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DECLARAÇÃO SOBRE PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO (PLD) E AO FINANCIAMENTO DO TERRORISMO ( FT )

Transcrição:

Controle de alterações Versão Data Emissão Aprovação 01 29/01/2018 1. Objetivo Página 1 de 11 A da S.A. ( Companhia ) tem como objetivo garantir a conformidade com a legislação, definir princípios, diretrizes e práticas operacionais para a prevenção ao risco de lavagem de dinheiro, com a descrição de responsabilidades em todos os níveis hierárquicos e o compromisso de toda a estrutura organizacional. 1.1. A presente Política dispõe sobre a prevenção e combate à lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores, bem como prevenção do financiamento ao terrorismo e identificação e acompanhamento de pessoas politicamente expostas PPE, em consonância com a legislação nacional e com as de alcance transnacional. 1.2. As medidas destinadas ao combate à lavagem de dinheiro, elencadas na presente Política, também se destinam à prevenção do financiamento ao terrorismo. 1.3. As medidas referentes ao cadastro de clientes e demais partes relacionadas, além de auxiliar no combate à lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo, proporcionam, quando aplicável, a identificação de pessoas politicamente expostas. 2. Definições 2.1 Lavagem de Dinheiro é o conjunto complexo de operações, com a finalidade de tornar legítimos ativos oriundos da prática de atos ilícitos. O processo está dividido nas seguintes etapas: 2.1.1 Colocação: introdução dos recursos oriundos da prática de atos ilícitos no sistema econômico mediante diversos tipos de movimentação financeira, tais como contratos de seguro, depósitos, compra de instrumentos negociáveis, contratação de bens e serviços, dentre outras. 2.1.2 Ocultação: etapa em que o rastreamento contábil dos recursos ilícitos é dificultado. O objetivo é interromper a sequência de evidências, caso a origem do ativo venha a ser investigada. 2.1.3 Integração: reincorporação formal do dinheiro ao sistema econômico. Este objetivo é alcançado por meio de investimento em ativos lícitos. 2.2 Financiamento ao terrorismo: conforme definição do Ministério Público Federal, consiste na reunião de fundos ou de capital para a realização de atividades terroristas. Esses fundos podem ter origem legal como doações, ganho de atividades econômicas lícitas diversas ou ilegal como as procedentes de atividades criminais (crime organizado, fraudes, contrabando, extorsões, sequestros, etc.).

Página 2 de 11 2.3 Pessoas Politicamente Expostas: Conforme Instrução CVM nº 463/08, Resolução COAF nº 16/07, Circular BACEN 3461/09 e a Carta Circular BACEN 3430/10, são consideradas politicamente expostas aquelas pessoas que desempenham ou tenham desempenhado, nos últimos 5 (cinco) anos, cargos, empregos ou funções públicas relevantes, no Brasil ou em outros países, territórios e dependências estrangeiros, assim como seus representantes, familiares e outras pessoas de seu relacionamento próximo. 2.4. Partes relacionadas: significa (i) qualquer dos acionistas; (ii) qualquer afiliada de qualquer dos acionistas; (iii) qualquer administrador, diretor ou contratado da Companhia ou de qualquer das pessoas referidas nos itens (i) ou (ii) acima; (iv) o cônjuge ou qualquer parente até o terceiro grau de qualquer das pessoas físicas referidas nos itens precedentes; (v) qualquer pessoa jurídica da qual qualquer das pessoas referidas nas letras precedentes detenha quota, ação ou qualquer valor mobiliário que se possa considerar participação relevante; e (vi) qualquer pessoa jurídica da qual qualquer das pessoas referidas nas letras precedentes seja administrador, diretor, empregado ou contratado. 3. Princípios 3.1. Repudiamos atos de corrupção, lavagem de dinheiro, financiamento ao terrorismo ou quaisquer outros ilícitos. 3.2. O relacionamento com partes relacionadas deve ser sempre norteado pela transparência e lisura de suas atividades e não apenas pelo interesse comercial ou rentabilidade da operação. 3.3. As relações comerciais com a Companhia devem ser precedidas de informações sobre o perfil socioeconômico das partes relacionadas, a fim de viabilizar as ações de combate à lavagem de dinheiro, financiamento ao terrorismo e identificação de pessoas politicamente expostas. 3.4. Os itens apontados pelo sistema de controles internos, órgãos fiscalizadores e reguladores devem ser observados na avaliação dos riscos de lavagem de dinheiro e de financiamento ao terrorismo. 3.5. É vedada a realização de transações financeiras de natureza operacional fora da rede bancária. 4. Diretrizes 4.1. Os empregados devem receber treinamento regular, atualizado periodicamente, sobre identificação e tratamento de atividades suspeitas de lavagem de dinheiro ou financiamento ao terrorismo. 4.2. A Companhia deve observar a legislação vigente no que tange a lavagem de dinheiro, financiamento ao terrorismo e PPE, criando mecanismos que traduzam em práticas operacionais o que fora disposto nessas leis.

