ANO XXIV - 2013-3ª SEMANA DE FEVEREIRO DE 2013 BOLETIM INFORMARE Nº 08/2013



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Transcrição:

ANO XXIV - 2013-3ª SEMANA DE FEVEREIRO DE 2013 BOLETIM INFORMARE Nº 08/2013 ASSUNTOS SOCIETÁRIOS MICROEMPREENDEDORES INDIVIDUAIS MEIS INSCRIÇÃO, ALTERAÇÃO, EXTINÇÃO, ENQUADRAMENTO E DESENQUADRAMENTO - PROCEDIMENTOS GERAIS NAS JUNTAS COMERCIAIS... Pág. 177 IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL DO EXERCÍCIO 2013 ANO-CALENDÁRIO 2012 - DEPENDENTES, DESPESAS MÉDICAS, DESPESAS DE INSTRUÇÃO, PREVIDÊNCIA PRIVADA - CONSIDERAÇÕES GERAIS... Pág. 181

ASSUNTOS SOCIETÁRIOS Sumário MICROEMPREENDEDORES INDIVIDUAIS MEIs INSCRIÇÃO, ALTERAÇÃO, EXTINÇÃO, ENQUADRAMENTO E DESENQUADRAMENTO Procedimentos Gerais Nas Juntas Comerciais 1. Introdução 2. Tratamento Dos Dados Dos Arquivos Recebidos do Portal do Empreendedor Pelas Juntas Comerciais 3. Cadastro do Empresário Informações Que Deverão Conter 4. Alteração e Baixa de Empresário Enquadrado Como MEI 4.1 - Consequencias do Desenquadrado da Condição de MEI 5. ANEXOS I e II 1. INTRODUÇÃO Nesta matéria trataremos sobre os procedimentos de arquivamento de atos decorrentes de inscrição, alteração, extinção, enquadramento e desenquadramento de empresários pelas juntas comerciais, recebidos do Portal do Empreendedor, com base nas normas previstas na Instrução Normativa nº 122, de 20 de dezembro de 2012 (DOU de 26.12.2012) e outras fontes citadas no texto. 2. TRATAMENTO DOS DADOS DOS ARQUIVOS RECEBIDOS DO PORTAL DO EMPREENDEDOR PELAS JUNTAS COMERCIAIS Os dados constantes de arquivos eletrônicos recebidos do Portal do Empreendedor pelas Juntas Comerciais, pertinentes à inscrição, alteração e extinção de empresários enquadrados como microempreendedores individuais, assim como as comunicações de enquadramentos e de desenquadamentos referentes a essa condição, efetuadas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, em cumprimento ao disposto no artigo 28 da Resolução CGSIM nº 16 de 2009, deverão ser mantidos no respectivo Cadastro Estadual de Empresas CEE vinculados ao cadastro do empresário a que se refiram, de forma a preservar a sua individualidade, com integridade, enquanto ato arquivado, observado o seguinte: a) os dados dos arquivos recebidos deverão, também, ser incorporados ao cadastro do empresário de forma a permitir a atualização cadastral dos dados dele constantes; b) a exibição dos dados pertinentes ao Registro Mercantil referentes a cada arquivo recebido, quando necessária, será efetuada por intermédio do modelo Cadastro de Arquivo Recebido do Portal do Empreendedor Empresário MEI, constante do Anexo I (vide item 5); c) para fins de incorporação dos dados de cada arquivo à base de imagens digitalizadas dos documentos arquivados, deverá ser utilizado o modelo mencionado na letra b. Os arquivos eletrônicos, referidos acima, receberão número de arquivamento aplicado pela respectiva junta comercial, cuja data será a da sua geração no Portal do Empreendedor. 3. CADASTRO DO EMPRESÁRIO INFORMAÇÕES QUE DEVERÃO CONTER O cadastro do empresário, constante do Cadastro Estadual de Empresas, deverá conter histórico dos atos arquivados, compreendendo, pelo menos, os seguintes dados: data do arquivamento, ato, evento, data efeito, ano do balanço, número do protocolo, número de arquivamento, NIRE de Filial. A Data Efeito constará das comunicações de enquadramento ou desenquadramento efetuadas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, em consonância com os respectivos motivos, conforme tabela constante do Anexo II (vide item 5). 4. ALTERAÇÃO E BAIXA DE EMPRESÁRIO ENQUADRADO COMO MEI Os procedimentos de alteração e baixa de empresário enquadrado como microempreendedor individual MEI serão realizados, exclusivamente, pelo Portal do Empreendedor a partir da entrada em operação dessas IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE Fevereiro 08/2013 177

