RISCO DE MERCADO E DE LIQUIDEZ ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE MERCADO



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Transcrição:

RISCO DE MERCADO E DE LIQUIDEZ ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE MERCADO RESUMO DESCRITIVO Princípios, Diretrizes e Instrumentos de Gerenciamento de Risco de Mercado. 1) Objetivo 2) Abrangência 3) Responsabilidades 4) Políticas e definições 5) Plano de alçadas 6) Regulamentação externa

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE MERCADO 1. OBJETIVO Apresentar o modelo de gerenciamento de Risco de Mercado no Banco Safra e os princípios, as diretrizes e instrumentos de gestão em que este modelo está baseado. 2. ABRANGÊNCIA O gerenciamento de Risco de Mercado abrange todas as empresas do conglomerado que constam do Balanço Consolidado do Banco Safra, pois os riscos de mercado são gerenciados de maneira centralizada. 3. RESPONSABILIDADES O controle de risco de mercado está sob a responsabilidade da Superintendência Executiva de Risco de Mercado e Liquidez, que se reporta à Diretoria de Riscos Corporativos. 4. POLÍTICAS E DEFINIÇÕES 4.1. Definições e Políticas Define-se como risco de mercado a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de flutuações nos valores de mercado de posições detidas pelo conglomerado. 4.1.1. Políticas e Diretrizes O Safra limita sua exposição total a riscos de mercado, medida pelo Value at Risk (VaR) diário com 99% de confiança, a 1% do seu Patrimônio de Referência nível 1. Visando ao cumprimento desta determinação, estipula metas para a Tesouraria compatíveis com este apetite de risco estabelecido. O Safra complementa suas avaliações de risco de mercado com a utilização de métricas de estresse, contemplando crises em períodos históricos e cenários econômicos estressados prospectivos. São considerados ainda efeitos de estresse de correlações entre famílias de fatores de riscos. São estabelecidos ainda limites de Stop Loss para o Conglomerado, a Tesouraria, a carteira de negociação (Trading) e de não-negociação (Banking). A área de Risco de Mercado tem participação relevante na aprovação de novos produtos ou instrumentos financeiros que ocasionem novos fatores de risco para a gestão de Tesouraria. Por ser responsável pelos processos de apreçamento para marcação a mercado e apuração de resultado e risco, é requerida a aprovação da área da Risco de Mercado antes da implantação de novos produtos. Do ponto de vista do gerenciamento de Risco de Mercado, esta definição visa assegurar a correta mensuração de resultados e riscos como conseqüência da correta marcação a mercado e da completude das bases da área de riscos. 4.1.2. Divulgação A política de Risco de Mercado é divulgada aos gestores da Tesouraria e das áreas de controle e suporte (gestores de risco de mercado e liquidez, de auditoria interna, de controles internos e compliance, de validação de risco de mercado e liquidez, de tecnologia da informação) através da

