O ISCTE-lUL e as universidades de Lisboa e Coimbra vão cobrar sete mil euros de propinas aos alunos internacionais por ano. A Nova SBE definiu seis mil euros. Aveiro propõe 5.500 euros. China, Brasil e PALOPS são os mercados prioritários na captação de alunos.
Propinas para estudantes aumentam fora da UE sete vezes s não receiam que este valor afaste os estudantes internacionais, considerando que a propina é competitiva quando comparada com os valores nos EUA e no Reino Unido. universidades portuguesas vão cobrar As aos alunos não europeus propinas sete vezes superiores às pagas pelos estudantes portugueses. O ISCTE-lUL definiu uma propina de sete mil euros para os cursos de Gestão, Arquitectura, Psicologia e Tecnologias, quando, a propina para os alunos portugueses e da União Europeia é de cerca de mil euros. Mas nas áreas das ciências sociais a propina cobrada anual desce para 5.500 euros. Luís Reto, reitor do ISCTE-lUL, diz que "o mercado prioritário na captação de estudantes internacionais será a Ásia que tem mais de 3,5 biliões de habitantes. Só na China há cerca de dez milhões de estudantes, um valor igual ao total da população portuguesa". "Vamos olhar também para a América Latina e para os países de língua oficial portuguesa", acrescenta. Sete mil euros vai ser igualmente o valor da propina a cobrar aos estudantes internacionais de fora da UE pelas universidades de Coimbra e Lisboa A de Aveiro vai propor um valor mais baixo, de quatro mil euros a 5.500, dependendo dos cursos. Uma proposta da reitoria que tem ainda que ser aprovada pelo conselho geral da instituição. Também a Nova School of Business and Economics (Nova SBE) definiu seis mil euros como a propina anual a cobrar aos estudantes não europeus, um valor seis vezes superior ao cobrado aos alunos portugueses. Para já, na escola de Economia da Nova, foi definida uma turma de 60 alunos nos cursos de Economia e Gestão para receber alunos não europeus. Os estudantes poderão inscrever-se a partir de 30 de Maio. Para concorrer, estes estudantes internacionais terão que ter o ensino secundário O valor proposto é muito inferior ao cobrado nos EUA ou Reino Unido, diz Luís Reto, reitor doiscte lul. completo no seu país de origem, "uma forte preparação em métodos quantitativos e, de preferência, serem fluentes em inglês", diz António Amaro de Matos. Este responsável pela estratégia internacional da Nova SBE não teme que este valor possa desmobilizar os estudantes. "Se no Brasil os colégios privados cobram uma propina de mil a 1.500 euros, 12 vezes por ano, e as universidades privadas cobram cerca de 12 mil euros por an 0,.0 preço que vamos cobrar até é muito competitivo", sublinha. Luís Reto defende que este valor "é muito inferior ao cobrado pelas universidades norte-americanas ou do Reino Unido, com a agravante de estes países terem um custo de vida muito superior ao de Portugal". Um balão de oxigénio orçamental Ao permitir a fixação de um valor de propinas sem limite para os estudantes de fora da Europa, o Estatuto do Estudante Internacional poderá criar um balão de oxigénio orçamental para as instituições de ensino superior afectadas por cortes e cativação de verbas. "Se conseguirmos captar 200 estudantes chineses e cobrar cerca de sete mil euros de propinas, por cada ano da licenciatura, vamos conseguir captar alguns milhões", admite Luís Reto que já começou a promover os seus cursos nos mercados internacionais. Também a Nova SBE já está a divulgar junto dos melhores colégios brasileiros as suas licenciaturas para captar aluno do país. Mas todos os responsáveis das instituições de ensino superior consideram que o Governo demorou demasiado tempo a aprovar este estatuto - a proposta foi apresentada há dois anos - o que vai dificultar a captação de alunos já para o próximo ano lectivo. Portugal está a ser um destino cada vez mais escolhido pelos estudantes internacionais. No último ano lectivo mais de 30 mil frequentavam as universidades portuguesas. Madalena Queirós
