Projeto Pedagógico do Curso Superior de Bacharelado em Ciências Contábeis

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Transcrição:

Página 1 de 48 Associação de Ensino e Pesquisa Graccho Cardoso S/C LTDA FANESE Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe Projeto Pedagógico do Curso Superior de Bacharelado em Ciências Contábeis Aracaju - Sergipe Janeiro de 2015

Página 2 de 48 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 4 2 IDENTIFICAÇÃO DO CURSO... 4 2.1 TÍTULO...4 2.2 REGIME DE MATRÍCULA...4 2.3 TOTAL DAS VAGAS ANUAIS...4 2.4 TURNOS DE FUNCIONAMENTO:...4 2.5 ENDEREÇO DE FUNCIONAMENTO:...4 2.6 CARGA HORÁRIA...4 2.7 MODALIDADE DE ENSINO...4 2.8 LEGISLAÇÃO E NORMAS QUE REGEM O CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS...5 3 COORDENADORA DO CURSO... 5 4 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO... 6 4.1 HISTÓRICO...6 4.2 MISSÃO E VISÃO DA FACULDADE...7 4.2.1 MISSÃO...7 4.2.2 VISÃO...7 4.3 FINALIDADE...7 4.4 OBJETIVOS...7 4.4.1 OBJETIVO GERAL...7 4.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...7 5 CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO... 8 6 CONTEXTO DE INSERÇÃO DO CURSO NA REGIÃO...12 7 CONCEPÇÃO DO CURSO... 14 8 OBJETIVOS DO CURSO... 16 8.1 OBJETIVO GERAL...16 8.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:...16 9 FORMAÇÃO DO PERFIL E DAS HABILIDADES DO PROFISSIONAL...17 9.1 PERFIL DO EGRESSO...17 9.1.1 QUADRO DEMONSTRATIVO: PERFIL DO EGRESSO X DISCIPLINAS...19 9.1.2 HABILIDADES E COMPETÊNCIAS...21 10. MATRIZ CURRICULAR... 22 11 FORMAS DE INGRESSO NA INSTITUIÇÃO... 25 11.1 ATIVIDADES COMPLEMENTARES...25 11.2 APROVEITAMENTO DO CONHECIMENTO...26 12 ATIVIDADES ACADÊMICAS ARTICULADAS COM A FORMAÇÃO PROFISSIONAL...26 13 ATIVIDADES PRÁTICAS, TRANSVERSALIDADE E SEMINÁRIOS INTEGRADOS...27 14 ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO... 31 15 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO... 32 16 PRINCÍPIOS E ORIENTAÇÕES QUANTO ÀS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS...34 16.1 PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INOVADORAS...34 16.2 INTEGRAÇÃO, TEORIA E PRÁTICA...34 16.2.1 MODOS DE INTEGRAÇÃO: DA GRADUAÇÃO COM A COMUNIDADE LOCAL...35 16.2.2 INTERDISCIPLINARIDADE...35 16.2.3 ATENDIMENTO AO DISCENTE...36 a) Cursos de Nivelamento...37 b) Núcleo de Apoio Psicopedagógico (NAP)...38 17 OUVIDORIA... 38

Página 3 de 48 18 AUTOAVALIAÇÃO... 38 19 PERIÓDICOS E LABORATÓRIOS ESPECÍFICOS... 40 19.1 PERIÓDICOS ESPECÍFICOS DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS...40 19.2 LABORATÓRIOS ESPECÍFICOS...41 20 COLEGIADO DE CURSO... 43 20.1 QUADRO DEMONSTRATIVO DO CORPO DOCENTE POR DISCIPLINA...44 21 NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE (NDE)...45 21.1 JUSTIFICATIVA...45 21.2 DEFINIÇÃO...45 21.3 ATRIBUIÇÕES DO NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE...45 21.4 CONSTITUIÇÃO DO NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE - NDE...45 22. SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO PROJETO DO CURSO...46 22 AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM E DO CURSO...47

Página 4 de 48 1 INTRODUÇÃO A elaboração deste Projeto surgiu não somente da necessidade da Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe - FANESE definir novos rumos quanto ao desenvolvimento do seu Curso de Ciências Contábeis, mas, sobretudo, de uma exigência do Ministério da Educação e do Desporto em dispor de mecanismos concretos de avaliação institucional. Trata-se de um documento que, além da preocupação com a estrutura curricular e da metodologia didática a ser operacionalizada, sintetiza e explicita a missão, a estratégia, os objetivos e as metas da Instituição para com o desenvolvimento do seu Curso de Ciências Contábeis, na busca de um perfil de profissional a ser formado frente às demandas do mercado de trabalho no contexto do atual cenário de globalização econômica. Como tal, o conteúdo do Projeto consubstancia-se numa tarefa, indispensável e dignificante, a ser executada por todos os que fazem o Curso de Graduação em Ciências Contábeis. 2 IDENTIFICAÇÃO DO CURSO 2.1 Título Bacharelado em Ciências Contábeis. 2.2 Regime de Matrícula Matrícula por: Crédito Periodicidade Letiva: Semestral 2.3 Total das Vagas Anuais 100 vagas anuais 2.4 Turnos de funcionamento: Noturno 2.5 Endereço de Funcionamento: Rua Sargento Duque, 85, Bairro Industrial CEP: 49065-750, Aracaju-SE. 2.6 Carga Horária Total do curso: 3.085 horas Limite mínimo (semestres): 8 2.7 Modalidade de Ensino Presencial 2.8 Legislação e Normas que regem o Curso de Ciências Contábeis O Curso de Graduação em Ciências Contábeis oferecido pela FANESE está fundamentado na Lei de Diretrizes e Bases nº 4.024 de 20 de dezembro de 1961, com a redação dada pela Lei N 9.131, de 25 de novembro de 1995, e tendo em vista as diretrizes e os princípios fixados pelos Pareceres CNE/CES 776, de 3/12/97, CNE/CES 583, de 4/4/2001, CNE/CES 67, de 11/3/2003, bem como o Parecer CNE/CES 289, de 6/11/2003, alterado pelo Parecer CNE/CES 269, de 16/09/2004. O curso é autorizado pelo MEC através da portaria nº 276, de 03 de março de 2000, reconhecido mediante Portaria nº 1.010, de 30 de março de 2005 e publicada no (DOU), de 01 de abril de 2005 e renovação de reconhecimento conforme Portaria nº 402, de 29 de setembro de 2011.

