PARASITOLOGIA ZOOTÉCNICA
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- Daniela Espírito Santo Pinhal
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1 PARASITOLOGIA ZOOTÉCNICA Aula 05 A Aula de hoje: - Introdução ao estudo dos piolhos. - Principais piolhos associados a Bovinos, Ovinos, Caprinos, Eqüinos, Suínos e Aves. - Como informação complementar: Principais piolhos associados a Cães e Gatos. ORDEM PHTHIRAPTERA (piolhos) Os insetos da ordem Phthiraptera são ectoparasitas permanentes e exibem um elevado grau especificidade na escolha do hospedeiro. A maioria desses insetos é incapaz de sobreviver fora do hospedeiro por mais de um ou dois dias. Morfologia geral da ordem Phthiraptera. - Pequeno tamanho corporal e coloração variáveis; - São achatados dorsoventralmente; - Algumas espécies são providas de olhos, outras de um simples ponto ocular. Os olhos podem ser vestigiais ou ausentes; - Apresentam peças bucais picadoras sugadoras ou mastigadoras. - São hemimetabólicos Alguns estudiosos do grupo dos piolhos (Ordem Phthiraptera) relatam que esse grupo está dividido em quatro subordens: * Anoplura: piolhos sugadores. Associados aos mamíferos. Inclui o piolho humano * Rhynchophthirina: parasitas de facóqueros (javali africano) e elefantes ** * Amblycera: piolhos mastigadores ou mordedores * Ischnocera: piolhos mastigadores. Parasitas de aves, porém são e relatos também em alguns mamíferos.
2 Para fins didáticos, a abordagem sobre os piolhos será feita em função do aparato bucal, o que os classifica como piolhos sugadores ou mastigadores. * PIOLHOS SUGADORES Os piolhos sugadores são representados pela SUBORDEM ANOPLURA Ocorrem apenas nos mamíferos. Morfologia básica dos piolhos sugadores - Piolhos são geralmente grandes; - O tamanho corporal pode atingir até 5 mm de comprimento; - Cabeça pequena e pontiaguda; - Aparelho bucal picador-sugador e posicionado terminalmente na região da cabeça; - Pernas robustas e cada uma delas com uma garra recurvada e grande. Figura 1. Esquema morfológico de piolhos da subordem Anoplura.
3 Figura 2. Esquema da morfologia da garra de piolhos da subordem Anoplura. Piolhos de mamíferos possuem este tipo de garra. - As adaptações observadas na morfologia das pernas, recurvadas e grandes, permitem que esses piolhos possam agarrar-se aos pelos. Figura 3. Piolhos da subordem Anoplura agarrado em fios capilares. - Aparelhos genitais: No macho, parte posterior arredondada e com edeago (pênis) dorsal, embutido na cavidade. Na fêmea, parte posterior côncava interna bifurcada situadas no orifício genital. Figura 4. Macho e fêmea de piolhos da subordem Anoplura.
4 Aspectos gerais - Incapazes de sobreviver fora do hospedeiro por períodos maiores a um ou dois dias; - Localizam-se fixados (presos nos pelos); - São hematófagos e se alimentam através das picadas ou mordidas que ocorrem intermitentemente; Ciclo biológico Figura 5. Ciclo biológico de piolhos da subordem Anoplura. Descrição do ciclo biológico - A fêmea grávida oviposita seus ovos (lêndeas) presas a base dos pêlos; - O período de incubação dos ovos pode ser de 6 a 9 dias; - Após a eclosão, inicia-se a fase ninfal que possui três estádios, sendo a duração de cada instar em média de três dias; - Após o período ninfal ocorre a emergência dos adultos; - O ciclo biológico total dura em média de três a quatro semanas.
5 Importância patogênica - A anoplurose (doença causada por piolhos em animais) é provocada devido a picada e inoculação de saliva, provocando prurido; - O ato de coçar e/ou morder o local da picada pode provocar ferimentos que se agravarão pela presença de organismos oportunistas. Mecanismos de transmissão A transmissão ocorre através do contato direto (entre animais infestados) e indireto (fômites). Sinais característicos e prejuízos causados pela anoplurose - Irritabilidade; - Prurido intenso e conseqüentes lesões na epiderme; - Couro danificado; - Queda do pelo; - Queda de produção pelo fato de os animais infestados não descansarem e nem se alimentarem convenientemente; - Aspecto comportamental. Animais se esfregando no chão, contra objetos, etc. * PIOLHOS MASTIGADORES Os piolhos mastigadores são representados pelas SUBORDENS AMBLYCERA E ISCHNOCERA. Amblycera: (piolhos que parasitam aves, marsupiais (canguru, gambá, cuíca, diabo-da-tasmânia, coala), carnívoros e roedores). Ischnocera (piolhos que parasitam as aves, porém a família Trichodectidae é relatada como parasita de mamíferos).
