PLANO DE CARREIRA PARA FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS EFETIVOS DO PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL. Elaine Aparecida Dias; Yeda Cícera Oswaldo.



Documentos relacionados
Processo de Construção de um Plano de Cargos e Carreira. nas Organizações Públicas Brasileiras

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso de atribuição que lhe confere o inciso VII do art. 90, da Constituição do Estado, DECRETA:

PROPOSTA DA ASTHEMG PARA O PLANO DE CARGOS E CARREIRAS

As entidades da Bancada Sindical da Saúde do Município de São Paulo vêm propor aos representantes da Secretaria Municipal de Saúde e Secretaria

PLANO DE CARGOS, CARREIRA E REMUNERAÇÕES PCCR. Carreira Técnica Previdenciária. - Síntese -

LEI Nº 3.848, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1960

b) supervisionar o cumprimento desta política pelas entidades integrantes do Sistema Sicoob;

POLÍTICA CARGOS E SALÁRIOS

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

PROPOSTA DE ESTRUTURA DO NOVO PLANO DE CARREIRA, SALÁRIOS E EMPREGOS PÚBLICOS DO CENTRO PAULA SOUZA

Art. 3º Os detentores de cargo de Educador Infantil atuarão exclusivamente na educação infantil.

ESTADO DE SANTA CATARINA PREFEITURA MUNICIPAL BOMBINHAS-SC

PLANOS DE CARGOS E SALÁRIOS DOS SERVIDORES MUNICIPAIS

A INFLUÊNCIA DO PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DA EGDS EM RELAÇÃO À QUALIDADE E À DEMANDA

Ministério da Ciência e Tecnologia

AFASTAMENTO PARA PARTICIPAÇÃO EM

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT

Programa de Capacitação

20 Diretrizes Priorizadas pela Etapa Estadual

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE

Resumo Minuta do Plano de Cargos, Salários e Carreiras

DECRETO N , DE 20 DE SETEMBRO DE ( DOE N de 20 DE SETEMBRO DE 2011)

PROCESSO N. 515/08 PROTOCOLO N.º PARECER N.º 883/08 APROVADO EM 05/12/08 INTERESSADA: SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTES

LEI Nº , DE 12 DE MAIO DE (Projeto de Lei nº 611/02, da Vereadora Claudete Alves - PT)

PROJETO DE LEI Nº DE 2007 ( Do Sr. Alexandre Silveira)

REQUISITOS PARA A CRIAÇÃO DE CURSOS NOVOS MESTRADO PROFISSIONAL

AFASTAMENTO PARA ESTUDO OU MISSÃO NO EXTERIOR

CARREIRA DOS SERVIDORES DO QUADRO DO MAGISTÉRIO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA RESOLUÇÃO Nº 5, DE 3 DE AGOSTO DE 2010 (*)

CME BOA VISTA ESTADO DE RORAIMA PREFEITURA MUNIPAL DE BOA VISTA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Ministério da Educação UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ Criada pela Lei No de 24 de abril de 2002 Pró-Reitoria de Administração

PROGRESSÃO POR CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS

11 de maio de Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Gabinete de Consultoria Legislativa

SALÁRIOS DE SERVIDORES. Prefeito envia Anteprojetode Lei para aumentar salários de servidores

NORMA DE INSTRUTORIA INTERNA NOR 351

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 391-A, DE 2014

POLÍTICA INSTITUCIONAL DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DA UNIVERSIDADE SEVERINO SOMBRA

LEI Nº DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003

Regulamento dos Cursos da Diretoria de Educação Continuada

ATO NORMATIVO Nº 021/2014

Governança Corporativa

NOTA TÉCNICA, nº 04/CGGP/SAA/MEC

05 - Como faço para acessar um curso no Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle/UFGD.

DECRETO Nº 1.745, DE 12 DE AGOSTO DE 2009.

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades;

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL MUNICÍPIO DE CANOAS

REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO ESU DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Elaborado por RHUMO CONSULTORIA EMPRESARIAL

2 - APLICAÇÃO DO MMD-TC QATC

O NOVO MODELO DE AVALIAÇÃO

LEI N 1.892/2008 Dá nova redação a Lei nº 1.580/2004

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Política de Exercício de Direito de Voto

UNCME RS FALANDO DE PME 2015

TÍTULO V DA SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE DE TRABALHO DOS SERVIDORES DA SES/MT CAPITULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão

GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA GOVERNADORIA LEI COMPLEMENTAR N DE 19 DE ABRIL DE 2014.