Intranet corporativa, além de haver publicação de versão resumida da política de Risco de Mercado em ambiente de acesso público. 4.2. Gerenciamento de Riscos de Mercado: histórico e princípios 4.2.1. Evolução Histórica O Banco Safra sempre buscou ser um dos pioneiros na adoção de modelos inovadores para os processos de controle. Mantém, desde 1973, estrutura especializada e independente com o objetivo precípuo de avaliar de forma global e individualizada cada segmento operacional da instituição (desempenho de produtos, gerentes, agências etc), possibilitando que a Alta Administração tome decisões embasadas em dados qualitativos e quantitativos confiáveis. De acordo com este preceito, possui, desde 1990, instrumentos para a gestão de Ativos e Passivos (ALM) com o objetivo de separar e controlar os riscos, através da utilização de preços de transferência (também denominados internamente por travas ). Neste processo, são englobados os riscos de descasamento contemplando volumes e prazos para cada fator de risco de mercado (moedas, taxas de juros em reais, cupons cambiais etc). O Banco tem uma filosofia conservadora na gestão de seus riscos, sejam de mercado, crédito ou operacional. No que diz respeito ao risco de crédito, o modelo de gestão adotado é considerado pelo mercado como um dos mais eficazes, o que é evidenciado pelos baixos níveis de perdas verificados ao longo dos anos. Estes mesmos princípios conservadores verificados nos na gestão dos riscos de crédito foram implantados na gestão do risco de mercado. A primeira versão do modelo interno de gerenciamento de risco de mercado, visando sua identificação, controle e mitigação, foi implantada no Banco em 1998. Ciente de que os modelos de risco constituem importantes ferramentas de gestão, o Banco Safra contratou, em 1998, consultoria internacional especializada (RiskMetrics / JPMorgan) para auxiliá-lo na implantação de um processo de gestão do risco de mercado através da disseminação de conceitos, políticas e melhores práticas existentes para todos os níveis organizacionais, criando o Comitê de Risco de Mercado como fórum principal para a discussão desses temas. Em 2002, o Banco optou por automatizar os processos de gerenciamento de risco de mercado através da aquisição de um software especialista (MAPS), o que possibilitou a adoção de uma metodologia única para gestão dos riscos de seus ativos e passivos, bem como melhoria de performance e otimização de processos relacionados a Risco de Mercado. Em 2008, com a missão de fortalecer ainda mais os processos de gerenciamento de riscos, foi criada a Diretoria de Riscos Corporativos, processo que se aprofundou em 2009 com a criação da Superintendência Executiva de Risco de Mercado e Liquidez e da Superintendência Geral de Validação de Risco de Mercado e Liquidez, que se reportam à Diretoria de Riscos Corporativos. Em março de 2010, foi criado o Comitê de Riscos e Tesouraria, que se reúne mensalmente para discutir de forma detalhada aspectos da gestão de Risco de Mercado, bem como revisar limites, cenários, estratégias e resultados, com participação de membros do Comitê Executivo. O Comitê de Risco de Mercado continua sendo realizado semanalmente, com foco principal na discussão de conjuntura econômica.

4.2.2. Princípios para Gerenciamento de Risco de Mercado O eficaz gerenciamento do Risco de Mercado envolve o seu pleno conhecimento por parte dos gestores e a definição de políticas, procedimentos e limites voltados para a sua mensuração e controle. O Comitê de Basiléia editou diversos princípios para a gestão de riscos, nos quais encontramos as seguintes orientações básicas: A Diretoria deve aprovar estratégias e políticas relacionadas aos Riscos de Mercado que assegu - rem que os gestores adotem as medidas necessárias para monitorar e controlar tais riscos. Os gestores devem garantir que: A estrutura de negócios do banco e o nível de risco de mercado assumido sejam efetivamente controlados Políticas e procedimentos apropriados sejam estabelecidos para controlar e limitar tais riscos Recursos sejam disponibilizados para sua avaliação e controle Os bancos devem definir claramente as pessoas ou comitês responsáveis pela gestão dos riscos e garantir adequada segregação de funções entre gestão e controle para evitar potenciais conflitos de interesse no processo de gerenciamento de Riscos de Mercado; É essencial que as políticas e procedimentos sejam claramente definidos e consistentes com a natureza e complexidade das atividades do Banco; Devem-se identificar claramente os componentes de riscos inerentes a novos produtos e atividades e assegurar-se de que estejam sujeitos a adequados procedimentos e controles antes que sejam introduzidos no mercado; É fundamental que os bancos possuam sistemas de mensuração de riscos de mercado e que conheçam os efeitos de mudanças nas taxas de juros e preços de forma consistente com o escopo de suas atividades; Os bancos devem estabelecer e reforçar o uso de limites operacionais e outras práticas que mantenham os níveis de exposição consistentes com suas políticas internas; Deve-se mensurar a vulnerabilidade do banco a perdas sob condições de estresse do mercado e considerar essas mensurações no momento de estabelecimento ou revisão das políticas e limites de Risco de Mercado. 4.3. Estrutura de Comitês 4.3.1. Conselho de Administração O Conselho de Administração tem o papel de revisar anualmente as políticas adotadas no gerenciamento dos riscos de mercado. 4.3.2. Comitê de Risco de Mercado O Comitê de Risco de Mercado, delegado do Comitê Executivo, reúne-se semanalmente ou em reuniões extraordinárias com o objetivo principal de avaliar, discutir e analisar a conjuntura econômica nacional e internacional, com participação de membros do Comitê Executivo.

