à sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de advocacia, o Código de Ética e Disciplina. Os advogados em sociedade não se confundem com aqueles advogados que decidem dividir uma sala, mas cada um atua nas causas que lhe são de interesse. Tal situação Não caracteriza sociedade de advogados. Prof. Daniel Mesquita 20 de 31

22 Sociedade de advogados é aquela formalmente constituída, registrada, aprovada quanto aos seus atos constitutivos junto ao conselho competente. Vamos as principais características? 5.1 Natureza e personalidade jurídica A primeira coisa tratada na legislação é natureza jurídica: a sociedade de advogados é uma sociedade civil de prestação de serviços de advocacia OU sociedade unipessoal de advocacia, instituída pela lei /16. Dessa forma, o escritório de advocacia não pode ter natureza mercantil. Confira o que diz o artigo 15 do Estatuto: Art. 15. Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de serviços de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, na forma disciplinada nesta Lei e no regulamento geral. (Redação dada pela Lei nº , de 2016) A sociedade de Advogado é registrada no conselho seccional onde pretenda exercer sua atividade com predominância. As filiais existirão em Estado distinto da sede. Para que a filial comece a existir é necessário o registro. ATENÇÃO! O registro não é no cartório e nem em junta comercial! Só o Conselho Seccional da OAB tem competência para tal registro. A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal adquirem personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede. Feito o registro, o Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB informa que os Conselhos Seccionais devem alimentar, por via eletrônica, o Cadastro Nacional das Sociedades de Advogados CNSA. Nesse cadastro, devem constar várias informações das sociedades, dentre elas, a razão social, o número de registro perante a seccional, o endereço completo, inclusive telefone e correio eletrônico, nome e qualificação de todos os sócios e as modificações ocorridas em seu quadro social. Se a sociedade mantiver filiais, os dados destas e os respectivos números também deverão constar. ABRINDO UM PARÊNTESE: O Regulamento Geral informa a existência também de um Cadastro Nacional de Advogados. FECHE O PARÊNTESE. Em se tratando da sociedade unipessoal, esta pode resultar da concentração por um advogado das quotas de uma sociedade de advogados, independentemente das razões que motivaram tal concentração. Art. 17, 7º (Incluído pela Lei nº , de 2016) O advogado não pode exercer a atividade de advocacia juntamente com uma atividade mercantil, como por exemplo: Escritório de Advocacia e Contabilidade Joãozinho de Tal. Tampouco, como vimos na aula passada, a atividade de advocacia não pode ser anunciada juntamente com outra atividade. Prof. Daniel Mesquita 21 de 31

23 Só pode ser sócio de advogados o advogado regularmente inscrito na OAB. Nem o estagiário inscrito na OAB e nem o bacharel em direito podem fazer parte da sociedade de advogados. Agora, ABRA OS OLHOS mudanças de 2016! NÃO SERÁ ADMITIDO REGISTRO E NEM PODERÃO FUNCIONAR AS SOCIEDADES DE ADVOGADOS QUE (A) Apresentem forma ou características de sociedade empresária (B) Adotem denominação de fantasia (C) Realizem atividades estranhas à advocacia; (D) Incluam como sócio ou titular de sociedade unipessoal de advocacia pessoa não inscrita como advogado ou totalmente proibida de advogar Quanto ao item (d), saiba que, além de a sociedade não poder ser registrada nem tampouco funcionar, o art. 4º do Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB informa que a prática de atos privativos de advocacia, por profissionais e sociedades não inscritos na OAB, constitui exercício ilegal da profissão. Com relação ao item (c), há vedação direcionada também ao advogado, pois o mesmo art. 4º, em seu parágrafo único, diz ser proibido ao advogado prestar serviços de assessoria e consultoria jurídicas para terceiros, em sociedades que não possam ser registradas na OAB. Isso que dizer que, se você foi contratado para ser advogado de uma concessionária, você não poderá prestar serviços advocatícios para terceiros dentro dessa concessionária. Professor, escritório pode abrir filial? Sim! Contudo, os advogados da sociedade que abrir uma filial em outro Estado, obrigatoriamente, deverão requerer inscrições suplementares (inclusive o titular da sociedade unipessoal). E isso deve ser feito independentemente da atuação em 5 causas que estudamos na aula passada. E há número máximo de sócios em uma sociedade de advogados? Não. Assim como o advogado, a sociedade tem um número de inscrição. A OAB não impõe limite para o número de sócios em uma sociedade. E a procuração, professor, é dada à sociedade? Prof. Daniel Mesquita 22 de 31