funcionalidades, exceto no caso de alteração de nome empresarial de empresário inscrito e enquadrado na condição de MEI pelo Portal do Empreendedor no período de 1º de julho de 2009 a 08 de fevereiro de 2010, assim como de empresário que optar pela condição de MEI por intermédio do Portal do Simples Nacional. 4.1 Consequencias do Desenquadrado da Condição de MEI Uma vez desenquadrado da condição de MEI: a) os atos de alteração e extinção continuarão a ser praticados pelo Portal do Empreendedor até à data anterior à data efeito do respectivo evento de desenquadramento, quando essa for data futura, conforme tabela constante do Anexo II (vide item 5); b) a partir da data efeito a que se refere a letra a acima, os atos de alteração e extinção do empresário, antes praticados pelo Portal do Empreendedor, passarão a ser protocolizados e arquivados diretamente na junta comercial, devendo, o primeiro ato, ser instruído com cópia do desenquadramento mediante comunicação do interessado ou de ofício; c) o empresário cuja inscrição foi gerada pelo Portal do Empreendedor deverá arquivar alteração na junta comercial promovendo a inclusão de dados não fornecidos no processo especial de registro, caso não o faça por intermédio de ato de alteração de dados ou de extinção; d) nos casos de desequadramento, em razão dos motivos abaixo indicados, o empresário procederá arquivamento, na junta comercial, de documentos de formalização dos respectivos atos, como segue: MOTIVO DO DESENQUADRAMENTO PROVIDÊNCIA NA JUNTA COMERCIAL 375 SIMEI Desenquadramento do Protocolar processo de transformação de SIMEI por comunicação do contribuinte - empresário para outra natureza jurídica. Natureza jurídica vedada 376 SIMEI Desenquadramento do Protocolar processo de alteração do objeto SIMEI por comunicação do contribuinte - do empresário. Atividade econômica vedada 378 SIMEI Desenquadramento do Protocolar processo de abertura de filial do SIMEI por comunicação do contribuinte - empresário. Abertura de filial e) será permitido o arquivamento de atos subsequentes ainda que o empresário não tenha concretizado o ato que acusou inicialmente como motivo para desenquadramento. 5. ANEXOS I E II IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE Fevereiro 08/2013 178

IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE Fevereiro 08/2013 179

Fundamentos Legais: Os citados no texto. IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE Fevereiro 08/2013 180

IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA Sumário DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL DO EXERCÍCIO 2013 ANO-CALENDÁRIO 2012 Dependentes, Despesas Médicas, Despesas de Instrução, Previdência Privada Considerações Gerais 1. Introdução 2. Dependentes 2.1 - Valor da Dedução 2.2 - Dedução Concomitante - Impossibilidade 2.3 - Dependente Não-Residente no Brasil 2.4 - Dependência - Mudança no Ano 2.5 - Irmão, Neto ou Bisneto 2.6 - Sogro(a) 2.7 - Menor Emancipado 2.8 - Rendimentos Dos Dependentes 2.9 - Documentação Para Comprovar a Dependência 3. Despesas Com Instrução 3.1 - Valores Que Não Podem Ser Deduzidos 3.2 - Despesas de Instrução - Remessa Para o Exterior 3.3 - Comprovação 3.4 - Limite 4. Despesas Médicas 4.1 - Comprovação 4.2 - Despesas em Moeda Estrangeira 4.3 - Despesas Que Não Podem Ser Deduzidas 5. Previdência Privada 5.1 - Limite 5.2 - Tributação do Resgate 6. FAPI 6.1 - Limite 6.2 - Tributação do Resgate 1. INTRODUÇÃO Neste trabalho relacionamos algumas normas acerca das deduções de dependentes, despesas médicas, despesas de instrução e previdência privada, a serem observadas pelos contribuintes que efetuarem a declaração de ajuste anual da pessoa física do exercício 2013, ano-calendário 2012, no modelo completo. 2. DEPENDENTES Podem ser consideradas dependentes as pessoas que mantiveram relação de dependência com o declarante, mesmo que apenas em parte do ano-calendário 2012 (exemplo: nascimento, falecimento ou maioridade): a) companheiro(a) com o(a) qual o contribuinte tenha filho ou viva há mais de 5 (cinco) anos, ou cônjuge; b) filho(a) ou enteado(a) até 21(vinte e um) anos ou, em qualquer idade, quando incapacitado física e/ou mentalmente para o trabalho; c) filho(a) ou enteado(a) universitário(a) ou cursando escola técnica de 2º grau, até 24 (vinte e quatro) anos; d) irmão(ã), neto(a) ou bisneto(a) sem arrimo dos pais, do(a) qual o contribuinte detém a guarda judicial, até 21 (vinte e um) anos ou, em qualquer idade, quando incapacitado física e/ou mentalmente para o trabalho; e) irmão(ã), neto(a) ou bisneto(a) sem arrimo dos pais, com idade de 21 (vinte e um) até 24 (vinte e quatro) anos, se ainda estiver cursando estabelecimento de nível superior ou escola técnica de 2º grau, desde que o contribuinte tenha detido sua guarda judicial até os 21 (vinte e um) anos; IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE Fevereiro 08/2013 181