Página 5 de 48 3 COORDENADORA DO CURSO Dados Pessoais Nome: Luciana Matos dos Santos Figueiredo Barreto End.: Avenida Adélia Franco, 3494, Edf. Jardins, Apto. 1103 Cidade: Aracaju UF: SE CEP: 49040-020 Fone: (79) 9956-9224 Fax: e-mail: lucianamatos@fanese.edu.br Breve Curriculum Vitae: A coordenadora do curso possui graduação em Ciências Contábeis pela Universidade Tiradentes (2001) e especialização em Auditoria Contábil pela Universidade Federal de Sergipe - UFS (2003). Exerce atualmente o cargo de professora titular e coordenadora do curso superior de Ciências Contábeis da FANESE, desde julho de 2010, ministrando as disciplinas Contabilidade Geral e Contabilidade Industrial. Representa o Conselho Regional de Contabilidade do Estado de Sergipe CRCSE, como vice-presidente de Desenvolvimento Profissional, na atual gestão de 2014 a 2015 e, como conselheira de 2014 a 2017. Também foi membro da Comissão Própria de Avaliação como representante dos coordenadores de curso da Faculdade de Administração de Sergipe conforme portaria nº 20, de 23 de julho de 2010, na qual permaneceu até o primeiro semestre de 2013. Membro do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão CEPE, nomeada em 2011, como representante dos docentes de curso da Faculdade de Administração de Sergipe, até o presente momento. Também participa do Núcleo Docente Estruturante (NDE), de bancas examinadoras e seleção de professores. Tem experiência na área de Contabilidade, atuando principalmente nos temas relacionados com a Contabilidade Comercial, Contabilidade de Custos, Contabilidade Industrial e Contabilidade Gerencial. Exerceu a função de professor universitário na Universidade Federal de Sergipe durante o período de julho de 2002 a junho de 2004, onde atuou como professora substituta, em nível de professora Auxiliar, lotada no Departamento de Ciências Sociais do Centro de Ciências Sociais Aplicadas, ministrando as disciplinas Técnica Comercial, Ética Geral e Profissional, Teoria Contábil, Contabilidade e Análise de Balanço, Contabilidade de Serviços, Contabilidade Geral I, para o curso de Ciências Contábeis e a disciplina Contabilidade Aplicada administração II, para o curso de Administração. Ocupou o cargo de Contadora, na empresa Samam Veículos, de abril de 2004 a junho de 2010, desenvolvendo atividades na área de contabilidade. Durante o período de abril de 2006 a junho de 2010 exerceu também o cargo de Professora assistente da Universidade Tiradentes UNIT, Aracaju-SE, onde ministrou as disciplinas Contabilidade das Sociedades por Ações, Contabilidade de Serviços, Contabilidade de Custos e Gerencial, Contabilidade Industrial, Gestão de Custos, Trabalho de Conclusão de Curso. 4 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO 4.1 Histórico

Página 6 de 48 A FANESE é uma Instituição de Ensino Superior, autorizada a funcionar através da Portaria nº 2.246, de 19 de dezembro de 1997, do Ministério da Educação e do Desporto, oferecendo inicialmente o Curso Superior de Administração em 1998 e, posteriormente, os cursos de Engenharia de Produção (2000), de Ciências Contábeis (2001), de Direito (2007) e os de graduação tecnológica em Processos Gerenciais, Gestão da Tecnologia da Informação, Sistemas para Internet, Gestão de Recursos Humanos, Logística e Marketing, a partir de 2005. A instituição atua também com cursos de pós-graduação, entendendo que desta forma contribui, através do ensino, da pesquisa e da extensão, para o desenvolvimento do Estado de Sergipe e do país, mantendo atualmente, segundo o quadro abaixo, os seguintes cursos: Quadro n.1 Atos Autorizativos da Fanese Credenciamento da Fanese Recredenciamento da Fanese Portaria Nº 2.246, de 12 de Dezembro de 1997 Portaria Nº 296, de 31 de Março de 2014 Nome do Curso Portaria Autorização Reconhecimento Renovação de Reconhecimento Administração Engenharia de Produção Ciências Contábeis Direito Processos Gerenciais Gestão em Recursos Humanos Marketing Logística Gestão da Tecnologia da Informação Sistemas para Internet Redes de Computadores Portaria Nº 2246, de 19 de Dezembro de 1997 Portaria Nº 1172, de 03 de Dezembro de 1999 Portaria Nº 276, de 03 de Março de 2000 Portaria Nº 300, de 05 de Abril de 2007 Portaria Nº 1524, de 05 de Maio de 2005 Portaria Nº 575, de 29 de Novembro de 2007 Portaria Nº 1523, de 05 de Maio 2005 Portaria Nº 575, de 29 de Novembro de 2007 Portaria Nº 2322, de 28 de Agosto de 2003 Portaria Nº 473, de 22 de Novembro de 2011 Portaria Nº 1187, de 08 de Portaria Nº 286, de 21 de Dezembro de Abril de 2005 2012 Portaria Nº 1010, de 30 de Portaria Nº 402, de 29 de Setembro de Março de 2005; 2011 Portaria Nº 445, de 01º de Processo Nº 2014025504, protocolado Novembro de 2011 em 25 de Fevereiro de 2014 Portaria Nº 63, de 02 de Processo Nº 201100994, protocolado Janeiro de 2007 em 28 de Fevereiro de 2011 Portaria Nº 469, de 22 de novembro de 2011 ---- Portaria Nº64, de 02 de Janeiro de 2007 Portaria Nº 471, de 22 de Novembro de 2011 ---- Processo Nº 201100993, protocolado em 28 de Fevereiro de 2011 Portaria Nº 3181, de 14 de Setembro de 2005 Portaria Nº 493, de 06 de Novembro de 2008 Processo Nº 201348921, protocolado em 16 de Agosto de 2013 Portaria Nº 669, de 02 de Março Portaria Nº 492, de 06 de Processo Nº 201350080, protocolado de 2005 Novembro de 2008 em 16 de Agosto de 2013 Portaria nº 337, de 29 de maio de 2014 ---- ---- Engenharia de Petróleo Processo Nº 201304056, protocolado em 28 de Fevereiro de 2013 Engenharia Civil Processo N 201414068, protocolado em 12 de setembro de 2014 ---- ---- ---- ---- 4.2 Missão e Visão da Faculdade 4.2.1 Missão Promover ações efetivas de educação superior, sobretudo na área de negócio, de modo a estimular a formação de profissionais com visão empreendedora, em sintonia com o mundo globalizado. 4.2.2 Visão Ser um Centro Educacional de Referencia, principalmente, na área de negócios.