24 Não! ESTATUTO E ÉTICA DO ADVOGADO- PGE-SP Quando o cliente contrata uma sociedade de advogados, está contratando com a pessoa jurídica. Porém, a procuração não outorga poderes à sociedade, ela deve ser outorgada individualmente. Assim, nos termos do Estatuto da OAB, as procurações devem ser outorgadas individualmente aos advogados e indicar a sociedade de que façam parte. Observe que, para atuar em juízo, são os advogados integrantes daquela sociedade que atuam e não a pessoa jurídica em si. Por fim, você não pode confundir o vínculo que por ventura alguns advogados podem firmar, onde se reúnem tão somente para ratear as despesas, mas não compartilham dos mesmos clientes, com uma sociedade de advogados. Tal atividade não é proibida pela OAB, mas também não é considerada uma sociedade de advogados. Veja a decisão do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB: SOCIEDADE DE ADVOGADOS - AGRUPAMENTO DE FATO - OBRIGATORIEDADE DE REGISTRO NA OAB - Os advogados podem se reunir num mesmo local, visando à divisão de despesas, para a prestação de serviços jurídicos. Não podem, no entanto, se utilizar desse agrupamento de fato para insinuarem a existência de uma Sociedade de Advogados, que só pode ser reconhecida se registrada na OAB, inviabilizando, como conseqüência, a utilização de nomes de sócios para essa mesma sociedade (inteligência dos arts. 15/17 do EAOAB). Proc. E-1.731/98 - v.u. em 17/12/98 do parecer e ementa do Rel. Dr. JOSÉ GARCIA PINTO - Rev. Dr. FRANCISCO MARCELO ORTIZ FILHO - Presidente Dr. ROBISON BARONI. 5.2 Quanto ao nome da sociedade O nome dos sócios sempre deverá constar do instrumento procuratório. Outra característica da sociedade de advogados é que o nome sempre fará menção a atividade desenvolvida. Devendo ter pelo menos o prenome ou o sobrenome de um dos sócios. Em hipótese alguma, a sociedade pode ter nome fantasia, como por exemplo: Escritório de advocacia causa ganha ou Advogados da Corte atividade jurídica! Fórmula do nome: Prof. Daniel Mesquita 23 de 31

25 FINALIDADE DESENVOLVIDA + NOME DE UM DOS SÓCIOS No caso do falecimento de um dos sócios, o nome do sócio falecido pode ser mantido desde que haja previsão dentro do contrato constitutivo. Se não houver disposição, o nome deve ser tirado. No caso do sócio licenciado, o nome pode ser mantido, pois ele se afasta temporariamente, mas não deixa de ser advogado. A denominação da sociedade unipessoal de advocacia deve ser obrigatoriamente formada pelo nome do seu titular, completo ou parcial, com a expressão Sociedade Individual de Advocacia. Atenção! Não pode constar no nome do escritório as expressões LTDA., Cia, S.A. Pode aparecer a expressão S.S., que designa sociedade simples. Ainda quanto ao nome, o Regulamento Geral informa que são proibidas razões sociais iguais ou semelhantes, prevalecendo a razão social da sociedade com inscrição mais antiga. Perceba que a identificação da coincidência é feita por meio do Cadastro Nacional das Sociedades de Advogados CNSA. Por isso, as razões sociais das sociedades de advogados não podem se confundir com outras de quaisquer seccionais. Constatando-se semelhança ou identidade de razões sociais, o Conselho Federal da OAB solicitará, de ofício, a alteração da razão social mais recente, caso a sociedade com registro mais recente não requeira a alteração da sua razão social, acrescentando ou excluindo dados que a distinga da sociedade precedentemente registrada. Verificado conflito de interesses envolvendo sociedades em razão de identidade ou semelhança de razões sociais, em Estados diversos, a questão será apreciada pelo Conselho Federal da OAB, garantindo-se o devido processo legal. 5.3 Demais considerações Parece óbvio, mas não custa nada reforçar, uma mesma sociedade de advogados não pode defender clientes com interesses opostos. O Código de Ética e Disciplina da OAB reforça essa obrigatoriedade, disciplinando que sobrevindo conflitos de interesse entre seus constituintes, e não estando acordes os interessados, com a devida prudência e discernimento, optará o advogado por um dos mandatos, renunciando aos demais, resguardado o sigilo profissional. E se outro cliente quiser litigar contra um ex-cliente ou ex-empregador do advogado? O que o profissional deve fazer? Prof. Daniel Mesquita 24 de 31