4.3.3. Comitê de Riscos e Tesouraria O Comitê de Riscos e Tesouraria, delegado do Comitê Executivo, reúne-se mensalmente ou em reuniões extraordinárias com o objetivo de discutir de forma detalhada aspectos da gestão de Risco de Mercado, bem como revisar limites, cenários, estratégias e resultados, com participação de membros do Comitê Executivo. 4.4. Áreas Envolvidas 4.4.1. Diretoria de Tesouraria Responsável pela gestão dos Riscos de Mercado no Conglomerado, contemplando a administração das carteiras de negociação (Trading) e de não-negociação (Banking). 4.4.2. Diretoria de Riscos Corporativos 4.4.2.1. Superintendência Executiva de Risco de Mercado e Liquidez Responsável pela apuração e controle dos Riscos de Mercado e seus resultados gerenciais, bem como propor e acompanhar políticas, diretrizes, limites e modelos para o gerenciamento dos Riscos de Mercado. 4.4.2.2. Superintendência Geral de Validação de Risco de Mercado e Liquidez Responsável pela validação quantitativa das métricas e modelos utilizados na mensuração dos Riscos de Mercado, bem como pela avaliação dos aspectos qualitativos (processos e sistemas) do entorno de gerenciamento desses riscos. A Superintendência Geral de Validação de Risco de Mercado e Liquidez reporta-se diretamente à Diretoria de Riscos Corporativos. 4.4.3. Superintendência Executiva de Tecnologia da Informação e Processos Área subordinada à Diretoria de Informática, Processos e Controle de Operações cujas respon - sabilidades são o desenvolvimento e a manutenção dos sistemas aplicativos, bases de dados e infraestrutura de informática, suportando os processos de gestão e controle para os riscos de Mercado e Liquidez. 4.4.4. Back Office Área subordinada à Diretoria de Informática, Processos e Controle de Operações que tem como principal atividade o registro e liquidação das operações. Também é responsabilidade do Back Office o controle dos limites de crédito aprovados pelo Comitê de Limites de Instituições Financeiras e também pelos limites de contraparte para clientes e empresas não-financeiras. 4.4.5. Controles Internos Responsável pela implantação do modelo de RCSA (Risk and Control Self Assessment), em que os Comitês de Controles Internos monitoram as aplicações de checklists com respeito aos controles internos sobre processos críticos das áreas envolvidas

4.5. Auditoria Interna A Auditoria Interna, com atribuição autônoma e independente, é focada na avaliação e melhoria da eficácia dos processos: de gerenciamento de riscos; de controle; e de governança corporativa, contribuindo na realização dos objetivos da Instituição. 4.6. Limites O Safra utiliza um conjunto de métricas para risco de mercado que são utilizadas para controlar suas exposições a esses riscos. Para adequado controle dessas exposições, em consonância com o apetite de risco definido pelo Comitê Executivo, são definidos limites gerais (para VaR, Estresse e Stop Loss) e específicos (para Notional), que são aplicados às carteiras de negociação (Trading) e de não-negociação (Banking) do Conglomerado. Os valores dos limites gerais e específicos para as exposições a Riscos de Mercado no Conglo - merado encontram-se na Política de Limites da Tesouraria, que estabelece ainda os instrumentos financeiros que podem ser utilizados na gestão desses riscos. Instrumentos financeiros que estejam associados a novos fatores de risco necessitam de aprovação da área de Riscos e do Comitê Executivo para iniciar sua utilização. 4.6.1 Definições dos Limites Gerais: São as métricas fundamentais para monitoramento das exposições a riscos de mercado, continua - mente monitoradas pela Diretoria de Riscos, pela Tesouraria e pelo Comitê Executivo. São eles: Valor em Risco (VaR) Principal limite. Representa a perda máxima esperada em determinado intervalo de confiança e período de tempo. Os limites correntes são definidos em termos de VaR diário a 99% de confiança. Estresse Limite para capturar movimentos extremos de mercado em cenários de crises históricas e em cenários prospectivos, complementando as métricas de VaR. Os limites correntes são confrontados contra métricas de estresse considerando os piores resultados de marcação a mercado para a carteira do momento, calculados para um conjunto de cenários contemplando aqueles baseados em crises históricas e aqueles baseados em análises prospectivas. São estressadas ainda as correlações entre famílias de fatores de risco. Stop Loss Limite mensal de perdas para encerramento das exposições; é acrescido em 50% do máximo resultado do mês corrente. ESPECÍFICOS A carteira de negociação (Trading) pode buscar aproveitar oportunidades de posicionamento em fatores de risco específicos, tais como moedas ou commodities não relacionados aos ativos e passivos originados pelos produtos de banco comercial. Nesse caso, são estabelecidos limites específicos de valores nocionais para adequado dimensionamento dessas posições. Os limites específicos estão contidos dentro dos limites gerais, ou seja, não representam aumento de exposição a riscos e sim instrumentos para assegurar que os limites gerais estejam alocados predominantemente em fatores de risco característicos da atividade bancária.

