Plano de Conservação Preventiva do Museu Casa de Rui Barbosa: CONSERVAÇÃO DAS SUPERFÍCIES ARQUITETÔNICAS INTERNAS



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Transcrição:

CMI Centro de Memória e Informação CMI Dados do Projeto e do(a) Coordenador do Projeto Título do Projeto Coordenador do Projeto: Setor: Data: Plano de Conservação Preventiva do Museu Casa de Rui Barbosa: CONSERVAÇÃO DAS SUPERFÍCIES ARQUITETÔNICAS INTERNAS Claudia S. Rodrigues de Carvalho, Arquiteta, DSc Núcleo de Preservação Arquitetônica CMI Março 2015 1

1. Justificativa/Caracterização do Problema Em 2010 demos início a pesquisa Conservação de Superfícies Arquitetônicas do Museu Casa de Rui Barbosa, com o objetivo de definir parâmetros para execução de conservação de superfícies arquitetônicas históricas, tendo como objeto de análise e estudo as superfícies arquitetônicas do conjunto edificado do Museu Casa de Rui Barbosa. Em continuidade a esta ação, lançamos a presente proposta de estudo das superfícies internas, no sentido de complementar os trabalhos de prevenção que vem sendo realizados. O conjunto edificado do Museu Casa de Rui Barbosa, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional pelo seu valor histórico e artístico, é uma construção de 1850. O sistema construtivo apresenta soluções da arquitetura tradicional brasileira, entre elas paredes externas portantes, em alvenarias mistas de tijolos e pedras, paredes divisórias internas em tabiques estucados, estrutura de pisos, forros e telhado em madeira, e cobertura em telhas cerâmicas do tipo francesas. As fachadas apresentam nas suas linhas gerais e na modenatura a influência da arquitetura neoclássica, e nos detalhes e elementos decorativos o gosto belle-époque. As superfícies arquitetônicas têm acabamento em pintura na cor rosa salmon que confere ao conjunto uma unidade formal. A edificação apoia-se em fundações diretas, de pedra, e as alvenarias externas em pedra e cal são auto-portantes. A estrutura de pisos e telhados é de madeira, e os painéis divisórios internos têm estrutura de madeira revestida de estuque. Retrata a utilização de materiais de construção industrializados, como os vidros, as cerâmicas, as telhas francesas, os ladrilhos hidráulicos e elementos de ferro fundido, sendo muitos de procedência estrangeira. Internamente, as superfícies também acumulam informações referentes ao transcurso da obra no tempo, que já chega há mais de 150 anos. Pisos, paredes e tetos refletem ora o gosto das diversas fases de ocupação da casa, ora as intervenções de preservação realizadas ao longo do século XX. Esta pesquisa relaciona-se com os trabalhos que vimos desenvolvendo, desde 1997, para dotar a preservação do Museu Casa de Rui Barbosa de procedimentos mais sistemáticos, buscando um alinhamento com as transformações conceituais daquele campo disciplinar, nas quais os bens móveis e imóveis de valor patrimonial deixaram de ser encarados de maneira isolada, passando a ser entendidos de maneira integrada. Desta forma, o edifício histórico e as coleções que abriga passaram a ser entendidos como um conjunto, e como consequência a abordagem da preservação vem se dando de forma integrada, com base nas ações de prevenção, para minimizar os processos de deterioração, evitar intervenções invasivas e garantir a sua transmissão para as gerações futuras. Com o estabelecimento, em 1998, de um Plano de Conservação Preventiva do Museu Casa de Rui Barbosa, as ações preservação do patrimônio vêm sendo realizadas numa escala de prioridades que garantem a aplicação dos recursos de forma equilibrada e sustentável. A presente pesquisa Plano de Conservação Preventiva do Museu Casa de Rui Barbosa: Conservação das Superfícies Internas está inserida neste conjunto de trabalhos que visa sistematizar as ações de preservação do monumento, e se justifica pela complexidade das ações para conservação destas superfícies, exigindo a sistematização de procedimentos que previna e evite a necessidade de intervenções de maior porte e que permita controlar de modo racional as transformações do monumento em estreita relação com a natureza dos materiais, as características técnicas e a interação com o ambiente circundante. Nesta etapa o enfoque da pesquisa será o revestimento de piso em ladrilho hidráulico. Os ladrilhos hidráulicos foram elementos muito empregados no Brasil final do século XIX. Inicialmente foram importados principalmente de Portugal, França e Bélgica, passando depois a ser produzidos no próprio 2