f) pais, avós e bisavós que, em 2012, receberam rendimentos, tributáveis ou não, até R$ 19.645,32 (dezenove mil, seiscentos e quarenta e cinco reais e trinta e dois centavos); g) menor pobre, até 21 (vinte e um) anos, que o contribuinte crie e eduque e do qual detenha a guarda judicial; h) a pessoa absolutamente incapaz, da qual o contribuinte seja tutor ou curador. 2.1 - Valor da Dedução O contribuinte pode deduzir o valor anual de R$ 1.974,72 (mil, novecentos e setenta e quatro reais e setenta e dois centavos) para o ano-calendário de 2012, por dependente, mesmo que a relação de dependência tenha ocorrido apenas em parte do ano-calendário. 2.2 - Dedução Concomitante - Impossibilidade Os dependentes comuns não podem constar simultaneamente na declaração de ambos os cônjuges. Excepcionalmente, no ano-calendário em que ocorrer a separação judicial ou o divórcio direto, ambos os excônjuges poderão considerar os filhos menores como dependentes. Os filhos de pais divorciados ou separados judicialmente somente podem constar como dependentes na declaração daquele que detém a sua guarda judicial. Se o filho declarar em separado, não pode constar como dependente na declaração do responsável. 2.3 - Dependente Não-Residente no Brasil A Legislação Tributária Brasileira, em regra geral, não faz distinção em relação à residência dos dependentes. Assim, desde que provadas as condições necessárias para figurarem como tal, essa dedução pode ser efetuada pelo contribuinte. 2.4 - Dependência - Mudança no Ano Como regra geral, não podem constar dependentes nas declarações de mais de um contribuinte simultaneamente. Todavia, constitui exceção a essa regra a hipótese de ocorrer início ou término, durante o ano-calendário, da condição de dependência, como, por exemplo, o filho dependente do pai ou da mãe que se casa e passa a ser dependente do cônjuge; ou casal que se separa e, até determinado mês, os filhos eram dependentes de um dos cônjuges, que depois passa a pagar pensão alimentícia aos filhos. Nesses casos, ambos os contribuintes podem utilizar o valor total anual da dedução correspondente ao dependente, na declaração de rendimentos relativa a esse ano-calendário, mas as demais despesas e rendimentos do dependente são declarados relativamente ao período de dependência. No caso do ex-cônjuge ou ex-companheiro que passou a pagar pensão alimentícia judicial, também pode ser deduzido o valor da pensão no ano-calendário em que se deu a separação. 2.5 - Irmão, Neto ou Bisneto Podem ser considerados como dependentes o irmão, o neto ou o bisneto que estiverem em uma das seguintes situações previstas na Lei nº 9.250/1995: a) com idade de até 21 (vinte e um) anos, desde que o contribuinte detenha a guarda judicial (Art. 35, V); b) com idade de 21 (vinte e um) até 24 (vinte e quatro) anos, se ainda estiver cursando estabelecimento de ensino superior ou escola técnica de segundo grau (Art. 35, 1º). Nesse caso, é necessário que o responsável tenha detido a guarda judicial até a idade de 21 (vinte e um) anos; c) de qualquer idade, quando incapacitado física ou mentalmente para o trabalho (Art. 35, V). A guarda judicial só é exigida para aqueles com idade de até 21 (vinte e um) anos. A condição de não ter arrimo dos pais, por outro lado, é necessária para todas as situações acima. IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE Fevereiro 08/2013 182