Página 3 de 11 4.3. Todos os empregados devem ser agentes de combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento ao terrorismo, estando atentos para identificar e comunicar operações suspeitas, na forma da legislação em vigor. 4.4. Devem ser registrados todos os serviços financeiros prestados e todas as operações financeiras realizadas com clientes ou em seu nome. 4.5. Nenhuma operação deve ser concretizada caso a parte relacionada se recuse a fornecer as informações necessárias ao seu cadastramento. 4.6. Adotamos procedimentos de due diligence para mitigação dos riscos de lavagem de dinheiro, financiamento do terrorismo e corrupção, de acordo com a atividade, a jurisdição e os agentes envolvidos. 4.7. O cadastro de partes relacionadas é considerado um elemento-chave para a prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento ao terrorismo, bem como instrumento de gerenciamento de risco, por isso todos os esforços devem ser envidados no sentido de manter atualizadas as informações necessárias à correta identificação do parceiro de negócio, conforme o princípio know your client. (item 6.2.) 4.8. A documentação-suporte dos pagamentos operacionais deve ser mantida conforme determina a legislação referente à prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento ao terrorismo. 4.9. As operações com Pessoas Politicamente Expostas devem ser continuamente monitoradas, visando identificar qualquer operação em desacordo com o perfil socioeconômico da contraparte. 4.10. Todos os indícios de lavagem de dinheiro e/ou financiamento ao terrorismo devem ser imediatamente reportados ao Conselho de Administração. 4.11. Toda operação ou atividade suspeita de lavagem de dinheiro e/ou de financiamento ao terrorismo deve ser comunicada aos órgãos competentes, no prazo previsto na legislação em vigor. 4.12. Periodicamente, em períodos não superiores a 24 (vinte e quatro) meses, os cadastros devem ser atualizados. Somente serão atualizados os cadastros de clientes que dentro de um ano calendário realizaram pelo menos 1 (um) investimento nos fundos ou carteiras ou que neles possuam investimentos. 4.13. Por ocasião da atualização, os clientes ativos deverão informar por escrito se houve alteração de situação cadastral. Tendo havido alteração, os clientes ativos deverão preencher novos formulários de cadastro e fornecer documentos solicitados. Caso não tenha havido alteração, bastará a sua confirmação por parte do cliente. 4.14. Países que necessitam de atenção especial: Em consonância com GAFI/FATF, há países que merecem especial atenção por não possuírem arcabouço legislativo e regulatório adequados no tocante à prevenção e ao combate à lavagem de dinheiro, o que torna tais locais