ALERTAS Há utilização de alerta no monitoramento do stop loss, o qual representa um controle para sinalizar aos gestores da Tesouraria, Diretoria de Riscos e do Comitê Executivo que uma parte representativa do limite de stop loss foi consumido. São observados ainda alertas de liquidez tanto para as exposições em juros pré-fixados em reais quanto para as exposições em cupom cambial, com o intuito de evitar concentrações significativas em períodos semestrais futuros. 4.6.2. Planejamento e Estabelecimento de Limites O processo de estabelecimento de limites é semestral, baseado em metas de resultado estabelecidas pelo Comitê Executivo e nas avaliações de risco e de performance apuradas pela área de Riscos. Os limites de risco podem sofrer alterações em função de situações especiais oriundas da dinâmica de mercado ou em função de mudança no apetite de risco por parte do Comitê Executivo. As aprovações de limites são formais e realizadas pelo Comitê Executivo. 4.6.3. Extrapolação e Comunicação dos Limites A Diretoria de Riscos é responsável pelo monitoramento constante dos limites. Caso qualquer um dos limites estabelecidos seja excedido, a Diretoria de Riscos informa tempestivamente, via correio eletrônico, o Gestor da Tesouraria e os operadores responsáveis, bem como a Auditoria Interna e o Comitê Executivo. Até decisão em contrário, não são realizadas novas operações exceto as necessárias para reenquadramento, sendo mantidos todos os demais limites em vigor. O Gestor da Tesouraria é responsável pelo reenquadramento das posições dentro dos limites. 4.7. Abrangência em Relação aos Fatores de Risco Os fatores de risco existentes na gestão de Risco de Mercado são originados pelo conjunto de instrumentos controlados via limites gerais e limites específicos definidos na Política de Limites de Tesouraria. Todos os instrumentos que geram Risco de Mercado para o Safra têm suas exposições mapeadas em fatores de risco, conforme metodologias descritas nas Notas Técnicas pertinentes. 4.8. Modelo de Gerenciamento de Risco de Mercado 4.8.1. Classificação das Operações de Tesouraria O modelo de gestão do Banco Safra contempla o total de operações existentes, segregando-as em negociação (Trading) e não-negociação(banking), sendo que a carteira negociação é composta por operações de arbitragem e posicionamento nos mercados de Renda Fixa, Renda Variável, Derivativos e Moedas, e a de Banking é formada pela gestão dos ativos e passivos oriundos das áreas comerciais, bem como seus hedges. Os princípios e diretrizes que norteiam o processo de classificação das operações de Tesouraria em carteira de negociação ou carteira de não-negociação encontram-se descritos na Política de Classificação de Operações de Tesouraria.