CAMPANHA SALARIAL 2015 CARREIRA DE REFORMA E DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO LEI /2005

PLANO DE VALORIZAÇÃO DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO REESTRUTURAÇÃO DAS CARREIRAS E MUDANÇA DO PADRÃO REMUNERATÓRIO DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO

EDITAL SENAI SESI DE INOVAÇÃO. Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui. Complexidade das tecnologias critério de avaliação que

Para fins de seleção, serão priorizadas as solicitações de bolsa nas modalidades propostas nas áreas de atuação da Administração Pública Municipal.

LEI N.º 2.816, DE 08 DE JULHO DE 2011.

PPA PLANO DE DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO PROGRAMA ESCOLA DO LEGISLATIVO

MANUAL DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DOS SERVIDORES TÉCNICO- ADMINISTRATIVOS EM EDUCAÇÃO UFES 2015 SUMÁRIO

O Ensino a Distância nas diferentes Modalidades da Educação Básica

REGULAMENTO DO PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

ESTÁGIO PROBATÓRIO. Universidade Federal Fluminense

******************************************************************************** LEI Nº 7508/2007, de 31 de dezembro de 2007

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM POLÍTICAS PÚBLICAS, ESTRATÉGIAS E DESENVOLVIMENTO

DECISÃO Nº 193/2011 D E C I D E

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SANTA CATARINA

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL GABINETE DO GOVERNADOR PARECER Nº

Ednei Nunes de Oliveira - Candidato a Diretor. Por uma EaD focada no aluno e na qualidade com inovação: crescer com justiça e humanização.

Regulamento de Recursos Humanos

REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA

Por despacho do Presidente da Assembleia da República de 26 de Julho de 2004, foi aprovado

MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL TERMO DE REFERÊNCIA CAPACITAÇÃO INTERNA FACILITADOR PEDAGÓGICO

Projeto Cidadania. Saiba o que ele pode acrescentar à sua empresa

Faço saber, que a Câmara Municipal de Mangueirinha, Estado do Paraná aprovou e eu, ALBARI GUIMORVAM FONSECA DOS SANTOS, sanciono a seguinte lei:

POLÍTICA DE TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS BB SEGURIDADE PARTICIPAÇÕES S.A.

Ficha Técnica. Apresentação

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO DIRETORIA DE GESTÃO, ARTICULAÇAO E PROJETOS EDUCACIONAIS

RESOLUÇÃO N 002, DE 11 DE OUTUBRO DE 1991, DA CONGREGAÇÃO.

COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO DA FACULDADE ARAGUAIA

PREFEITURA DE PALMAS SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSUNTOS JURÍDICOS

AULA 02 ROTEIRO CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART. 5º; 37-41; ; LEI DE 13/07/1990 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E C A PARTE 02

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº, DE 2014 (Do Sr. Moreira Mendes e outros)

DIRETRIZES E PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO DE PROPOSTAS DE CURSOS NOVOS DE MESTRADO PROFISSIONAL

PLANO ANUAL DE CAPACITAÇÃO 2012

O Dever de Consulta Prévia do Estado Brasileiro aos Povos Indígenas.

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE CACHOEIRINHA SECRETARIA MUNICIPAL DE GOVERNO LEI Nº 2264, DE 29 DE ABRIL DE 2004.


REGIMENTO INTERNO CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE. CAPÍTULO I DA CARREIRA DOS PROFISSIONAIS DA SEFAZ Seção I Dos Princípios Básicos

no item 1.6.TRADIÇÕES E HÁBITOS CULTIVADOS PELA

PLANO DE CARREIRA, CARGOS E SALÁRIO DO PESSOAL TÉCNICO-ADMINISTRATIVO DA FUNDESTE

Regulamento da CPA Comissão Própria de Avaliação DA FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE VISCONDE DO RIO BRANCO CAPÍTULO I

SECRETARIA DE ESTADO DE ESPORTES E DA JUVENTUDE SUBSECRETARIA DA JUVENTUDE

Transcrição:

PLANO DE CARREIRA PARA FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS EFETIVOS DO PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL Elaine Aparecida Dias; Yeda Cícera Oswaldo.