Página 7 de 48 4.3 Finalidade Transmitir conhecimentos, em especial sob a forma de desenvolvimento de competências e habilidades profissionais. Atenta às freqüentes mudanças pelas quais vem passando o mundo do trabalho contemporâneo, a IES oferecerá cursos superiores em bacharelado e de tecnologia de qualidade, em consonância com as reais necessidades do mercado e as pretensões do seu público-alvo. É compromisso da FANESE, dinamizar as suas condições de ensino, em função das diretrizes curriculares pré-estabelecidas pelo MEC, assim como desenvolver os mecanismos institucionais articulando-os com os demais setores organizados da sociedade civil, em especial aqueles cuja atividade tenha referência com as áreas profissionais dos cursos superiores ofertados pela Faculdade. 4.4 Objetivos 4.4.1 Objetivo Geral Desenvolver suas atividades em um modelo de gestão co-participativa, pautada pelos princípios da prevalência das atividades-fim sobre as atividades-meio; da eficiência e eficácia dos processos; da correta aplicação dos recursos e utilização de seu patrimônio; da coordenação sistematizada e articulada; da responsabilidade e competência funcional; do espírito de solidariedade e cooperação, privilegiando o desenvolvimento de competências profissionais de áreas em que possa contribuir para suprir as necessidades do mercado local, regional e nacional. 4.4.2 Objetivos Específicos Ser um centro de referências no âmbito regional e nacional; Ofertar serviços na instância de ensino de graduação, extensão e pós-graduação em sintonia com a demanda do mercado; Elevar a qualidade das atividades gerenciais; Desenvolver competências e habilidades do corpo discente, tornando-o apto a exercer a profissão; Contribuir, através do exercício da Responsabilidade Social, preservação do meio ambiente para a melhoria da qualidade de vida do cidadão brasileiro; Propiciar a auto-realização da comunidade interna (dirigentes, docentes, técnico-administrativos e discentes). 5 CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO O Estado de Sergipe está localizado na região Nordeste do Brasil, é dividido em 75 municípios e ocupa uma área de 21.915,116km 2, correspondente a 0,26% do território nacional. Sua população absoluta é de 2.068.017 habitantes (Contagem da População 2010 - IBGE). O Estado é drenado por seis bacias hidrográficas, sendo a Bacia do São Francisco a mais importante. Seu clima é tropical, mais úmido próximo ao litoral, e semi-árido no sertão, e seu relevo, do litoral até a região central, é predominantemente de terras planas ou ligeiramente onduladas. Sergipe limita-se com os Estados da Bahia e Alagoas e com o oceano Atlântico. Segundo o IBGE, a população estimada de Sergipe para o ano de 2013 é de 2.195.662 habitantes. A maioria dos habitantes de Sergipe reside em áreas urbanas (73,5%), a população rural corresponde a 26,5% do contingente

Página 8 de 48 total. Segundo o IBGE (2010), na capital Aracaju vivem 614.577 habitantes, aproximadamente 27% do total de Sergipe. Aracaju ocupa uma área de 174 km² do território sergipano, limitando-se com os municípios de São Cristóvão, Nossa Senhora do Socorro, Barra dos Coqueiros e Itaporanga D Ajuda. A economia sergipana tem apresentado desempenho significativamente positivo nos últimos anos como consequência do ambiente econômico favorável aos negócios, resultado provocado especialmente pelos estímulos das políticas públicas. Os investimentos públicos e privados tiveram papel fundamental no processo de expansão, somados aos estímulos ao consumo das famílias (decorrentes do crescimento do emprego, da renda e do crédito). Tais investimentos têm provocado uma transformação da base produtiva do Estado, resultando em maior diversificação e dinamismo. Considerando os dados do IBGE, no período de 2003 a 2013, a economia sergipana cresceu a uma taxa média de 3,49%, enquanto a economia do Nordeste cresceu a uma media de 3,0% e a economia nacional a uma média de 2,3%. Nessa dinâmica de crescimento devem ser destacados alguns elementos importantes, como o comportamento de investimentos, o peso do setor público e o grau de abertura econômica. No ano de 2010 o PIB per capita de Sergipe foi de 11.572,44. Já no ano de 2011, o PIB per capita de Sergipe foi de R$ 12.536,00, o melhor do Nordeste; o segundo lugar foi para Pernambuco, que teve PIB per capita de 11.776,10. A participação do PIB nacional passou de 0,4% em 2001 para 0,6% em 2011. Isso vem demonstrando crescimento significativo do Estado. O PIB em Sergipe está centrado na administração pública, petróleo e gás, indústria e extrativismo mineral. Os dados acima enumerados podem ser vistos como resultado dos esforços do Governo do Estado na atração de empresas, no investimento de políticas públicas e no incentivo às pequenas empresas. Um índice de PIB per capita elevado tende a favorecer ao Estado a chegada de novos investimentos. Todavia, há que considerar que ainda há muito trabalho a ser feito para garantir que o crescimento sergipano não seja minado de desigualdades sociais. Tal contexto acarretou em uma evolução do número de empregos, a qual foi percebida nos últimos anos. Segundo o Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE), o crescimento do número de postos de trabalho em Sergipe nos últimos 12 meses considerando-se o mês de agosto de 2012 foi de 9,21%, o que significa um acréscimo de 20.430 contratações no estoque de ocupações formais do Estado. Em verdade, Sergipe tem acompanhado a recente transformação que se perfaz na região Nordeste, onde o número de unidades produtivas aumentou de 22.643, em 1996, para 40.077, em 2007. Em termos de pessoal ocupado, a elevação foi de 1,1 milhão para 1,8 milhão, no mesmo período. Isso produziu uma ampliação do número de unidades de trabalho em 17.434 e de 759.354 postos de trabalho, entre 1996 e 2007. O desempenho da indústria sergipana foi superior ao desempenho das indústrias do Brasil e ao da média nordestina, no período citado. Em 1996, a indústria sergipana contava com 475 unidades produtivas e 18.969 pessoas ocupadas. Em 2007, o número de unidades produtivas já se apresentava 80% superior e o pessoal ocupado quase havia dobrado, respectivamente 855 unidades e 37.097 pessoas ocupadas (IBGE 1996-2007). De acordo com o IGBE, em 2012, foi constatada a existência de 2.463 indústrias em Sergipe. Apontando de forma clara que o Estado cresce a largos passos. Segundo a RAIS/MTE, o estoque de empregos formais por setor de atividade, registrado em 2010 em Sergipe, totalizou 365.579, correspondendo a um aumento de 7,42% no número de trabalhadores com carteira assinada.