6 Morfologia básica dos piolhos mastigadores - Tamanho corporal entre 2 a 3 mm; - Cabeça grande e arredondada; - Olhos pequenos ou ausentes; - Mandíbulas paralelas a superfície ventral da cabeça e cortam no sentido horizontal; - Antenas escondidas na fosseta antenal. Figura 6. Piolho mastigadores. Figura 7. Esquema da morfologia da garra dos piolhos mastigadores. Garra tarsal única mamíferos. Garra tarsal dupla aves.
7 Aspectos gerais - Geralmente se alimentam de fragmentos de queratina da pele, pêlos e penas; - Alguns são capazes de perfurar a pele o que permite que eles possam ingerir sangue; - Adaptados a locomoção em superfície lisa; - Não se fixam firmemente na pele ou penas. Ciclo biológico semelhantes. Os piolhos mastigadores das subordens Amblycera e Ischnocera têm ciclos biológicos Figura 8. Ciclo biológico de piolhos mastigadores. Descrição do ciclo biológico - A fêmea grávida oviposita seus ovos (lêndeas) presos no pêlo ou nas penas, geralmente na região do ventre; - O período de incubação dos ovos pode ser de 4 a 7 dias; - Após a eclosão, inicia-se a fase ninfal que possui três estádios, esta fase pode durar aproximadamente 15 dias; - Após o período ninfal ocorre a emergência dos adultos; - O ciclo biológico total dura em média de duas a três semanas. Importância patogênica - O ato de coçar o local da picada pode provocar ferimentos que se agravarão pela presença de organismos oportunistas;
8 Mecanismos de transmissão A transmissão ocorre através do contato direto (entre animais infectados) e indireto (fômites). Sinais característicos e prejuízos causados pelos piolhos mastigadores - Irritabilidade; - As aves apresentam o comportamento de espojar-se na terra devido a coceira; - Lesões na epiderme; - Queda da pelagem; - Pouca reprodutividade; - Queda de produção pelo fato de os animais infestados não descansarem e nem se alimentarem convenientemente. PRINCIPAIS MÉTODOS UTILIZADOS PARA O CONTROLE DE PIOLHOS Como o piolho é nada mais que um inseto, o tratamento é feito preferencialmente com inseticidas. Desta forma, existem vários métodos que podem ser utilizados para o controle dessas pragas. Falar sobre Manejo Integrado de Pragas (MIP) Métodos mecânicos (tipos) - Catação manual dos piolhos nos hospedeiros; - Banho e tosa periódica nos animais; - Escovação periódica da pelagem do animal; Obs. A aplicabilidade dos métodos mecânicos são mais apropriados para animais de pequeno porte.
9 Formas de intervenção: * Medidas de higiene (Catação manual; tosa ou tosquia; escovação) Figura 9. Catação manual; tosa ou tosquia; escovação. * Métodos químicos O método químico, através de inseticidas, larvicidas, compostos reguladores de crescimento e produtos antiparasitários, consiste, basicamente em utilizar esses compostos para o controle dos piolhos. Podendo ser adotadas várias formas de se realizar a intervenção no que diz respeito a aplicabilidade do método químico. * Aplicação de produtos antiparasitários por via oral. Figura 11. Aplicação antiparasitários por via oral.
10 * Aplicação de produtos antiparasitários injetáveis. Figura 12. Aplicação de antiparasitários injetáveis. * Aplicação de produtos antiparasitários por meio de aspersão. Figura 13. Aplicação de antiparasitários por meio de aspersão. * Aplicação de produtos antiparasitários por meio de Spray. Figura 14. Aplicação de antiparasitários por meio de Spray.
11 * Aplicação de produtos antiparasitários por meio Pour On. Figura 15. Aplicação de antiparasitários por meio Pour On. * Produtos antiparasitários administrados por meio de banho de imersão ( banheiros carrapaticidas). Figura 16. Técnica do banho de imersão.