4.8.2. Marcação a Mercado A apuração dos preços de mercado no Banco Safra é feita pela Diretoria de Riscos Corporativos Risco de Mercado e seus relatórios (preços, taxas, etc) são utilizados por todas as áreas. Prioritariamente, são utilizados preços de mercado que sejam divulgados pela BM&F, ANDIMA, BACEN e Bloomberg. Quando não há preço disponível divulgado por estas instituições, o Safra procura cotações com corretoras atuantes. 4.8.3. Valor em Risco VaR O Safra utiliza modelo de VaR paramétrico com confiança de 99% e horizonte de tempo de 1 dia. O cálculo de volatilidade e correlação é feito pelo método por EWMA (Exponentially Weighted Moving Average), para os ativos lineares, taxa de juros e equities. Para os ativos não lineares, são elaborados modelos específicos, como simulações de Monte Carlo. 4.8.4. Backtest A Superintendência Geral de Validação de Risco de Mercado e de Liquidez é responsável pelo processamento e análise dos backtests efetivos e hipotéticos. Havendo rompimentos no backtest, os gestores da Superintendência Executiva de Risco de Mercado e de Liquidez e da Superintendência Geral de Validação de Risco de Mercado e de Liquidez são informados, e passa-se ao processo de avaliação dos elementos envolvidos (movimentos de mercado, movimentação de posições, resultados do modelo). Os motivos que levaram ao rompimento são registrados em formulário próprio, com explicações e análises para justificar tal rompimento. O processo de análise de backtests é utilizado de forma efetiva para avaliação e aprimoramento dos modelos empregados. 4.8.5. Teste de Estresse O Safra utiliza cenários de estresse baseados em crises de períodos históricos, bem como em cenários prospectivos. O cenário baseado em períodos históricos busca o pior retorno em período de manutenção de 10 dias para os principais fatores de risco do conglomerado e sua elaboração é de responsabilidade da área de Riscos. Os cenários prospectivos são elaborados considerando tanto possíveis condições favoráveis para variações nos fatores de risco (cenário otimista) quanto possíveis condições desfavoráveis para variações nos fatores de risco (cenário pessimista). Sua elaboração é de responsabilidade conjunta das áreas de Riscos e de Macroeconomia. São ainda elaborados cenários não-diversificados, obtidos pelas piores combinações entre famílias de fatores de riscos (o que equivale a estressar correlações, considerando as combinações mais adversas para a carteira). Sua elaboração é de responsabilidade da área de Riscos. 4.8.6. Negociabilidade de instrumentos financeiros Com base na negociabilidade verificada nos mercados de derivativos, títulos e ações, é medido o número de dias que a Tesouraria levaria para desmontar suas exposições líquidas nestes instrumentos.

4.8.7. Alterações em Metodologias e Parâmetros As metodologias e os parâmetros utilizados são avaliados continuamente pela Superintendência Executiva de Risco de Mercado e de Liquidez, com a corroboração da Superintendência Geral de Validação de Risco de Mercado e de Liquidez, com particular atenção para a aderência dos riscos (VaR) apurados com relação aos resultados hipotéticos e efetivos divulgados, ou seja, análises de backtest. As considerações ou propostas de revisão de metodologias e parâmetros são levadas para discussão no Comitê de Riscos e Tesouraria. Propostas relevantes de alteração em metodologias ou parâmetros são submetidas à aprovação do Comitê Executivo ou seus representantes delegados. Exceção é feita para os casos de alterações não estruturais e que não alteram a essência do modelo como, por exemplo, acréscimo de um vértice adicional em uma família de fatores de risco. Em tais casos, as aprovações são realizadas pelo Superintendente Executivo de Risco de Mercado e Liquidez e pelo Superintendente Geral de Validação de Risco de Mercado e Liquidez. 5. Plano de alçadas Exceções serão tratadas pelo Comitê Executivo. 6. REGULAMENTAÇÃO EXTERNA Resolução 3464 Estabelece a criação da estrutura de gerenciamento de Risco de Mercado. Estabelece a necessidade da existência de Políticas para o Gerenciamento de Risco de Mercado. Circular 3478 Estabelece os requisitos mínimos e os procedimentos para o cálculo, por meio de modelos internos de risco de mercado e dispõe sobre a autorização para uso dos referidos modelos. Publicada no final de dezembro de 2009 pelo Banco Central do Brasil.