Página 9 de 48 Considerando a variação absoluta, o setor serviço desponta com a criação de 10.949 empregos, seguido da construção civil (7.055), indústria de transformação (5.124) e do comércio com 4.957 postos de trabalho. Em termos relativos, o maior crescimento ocorreu na construção civil com 32,57%, seguida pela indústria de transformação (14,10%), serviços (12,27%), agropecuária (11,64%) e serviços industriais de utilidade pública (10,96%). No acumulado de 2010, com relação ao saldo total verificado no mesmo período do ano anterior, o CAGED, que apresenta o movimento de admissão e desligamento por Estado, registrou em Sergipe um grande crescimento de 147,87% no número de empregos formais criados. O que representou ao longo do ano um saldo positivo de 27.757 empregos contra 11.198 registrados em 2009. Ainda segundo dados do MTE, no ano de 2014, essa realidade de crescimento se mantém, colocando Sergipe como líder na geração de emprego no Brasil, um aumento de 6,32% em relação a 2013. A média do Brasil é de 2,57% e a do Nordeste é 3,76%. Foram gerados, em Sergipe cerca de 18 mil novos empregos formais, entre os meses de abril/13 a março/14, sendo que o maior destaque de novos empregos formais foi no setor de serviços que contratou 9.765 pessoas. Assim sendo, uma evolução do número de empregos foi percebida nos últimos anos. Segundo o MTE, os setores de atividade que mais contribuíram para o crescimento do emprego em Sergipe foram, nos últimos meses: os Serviços, a Construção Civil, a Indústria de Transformação, o Comércio, a Indústria de Extração Mineral e os Serviços de Utilidade Pública. De fato, além das riquezas naturais existentes no espaço geográfico de Sergipe, o Estado localiza-se estrategicamente no eixo de grandes cidades nordestinas (Salvador, Recife, dentre outras), é dotado de riquezas naturais, recursos minerais e, além disso, tem um parque industrial moderno e diversificado. Apesar de pequeno, o Estado já conquistou importantes indicadores e condições que proporcionam uma conjectura favorável ao crescimento, atraindo investimentos em diversos segmentos, a saber: agronegócio, turismo, aquicultura, setor energético, na construção civil e naval, na área de tecnologia e saúde. A influência de grandes empresas na economia sergipana como a Petrobrás e a VALE é consideravelmente expressiva. Nos últimos anos essas empresas investiram fortemente em Sergipe e há expectativa de investimentos ainda maiores, conforme anúncios das mesmas, o que demandará ainda mais mão-de-obra qualificada em diversas áreas. Outras empresas de grande, médio e pequeno porte, além das microempresas, estão expandindo investimentos ou se instalando em Sergipe, atraídas pelo ambiente de negócios, pelos incentivos governamentais, pela vocação produtiva do Estado e pela infraestrutura produtiva, urbana e social em modernização. Os investimentos em infraestrutura produtiva, urbana e social realizados e em realização pelos Governos dos diversos níveis aqui no Estado, principalmente Federal e Estadual, e pelas Estatais, em particular nas áreas energética, logística, mobilidade urbana, saneamento e habitação, além das inversões privadas, deverão impulsionar ainda mais a expansão econômica do Estado. A Infraestrutura produtiva e social em construção no território sergipano deverá provocar resultados expressivos, especialmente, no turismo, na indústria extrativa mineral, na indústria de transformação, na agricultura e, como consequência do efeito multiplicador da renda resultante dos investimentos nesses setores de atividade, os serviços em geral e o comércio sofrerão impacto não menos importante.

Página 10 de 48 Como principais investimentos podem ser citados: a ampliação da capacidade de produção e transporte de petróleo, gás, e outros minerais, neste último caso, principalmente para a fabricação de fertilizantes (destaque nacional, dada a disponibilidade da matéria prima); a reforma, readequação e ampliação da infraestrutura logística como a duplicação da BR 101, a construção de pontes, o aumento da capacidade do porto e do aeroporto existente e construção de um novo aeroporto em Sergipe; o aumento do fornecimento de água com a duplicação da adutora do Rio São Francisco e a construção da barragem do Rio Poxim; a construção do parque eólico de Sergipe; a construção de unidades habitacionais com saneamento básico, o que deverá oferecer melhor qualidade de vida ao trabalhador; a melhoria da mobilidade urbana a partir de investimentos que deverão tornar o transporte de trabalhadores e mercadorias mais ágil e seguro, como abertura de novas vias de acesso à capital, duplicação de viadutos, construção de pontes; dentre outras ações. O clima é favorável também para o agronegócio. Sergipe destaca-se no setor de fruticultura, com a produção de laranja, manga, maracujá, banana e coco-anão. Na pecuária estadual, chamam a atenção os segmentos da avicultura e da bovinocultura, este último voltado, principalmente, para a pecuária extensiva de gado de corte e para a produção de leite. Ainda em relação à agricultura, percebe-se aumento dos incentivos governamentais e investimentos públicos na agricultura familiar. Isto tende a ter grande impacto tanto social quanto econômico devido à capacidade de gerar emprego e renda, especialmente quando amparada por um ambiente caracterizado por: acesso à terra; acesso à energia elétrica e água potável; financiamento acessível e com assessoria gerencial; acompanhamento técnico próprio ao perfil da atividade; infraestrutura produtiva local adequada como irrigação, facilidade de escoamento da produção, mercados públicos bem estruturados; existência de equipamentos sociais que garantam educação, saúde e segurança no campo; dentre outras ações. Não somente as políticas públicas têm influenciado no circulo virtuoso pelo qual tem passado a economia sergipana, mas vale observar que há um conjunto de forças no sentido de criar um ambiente, cada vez mais, propício a estimular iniciativas empreendedoras. Esforços de diversos atores da sociedade, mesmo que raramente organizados em conjunto, têm tornado mais fácil empreender em Sergipe. Como exemplo pode-se destacar: maior facilidade de abertura de empresas; maior diversidade e qualidade de escolas de capacitação e qualificação profissional, sejam elas de nível técnico ou de nível superior; maior diversidade de cursos de capacitação e qualificação profissional com foco nas vocações produtivas do Estado; maior esforço e investimento público e privado em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica; maior aceitação e entendimento do empresariado sergipano de que os investimentos em formação, pesquisa e assessoria técnica empresarial influenciam significativamente o resultado dos negócios, inclusive a sobrevivência do mesmo; o consumidor sergipano está mais instruído e mais exigente quanto à qualidade do produto e atendimento que adquire; entre outras forças não menos importantes. Além dos avanços significativos nos indicadores econômicos, Sergipe apresenta evolução sensível no Índice de Desenvolvimento Humano IDH. As estatísticas mais recentes demonstraram que o Estado tem apresentado os melhores resultados do Nordeste no crescimento do IDH (0,923) (CEPAL/PNUD/OIT, 2011), elevando o status de baixo (de 0 a 0,499) para médio desenvolvimento (entre 0,500 e 0,799), considerando-se os critérios de avaliação do desenvolvimento humano utilizados para classificar os diversos países. Vale observar que, para se determinar o IDH são considerados indicadores de educação (alfabetização e taxa de matrícula), longevidade (esperança de vida ao nascer) e renda (PIB per capita).