país. O ladrilho era propagado como uma cerâmica que não necessitava de cozimento, substituindo o emprego da pedra para o revestimento de pisos. O emprego do revestimento melhorava o acabamento de pisos e de paredes das áreas molhadas, por se tratar de um piso resistente a ação da água, visto como significativo avanço no aspecto funcional e de higiene. Eram ainda aplicados nos halls de entrada das edificações, com desenhos muito bem elaborados, capaz de proporcionar certo requinte às construções. Os ladrilhos hidráulicos do Museu Casa de Rui Barbosa estão presentes em algumas áreas da casa, em especial as que receberam instalações hidráulicas. São, ao total, 10 compartimentos com piso de ladrilho hidráulico: dois banheiros o banheiro branco de Rui Barbosa e o banheiro azul da área de serviço - a copa, a despensa, a sala Dreyfus, a cozinha e a circulação. Além do vestíbulo de entrada e das duas varandas - varanda da fachada sul e varanda da fachada norte. Na Pesquisa Plano de Conservação Preventiva do Museu Casa de Rui Barbosa: Documentação para a Preservação foi realizado o cadastro arquitetônico de todos os pisos em ladrilho hidráulico do Museu. Para este trabalho foram confeccionadas fichas de levantamento destes revestimentos onde foi possível levantar os tipos, as dimensões das peças, as cores, além de um levantamento métrico minucioso que deu origem a um desenho em AutoCAD de todos os pisos presentes no Museu. Neste levantamento inicial não foi possível o estudo das informações históricas sobre estes pisos como a sua origem e fabricação, nem a realização de testes analíticos sobre a composição e os materiais utilizados na sua confecção. A presente pesquisa se propõe, assim como já foi feito para os forros de estuque, ao levantamento destes dados no intuito de fornecer subsídios para a definição de procedimentos para a conservação preventiva destes revestimentos. 2. Objetivos O objetivo geral da presente pesquisa é a definição de critérios, modalidade e tempo das ações de preservação futuras no Museu Casa de Rui Barbosa, no contexto da necessária preservação conjunta do edifício e das coleções que abriga. No contexto do objetivo geral, a presente pesquisa pretende contribuir atingindo os seguintes objetivos específicos: Fornecer parâmetros técnicos para a conservação preventiva das superfícies internas do Museu Casa de Rui Barbosa ladrilhos hidráulicos - com base no valor do monumento e nas necessidades de preservação do acervo que ele abriga, de modo a prolongar a sua existência e transmiti-lo na sua autenticidade material para as gerações futuras. Estabelecer fundamentação teórica e técnica para tomada de decisões em relação ás ações preventivas. Contribuir para a melhoria dos projetos, contratações e execução de obras de conservação do patrimônio cultural. Contribuir para o avanço do treinamento e educação no campo da preservação arquitetônica. 3. Metodologia e Estratégias de Ação 3

1-Levantamento arquivístico e bibliográfico para identificação dos ladrilhos hidráulicos, no que se refere aos dados sob a concepção, execução, e manutenção. 2-Análise tipológica e formal, definição das especificidades dos ladrilhos hidráulicos do Museu Casa de Rui Barbosa que devem ser considerados no processo de conservação. 3-Diagnóstico de Conservação, Identificação e Mapeamento de patologias específicas, utilizando métodos científicos quando necessário. 4- Estabelecimento de parâmetros para execução de conservação de ladrilhos hidráulicos, contemplando a identificação dos acréscimos a remover e a conservar; identificação dos elementos originais a serem conservados; identificação dos elementos perdidos que deverão ser reintegrados; identificação dos tratamentos das patologias específicas. 4. Resultados e os impactos esperados Possibilitar o projeto de intervenções futuras com base em critérios que levem em consideração a vulnerabilidade da parte considerada e as instâncias específicas da sua conservação, com indicação dos tempos de realização e dos resultados obtidos em intervenções anteriores, corretamente analisados. Estabelecer procedimentos para controlar culturalmente os processos de degradação e as necessidades de transformação, com ações planejadas com base em intervenções mínimas, conjugando assim as necessidades de conservação da obra para o futuro às necessidades da sua fruição e funcionamento no presente. Publicar artigos científicos para ampliar as discussões sobre o tema 5. Cronograma Levantamento arquivístico e bibliográfico Análise tipológica e formal Diagnóstico de Conservação Estabelecimento de parâmetros Definição de procedimentos técnicos 1º 2º 3º 4º 6. Referências Bibliográficas 4