12 A abordagem deste conteúdo será feita através do estudo dos piolhos em função dos seus principais grupos de hospedeiros. Nesta abordagem serão verificados aspectos como: * Principais espécies de piolhos por hospedeiro * Faixa de tamanho * Duração do ciclo * Importância * Diagnóstico * Técnicas para tratamento mais utilizadas PIOLHOS DE BOVINOS Lista dos piolhos mais comumente encontrados em bovinos. Espécie Nome popular Piolhos mastigadores Bovicola bovis Piolho mordedor de bovinos Haematopinus eurysternus Piolho sugador de "nariz curto" Piolhos sugadores Haematopinus quadripertusus Piolho da cauda Linognathus vituli Piolho sugador de "nariz longo" Solenopotes capillatus Pequeno piolho azul do gado bovino * Bovicola bovis (sinonímia = Damalinia bovis) (Phthiraptera: Ischnocera: Trichodectidae) Localização e local de predileção: Topo da cabeça, especialmente pelos ondulados da parte da nuca e anterior da cabeça, o pescoço, dorso e anca e, ocasionalmente, a vassoura da cauda. Tamanho do adulto: aproximadamente 2 mm de comprimento. Duração do ciclo: 2 a 3 semanas Quando ocorre grande infestação podem se disseminar para todo o corpo Irritação, prurido e alopecia
13 Diagnóstico: Exame da pele e pelagem para detecção de ovos, ninfas e adultos. Figura 17. Alta infestação e sintoma de alopecia. * Haematopinus eurysternus (Phthiraptera: Anoplura: Haematopinidae) Localização e local de predileção: Pele, nuca e base dos chifres, orelhas e ao redor dos olhos e narinas e cauda. Tamanho do adulto: 3 a 5 mm de comprimento. Duração do ciclo: 2 a 3 semanas Essa espécie é mais comumente encontrada infestando bovinos adultos do que animais jovens. Causam irritação, Anemia grave e perda de peso. Diagnóstico: Através do exame visual, para detecção de ovos, ninfas e adultos, principalmente nas regiões da base do chifre, sobre a face e até a base da cauda. * Haematopinus quadripertusus (Phthiraptera: Anoplura: Haematopinidae) Localização e local de predileção: Vassoura da cauda e períneo. Tamanho do adulto: 4 a 5 mm de comprimento. Duração do ciclo: 2 a 3 semanas Causam irritação, Anemia grave e perda de peso.
14 Diagnóstico: Através do exame visual para detecção de ovos, ninfas e adultos, principalmente nas regiões da crina, vassoura da cauda e períneo. Figura 18. Adulto de Haematopinus quadripertusus. Infestação da vassoura da cauda. Linognathus vituli (Phthiraptera: Anoplura: Linognathidae) Localização e local de predileção: Pele, preferindo a cabeça, pescoço e barbela. Tamanho do adulto: Aproximadamente 2,5 mm de comprimento. Duração do ciclo: 2-3 semanas Esta espécie é capaz de transmitir anaplasmose bovina, dermatomicose (tinta) e teileriose. Anaplasmose - doença parasitária infecciosa que acomete bovinos, ovinos e caprinos, causada pela bactéria Anaplasma marginale Dermatomicose - nome dado a qualquer infecção cutânea provocada por fungos parasitas denominados dermatófitos. Teileriose - infecção de bovinos, ovinos ou cabras com protozoários do gênero Theileria. Esta infecção produz uma condição febril aguda ou crônica. Diagnóstico: Através do exame da para detecção de ovos (de cor azul escura), ninfas e adultos. * Solenopotes capillatus (Phthiraptera: Anoplura: Haematopinidae) Localização e local de predileção: Região do pescoço, da cabeça, barbela dorso e cauda. Tamanho do adulto: 1,2 1,5 mm de comprimento. Menor piolho encontrado em bovino. Duração do ciclo: 5 semanas
15 Prurido (pela inoculação de saliva quando se alimentam): Dermatite Causam irritação, Anemia grave e perda de peso. Diagnóstico: Através do exame da para detecção de ovos (de cor azul escura), ninfas e adultos. Transmissão de piolhos em Bovinos Basicamente por contato entre animais. Através de fômites. Técnicas para tratamento utilizadas para o controle de piolhos em Bovinos Medidas de higiene (escovação) Verificar tabela 01 no final do assunto piolho de bovinos
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17 PIOLHOS DE OVINOS E CAPRINOS Lista dos piolhos mais comumente encontrados em ovinos e caprinos. Piolhos mastigadores Piolhos sugadores Espécie Bovicola ovis Bovicola caprea Bovicola limmata Linognathus ovillus Linognathus pedalis Linognathus stenopsis Nome popular Piolho vermelho Piolho vermelho Piolho da face do ovino Piolho do pé de do ovino Piolho sugador do caprino * Bovicola ovis (sinonímia = Damalinia ovis) (Phthiraptera: Ischnocera: Trichodectidae) Hospedeiro: ovinos Localização e local de predileção: camadas epidérmicas superiores, principalmente do dorso e das partes superiores do corpo. Tamanho do adulto: aproximadamente 3 mm de comprimento. Duração do ciclo: 4 semanas Intensa irritação, resultando em fricção e arranhadura; Perda de pelo (em caso extremo, em todo o corpo) Devido ao ato de coçar-se, causam feridas, as quais podem manchar o velo devido a exsudados liberados, e também atrair moscas varejeiras; Os piolhos podem reduzir a qualidade e o valor da lã; Diagnóstico: Inquietação, fricção e lesão e mudança na coloração da pelagem. * Bovicola caprae (sinonímia = Damalinia caprae) (Phthiraptera: Ischnocera: Trichodectidae) Hospedeiro: caprinos Localização e local de predileção: Pele. Tamanho do adulto: aproximadamente 3 mm de comprimento.