Página 4 de 11 mais propensos à esta prática. Investimentos de clientes oriundos desses países estão sujeitos a maior atenção com o propósito de avaliação de impactos decorrentes. O mesmo se aplicará a clientes procedentes de paraísos fiscais e de países em que estejam com sanções comerciais e econômicas. 4.15. Monitoramento Especial: As atividades de certas pessoas podem ser consideradas incompatíveis com determinadas operações realizadas no mercado financeiro, ou serem mais suscetíveis de envolvimento intencional (ou não) em infrações penais prévias que possam redundar em lavagem de dinheiro. Os empregados deverão possuir cautela adicional quando se tratarem de clientes identificados como de alta sensibilidade, sendo estes classificados: a) Pessoas Politicamente Expostas; b) Pessoas públicas e/ou notoriamente envolvidas com infrações penais; c) Clientes de private banking ; d) Lotéricas e outras empresas ligadas a jogos de azar; e) Empresas de fomento mercantil, agências de turismo, igrejas, templos ou outras entidades religiosas, organizações não governamentais ( ONGs ); f) Clientes que residam ou estejam sediados no exterior, em municípios brasileiros de fronteira e na tríplice fronteira de Foz do Iguaçu; g) Pessoas provenientes de paraísos fiscais e países sensíveis, devido à fragilidade do ambiente regulatório, do nível de corrupção e dos controles na prevenção e combate ao crime de lavagem de dinheiro; e h) Clientes que residam, estejam sediados ou mantenham relacionamentos com países de tributação favorecida (paraísos fiscais). 5. Regulamentação aplicável Dentre as principais normas disciplinadoras do mercado financeiro, no que tange à prevenção e combate à Lavagem de Dinheiro, vale mencionar: i. Lei nº 9.613/98, alterada pela Lei nº 12.683/12, que dispõe sobre os crimes de "Lavagem" ou ocultação de bens, direitos e valores; a prevenção da utilização do sistema financeiro para os respectivos ilícitos e cria o Conselho de Controle de Atividades Financeiras ( COAF ); ii. Decreto nº 5.640, de 26 de dezembro de 2005, que promulga a Convenção Internacional para Supressão do Financiamento ; iii. Lei nº 13.170, de 16 de outubro de 2015, que disciplina a ação de indisponibilidade de bens, direitos ou valores em decorrência de resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas CSNU; iv. Instrução CVM nº 301/99, alterada pelas Instruções CVM nº 463/08; 506/11; 523/12; 534/13 e 553/14, revogado o 1 do art. 7 pela instrução CVM nº 534/13, que dispõe sobre a identificação, o cadastro, o registro, as operações, a comunicação, os limites e a responsabilidade administrativa de que tratam os arts. 10, 11, 12 e 13 da Lei 9.613/1998, referente aos crimes de Lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores;

Página 5 de 11 v. Carta Circular nº 3.542/2012 do Banco Central do Brasil ( BACEN ), que divulga relação de operações e situações que podem configurar indícios de ocorrência dos crimes previstos na Lei nº 9.613/98 passíveis de comunicação ao COAF; vi. Carta-Circular nº 3.342/08 do BACEN, que dispõe sobre a comunicação de movimentações financeira ligadas ao terrorismo e ao seu financiamento; vii. Circular nº 3.461/09 do BACEN, que dispõe sobre os procedimentos a serem adotados na prevenção e combate às atividades relacionadas com os crimes previstos na Lei nº 9.613/98; viii. Carta-Circular nº 3.430/10 do BACEN, que esclarece aspectos relacionados à prevenção e combate às atividades relacionadas com os crimes previstos na Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, tratados na Circular nº 3.461, de 24 de julho de 2009; ix. Circular nº 3.780, de 21 de janeiro de 2016 do BACEN, que dispõe sobre os procedimentos a serem adotados por instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil no cumprimento da Lei nº 13.170, de 16 de outubro de 2015, que disciplina a ação de indisponibilidade de bens, direitos ou valores em decorrência de resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU); x. Ofício Circular 5/2015/SIN/CVM; xi. xii. Normas emitidas pelo COAF; e Recomendações do Grupo de Ação Financeira (GAFI). 6. Cadastro de clientes e parceiros de negócios O cadastro de clientes e parceiro de negócios é elemento essencial na prevenção e combate ao crime de lavagem de dinheiro. Toda a documentação deve ser cuidadosamente analisada para fins de confirmação do cadastro. Considerando as principais diretrizes e regras existentes no mercado financeiro e a análise dos principais casos de lavagem de dinheiro é possível relacionar as pessoas físicas e jurídicas mais passíveis de envolvimento com o crime de lavagem de dinheiro. Estas devem ser classificadas como de Nível Alto. 6.1. Pessoas politicamente expostas (PPE) Conforme citado no item 2.3., são consideradas politicamente expostas aquelas pessoas que desempenham ou tenham desempenhado, nos últimos 5 (cinco) anos, cargos, empregos ou funções públicas relevantes, no Brasil ou em outros países, territórios e dependências estrangeiros, assim como seus representantes, familiares e outras pessoas de seu relacionamento próximo. Além disso, são exemplos de situações que caracterizam relacionamento próximo e acarretam o enquadramento de cliente permanente como pessoa politicamente exposta:

- Constituição de pessoa politicamente exposta como procurador ou preposto; e - Controle, direto ou indireto, cliente pessoa jurídica por pessoa politicamente exposta. Página 6 de 11 O cliente da Companhia deve declarar se é ou não uma pessoa politicamente exposta, no momento do cadastramento. Além disso, as bases de dados da Companhia efetuarão a verificação em uma lista de pessoas politicamente expostas. Assim, caso um cliente que seja identificado como politicamente exposto, ainda que não se tenha autodeclarado, será assim considerado nas análises de indícios de lavagem de dinheiro. O fato de ser classificado como pessoa politicamente exposta não é impeditivo para a realização de negócios com a Companhia. No entanto, devido a exigências regulatórias, todos os clientes politicamente expostos são classificados automaticamente pelos sistemas internos da Companhia como de risco alto para fins de monitoramento. A Diretoria de Gestão de Riscos e Compliance é responsável por analisar os dados e solicitar esclarecimentos adicionais, se necessários. Caso existam indícios consistentes, a Diretoria de Gestão de Riscos e Compliance é responsável por comunicar aos órgãos reguladores, respeitando o fluxo operacional da Companhia. 6.2. Princípio Conheça seu cliente (Know your client KYC): A aplicação do princípio Conheça seu cliente é mais uma das formas utilizadas pela Companhia na prevenção e combate ao crime de lavagem de dinheiro. A identificação do perfil dos clientes e informações precisas sobre a atuação profissional, ramo da atividade e a situação financeira patrimonial dos clientes protege a reputação da Companhia e afasta a possibilidade de sanções administrativas ou perdas financeiras. Todos os clientes da Companhia devem ser identificados e preencher as informações obrigatórias, com o objetivo de montar-se seu perfil de risco. A avaliação de risco está diretamente ligada ao nível de informações que será aplicado ao conhecimento do cliente, podendo ser necessária uma pesquisa com base em fontes independentes de dados. O fornecimento das informações obrigatórias não impede a Companhia de solicitar informações adicionais, se assim o desejar, para um melhor entendimento do perfil do cliente. Conhecer os clientes, os beneficiários finais, procuradores e representantes legais são exigências dos órgãos reguladores e fiscalizadores dos procedimentos de prevenção à lavagem de dinheiro. Tendo em vista os riscos legais e de imagem relacionados, é de fundamental importância que todo o processo de conhecimento do cliente seja realizado antes da efetivação de qualquer tipo de operação. Não obstante aos mecanismos de identificação dos clientes adotados, o processo de conhecimento se mantém durante todo o relacionamento com a Companhia, por meio de testes, atualizações de informações, visitas, contatos telefônicos, dentre outros. As informações obrigatórias e acessórias dos clientes serão salvas em ambiente seguro de tecnologia da informação. Em linhas gerais, o princípio Conheça seu cliente cumpre as seguintes etapas:

Página 7 de 11 a) Fornecimento das informações obrigatórias do cliente; b) Checagem de bases de dados internas e externas (locais e globais); c) Análise de risco; d) Classificação de clientes por níveis de risco; e) Aceitação ou não do cliente; f) Tratamento de exceções; g) Monitoramento de operações, comportamento e perfil do cliente e suas transações; e h) Identificação, análise e reporte de situações atípicas, caso aplicável. 6.3. Princípio Conheça seu Empregado (Know your employee KYE): A Companhia adota uma postura rígida e transparente na contratação de seus empregados. Antes do ingresso na Companhia todos os candidatos devem ser recrutados e entrevistados pela Gerência de Recursos Humanos e pela Diretoria (quando aplicável). Requisitos ligados à reputação no mercado e perfil serão avaliados, bem como os antecedentes profissionais do candidato. Além destes procedimentos, a Companhia promove treinamentos periódicos sobre seu Código de Ética e Conduta e sobre esta Política, possibilitando o conhecimento de seus empregados acerca de atividades vedadas e dos princípios da instituição. Cabe destacar que a Companhia supervisiona constantemente as condutas profissionais e pessoais de seus empregados e quaisquer descumprimentos aos princípios éticos da Companhia são punidos conforme regime disciplinar. 6.4. Princípio Conheça seu Fornecedor (Know your supplier KYS): A Companhia estabelece regras, procedimentos e controles para identificação e aceitação de fornecedores e prestadores de serviços, prevenindo a contratação de sociedades inidôneas ou suspeitas de envolvimento em atividades ilícitas. Em linhas gerais, o princípio Conheça seu fornecedor cumpre as seguintes etapas: a) Realizar Due Diligence - Devida Diligência de fornecedores previamente à contratação; b) Monitoramento das contratações, prestação de serviços, relacionamentos e rescisões contratuais com o fornecedor; c) Adoção e monitoramento de alçadas específicas de aprovação; d) Monitoramento de pagamentos realizados; e e) Solicitar as informações e documentações cadastrais obrigatórias (contrato ou estatuto social, certidões negativas de débitos de tributos e encargos sociais). 7. Indícios de Lavagem de Dinheiro É fundamental que todos os empregados tenham conhecimento das operações que configuram indícios de lavagem de dinheiro. São considerados indícios de lavagem de dinheiro, as operações:

Página 8 de 11 a) Cujos valores se mostrem objetivamente incompatíveis com a ocupação profissional e a situação financeira patrimonial declarada; b) Realizadas entre as mesmas partes ou em benefício das mesmas partes, nas quais haja seguidos ganhos ou perdas no que se refere a algum dos envolvidos; c) Evidenciem oscilação significativa em relação ao volume e/ou frequência de negócios de qualquer das partes envolvidas; d) Cujas características e/ou desdobramentos evidenciem atuação, de forma contumaz, em nome de terceiros; e) Que evidenciem mudança repentina e objetivamente injustificada relativamente às modalidades operacionais usualmente utilizadas pelo (s) envolvido (s); f) Realizadas com finalidade de gerar perda ou ganho para as quais falte, objetivamente, fundamento econômico; g) Cujo grau de complexidade e risco se afigurem incompatíveis com a qualificação técnica do cliente ou de seu representante; h) O cliente criar resistência em fornecer as informações cadastrais obrigatórias; i) O cliente declarar diversas contas bancárias e/ou modificá-las com habitualidade; e j) O cliente autorizar procurador que não apresente vínculo aparente. Todos os empregados devem, obrigatoriamente, reportar os casos de suspeita de lavagem de dinheiro à Diretoria de Gestão de Risco, que será responsável por respeitar o sigilo do reporte e proporcionar a devida averiguação dos fatos. 8. Papéis e responsabilidades Os Órgãos Colegiados devem pautar seus trabalhos e decisões em valores e princípios presentes no Código de Ética e Conduta, nos princípios de Governança Corporativa e nos normativos internos e externos, de forma a mitigar o risco de envolvimento da Companhia em situações suscetíveis à lavagem de dinheiro ou ao financiamento ao terrorismo. 8.1. Conselho de Administração i. Revisar e aprovar, periodicamente, as disposições, regras, princípios e diretrizes aplicáveis às questões de Prevenção e Combate dos Crimes de Lavagem de Dinheiro ( PLDFT ) contemplados nesta Política; e ii. Supervisionar, com o auxílio do Comitê de Riscos e Compliance, o cumprimento e aderência das práticas a esta Política.