PLANO DE CARREIRA PARA FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS EFETIVOS DO PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL Elaine Aparecida Dias(FIEL Faculdades Integradas Einstein de Limeira) Yeda Cícera Oswaldo(UNIMEP Universidade Metodista de Piracicaba) A natureza da prática consistiu em elaborar um Plano de Carreira e Remuneração (PCR), sendo este o instrumento norteador do sistema de Administração de Carreiras do Poder Legislativo Municipal e parte integrante de gestão de pessoas da instituição. Na administração pública não há liberdade nem vontade pessoal, devendo todos os atos do administrador público ser pautados legítima e exclusivamente em leis, portanto o PCR somente pode ser implantado mediante disposição de lei complementar. O Poder Legislativo Municipal não possui um plano de carreira organizacional oferecido a seus servidores, sendo necessário elaborar um anteprojeto de lei complementar que dispõe sobre o Plano de Carreira e Remuneração dos Servidores Públicos Municipais da Câmara Municipal que ao mesmo tempo conciliasse os objetivos e benefícios organizacionais, com os dos profissionais, aliando-se então os interesses do órgão público com o os de seus servidores. Nesse sentido, são consideradas diretrizes do PCR que foram incorporadas ao anteprojeto de lei complementar: I. Adoção de carreira, possibilitando o crescimento profissional fundamentado nas competências do profissional; II. Desenvolvimento e reconhecimento das competências individuais por critérios que proporcionem igualdade de oportunidades aos servidores; III. Adoção de sistema de remuneração adequado visando a valorização do servidor público e sua permanência na instituição; IV. Transparência das práticas de remuneração, com valoração do vencimento das diversas carreiras; V. Valorização dos servidores que buscam contínuo aprimoramento profissional com aplicabilidade nas áreas em que atuam; VI. Adoção de ferramentas aplicadas à gestão de pessoas que permitam aprimorar, qualificar e tornar mais eficiente a prestação de serviços à comunidade. Na condição de consultores contratados para desenvolver o anteprojeto de lei, o trabalho ocorreu no âmbito interno do Poder Legislativo Municipal, com a participação dos gestores, servidores, vereadores e demais envolvidos direta ou indiretamente na área de gestão de pessoas. O serviço fora contratado pela Presidência do Poder Legislativo local em que os beneficiários seriam os servidores públicos municipais integrantes do Quadro Permanente de Provimento Efetivo da Câmara Municipal, ocupantes dos respectivos cargos. Para consecução do PCR foi utilizada a seguinte metodologia: a) Reunião com os gestores para definição dos objetivos do PCR; b) Estudo de toda legislação e normas administrativas aplicadas à gestão de pessoas (Estrutura Administrativa, incluindo o Plano de Cargos e Salários, Estatuto dos Funcionários Públicos Municipais, dentre outros); a) Sensibilização mediante palestra inicial dos objetivos do plano de carreira proferida aos interessados (servidores, gestores, vereadores e sindicato);