Página 11 de 48 Todo o crescimento do estado parece materializar-se, na capital, tornando-se facilmente visível em Aracaju, onde a FANESE se situa. Aracaju, desde seu surgimento, apresenta destaques. Sua fundação ocorreu inversamente ao convencional. Ou seja, não surgiu de forma espontânea como as demais cidades, foi planejada especialmente para ser a sede do Governo do Estado. Por ter o privilégio de estar localizado no litoral e ser banhado pelos rios Sergipe e Vaza-Barris, o pequeno povoado Santo Antônio de Aracaju foi escolhido pelo presidente da província, Inácio Joaquim Barbosa, para ser a sede do Governo. A FANESE, atualmente, localiza-se na zona norte de Aracaju, entre os bairros históricos de Santo Antônio e Industrial, principais eixos de preservação culturais. Trata-se, por conseguinte, de uma importante área da cidade, seu nascedouro, conforme conta a sua história. Tal região, com o crescimento que correu em outras direções, ficou por anos abandonada, não tendo visibilidade. Trata-se de uma área perto do centro da cidade, então, fortemente marcada pelo comércio, mas, ao longo dos anos, foi sendo esquecida. Ao chegar à região, a FANESE reafirmou seu compromisso com a sociedade aracajuana de promover o desenvolvimento por meio da educação. Sua chegada ao centro histórico da cidade trouxe grandes mudanças positivas, atraindo novos investimentos nos bairros Santo Antônio e Industrial, valorizando os mesmo e melhorando a qualidade de inúmeras pessoas que vivem nas proximidades. Diante do exposto, depreende-se que o modelo educacional proposto pela FANESE pretende oferecer ao aluno a oportunidade de obtenção e da utilização de conhecimentos adequados à realidade econômico-social vigente, inter-relacionados com seus desejos e realizações, buscando sempre a concretização e a consolidação interativa do saber, da curiosidade científica e técnica, seguindo os padrões ideais perseguidos pelo homem contemporâneo. Estes requisitos são indispensáveis, para o desenvolvimento de hábitos de investigação sobre novas fontes de informação, bem como para a capacitação de profissionais preparados para atuar como agentes de mudança, em prol da melhoria da qualidade de vida da sociedade, especialmente da Região Nordeste. Neste sentido, os atores que se agregam à vida acadêmica professor, aluno, instituição educacional, comunidade local e mercado fornecem uma identidade clara da estrutura do Curso de Ciências Contábeis da FANESE. 6 CONTEXTO DE INSERÇÃO DO CURSO NA REGIÃO Dentre o rol dos Cursos ofertados pela FANESE, o Curso de Ciências Contábeis caracteriza-se por considerar que nenhum conhecimento humano se desenvolve fora de um contexto social e, por isso, vai ao encontro de sua justificativa e necessidade baseado nos princípios teóricos-sociais e metodológicos gerais que norteiam as práticas acadêmicas no âmbito do Ensino, Pesquisa e Extensão da IES. A saber, a FANESE utiliza-se do conhecimento como conceito de inovação, mudança e transformação. Para a FANESE, o ser humano como é agente de sua história, tendo como relevância a valorização da cidadania; a busca do conhecimento profissional e emancipatório e assim, consiste num compromisso assumido pela IES oferecer um ensino superior crítico, pautado na ética, responsabilidade social e solidariedade. Inserido num espaço geográfico marcado por um amplo desenvolvimento industrial, comercial e do setor de serviços, o curso de Ciência Contábeis da FANESE não somente se destaca como um curso de fundamental

Página 12 de 48 importância por garantir a formação de profissionais qualificados e comprometidos com o desempenho profissional, mas destaca-se, sobretudo, dada a necessidade evidente de que o crescimento do estado demanda profissionais da área, para serem absorvidos pelas empresas que crescem e pelas novas empresas que se inserem neste contexto evolutivo, principalmente em função de que não existem empresas de quaisquer tamanho sem que haja um espaço/tempo no qual a contabilidade é pensada, estudada e, inclusive, programada. Segundo a Junta Comercial de Sergipe JUCESE é crescente o número de novas empresas abertas no Estado de Sergipe. De 2006 a 2013 foram mais de 30 mil, o que representa um crescimento de 44%. Dessas empresas, o maior número (1250 novos estabelecimentos) está concentrado no setor de serviços (restaurantes, salões de beleza e transporte coletivo). Já o setor de comércio (lojas, confecções e supermercados) representa no ano 2014, cerca de 800 novas empresas e, por fim, o segmento industrial, com cerca de 100 novas empresas. A ampliação também ocorre no setor de contabilidade, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego, as atividades de contabilidade, consultoria e auditoria contábil e tributária em Sergipe criaram uma média aproximada de 100 empregos por ano nos últimos cinco anos. Segundo o mesmo Cadastro, de janeiro de 2010 a outubro de 2014 foram acumulados 499 postos de trabalho formais na referida área, sendo possível perceber um desempenho crescente ao longo do período analisado. O retrato do mercado de trabalho das atividades de contabilidade, consultoria e auditoria contábil e tributária em Sergipe demonstrado abaixo, somado ao quadro apresentado no gráfico a seguir, demonstram a dinâmica deste mercado em Sergipe. É possível perceber um desempenho crescente ao longo do período analisado, demonstrado por uma mancha cada vez mais espessa a partir de 2009 até 2014. Sergipe Saldo de empregos nas Atividades de Contabilidade, Consultoria e Auditoria Contábil e Tributária jan. 2009 a out. 2014 80 70 60 50 40 30 20 10 0 39814 39904 39995 40087 40179 40269 40360 40452 40544 40634 40725 Nota1: Saldo de empregos acumulados no ano. Primeiro emprego 40817 40909 41000 Reemprego 41091 41183 41275 41365 41456 41548 41640 41730 41821

Página 13 de 48 Nota 2: Em 2014 o período do saldo de empregos acumulados foi de janeiro a outubro. Fonte: Caged Estabelecimentos (2014) A dinâmica do atual crescimento econômico de Aracaju e região metropolitana demonstram e justificam a importância do curso de Ciências Contábeis. Presume-se, com isso, a crescente participação de contadores no setor de serviços, comércio, bem como da indústria necessitando, portanto, da formação de profissionais com visão empreendedora local e regional. Isso se torna evidente ao se perceber, no quadro abaixo, o volume de contratações na área. Sergipe Admissões nas Atividades de Contabilidade, Consultoria e Auditoria Contábil e Tributária jan. 2009 a out. 2014 80 70 60 50 40 30 20 10 0 39814 39904 39995 40087 40179 40269 40360 40452 40544 40634 40725 40817 Primeiro emprego 40909 41000 Reemprego 41091 41183 41275 41365 41456 41548 41640 41730 41821 Nota 1: Em 2014 o período observado foi de janeiro a outubro, conforme disponibilidade do Caged durante a pesquisa. Fonte: Caged Estabelecimentos (2014) Destaca-se também o desempenho mais forte das admissões referentes ao primeiro emprego, em especial nos anos 2012 e 2013. Porém, apesar do desempenho relativamente menos positivo no final de 2013 e início de 2014, espera-se uma trajetória crescente no final de 2014 em diante, conforme tendência percebida no gráfico acima. Dessa maneira, o curso de Ciência Contábeis da FANESE não somente se destaca como um curso de fundamental importância, por garantir a formação de contabilistas qualificados e comprometidos com o desempenho profissional, mas destaca-se, sobretudo, dada a necessidade evidente de que o crescimento do estado demanda profissionais da área, para serem absorvidos pelas empresas que crescem e pelas novas empresas se inserem neste contexto evolutivo. Observando atentamente os inúmeros desafios, o curso de Ciências Contábeis da FANESE, procura formar profissionais com capacidade de mensurar toda a gama de informações obtidas por meio das análises contábeis, colocando em prática um sistema capaz de auxiliá-los a tomar decisões, na promoção de um gerenciamento eficaz. Sendo necessário, possuir uma visão global do meio social, político, econômico e cultural, com domínio total das habilidades técnicas da ciência da contabilidade, e sendo, além de tudo, um profissional ético, pronto a vencer desafios impostos pelo mercado e ciente da responsabilidade que detém.