26 O advogado pode pegar a causa, mas deve resguardar o segredo profissional e as informações reservadas ou privilegiadas que lhe tenham sido confiadas pelo ex-cliente. Sobre esses pontos, vale a leitura dos seguintes artigos Código de Ética e Disciplina da OAB: Art. 17. Além da sociedade, o sócio e o titular da sociedade individual de advocacia respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados aos clientes por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar em que possam incorrer. Art. 18. Sobrevindo conflitos de interesse entre seus constituintes, e não estando acordes os interessados, com a devida prudência e discernimento, optará o advogado por um dos mandatos, renunciando aos demais, resguardado o sigilo profissional. Art. 19. O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra ex-cliente ou exempregador, judicial e extrajudicialmente, deve resguardar o segredo profissional e as informações reservadas ou privilegiadas que lhe tenham sido confiadas.. Outro dispositivo do mesmo Código de Ética e Disciplina da OAB merece destaque. Imagine que você tenha esteja em seu escritório e no dia chega a seu escritório a senhora Maria de Lurdes requisitando os seus serviços advocatícios em uma causa contra João da Silva. Você poderia pegar a causa de Maria de Lurdes se, no dia anterior, João da Silva compareceu ao seu escritório e você o orientou como proceder em relação ao problema enfrentado com Maria de Lurdes? Claro que não. Leia, COM ATENÇÃO, o seguinte dispositivo: Art. 20. O advogado deve abster-se de patrocinar causa contrária à ética, à moral ou à validade de ato jurídico em que tenha colaborado, orientado ou conhecido em consulta; da mesma forma, deve declinar seu impedimento ético quando tenha sido convidado pela outra parte, se esta lhe houver revelado segredos ou obtido seu parecer. Tente guardar essas informações desde já, mas não se preocupe, pois esses e outros pontos relacionados à ética serão abordados em aula própria. Outro ponto que você deve ter em mente com relação à sociedade de advogados é que um sócio pode integrar mais de uma sociedade de advogados desde que essas sociedades tenham lugares diversos das sedes ou filiações. Veja o dispositivo legal (redação de 2016): Art. 15. Prof. Daniel Mesquita 25 de 31

27 4o Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia, com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional. Por fim, não podemos encerrar esse tópico sem o estudo da responsabilidade da sociedade de advogados. A sociedade é responsável por danos que causarem a seus clientes ou terceiros. Contudo, muita ATENÇÃO: Se houver um prejuízo material e os bens da sociedade não forem suficientes para ressarcir, os bens dos sócios serão atingidos de forma ilimitada (até o valor necessário para se promover o ressarcimento efetivo dos prejuízos). Veja o que diz o artigo 17 do Estatuto: Art. 17. Além da sociedade, o sócio e o titular da sociedade individual de advocacia respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados aos clientes por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar em que possam incorrer. (Redação dada pela Lei nº , de 2016). O Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB, ao detalhar esse dispositivo, observa que a responsabilidade subsidiária e ilimitada do sócio só deve ser aplicada nas hipóteses de dolo ou culpa e por ação ou omissão. Leia, com muita atenção, o dispositivo: Art. 40. Os advogados sócios e os associados respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados diretamente ao cliente, nas hipóteses de dolo ou culpa e por ação ou omissão, no exercício dos atos privativos da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar em que possam incorrer. Assim, marque correta tanto a alternativa que afirme, genericamente, que a responsabilidade do advogado é subsidiária e ilimitada, como a alternativa que afirme que essa responsabilidade só é aplicada nas hipóteses de ato do advogado praticado com dolo ou culpa. Vamos analisar uma questão recente que aborda justamente a temática vista: Prof. Daniel Mesquita 26 de 31