18 Duração do ciclo: 4 semanas Intensa irritação, resultando em fricção e arranhadura; Perda de pelo (em caso extremo, em todo o corpo) Devido ao ato de coçar-se, causam feridas, as quais podem atrair moscas varejeiras; Diagnóstico: Inquietação, fricção e lesão e mudança na coloração do pelo. * Bovicola limbata (sinonímia = Damalinia limbata) (Phthiraptera: Ischnocera: Trichodectidae) Hospedeiro: caprinos Localização e local de predileção: Pele. Tamanho do adulto: aproximadamente 3 mm de comprimento. Duração do ciclo: 4 semanas Semelhante B. caprea Diagnóstico: Semelhante B. caprea. * Linognathus ovillus (Phthiraptera: Anoplura: Linognathidae) Hospedeiro: Ovinos Localização e local de predileção: Pele, encontrado principalmente na face. Tamanho do adulto: aproximadamente 2,5 mm de comprimento. Duração do ciclo: 20 a 40 dias Intensa irritação, resultando em mordedura constante, fricção e arranhadura, às vezes até desnudar áreas cutâneas, podendo causar dermatite crônica; Como se trata de piolhos sugadores de sangue, em condições de intenso ataque, pode causar anemia e conseqüente doença respiratória.
19 Diagnóstico: Animais infestados batem com os pés ou mordiscam as áreas infestadas Animais infestados apresentam aparência esfarrapada, quase sempre com retalhos no velo; Lã com piolhos possui coloração amarelada por causa da intensa secreção gordura e cutânea. * Linognathus pedalis (Phthiraptera: Anoplura: Linognathidae) Hospedeiro: Ovinos Localização e local de predileção: Pele, pernas, barriga e pés (tem preferência por áreas com menos lã). Tamanho do adulto: aproximadamente 2 mm de comprimento. Duração do ciclo: 20 a 40 dias Semelhante L. ovillus Diagnóstico: Semelhante L. ovillus. Geralmente é detectada a presença na região perineal. * Linognathus stenopsis (Phthiraptera: Anoplura: Linognathidae) Hospedeiro: Caprinos Localização e local de predileção: Pele. Tamanho do adulto: aproximadamente 2 mm de comprimento. Duração do ciclo: Semelhante L. ovillus Semelhante L. ovillus Diagnóstico: Semelhante L. ovillus. Transmissão Basicamente por contato entre animais.
20 Através de fômites. Técnicas para tratamento utilizadas para o controle de piolhos em Ovinos e Caprinos Medidas de higiene (tosquia de ovinos) Medidas de higiene (escovação de caprinos) Verificar tabela 01 no final do assunto piolho de bovinos (procedimento pode ser adaptado para ovinos e caprinos) PIOLHOS DE EQUINOS Lista dos piolhos mais comumente encontrados em eqüinos. Espécie Nome popular Piolhos mastigadores Bovicola equi Piolho dos eqüinos Piolhos sugadores Haematopinus asini Piolho sugador do equino * Bovicola equi (sinonímia = Damalinia equi, Trichodectes parumpilosis, Werneckiella equi equi) (Phthiraptera: Ischnocera: Trichodectidae) Localização e local de predileção: Camadas epidérmicas superiores do pescoço, dos flancos da base da cauda. Tamanho do adulto: aproximadamente 1-2 mm de comprimento. Duração do ciclo: 3 a 4 semanas As infestações podem induzir alopecia; Irritação da derme Causar dermatite papulocrostosa e auto-escoriação Diagnóstico: Os piolhos e seus ovos (lêndeas) podem ser vistos dentro da pelagem e na pele quando se repartem os pelos.