Página 14 de 48 Diante desta realidade, ao Curso de Ciências Contábeis cabe cumprir o desígnio pelo qual foi criado: a construção da cidadania através da produção do conhecimento, do fomento de idéias, da inovação do conhecimento existente, de soluções sociais inovadoras e de formação de quadros profissionais de qualidade colocados a serviço da empresa e da sociedade. Portanto, a trajetória de participação do Curso de Ciências Contábeis no contexto regional é marcada por duas características básicas: o compromisso com a formação de um profissional que esteja apto para contribuir com o crescimento da região e o compromisso com a formação de um profissional voltado para o futuro e para o trabalho com competência e seriedade, baseado na interdisciplinaridade dos métodos, e na transdisciplinaridade da compreensão dos profissionais, conscientes da expectativa de atuarem dotados de senso crítico, criatividade, competência e responsabilidade no atendimento da comunidade local e regional. Nestes termos, torna-se importante a formatação do curso de acordo com os aspectos da cidade onde está localizado. Afinal, o município é o local mais próximo de identificação contextual passível de ser verificado, pelo que, pode trazer implicações de extrema relevância na realização de uma proposta de cunho pedagógico. 7 CONCEPÇÃO DO CURSO O Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em Ciências Contábeis foi construído a partir de trabalhos conjuntos com o Núcleo Docente Estruturante NDE, buscando a elaboração de uma matriz curricular em conformidade com a Resolução CNE/CES 10, de 16/12/2004, que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Ciências Contábeis, Bacharelado; Resolução CNE/CES Nº 2, de 18/06/2007, que dispõe sobre carga horária mínima e procedimentos relativos à integralização e duração dos cursos de graduação, bacharelado, na modalidade presencial; Lei nº 9.394 de 20/12/1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira LDB; e as demais legislações vigentes. Tendo como fundamento as diretrizes curriculares nacionais, sob a ótica interdisciplinar, levando em consideração os desafios dos novos paradigmas dos processos de ensino e aprendizagem, este projeto pedagógico foi concebido visando a proporcionar ao egresso a capacidade para além do positivismo, ou seja, possibilidade de consubstanciar uma postura crítico-reflexiva a fim de tornar efetivos os valores substanciais da Ciência Contábil, em uma interpretação interdisciplinar. Neste sentido, o projeto contempla aspectos fundamentais, como por exemplo, a busca constante da qualidade nas atividades acadêmicas, baseadas nas diretrizes curriculares, e em consonância com os objetivos do Plano de Desenvolvimento Institucional - PDI, buscando proporcionar as respostas necessárias à complexidade da sociedade contemporânea, e a permanente relação comunicativa com a comunidade na qual o curso está inserido. O presente projeto integra-se na totalidade de uma proposta de Desenvolvimento Institucional da FANESE, como agente capaz de implementar um processo de transformação social, a partir de critérios científicos, tecnológicos e humanistas (o que insere o Curso em uma concepção cooperativa e comprometida em sua função social), com intuito de atender às demandas da sociedade local, regional e global. Em sintonia com a globalização e a evolução tecnológica e aliado ao crescimento do estado de Sergipe e do país, está ocorrendo nas empresas uma procura por profissionais mais qualificados, capazes de realizar o seu trabalho com competência, de estabelecer conexões, de aprender e de dominar as técnicas da profissão.

Página 15 de 48 Dentro deste contexto e ciente de sua função na comunidade o curso superior de Ciências Contábeis da FANESE busca aliar as necessidades e anseios da comunidade empresarial com o desenvolvimento da região e do país, proporcionando ao acadêmico uma formação ética, técnica, criativa e humanística, que possibilite ao futuro profissional, ser um cidadão responsável, empreendedor e investigador, apto a desempenhar sua profissão interagindo em uma sociedade plena de transformações, em especial no que se refere aos procedimentos contábeis e às novas tecnologias associadas a estes processos. O atual processo de evolução da humanidade como um todo tem modificado sobremaneira a vida das empresas, independentemente de seu tamanho ou do seu nível de organização administrativa gerencial, trazendo com isto substancial preocupação aos profissionais da área contábil. Cada vez mais as informações devem chegar às mãos do tomador de decisões com rapidez e precisão, impondo uma agilidade à atividade gerencial imprescindível para as empresas competirem e crescerem no atual cenário sócio-econômico, afetado pela velocidade das mudanças do mundo moderno. Para apoiar o processo decisório a empresa precisa cercar-se de informações das mais diferentes ordens e fazer o melhor uso das mesmas, reduzindo assim as incertezas do futuro e otimizando o uso dos recursos. Diante deste cenário a Contabilidade configura-se como uma das mais importantes fontes de informações que a empresa dispõe, sendo capaz de influenciar o seu comportamento em aspectos operacionais e estratégicos da maior relevância, como o planejamento e controle das operações, gerenciamento de custos e o próprio planejamento estratégico. As informações de ordem econômica e financeira, originárias do sistema da contabilidade gerencial devem estar disponíveis com qualidade e em tempo hábil para apoio à tomada de decisões em qualquer nível da atividade administrativa. Considerando as circunstâncias que envolvem as atividades dos Contadores no País atualmente, cita-se como aspecto relevante neste contexto, a exigência da sociedade que passará cada vez mais a exigir destes profissionais suas responsabilidades sociais e com o mercado, bem como a constante busca da eficiência, da redução de custos e maior atuação junto às empresas, assim, a ampliação e diversificação das atividades do Contador serão uma decorrência natural deste processo. Estes profissionais, por conseqüência, deverão constantemente atentar para sua atualização técnica profissional e intelectual a fim de ocupar espaços próprios da sua atividade. Em virtude de tais dados, a FANESE elaborou o projeto pedagógico do curso superior de Bacharelo em Ciências Contábeis, como tentativa de suprir a necessidade mercadológica acima expressa, apresentando os dados necessários para que o curso possa ser compreendido em sua totalidade. Assim, o curso proposto foi concebido dentro dos preceitos determinados pelo MEC, com o compromisso de oferecer formação técnica ao lado de uma formação ética e humanística, levando em consideração a conjuntura social e econômica do Estado, a qual chegou à IES por meio de uma clara demanda. Para tanto, é de suma importância que as disciplinas estejam organizadas em seus ciclos, de acordo com os conteúdos requeridos pelas diretrizes curriculares, privilegiando uma nova estrutura epistemológica que produz entendimento e, de sobremaneira, uma estrutura de atividades complementares, além das práticas formativas e das já tradicionais atividades pedagógicas desenvolvidas em sala de aula. 8 OBJETIVOS DO CURSO

