EFEITOS DA APLICAÇÃO DE SUCO FERTIPROTETOR DE AGAVE HÍBRIDO CURTIDO SOBRE PLANTAS DE ALGODOEIRO COLORIDO VERMELHO RUBI.

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Transcrição:

EFEITOS DA APLICAÇÃO DE SUCO FERTIPROTETOR DE AGAVE HÍBRIDO 11648 CURTIDO SOBRE PLANTAS DE ALGODOEIRO COLORIDO VERMELHO RUBI. Rondynelli Sobral Dias (Faculdade de Agronomia de Pombal - FAP / agroafb@bol.com.br), Artur Franco Barrêto (FAP), João Rodrigues de Sousa (FAP), Aristarco Dias de Araújo Filho (FAP), Norono Pedrosa Lacerda (FAP), André Japiassú (FAP), Francisco Kerles Ramalho (FAP), Pablo Sobral Dias (FAP), Luiz Erlon Leandro Zógob (FAP), Ivanildo Freire de Medeiros (FAP). RESUMO - Avaliaram-se os efeitos fitotóxicos da aplicação de suco curtido de Agave híbrido 11648, sobre plantas de algodoeiro colorido cultivar vermelho rubi. O experimento (delineamento inteiramente casualizado com seis tratamentos e cinco repetições) foi realizado no município de Pombal, Paraíba, no período de abril a maio de 2005. Aos 20 dias após a emergência as plantas foram pulverizadas com suco de Agave híbrido 11648 nas concentrações: 0, 20, 40, 60, 80 e 100%. Após 48 horas da aplicação verificou-se a fitotoxidade utilizando uma escala de notas, de acordo com a intensidade dos sintomas, calculou-se ainda o percentual de plantas afetadas. As plantas que receberam a concentração de 60 % do suco foram as mais afetadas com (92% das plantas); com relação à intensidade da fitotóxidade as plantas que foram pulverizadas com o suco curtido puro obtiveram a maior nota (nota = 4,0) fitotóxidade baixa. Essa queima se deve provavelmente ao ph ligeiramente ácido do suco de agave e das proporções das substâncias encontradas na análise fitoquímica: taninos, alcalóides, saponinas e cumarinas, além das quantidades de N encontradas no suco. Palavras-chave: Agave, algodão, fitotoxidade. EFFECTS OF THE APLICATION OF TANNED FERTILEPROTECTOR HIBRID Agave 11648 JUICE ON THE PLANTS OF COLORED COTTON RED RUBY ABSTRACT - Studies were carried out to evaluate the phytotoxic effects of the application of tanned hybrid Agave 11648 juice, on plants of colored cotton cultivar red ruby. The experiment (completely randomized design, with six treatments and five repetitions) was accomplished in the municipal district of Pombal, Paraíba, in the period of April to May of 2005. To the 20 days after the emergency, the plants were sprayed with hybrid Agave 11648 juice in the concentrations: (0, 20, 40, 60, 80 and 100%); After 48 hours of the application was verified phytotoxicity using a scale of values, in accordance with the intensity of the symptoms, then the percentage of affected plants was calculated. The plants that had received the concentration from 60 % of the juice had been affected with 92% of the plants; with relation to the intensity of the phytotoxicity the plants that had been sprayed with the tanned pure juice had gotten the biggest note (note = 4,0)classified as low phytotoxicity. This burning is must probably dues to ph slightly acid of the agave juice and the ratios of substances found in the phytochemistry analysis: tanning barks, alkalis, saponines and coumarins, beyond the found amounts of N in the juice. Key words: Agave, cotton, phytotoxicity.