28 Questão Idecan Advogado Prefeitura de Natal-RN adaptada Os advogados integrantes da mesma sociedade profissional, ou reunidos em caráter permanente para cooperação recíproca, não podem representar em juízo clientes com interesses opostos. Como vimos, a questão acima está correta. O Estatuto diz no art. 15, 6º Os advogados sócios de uma mesma sociedade profissional não podem representar em juízo clientes de interesses opostos. Gabarito: Correta. 6 Do Advogado Empregado Os advogados associados são aqueles que têm participação nos resultados da sociedade. Eles possuem um vínculo de emprego, regido pela CLT, e têm uma relação de patrocínio. Repare bem: o advogado associado tem vínculo de emprego com a sociedade de advogados. Falando em CLT, vejamos a definição de empregado dada por essa Consolidação: Art. 3º Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Mesmo sendo empregado em uma sociedade de advogados ou em uma empresa privada, o advogado mantém a isenção e a independência técnica. Isso quer dizer que é o advogado empregado que se auto-determinará, de acordo com o seu entendimento pessoal sobre o tema e os seus conhecimentos jurídicos. O fato de haver subordinação com relação ao seu empregador, não quer dizer que este determinará qual é a tese que deverá ser apresentada em uma petição ou o posicionamento jurídico que será adotado em um parecer, por exemplo. Outra informação quanto ao advogado empregado que você deve saber POIS JÁ CAIU MUITAS VEZES NO EXAME DE ORDEM é a de que o advogado empregado não está obrigado à prestação de serviços profissionais de interesse pessoal dos empregadores, fora da relação de emprego. Prof. Daniel Mesquita 27 de 31

29 Assim, se você for contratado como advogado de um Shopping Center, você não estará obrigado a fazer a separação judicial do dono do shopping, pois essa ação é de interesse pessoal dele e não decorre da relação de emprego, que é prestar consultoria e defender em juízo o Shopping Center. Professor, tenho uma dúvida: eu vi que o Estatuto da OAB, em seu art. 44, II, confere à OAB a competência de promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos advogados em toda a República Federativa do Brasil. Então, se é a OAB quem promove a defesa do advogado de forma exclusiva, existe sindicato de advogado? Existe sim! O Regulamento Geral do Estatuto afirma que a exclusividade da representação dos advogados pela OAB, prevista no art. 44, II, do Estatuto, não afasta a competência própria dos sindicatos e associações sindicais de advogados, quanto à defesa dos direitos peculiares da relação de trabalho do profissional empregado. Perceba: o sindicato dos advogados empregados cuida dos direitos decorrentes da relação de trabalho desse advogado. Além disso, o mesmo Regulamento Geral prevê que compete aos Sindicatos dos Advogados e, na sua falta, à Federação e à Confederação de Advogados representar os advogados empregados nas convenções coletivas celebradas com as entidades sindicais representativas dos empregadores, nos acordos coletivos celebrados com a empresa empregadora e nos dissídios coletivos perante a Justiça do Trabalho, aplicáveis às relações de trabalho (art. 11). Assim, temos: Entidade Competência Limites da competência OAB geral Competência de promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos advogados em toda a República Federativa do Brasil. Sindicato advogado Federação de Confederação de Advogados direitos trabalhistas - direitos do advogado decorrentes da relação de trabalho; - convenções coletivas celebradas com as entidades sindicais representativas dos empregadores, - acordos coletivos celebrados com a empresa empregadora - dissídios coletivos perante a Justiça do Trabalho, aplicáveis às relações de trabalho Vamos aos direitos trabalhistas específicos do advogado. Prof. Daniel Mesquita 28 de 31