Página 16 de 48 8.1 Objetivo Geral Formar profissionais cujo desempenho na profissão seja voltado para o desenvolvimento social como um todo, baseado na ética e competência técnica, necessários ao entendimento, interpretação na realidade econômica nacional e internacional, instrumentalizando-os com métodos, técnicas e recursos que possibilitem uma atuação competente nas suas funções contábeis. Incentivar o estudo e a pesquisa em Ciências Contábeis, com objetividade, eficiência e utilidade. 8.2 Objetivos Específicos: Nesse sentido, em consonância com as finalidades e metas estabelecidas pela FANESE, buscou-se uma proposta curricular que apresentasse como objetivos: Adequar, sistematicamente, a matriz curricular do Curso seguindo as exigências das Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Bacharelado em Ciências Contábeis e as novas tendências do mercado; Buscar sempre a estruturação de um corpo docente sintonizado com as diretrizes da instituição e, naturalmente, comprometido tanto com um sistema de ensino de excelência em qualidade, quanto com o crescimento do seu capital intelectual, através do desenvolvimento de atividades de pesquisa e da publicação de trabalhos científicos; Disponibilizar, bem como modernizar, os recursos tecnológicos e de infra-estrutura física, como biblioteca, laboratórios e instrumentos didático-pedagógicos objetivando proporcionar um ambiente universitário propício ao desenvolvimento das atividades acadêmicas; Promover eventos sobre temas livres, transversais à programação curricular, que estimulem o aluno a desenvolver ações empreendedoras, mantendo-o atualizado de acordo com as novas correntes de pensamento e tendências do mercado; Estimular os egressos, formados pela FANESE, a participarem de associações representativas da categoria de Contadores, bem como a incorporação de valores como a educação continuada; Atender às demandas sociais e às necessidades de desenvolvimento da região, com o compromisso de oferecer formação técnica e humanística, através de uma estrutura curricular que contempla conteúdos de formação geral, conteúdos profissionalizantes e conteúdos específicos à dimensão da Ciência Contábil, além de atividades complementares as quais objetivarão desenvolver posturas de cooperação, comunicação e liderança; Formar profissionais em Ciências Contábeis que exerçam com ética e proficiência as atribuições que lhes são prescritas através de legislação específica, uma vez que a formação do contador pressupõe o oferecimento de capacitação científica e instrumental e, ao mesmo tempo, o desenvolvimento de uma percepção crítica da realidade, que lhes permitam auxiliar no processo de tomada de decisão, com vistas ao desenvolvimento e continuidade das entidades.

Página 17 de 48 Atuar com foco na sustentabilidade regional e global; Conscientizar o estudante da necessidade da atualização constante. 9 FORMAÇÃO DO PERFIL E DAS HABILIDADES DO PROFISSIONAL 9.1 Perfil do Egresso O bacharel em Ciências Contábeis tem formação profissional voltada para uma área específica, desenvolvendo determinadas habilidades e competências, em sua área de interesse profissional, para se inserir rapidamente no mercado de trabalho. Ele também tem uma formação voltada para a gestão, o desenvolvimento, planejamento de toda a área financeira da empresa. Essa graduação tem duração média de quatro a quatro anos e meio, e dá direito a um diploma de graduação, o que permite a continuidade dos estudos em nível de pós-graduação, mestrado e/ou doutorado. Os avanços tecnológicos em várias áreas do conhecimento têm introduzido mudanças radicais em todo o mundo, em um ritmo cada vez mais acelerado. No que diz respeito à área de contabilidade, o mercado de trabalho tem exigido a formação de profissionais capacitados em dirigir processos de gestão com análise crítica, tendo por base os conhecimentos de tecnologia, bem como de seus instrumentos, auxiliando suas ações consignadas pela dialogia, sua relação com a comunicação e com a ética. A grande procura por profissionais de contabilidade vem sofrendo mudanças estruturais muito acentuadas, em relação à criação e dependência de novas necessidades de informação e mudanças no paradigma de atuação profissional. Esta situação implica em uma maior demanda por profissionais, com formações muito diferenciadas daquelas tradicionalmente oferecidas. Esse contexto tem propiciado o surgimento de novas oportunidades profissionais e exigido um nível de qualificação e capacitação de excelência por parte daquelas pessoas que resolveram se dedicar às atividades da área. O Curso Superior de Bacharelado em Ciências Contábeis da FANESE busca formar profissionais com capacidade de mensurar toda a gama de informações obtidas por meio das análises contábeis, colocando em prática um sistema capaz de auxiliá-los a tomar decisões, na promoção de um gerenciamento eficaz. Sendo necessário, possuir uma visão global do meio social, político, econômico e cultural, com domínio total das habilidades técnicas da ciência da contabilidade, e sendo, além de tudo, um profissional ético, pronto a vencer desafios impostos pelo mercado e ciente da responsabilidade que detém. O profissional da contabilidade deve ser capaz de empreender nas empresas locais, sugerindo alternativas de solução embasada no conhecimento adquirido, diagnosticar os ambientes atuais como também os cenários futuros, de modo integrado, sistêmico e estratégico. Para tal, o profissional será preparado para entender a tecnologia aplicada à Ciência Contábil, aplicando as melhores soluções dentro das organizações e do ambiente onde está inserido. A partir do desenvolvimento de competências e habilidades estará garantida ao cidadão a formação e informação - métodos e meios, para que o aluno possa compreender e aperfeiçoar a capacidade de "aprender a aprender" o que estimulará sua autoconfiança, sua sensibilidade, determinação, nível de organização pessoal e no trabalho, o que alicerçará sua habilidade de trabalho em equipe e facilidade de adaptação a contextos novos, sua