8.2. Comitê de Riscos e Compliance Página 9 de 11 O Comitê de Riscos e Compliance deve avaliar e deliberar sobre os indícios de lavagem de dinheiro ou de financiamento ao terrorismo, passíveis de análise, determinando os casos a serem informados ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), de acordo com a legislação em vigor. 8.3. Diretoria Geral i. Responsável pela administração global da Companhia, reportando-se diretamente ao Conselho de Administração. 8.4. Diretoria de Gestão A Diretoria de Gestão é responsável pela: i. Implantação e gestão de controles visando à mitigação do risco dos serviços de liquidação, de gerenciamento de posições em aberto e de registro de operações de empréstimo de ativos serem utilizados para o Financiamento ou para a Lavagem de Dinheiro; ii. Implantação e gestão de processos de monitoramento visando à detecção de transações suspeitas ou atípicas relacionadas aos processos de liquidação, de gerenciamento de posições em aberto e de registro de operações de empréstimo de ativos que possam configurar indícios de Financiamento ou de Lavagem de Dinheiro. 8.5. Diretoria de Gestão de Riscos e Compliance i. A Diretoria de Gestão de Riscos e Compliance deve elaborar e manter atualizados normativos internos pertinentes; elaborar programas de treinamento e de conscientização de empregados, em conjunto com a Diretoria de Gestão; e orientar o desenvolvimento dos processos de monitoração de transações e encaminhar ao Comitê de Gestão Riscos e Compliance os indícios de lavagem de dinheiro ou de financiamento ao terrorismo, passíveis de análise para deliberação; ii. A Diretoria de Gestão de Riscos e Compliance deve fazer a comunicação à CVM, positiva ou negativa, de situações ou operações que possam configurar indícios de lavagem de dinheiro ou financiamento ao terrorismo aos órgãos competentes, assim como comunicar à CVM, anualmente, até o último dia útil do mês de janeiro, por meio de sistema eletrônico disponível na página da CVM na rede mundial de computadores, a não ocorrência no ano civil anterior das transações ou propostas de transações passíveis de serem comunicadas; iii. A Diretoria de Gestão de Riscos e Compliance deve analisar previamente os projetos de desenvolvimento de novos produtos e serviços, com objetivo de mitigar os riscos de tais produtos envolverem e/ou serem utilizados para prática de crimes de Lavagem de Dinheiro ou de Financiamento ; iv. A Diretoria de Gestão de Riscos e Compliance deve testar anualmente a validação dos dados cadastrais dos clientes ativos;

Página 10 de 11 v. A Diretoria de Gestão de Riscos e Compliance deve definir os critérios e procedimentos para seleção, treinamento e acompanhamento da situação econômico-financeira dos empregados da Companhia; e vi. A Diretoria de Gestão de Riscos e Compliance deve interagir com órgãos reguladores. 8.6. Empregados i. Todos os empregados devem estar cientes e manter suas atividades em conformidade com esta Política; e reportar prontamente à Diretoria de Gestão de Riscos e Compliance situações ou operações que possam configurar indícios de lavagem de dinheiro ou financiamento ao terrorismo, mesmo aquelas que não tenham sido previstas na legislação; ii. Para atendimento dos requisitos de cadastro, os empregados devem preencher e manter atualizada Declaração de Enquadramento como Pessoa Politicamente Exposta, que deve ser arquivada pela Diretoria de Gestão. 8.7. Especialistas e analistas de investimentos É de responsabilidade de todos os especialistas e analistas de valores mobiliários da Companhia: i. Comunicar ao Diretor de Gestão de Riscos e Compliance se algum conflito de interesse for identificado, com finalidade de assegurar que o especialista ou analista desempenhe suas funções com independência; ii. iii. Monitorar as operações atípicas; e Analisar os aportes fora dos parâmetros. 8.8. Auditoria Interna i. A Auditoria Interna deve verificar, a cada trabalho executado, o cumprimento dos termos desta Política e dos demais normativos externos e internos aplicáveis ao assunto. 9. Disposições Finais 9.1. Para garantir o cumprimento da Política de Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro e Financiamento devem ser desenvolvidas normas específicas. 9.2. Mantemos canal de ética independente para o recebimento de denúncias, com garantia de sigilo e anonimato. 9.3. A política e as normas de prevenção e combate à lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo devem ser aprimoradas continuamente.

Página 11 de 11 9.4. As atualizações desta Política e das normas de prevenção e combate à lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo devem ser consolidadas pela Diretoria de Gestão de Riscos e Compliance e submetidas à aprovação do Conselho de Administração. 9.5. A inobservância das regras desta Política implica sanções pertinentes ao Regime Disciplinar, conforme o caso. 9.6. Regras e responsabilidades adicionais definidas em normas complementares devem estar alinhadas com esta Política. 9.7. Esta Política deve receber ampla divulgação interna na Companhia e estar publicada em sua intranet e website. Os casos omissos na Política de Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro e Financiamento devem ser analisados e encaminhados à consideração do Diretor de Gestão de Riscos e Compliance.