Austwick, Jill. The Decorated Tile: An Illustrated History of English Tile-making and Design. New York: Scribners, 1980. Barnard, Julian. Victorian Ceramic Tiles. Greenwich, CT: New York Graphic Society Ltd., 1972. Bruhn, Thomas P. American Decorative Tiles, 1870-1930. Storrs, CT: William Benton Museum of Art, 1979. Byrne, Michael. Setting Tile.Newtown, CT: The Taunton Press, 1995. Decorative Tile Designs in Full Color. Selected and arranged by Carol Belanger Grafton. New York: Dover Publications, Inc., 1992. Fidler, John. "Protective Custody: John Fidler examines the options on caring for brick, tile or stone floors." Traditional Homes. (August 1989), pp. 112-115. Furnival, William James. Leadless Decorative Tiles, Faience and Mosaic. Stone, Staffordshire: W.J. Furnival, 1904. Lavenberg, George N. Ceramic Tile Manual. Los Angeles: Building News, 1986. Massey, James C., and Shirley Maxwell. "The Ceramic Circus." Old-House Journal. Vol. XXIII, No. 2 (March/April 1995), pp. 46-51. Riley, Noel. Tile Art: A History of Decorative Ceramic Tiles. London: The Apple Press, 1987. Rosenstiel, Helene Von, and Gail Caskey Winkler. Floor Coverings for Historic Buildings: A Guide to Selecting Reproductions. Washington, D.C.: The Preservation Press, 1988. Taylor, Joseph A. "Ceramic Tiles in Commerce." BR Building Renovation. (Fall 1994), pp. 45-48. The Secretary of the Interior's Standards for the Treatment of Historic Properties with Guidelines for Preserving, Rehabilitating, Restoring and Reconstructing Historic Buildings. Kay D. Weeks and Anne E. Grimmer. Washington, D.C.: U.S. Department of the Interior, National Park Service, Cultural Resource Stewardship and Partnerships, Heritage Preservation Services, 1995. Tunick, Susan. American Decorative Tiles. Sponsored by Assopiastrelle (Association of Italian Ceramic Tile and Refractories Manufacturers), and coordinated by D. Grosser and Associates, Ltd., New York (1991). Wyatt, M. Digby. Specimens of Geometric Mosaic Manufactured by Maw and Co. of Benthall, near Broseley. London: M. Digby Wyatt, 1857. 5

8. Plano de Trabalho do bolsista (categoria DT2) O Plano de Trabalho tem como objetivo, dentro do projeto de pesquisa, contribuir, através de orientação para a formação do bolsista como pesquisador no campo da Preservação Arquitetônica. Através desta proposta de trabalho, pretende-se dotar o bolsista de capacidade crítica e analítica das informações coletadas, que o qualifiquem para a elaboração de trabalhos científicos. Neste sentido, além das atividades da pesquisa, serão realizados seminários com o orientador e pesquisadores convidados para avaliação do trabalho e orientação. 8.1- Etapas da Pesquisa: Reuniões com o orientador para discussão metodologia de pesquisa a ser desenvolvida. Leitura de textos e levantamento de informações relacionadas com os pressupostos temáticos da pesquisa. Levantamento de campo para atualização do cadastro dos ladrilhos hidráulicos, e mapeamento de danos. Auxilio na elaboração dos procedimentos de conservação Redação final de relatórios 8.2- Cronograma do trabalho a ser desenvolvido pelo bolsista: Esta proposta de trabalho está dimensionada para uma bolsa de 24 meses. Neste período, as atividades do bolsista estarão assim distribuídas: Reuniões de orientação Leituras e levantamento informações Cadastro e mapeamento de danos Procedimentos de conservação Relatórios 1º 2º 3º 4º. 6