-Fotos: Paulo Figueiredo
Uma viagem a bordo dona vio- -escola Sagres, um símbolo da Marinha Portuguesa, foi o cenário escolhido pelo. presidente dosantander Totta, Vieira Monteiro, para apresentar aos representantes de universidades portugueses, o 111 Encontro Internacional de Reitores, que se realiza a 28 e 29 de Julho, no Rio de Janeiro. São esperados mais de 1.100 reitores de 46 países neste encontro organizado pelo Universia.O Chefe do Estado Maior da Armada, Almirante Macieira Fragoso, recebeu os convidados que participaram nesta viagem. ESTUDANTE INTERNACIONAL Maioria das universidades fixa propina de sete mil euros A maioria das universidades fixou propina de sete mil euros. As universidades do Minho, Évora, Açores e Algarve ainda não definiram o valor a cobrar aos estudantes internacionais. ÜBI Na da Beira Interior, "a anualidade dos cursos de graduação (1 o ciclo e Mestrado Integrado) para os estudantes Internacionais foi fixada nos cinco mil euros", lê-se no site. Mas a ÜBI tem ainda a modalidade de um ano de propinas, com alojamento nas suas residências em quarto duplo e alimentação por 7.500 euros anuais. 5.000 Custa um ano de propinas na ÜBI para os alunos estrangeiros, com a possibilidade de acrescentar alojamento e alimentação por 7.500 euros. de Lisboa A de Lisboa decidiu cobrar a propina correspondente ao custo médio por aluno e o valor encontrado foram os sete mil euros para estudantes de licenciatura e mestrado. Mas o valor a cobrar e o número de vagas a disponibilizar deverá ser fixado por cada uma das faculdades. T.OOO A de Lisboa definiu os sete mil euros como valor indicativo, que corresponde ao custo médio por aluno. Nova Sehool of Business & Economics A Nova Sehool of Business & Economics decidiu definir uma propina de seis mil. euros anuais. No próximo ano lectivo terá 50 vagas para estes alunos internacionais. Para concorrerem terão de ter o ensino secundário completo dos seus pafses de origem e dominar a língua inglesa. 6.000 A Nova Sehool of Business & Economics definiu o valor de seis mil euros anuais para cobrar aos estudantes de fora da Europa. Católica A Católica cobra uma propina mensal igual para todos os alunos, ainda que não sejam portugueses ou não residam na União Europeia. Depende do curso, mas, neste momento, a licenciatura mais cara tem uma propina de 525 euros por mês durante dez meses. 5.250 A Católica cobra valores Iguais a todos os alunos. A propina mensal depende do curso. Actualmente, a licenciatura em Gestão e Economia é a mais cara: 525 euros/mês por dez mensalidades. de Coimbra A de Coimbra foi a primeira instituição portuguesa a definir sete mil euros como valor de propina para os estudantes internacionais, o que corresponderá ao custo médio por aluno. Os brasileiros representam a maior comunidade de estrangeiros com cerca de mil alunos. r.ooo A de Coimbra foi a primeira a fixar sete mh euros como o valor a cobrar aos alunos internacionais. ISCTE lul O ISCTE-UIL definiu dois valores diferentes para cobrar aos estudantes internacionais: nos cursos de Gestão, Arquitectura e Tecnologias será de sete mil euros; nos cursos de ciências sociais será de cinco mil euros. r.ooo Os alunos nso europeus deverão pagar uma propina de sete mil euros nos cursos de Gestão, Arquitectura e Tecnologias e de cinco mil nos de ciências sociais, que têm um custo real médio mais baixo.
de Aveiro A reitoria da de Aveiro vai propor ao Conselho Geral, para os alunos internacionais, uma propina de 5.500 euros nas áreas de Artes. Ciências e Engenharias-, 4.650 nas de Economia e Gestão, Matemática e Ciências da Educação e quatro mil euros nas de Ciências Humanas, Sociais e Políticas. 5.500 O valor máximo a cobrar aos estudantes internacionais é de 5.500 euros para cursos de artes, ciência e engenharias, descendo para os quatro mil euros nas ciências sociais.