30 SANGUE NOS OLHOS NESSE MOMENTO! ESTATUTO E ÉTICA DO ADVOGADO- PGE-SP A jornada de trabalho é o período de trabalho, o tempo em que o advogado estiver à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, no seu escritório ou em atividades externas, sendo-lhe reembolsadas as despesas feitas com transporte, hospedagem e alimentação. A jornada de trabalho divide-se da seguinte forma: 8h diárias e 40h semanais, no caso de dedicação exclusiva; 4h diárias e 20h semanais, sem dedicação exclusiva. Assim diz o art. 20 do Estatuto Falando em CLT, vejamos a definição de empregado dada por essa Consolidação: Art. 20. A jornada de trabalho do advogado empregado, no exercício da profissão, não poderá exceder a duração diária de quatro horas contínuas e a de vinte horas semanais, salvo acordo ou convenção coletiva ou em caso de dedicação exclusiva. Professor, como vou saber se é caso de dedicação exclusiva? O Regulamento Geral alerta que, considera-se de dedicação exclusiva o regime de trabalho que for expressamente previsto em contrato individual de trabalho. Vamos agora tratar da hora extraordinária. Qualquer hora que o advogado trabalhe a mais será contabilizada como hora extra, devendo ser paga, segundo a OAB, no equivalente a 100% da hora trabalhada, podendo esse valor, por acordo, ser aumentado, mas nunca reduzido. Com relação à hora noturna, período das 20 horas às 5 horas da manhã, o advogado terá direito a adicional de 25%. O Estatuto da OAB informa, ainda, que o salário mínimo profissional do advogado será fixado em sentença normativa, salvo se ajustado em acordo ou convenção coletiva de trabalho (art. 19). Lembre-se sempre que as obrigações do advogado empregado limitam-se ao contrato de trabalho. Diante da importância do tema advogado empregado, apresentamos o seguinte quadro com o resumo dos direitos garantidos pelo Estatuto ao advogado empregado: Isenção técnica perante os empregadores; Não está obrigado à prestação de serviços profissionais de interesse pessoal dos empregadores, fora da relação de emprego; Salário mínimo profissional do advogado será fixado em sentença normativa, salvo se ajustado em acordo ou convenção coletiva de trabalho. Limite da duração da jornada, que varia de quatro horas contínuas a vinte horas semanais, salvo acordo ou convenção coletiva ou em caso de dedicação exclusiva, que pode passar para 8 horas diárias e 40 horas semanais. Hora extra: 100% Prof. Daniel Mesquita 29 de 31

31 Adicional noturno: 25% ESTATUTO E ÉTICA DO ADVOGADO- PGE-SP Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este representada, os honorários de sucumbência são devidos aos advogados empregados. Pela importância desse último direito, vamos estudá-lo em um tópico próprio. 6.1 Verba sucumbencial O art.21 do Estatuto da OAB diz: Art. 21. Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este representada, os honorários de sucumbência são devidos aos advogados empregados. Parágrafo único. Os honorários de sucumbência, percebidos por advogado empregado de sociedade de advogados são partilhados entre ele e a empregadora, na forma estabelecida em acordo. Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para executar a sentença nesta parte, podendo requerer que o precatório, quando necessário, seja expedido em seu favor. Com relação aos advogados empregados, os honorários de sucumbência, por decorrerem precipuamente do exercício da advocacia e só acidentalmente da relação de emprego, não poderão ser considerados para efeitos trabalhistas ou previdenciários, por não fazer parte do salário ou da remuneração. Se esses advogados empregados pertencerem a uma empregadora que não seja sociedade de advogados, o art. 14, único, do Regulamento Geral da OAB, dispõe que os honorários de sucumbência desses advogados constituem fundo comum, cuja destinação é decidida pelos profissionais integrantes do serviço jurídico da empresa ou por seus representantes. Se esses advogados fizerem parte de uma sociedade de advogados, os honorários de sucumbência, percebidos por advogado empregado de sociedade de advogados serão divididos entre o advogado empregado e a empregadora, desde que não exista estipulação contratual em contrário. Vamos analisar uma questão recente que aborda justamente a temática vista: Prof. Daniel Mesquita 30 de 31

32 Questão Idecan Advogado Prefeitura de Natal-RN adaptada De acordo com a Convenção da Organização das Nações Unidas sobre as Pessoas com Deficiência, julgue o item seguinte: A Convenção foi incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro com hierarquia de norma supralegal e infraconstitucional. Comentários Como vimos acima, a assertiva está incorreta, pois a Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo foram internalizados com observância do rito constante do art. 5º, 1º, da CF e, portanto, equiparam-se às emendas constitucionais para fins de hierarquia. Tranquila a questão?! Não é mesmo! Sigamos com as observações acerca da pirâmide hierárquica. Prof. Daniel Mesquita 31 de 31

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