Página 18 de 48 criatividade, espírito inovador, poder de liderança e decisão, confiabilidade e habilidade comunicativa, capacidade de síntese, de crítica e de inovação; além de sua atualização tecnológica. Nesse sentido, o curso de Bacharelado em Ciências Contábeis, dada a demanda de atendimento às necessidades de mercado, particularmente, no estado de Sergipe, cria uma nova sistemática de ação, fundamentada nas necessidades da comunidade, de mão-de-obra especializada, formação de profissionais capacitados para suprir a necessidade desse mercado. Tal perfil vai ao encontro de um mercado de trabalho em franca expansão e carente de profissionais com sólida formação, com habilidades e competências na área de Ciência Contábil, em empresa, tanto na iniciativa privada nos setores industriais, comerciais e de prestação de serviços, quanto nos órgãos públicos. O profissional bacharelado em Ciências Contábeis formado pela FANESE será capaz de atuar no mercado competitivo privado e público, em âmbito nacional e internacional, adotando uma postura ética, consciente de sua função social e de sua responsabilidade civil e penal, aplicando os embasamentos teóricos e práticos consoantes os Princípios Fundamentais da Ciência Contábil. Ele deverá atuar com eficiência e eficácia nas atividades de análise e interpretação dos fatos que afetam o patrimônio das entidades, e também nas seguintes atividades: gerenciais, auditoria, perícia contábil, arbitragens, atuariais, nas instituições nacionais e internacionais. Tudo em harmonia com as normas e padrões nacionais e internacionais aplicados à contabilidade e áreas afins, e pelas peculiaridades das organizações governamentais e não governamentais, utilizando-se da tecnologia da informação, com uma visão crítico-analítica para solucionar as questões organizacionais. Ao Bacharel em Ciências Contábeis cabe exercer: planejamento, controle, tomada de decisão e mensuração patrimonial das entidades jurídica, com ou sem finalidade lucrativa, governamental, como também de pessoas físicas. Uma vez dotado destas competências e habilidades o egresso de Ciências Contábeis estará habilitado para atuar nos seguintes campos ou funções: contador de entidades privadas ou públicas, controller, auditoria, perícia, arbitragem, gerente financeiro, gerente fiscal, gerente de carteira de investimento, analista econômico-financeiro, atuária, empreendedor contábil, analista de custos, personal finance, analista contábil, analista fiscal, analista de tributos. O profissional egresso do curso de Ciências Contábeis estará apto para a sua inserção no campo do desenvolvimento social, consoante as peculiaridades curriculares do curso, resultando em um profissional apto às mudanças. Almeja-se que tais habilitações tenham em seu bojo e como objetivo final as características de ética, levando à maior transparência da informação, atendendo à função social e o respeito à cidadania com o fito de se contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária. 9.1.1 Quadro Demonstrativo: Perfil do Egresso x Disciplinas Perfil do Egresso Disciplinas

Página 19 de 48 Compreender as etapas do processo contábil e como o patrimônio é estruturalmente formado e apresentado na demonstração patrimonial contábil; Aplicar os princípios fundamentais da contabilidade no cotidiano da estruturação patrimonial das entidades empresariais; Utilizar a prática do balancete de verificação, tudo com base em lançamentos contábeis; Utilizar vivências e experiências pessoais em relação aos resultados patrimoniais, financeiros e econômicos, buscando relacionar, de modo coerente, a relação teoria e prática; Controlar exatidão e pertinência dos tributos lançados e pagos; Manter livros fiscais e sua exata e tempestiva escrituração; Preparar mapas, resumos e demais informações para o sistema contábil sobre tributos recolhidos ou devolvidos; Elaborar calendário de pagamentos individuais; Organizar controles internos sobre o ciclo de pagamento de imposto. Identificar as oportunidades e os possíveis problemas jurídicos envolvidos na gestão de negócios, qualquer que seja o tipo de empreendimento; Identificar a interação entre o ordenamento jurídico e a vida social; e, Cumprir e saber como defender os direitos jurídicos dos empreendimentos. Avaliar e aplicar as Funções Administrativas: Planejamento, Organização, Direção e Controle, através das técnicas e ferramentas de Gestão. Utilizar os conceitos, habilidades, metodologias e técnicas para: realizar cálculos com expressões algébricas, funções lineares, quadráticas, exponenciais e logarítmicas, realizar cálculos com limites e derivadas. Compreender, de modo dialético, as relações entre os problemas individuais fundamentais e as principais questões sociais da contemporaneidade. Verificar a imbricação entre estas duas dimensões da realidade social e desenvolver uma postura crítica diante desta relação. Possibilitar uma formação teórica diferenciando e caracterizando os institutos de Direito Tributário; Desenvolver uma visão interdisciplinar do Direito Tributário com os outros ramos do Direito; Preparar o aluno para captar e compreender os princípios do Direito Tributário; Demonstrar para o aluno as principais características do Sistema Constitucional Tributário; Conhecer os institutos da Obrigação e Créditos Tributários; Aprofundar o conhecimento na área do Direito Tributário possibilitando ao aluno uma aprendizagem satisfatória. Identificar sistemas contábeis quando ao banco de dados, parâmetros, segurança dos dados, rotinas e procedimentos e Identificar falhas e limitações nos sistemas demonstrados. Elaborar demonstrativos contábeis gerenciais, identificando o impacto de cada objeto de custo no resultado da empresa. Avaliar se o método de custeio adotado pela empresa proporciona informações confiáveis para orientar o processo decisório da empresa. Antecipar as conseqüências de variações ocorridas no volume, nos custos fixos e variáveis e no preço. Orientar o processo racional de redução de custos, através da análise da cadeia de valor. Desenvolver processos de apuração de custos para empresas industriais. Implementar processo orçamentário em empresas industriais. Desenvolver e implementar um modelo de gestão adequado ao perfil da empresa. Implementar o controle interno. Organizar serviços específicos a serem executados para elaboração do planejamento Orçamentário. Elaborar rotinas e métodos particulares de Planejamento Orçamentário e avaliar as informações necessárias. Montar, com base na legislação, cronogramas de apuração e pagamentos, recolhimentos e retenções de tributos, inseridos no Planejamento Tributário. Possibilitar uma formação teórica diferenciando e caracterizando os institutos de Direito do Trabalho. Desenvolver uma visão interdisciplinar do Direito do Trabalho com os outros ramos do Direito. Compreender os princípios do Direito do Trabalho. Conhecer os principais aspectos constitucionais trabalhistas. Conhecer as características do Contrato de Trabalho. Interpretar as exigências legais. Conhecer os benefícios previdenciários decorrentes do trabalho. Contabilidade Geral I Contabilidade Geral II Estrutura das Demonstrações Contábeis Contabilidade Comercial Contabilidade Tributária Planejamento Gerencial, Financeiro e Tributário Introdução ao Estudo do Direito Direito Empresarial I Introdução à Administração Matemática Básica Sociologia das Organizações Direito Tributário I Análise dos Sistemas Contábeis Contabilidade de Custos Contabilidade Industrial Contabilidade Gerencial Controladoria Planejamento Ger. Financeiro e Tributário Direito do Trabalho I