2.6 - Sogro(a) De acordo com a Lei nº 9.250/1995, art. 35, os pais podem ser considerados dependentes na declaração dos filhos, desde que não aufiram rendimentos, tributáveis ou não, superiores ao limite de isenção anual, de até R$ 19.645,32 (dezenove mil, seiscentos e quarenta e cinco reais e trinta e dois centavos). O sogro ou a sogra pode ser dependente, desde que seu filho ou filha esteja declarando em conjunto com o genro ou a nora, e desde que o sogro ou a sogra não aufiram rendimentos, tributáveis ou não, superiores ao limite de isenção anual de até R$ 19.645,32 (dezenove mil, seiscentos e quarenta e cinco reais e trinta e dois centavos). 2.7 - Menor Emancipado A emancipação transforma o menor em plenamente capaz para todos os atos da vida civil (Código Civil, art. 9º). Em princípio, o emancipado deve declarar em separado, com o número de inscrição no CPF próprio. Entretanto, se o emancipado ainda se enquadrar nas condições que autorizem a dependência para fins de Imposto de Renda, pode figurar como tal na declaração de um dos pais. 2.8 - Rendimentos Dos Dependentes Se os dependentes tiverem recebido rendimentos no ano-calendário 2012, deverão ser informados na declaração da seguinte forma: a) os rendimentos tributáveis recebidos de pessoas jurídicas pelos dependentes devem ser informados na ficha Rendimentos Tributáveis Recebidos de PJ pelos Dependentes (exemplo: remuneração por estágios); b) os rendimentos tributáveis recebidos de pessoas físicas e do Exterior pelos dependentes não devem ser somados aos rendimentos do declarante e sim devem ser informados em ficha própria de nome Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoas Físicas e do Exterior pelos Dependentes ; c) os rendimentos isentos ou não-tributáveis e os de tributação exclusiva/definitiva recebidos pelos dependentes devem ser lançados nos campos próprios da ficha Rendimentos Isentos e Não-Tributáveis e da ficha Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva. 2.9 - Documentação Para Comprovar a Dependência Para o cônjuge e filhos, a prova desta relação é feita por meio de certidão de casamento e de nascimento. No que concerne a menor pobre que o contribuinte crie e eduque, esse somente é considerado dependente, para os efeitos do Imposto de Renda, se obedecidos os procedimentos estatuídos na Lei nº 8.069/1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente - quanto à guarda, tutela ou adoção. Em relação ao companheiro, é necessária a prova de coabitação e, a irmãos, netos e bisnetos, o termo de guarda judicial e a prova de incapacidade física ou mental para o trabalho, se for o caso. 3. DESPESAS COM INSTRUÇÃO Podem ser deduzidas as despesas de instrução realizadas pelo declarante com a própria educação, dos dependentes e de alimentandos em cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente em: a) educação infantil, compreendendo as creches e as pré-escolas; b) ensino fundamental; c) ensino médio; d) educação superior, compreendendo os cursos de graduação e de pós-graduação (mestrado, doutorado e especialização); e) educação profissional, compreendendo o ensino técnico e o tecnológico. IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE Fevereiro 08/2013 183

(Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 8º, inciso II, b ; com redação dada pela Lei nº 12.469/2011, art. 3º; Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 - Regulamento do Imposto sobre a Renda (RIR), art. 81; Instrução Normativa SRF nº 15, de 06 de fevereiro de 2001, art. 39) 3.1 - Valores Que Não Podem Ser Deduzidos Não podem ser deduzidos os gastos relativos a: a) uniforme, material e transporte escolar e elaboração de dissertação de mestrado ou tese; b) aquisição de enciclopédias, livros, revistas e jornais; c) aula de música, dança, natação, ginástica, tênis, pilotagem, dicção, corte e costura, informática e assemelhados; d) cursos preparatórios para concursos e/ou vestibulares; e) aulas de idiomas estrangeiros; f) entidades que têm por objetivo a criação e a educação de menores desvalidos e abandonados; g) contribuições pagas às associações de pais e mestres e a associações voltadas para a educação; h) passagens e estadas para estudo no Exterior. 3.2 - Despesas de Instrução - Remessa Para o Exterior Podem ser deduzidos apenas os valores relativos a despesas de instrução, em estabelecimentos de ensino regular, comprovadas por meio de documentação hábil, realizadas no Exterior com dependentes, observados os requisitos e o limite previstos na Legislação. Os pagamentos efetuados em moeda estrangeira devem ser convertidos em dólares dos Estados Unidos da América, pelo seu valor fixado pela autoridade monetária do país no qual as despesas foram realizadas, na data do pagamento e, em seguida, em reais, mediante utilização do valor do dólar dos Estados Unidos da América, fixado para venda pelo Banco Central do Brasil para o último dia útil da primeira quinzena do mês anterior ao do pagamento. O valor do Imposto de Renda retido sobre a remessa não pode ser computado como despesa com instrução nem pode ser considerado para fins de compensação na declaração de rendimentos da pessoa que suporta o encargo (Instrução Normativa SRF nº 15, de 2001, art. 42; Parecer Normativo CST nº 31, de 1977). 3.3 - Comprovação A comprovação das despesas com instrução será feita por meio de recibos, Notas Fiscais e outros documentos idôneos. No caso de não preenchimento ou preenchimento incorreto da Relação de Pagamentos e Doações Efetuados, da Declaração de Ajuste Anual, do número de inscrição no CPF ou no CNPJ do beneficiário do pagamento residente ou domiciliado no Brasil, a declaração poderá incidir em malha. 3.4 - Limite O limite anual individual da dedução de despesas com instrução é de R$ 3.091,35 (três mil, noventa e um reais e trinta e cinco centavos) para o ano-calendário de 2012. O valor dos gastos que ultrapassar esse limite não pode ser aproveitado nem mesmo para compensar gastos de valor inferior a R$ 3.091,35 (três mil, noventa e um reais e trinta e cinco centavos) para o ano-calendário de 2012, efetuados com o próprio declarante ou com outro dependente (Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 8º, inciso II, b, com redação dada pela Lei nº 12.469/2011; Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 - Regulamento do Imposto sobre a Renda (RIR), art. 81; Instrução Normativa SRF nº 15, de 06 de fevereiro de 2001, art. 39). IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE Fevereiro 08/2013 184

Havendo declaração em separado, cada cônjuge só pode deduzir as despesas com instrução dos dependentes e dos alimentandos indicados na ficha Dependentes. O cônjuge que incluir o filho como dependente na declaração pode deduzir as despesas com instrução ainda que o recibo esteja em nome do outro cônjuge. 4. DESPESAS MÉDICAS Podem ser deduzidos os seguintes pagamentos relativos a tratamento próprio, dos dependentes e dos alimentandos, em cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente, indicados na ficha Dependentes : a) a médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, hospitais, exames laboratoriais e serviços radiológicos, aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias. São também dedutíveis gastos com parafusos e placas em cirurgias ortopédicas ou odontológicas, com marcapasso e com a colocação de lente intraocular em cirurgia de catarata, desde que os valores relativos a esses gastos integrem a conta hospitalar; b) a empresas domiciliadas no Brasil, destinados à cobertura de despesas com hospitalização, cuidados médicos e dentários, e a entidades que assegurem direito de atendimento ou ressarcimento destas despesas; c) a empresa ou entidade onde trabalha, ou a fundação, caixa e sociedade de assistência, no caso de a entidade manter convênio direto para cobrir total ou parcialmente tais despesas; d) a diferença entre o valor pago e o reembolsado pelo empregador, fundação, caixa, sociedade de assistência ou entidades que assegurem a cobertura de despesas médicas, no caso de a empresa reembolsá-las parcialmente; e) a estabelecimento geriátrico qualificado como hospital, nos termos da Legislação específica; f) com a instrução de portador de deficiência física ou mental. 4.1 - Comprovação As despesas médicas deverão ser comprovadas da seguinte forma: a) por documentos contendo nome, endereço, CPF ou CNPJ do beneficiário dos pagamentos, podendo ser substituídos por cheque nominativo ao beneficiário, de sua própria emissão, do cônjuge ou do dependente; b) tratando-se de reembolso, total ou parcial, se a empresa ou empregador, fundação, caixa assistencial ou entidade reteve os recibos ou pagou diretamente as despesas, esses valores devem constar do comprovante de rendimentos fornecidos por eles; c) no caso de portador de deficiência física ou mental, são exigidos laudo médico atestando o estado de deficiência e comprovação de pagamento a entidades especializadas para esse fim; d) no caso de aparelhos e próteses ortopédicos e próteses dentárias, são exigidos receituário médico ou odontológico e Nota Fiscal em nome do beneficiário. O cônjuge que incluir o filho como dependente na declaração pode deduzir as despesas médicas ainda que o recibo esteja em nome do outro cônjuge. 4.2 - Despesas em Moeda Estrangeira As despesas referentes a pagamentos efetuados em moeda estrangeira serão convertidas em dólar dos Estados Unidos da América, pelo valor fixado pela autoridade monetária do país no qual as despesas foram realizadas, na data do pagamento e, em seguida, em reais, mediante utilização do valor do dólar dos Estados Unidos da América, fixado para venda pelo Banco Central do Brasil para o último dia útil da primeira quinzena do mês anterior ao do pagamento. IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE Fevereiro 08/2013 185