INTRODUÇÃO A cultura do algodoeiro é explorada em toda a região Nordeste do Brasil, com grande significado sócio-econômico, aparecendo como alternativa geradora de emprego e renda para o pequeno produtor (ARAÚJO et al., 1997). Produtos naturais, resultantes da atividade de microrganismos ou extraídos de plantas e animais têm sido testados e/ou utilizados principalmente no controle de doenças, pragas e fertilização complementar (RAMALHO, 2003). O suco, ou extrato, obtido durante o desfibramento do agave (Agave sisalana Perrine) mostrou atividade acaricida com relação ao acaro rajado do algodoeiro (BARRÊTO, 2003), constituindo essa informação em um acréscimo aos relatos de atividades biocidas (ABDEL-GAWAD et al., 1999) de substâncias obtidas dessa planta. No entanto, os produtos utilizados para proteger e fertilizar as culturas podem apresentar efeito fitotóxicos, até mesmo aqueles originados de plantas (DEZOTTI et al., 2002). O objetivo desse trabalho foi avaliar os efeitos fitotóxicos da aplicação de suco curtido de Agave híbrido 11648 sobre plantas de algodão colorido vermelho rubi. MATERIAL E MÉTODOS O trabalho foi realizado nos laboratórios e casa de vegetação da Faculdade de Agronomia de Pombal, Pombal, PB, no período de abril a maio de 2005. As sementes de algodão colorido, cultivar vermelho rubi, foram adquiridas no Centro Nacional de Pesquisa do Algodão (EMBRAPA-Algodão), Campina Grande, PB. O suco empregado foi procedente do município de Monteiro, PB, obtido a partir da mucilagem resultante do desfibramento manual das folhas de Agave híbrido 11648. Na casa de vegetação o plantio do algodoeiro realizou-se em vasos, sendo as sementes colocadas a 1,5 cm de profundidade em substrato constituído por areia e matéria orgânica mineralizada. No quinto dia após a emergência, realizou-se o desbaste, deixando cinco plantas por vaso. O suco foi empregado um ano depois (suco curtido) da sua extração, sendo definidos os seguintes tratamentos (diluições): T = testemunha (plantas não tratadas); SCAHd1 = 20% de suco curtido de Agave híbrido 11648 + 80% de água destilada (ph = 4,5); SCAHd2 = 40% de suco curtido de Agave híbrido 11648 + 60% de água destilada (ph = 4,5); SCAHd3 = 60% de suco curtido de Agave híbrido 11648 + 40% de água destilada (ph = 4,5); e SCAHd4 = 80% de suco curtido de Agave híbrido 11648 + 20% de água destilada (ph = 4,4); SCAH = 100% de suco curtido de Agave híbrido 11648 (ph = 4,4). Segundo a análise fitoquímica do suco, realizada, no laboratório de Farmacotécnia do Curso de Farmácia da UEPB/Campina Grande, PB, foram constatados taninos, alcalóides, saponinas e cumarinas na composição deste. Amostra do suco foi analisada no Laboratório de Analise de Tecidos de Plantas do CCA/UFPB, visando à determinação de macro e micro nutrientes. As aplicações efetuaram-se em plantas com 20 dias após a emergência, por meio de pulverizações realizadas com auxílio de um borrifador manual. Cada diluição foi aplicada na razão de 200 ml por grupo de 5 plantas. Os efeitos fitotóxicos foram avaliados nas folhas 48 horas após a aplicação, atribuindo-se notas de acordo com a intensidade dos sintomas, conforme a escala proposta pelo Comitê de Métodos do Conselho Europeu de Pesquisa sobre Plantas Daninhas (EWRC, 1964): 1 = Nulo; 2 = Muito leve; 3 = Leve; 4 = Baixa; 5 = Média; 6 = Quase-forte; 7 = Forte; 8 = Muito forte; 9 = Total (Destruição completa).

O delineamento estatístico foi o inteiramente casualizado com seis tratamentos e cinco repetições. Para a efetivação da analise de variância os dados de plantas afetadas, foram transformados em arco seno X / 100. As médias dos testes referentes a fitotóxidez foram comparadas pelo teste de Tukey (p = 0,05). RESULTADOS E DISCUSSÃO Os efeitos dos tratamentos foram significativos, quanto a percentagem de plantas afetadas com sintomas de fitotoxidade, e quanto a intensidade da fitotóxidade (Ta. 1). Estudando a aplicação de sucos de agave de dois genótipos diferentes (Agave sisalana e do híbrido 11648) sobre plântulas de algodoeiro, Barrêto, (2003) verificou efeito semelhante, ao aplicar os sucos puros em plântulas com 10, 35 e 65 dias após a germinação. Para a variável percentagem de plantas afetadas (Tab. 2), as plantas que receberam a aplicação com SCAHd3(60%) foram as mais afetadas, diferindo estatisticamente das concentrações SCAHd1(20%) e SCAHd2(40%) e da testemunha, já as plantas que receberam a aplicação de SCAHd2(40%) foram às menos afetadas. Essa queima se deve provavelmente ao ph ligeiramente ácido do suco de agave e das proporções das substâncias encontradas na análise fitoquímica: taninos, alcalóides, saponinas e cumarinas. O tanino vegetal tem larga utilização na indústria de curtimento de pele animal graças a substâncias tanantes que tem o poder de transformar pele animal em couro devido à sua atuação adstringente de retirar a água dos interstícios das fibras, contrair tecidos orgânicos moles e impedir a sua putrefação (GONÇALVES e LELIS, 2001). Além das quantidades de N encontradas no suco (Tab. 3) que segundo Filgueira (2003) podem ocasionar queima das folhas quando empregadas em excesso. Para os valores de fitotoxicidade das aplicações do suco curtido de Agave híbrido 11648 nas plantas de algodão encontra-se na Tabela 2. Na aplicação do suco aos 20 dias após a germinação, as plantas que receberam a aplicação do SCAH foram as que mais sofreram queimaduras (nota = 4,0), diferindo da testemunha e dos outros tratamentos e os sintomas de fitotóxidade classificados como baixo. As plantas que receberam aplicação com as diluições SCAHd1 e SCAHd2 foram às menos afetadas (notas = 1,7 e 1,8) igualando-se estatisticamente com a testemunha. De acordo com a escala utilizada (EWRC, 1964), esses valores foram de nulos a muito leves. Tabela 1. Análise de variância (Quadrado médio) de plantas afetadas pela aplicação do suco curtido de Agave híbrido 11648 aos 20 dias após germinação do algodoeiro colorido, cultivar vermelho rubi, Pombal, PB, 2005. Plantas com 20 dias após a germinação Fonte de GL Percentagem de plantas com sintomas de Intensidade da fitotoxidez Variação fitotoxidez Tratamentos 5 30,76** 20,17** Resíduo 24 0,045 0,26 CV (%) 22,60 23,03 ** e * Significativo pelo teste F, a 1% e 5 % respectivamente de probabilidade; ns não significativo.