21 * Haematopinus asini (Phthiraptera: Anoplura: Haematopinidae) Localização e local de predileção: Regiões da cabeça, pescoço dorso peito e entres as pernas. Tamanho do adulto: aproximadamente 3 3,5 mm de comprimento. Duração do ciclo: 3 a 4 semanas As infestações brandas podem induzir alopecia; Irritação da derme Causar dermatite papulocrostosa e auto-escoriação Podem causar anemia Diagnóstico: Inquietação, coçadura e danos a pelagem; Os piolhos e seus ovos (lêndeas) podem ser vistos dentro da pelagem e na pele quando se repartem os pelos; Em dias ensolarados podem ser vistos caminhado sobre a pelagem Transmissão Basicamente por contato entre animais. Através de fômites. Técnicas para tratamento mais utilizadas Semelhante ao utilizado para bovinos, no entanto, esse piolho possui as lêndeas geralmente resistentes a inseticidas o que sugere que o tratamento seja repetido em um período de 7 a 14 dias.
22 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO PIOLHOS DE SUÍNOS * Haematopinus asini (Piolho dos suínos) (Phthiraptera: Anoplura: Haematopinidae). Localização e local de predileção: Podem ser encontrados nas dobras do pescoço, na base da orelhas, axilas e virilhas. Tamanho do adulto: É o maior piolho dos animais domésticos. Medem de 4-6 mm de comprimento. Duração do ciclo: 4 semanas
23 Única espécie parasita de suínos; Animais apresentam-se inquietos (irritabilidade); Lesões cutâneas por arranhaduras; Couro danificado. Diagnóstico: Os piolhos e seus ovos (lêndeas) podem ser vistos com facilidade. Transmissão Basicamente por contato entre animais. Técnicas para tratamento mais utilizadas Basicamente devido ao uso de inseticidas Pour On. PIOLHOS DAS AVES * Cuclotogaster heterographus, Goniocotes spp., (Phthiraptera: Ischnocera); Menopon spp., Menacanthus spp., etc. (Piolho mastigadores) (Phthiraptera: Amblycera). Existem muitas espécies de piolhos nas aves, porém os piolhos sugadores não estão presentes. Nome popular: Piolhos mastigadores das aves. Localização e local de predileção: Colonizam toda a plumagem do animal. Tamanho do adulto: Medem de 2-4 mm de comprimento. Duração do ciclo: 3-4 semanas Causam irritação podendo ser debilitante Diagnóstico: Exame da pele e penas para detecção de ovos (lêndeas), ninfas e adultos. Transmissão Basicamente por contato entre animais.
24 Técnicas para tratamento mais utilizadas Pulverização das instalações; Pulverização da plumagem e da cama; Vídeo: Piolho em aves 1 Vídeo: Piolho em aves 2 Vídeo: Detalhe de piolho visto por microscópio
25 INFORMAÇÕES COMPLETAMENTARES PIOLHOS DE CÃES Trichodectes canis (Phthiraptera: Ischnocera: Trichodectidae) Nome popular: Piolho mordedor dos cães. Tamanho do adulto: 2 a 4 mm Duração do ciclo: Aproximadamente três semanas - Causa prurido, pelagem áspera e dermatite. - Pode atuar como hospedeiro intermediário de Dipylidium caninum (Helminto). Diagnóstico: Consiste no exame da pelagem para a detecção de adultos, ninfas e ovos (lêndeas). Linognathus setosus (Phthiraptera: Anoplura: Linognathidae) Nome popular: Piolho sugador dos cães. Tamanho do adulto: 2 a 3 mm Duração do ciclo: Aproximadamente três semanas - Causa irritação cutânea, prurido, dermatite, anemia e pelagem embaraçada. Diagnóstico: Exame da pelagem para a detecção de adultos, ninfas e ovos (lêndeas). Transmissão Basicamente por contato entre animais. Através de fômites. Técnicas para tratamento mais utilizadas Tosa e escovação; Banho com antiparasitários; Pour On; Antiparasitários via oral.
26 PIOLHOS DOS GATOS Felicola subrostratus (Phthiraptera: Ischnocera: Trichodectidae) Nome popular: Piolho mordedor dos gatos. Tamanho do adulto: 1 a 1,5 mm Duração do ciclo: de 30 a 40 dias - Única espécie que ocorre comumente em gatos. - Mais comuns em raças de pelagem longa Diagnóstico: Pelagem sem brilho, arrepiada, descamada, pegajosa, com crostas e alopecia (redução parcial ou total dos pelos). Transmissão Basicamente por contato entre animais. Através de fômites. Técnicas para tratamento mais utilizadas Tosa e escovação; Banho com antiparasitários; Pour On; Antiparasitários via oral.
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