4.3 - Despesas Que Não Podem Ser Deduzidas Não podem ser deduzidas as despesas médicas: a) reembolsadas ou cobertas por apólice de seguro; b) com enfermeiros e remédios, exceto quando constarem da conta hospitalar; c) com a compra de óculos, lentes de contato, aparelhos de surdez e similares. Na ficha apropriada, informe o nome do profissional, hospital, clínica, etc., beneficiário do pagamento, o CPF ou o CNPJ, o valor pago e o código. 5. PREVIDÊNCIA PRIVADA São dedutíveis os pagamentos efetuados a entidades de previdência privada domiciliadas no País destinados a custear benefícios complementares assemelhados aos da Previdência Social. As contribuições para as entidades de previdência privada domiciliadas no Brasil são dedutíveis, desde que o ônus tenha sido do próprio declarante e/ou de seus dependentes e sejam destinadas a seu próprio benefício e/ou de seus dependentes. 5.1 - Limite A dedução relativa às contribuições para entidade de previdência privada somada às contribuições para o Fundo de Aposentadoria Programada Individual - FAPI, cujo ônus seja da pessoa física, fica limitada a 12% (doze por cento) do total dos rendimentos computados na determinação da base de cálculo do imposto devido na declaração de rendimentos, não sendo considerados para efeito de apuração do referido limite os rendimentos isentos e não-tributáveis e/ou sujeitos à tributação exclusiva. Nota: Contribuições para as entidades de previdência privada a partir de 1º de janeiro de 2005: a) as deduções relativas às contribuições para entidades de previdência complementar e sociedades seguradoras domiciliadas no País e destinadas a custear benefícios complementares aos da Previdência Social, cujo ônus seja da própria pessoa física, ficam condicionadas ao recolhimento, também, de contribuições para o regime geral de previdência social ou, quando for o caso, para regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargo efetivo da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, observada a contribuição mínima, e limitadas a 12% (doze por cento) do total dos rendimentos computados na determinação da base de cálculo do imposto devido na Declaração de Ajuste Anual; b) o disposto na letra a acima se aplica, inclusive, às contribuições ao Fundo de Aposentadoria Programada Individual (FAPI); c) excetua-se da condição referida na letra a acima o beneficiário de aposentadoria ou pensão concedida por regime próprio de previdência ou pelo regime geral de previdência social; d) se o titular ou quotista for dependente do declarante, para a dedução das contribuições aplicam-se ao declarante a condição e o limite acima referidos na letra a ; e) na hipótese de dependente com mais de 16 (dezesseis) anos, a dedução fica condicionada, ainda, ao recolhimento, em seu nome, de contribuições para o regime geral de previdência social, observada a contribuição mínima, ou, quando for o caso, para regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargo efetivo da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. (Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, art. 11 e 5º, com redação dada pela Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004, art. 13; Instrução Normativa SRF nº 588, de 21 de dezembro de 2005, arts. 6º e 7º) IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE Fevereiro 08/2013 186

5.2 - Tributação do Resgate O resgate de Previdência Privada e de FAPI é tributável na declaração de ajuste, compensando-se o Imposto de Renda descontado na fonte. 6. FAPI São dedutíveis os pagamentos efetuados a Fundos de Aposentadoria Programada Individual - FAPI. 6.1 - Limite A dedução relativa às contribuições para entidade de previdência privada somada às contribuições para o Fundo de Aposentadoria Programada Individual - FAPI, cujo ônus seja do próprio declarante e/ou de seus dependentes, fica limitada a 12% (doze por cento) do total dos rendimentos computados na determinação da base de cálculo do imposto devido na declaração de rendimentos, não sendo considerados para efeito de apuração do referido limite os rendimentos isentos e não-tributáveis e/ou sujeitos à tributação exclusiva. Nota: Vide a Nota do subitem 5.1. 6.2 - Tributação do Resgate O resgate de Previdência Privada e de FAPI é tributável na declaração de ajuste, compensando-se o Imposto de Renda descontado na fonte. Fundamentos Legais: Perguntas/Respostas - RFB/2012; e outras fontes citadas no texto. IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE Fevereiro 08/2013 187