Tabela 2. Resultados obtidos para as variáveis percentagens de plantas afetadas e fitotóxicidade para o suco curtido de Agave híbrido 11648, em plantas de algodoeiro colorido vermelho rubi com 20 dias após germinação, Pombal, PB, 2005. Plantas com 20 dias após a germinação Plantas afetadas Fitotoxicidade Diluições com suco curtido de Agave híbrido 11648 % Arco seno X / 100 Test. (Água destilada) 0 0,00 d 1,0 c SCAHd1 60 0,89 bc 1,72 bc SCAHd2 48 0,7 c 1,84 bc SCAHd3 92 1,38 a 2,28 b SCAHd4 81 1,22 ab 2,54 b SCAHd5 92 1,38 a 4,06 a Dms 0,41 1,00 Test.- Testemunha; SCAHd1 = 20% de suco curtido de Agave híbrido 11648 + 80 % de água destilada; SCAHd2 = 40% de suco curtido de Agave híbrido 11648 + 60 % de água destilada; SCAHd3 = 60% de suco curtido de Agave híbrido 11648 + 40% de água destilada; SCAHd4 = 80% de suco curtido de Agave híbrido 11648 + 20 % de água destilada; SCAH = 100% de suco curtido de Agave híbrido 11648. Médias nas colunas seguidas da mesma letra não diferem significativamente entre si, pelo teste de Tukey (p = 0,05). Dms - Diferença mínima significativa. Ca Mg S Fe Cu Mn Zn Na Tabela 3. Analise nutricional do suco de Agave híbrido 11648, Pombal, PB, 2005. Nutrientes encontrados na analise do suco de Agave híbrido 11648 *B N P K g L -1 Mg L -1 SCAH 31,2 14,3 2,1 19, 5 21,6 17,5 4,5 2,4 0,1 4,5 1,2 393 SCAH - Suco curtido de Agave híbrido 11648; * O boro é expresso em mg/kg. CONCLUSÕES 1. As diluições testadas causaram efeito fitotóxicos, mesmo nas menores concentrações (20 e 40%); 2. O suco curtido de Agave híbrido 11648 puro foi o que mais causou danos queima nas folhas; 3. Em geral as lesões queima foram de muito leves a baixo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA ABDEL-GAWAD, M. M.; EL-SAYED, M. M.; ABDEL-HAMED, E. S. Molluscicidal steroidal sapoins and lipid content of Agave decipiens. Revista Fitoterapia, v. 70, p. 371-381.1999. ARAÚJO, J. M.; OLIVEIRA, J. M. C.; SANTOS, J. J.; VALE, D. G.; OLIVEIRA, M. L.; CARTAXO, W. V.; SILVA, M. B. Unidade de intervenção: uma estratégia de transferencia de tecnologia para o pequeno produtor. Campina Grande: Embrapa CNPA, 1997. 24 p. (Documento, 51). BARRÊTO, A. F. Efeito da aplicação de suco de Agave com relação ao controle de ácaro rajado Tetranychus urticae (Koch, 1836) e a ocorrência de fitotoxidez em plantas de algodoeiro (Gossypium hirsutum L. r latifolium Hutch). Areia: UFPB, 2003. Cap. 3. Dissertação (Mestrado em Agronomia) - Centro de Ciências Agrárias. - Universidade Federal da Paraíba. Areia. DEZOTTI, P. C.; HERNANDEZ - TERRONES, M. G.,MELO, G. S.; Potencial Herbicida do Extrato Metanólico de Sementes de Mata-Barata. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS, 23., 2002, Uberlândia-MG. Anais... Uberlândia, 2002. p 3. EUROPEAN WEED RESEARCH COUNCIL. Respost of three third and fouth Medetings of European Weed Research Council committee on Methods. Weed Research, v. 4, p. 88, 1964. FILGUEIRA, F. A. R.; Novo Manual de Olericultura: agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortas. 2 a ed. Viçosa, 2003. 412p. GONÇALVES, C. de A.; LELIS, R. C. C. Teores de taninos da casca e da madeira de cinco leguminosas arbóreas, v. 8, n. 1, p.167-173, 2001. RAMALHO, C. I. Rendimento do feijão-vargem adubado com urina de vaca e NPK. Areia: UFPB, 2003. 51 p. Dissertação (Mestrado em Agronomia) Centro de Ciências Agrárias - Universidade Federal da Paraíba, Areia.