b) Estudo e pesquisa de leis análogas, normas, regulamentos e documentos relacionados à gestão de pessoas da Câmara Municipal (Estrutura Administrativa, Plano de Cargos e Salários, Estatuto, dentre outros); c) Pesquisa de leis equivalentes na Prefeitura Municipal; d) Pesquisa de leis equivalentes outros órgãos públicos; e) Pesquisa bibliográfica em literatura nacional; f) Reunião com os servidores para ouvir seus objetivos e expectativas sobre o PCR; g) Pesquisa qualitativa e quantitativa com servidores a serem beneficiados com o PCR; h) Recebimento de sugestões dos servidores; i) Desenvolvimento e aprimoramento da matriz de Plano de Pagamentos; j) Redação do anteprojeto de lei complementar; k) Apresentação para os dirigentes e vereadores. As principais competências demandadas para realização do trabalho foram o conhecimento da legislação, das normas e demais regulamentos aplicáveis à gestão de pessoas no setor público, em especial à Câmara Municipal, de forma que os maiores recursos utilizados foram os humanos e os intelectuais da equipe consultora. A administração pública inserida em um regime democrático engloba um longo processo de análise, elaboração e posterior discussão pelos pares, não estando o PCR excluído desse sistema. O plano de carreira em si já é um grande desafio em qualquer organização uma vez trata da projeção e perspectivas da vida profissional do indivíduo durante um longo período. Em se tratando de administração pública, existem diversos interesses envolvidos, que muitas vezes podem ser conflitantes, levando a discussões e considerações relevantes, mas que podem dificultar o consenso e a finalização do processo. Sobretudo, quando se trata de plano de carreira as pessoas tendem a associá-lo com aumento salarial imediato. Convencê-las de que a carreira se relaciona não somente com a experiência e atividades de trabalho, como também com o seu período de vida (longo prazo) é um grande desafio. Outra questão é que, diferente da administração particular, o profissional só pode desenvolver a carreira dentro do mesmo cargo o que limita significativamente a progressão individual. Nesse sentido é interessante que a estrutura de carreira contenha em seu segmento variabilidade significativa de níveis (steps) para permitir o desenvolvimento profissional. (Ex: Analista Nível I, II, III, IV, V...). Considera-se que o processo de discussão e socialização do anteprojeto com os vereadores antes de ir à pauta para votação, bem como a investigação da opinião dos servidores acerca de suas expectativas é significativo para a transformação do PCR em lei complementar. Os principais resultados podem ser evidenciados na redação do próprio anteprojeto de lei complementar considerando como suas principais características: a) Instituição do Sistema de Administração de Carreiras por meio do PCR; b) Organização das carreiras em classes: Base (Ensino fundamental completo); Intermediário (Ensino médio) e Especializado (Ensino superior); c) Regulamentação da evolução funcional: ocorrência após cumprimento do Estágio Probatório e pré--requisitos para concessão como: licenças (doença, interesses particulares, mandato classista, atividade política, entre outros); d) Evolução funcional: Por conhecimento e Por Merecimento e) Instituição de Escala de Plano de Pagamento; f) Instituição a Avaliação Periódica de Desempenho (AD); g) Formalização dos programas de Treinamento & Desenvolvimento.

O ponto fundamental do PCR se concentra na Evolução Funcional que permite a valorização do servidor tanto pelo conhecimento adquirido quanto pelo desempenho demonstrado (mérito) no período. Na propositura, a modalidade de Conhecimento a progressão se dá por meio de Níveis ascendentes, em decorrência de Formação Escolar nos Níveis de ensino da Educação Básica e Superior, além dos cursos de Treinamento e Desenvolvimento, enquanto que na modalidade de Merecimento a progressão é realizada por meio de Graus sucessivos, em decorrência satisfatória do desempenho do servidor no exercício de seu cargo enquanto integrante de uma determinada classe. As modalidades têm como características principais aquelas elencadas no Quadro1. Progressão por Conhecimento Sete níveis (I a VII); Interstício de cinco anos; Acréscimo de 5% no vencimento; Valorização de cursos de longa e curta duração e com correlação direta com o exercício do cargo (aproveitamento de 100% dos pontos) e indireta como exercício do cargo ou atividade legislativa (70% dos pontos); Pontuação excedente de Formação Escolar poderá ser utilizada para progressões posteriores. Quadro 1. Modalidades e características de progressão funcional Progressão por Merecimento Dezessete graus (A a P); Interstício de dois anos; Acréscimo de 2,5% no vencimento; Necessidade de resultados satisfatórios nas AD em dois períodos (consecutivos ou intercalados). A progressão Funcional por duas vias permite maior mobilidade ao servidor, que pode ascender na carreira por razões diferentes, sentindo-se motivado em ambas as formas. Destaque-se que ainda que se tenha um resultado insatisfatório em alguma das AD, é possível o servidor se recuperar e conseguir a progressão funcional no ano posterior. A matriz/escala de Plano de Pagamento demonstrada na Tabela 1 permite ao servidor visualizar o estágio em que se encontra sua carreira, ao mesmo tempo em que torna possível planejá-la ao longo do tempo. A proposta desse método é que quando da progressão por nível o servidor público conserve o seu grau. A Tabela 1 demonstra que, ao final da carreira, o servidor poderá terá um acréscimo de 98,89% nos seus vencimentos, em relação à carreira inicial, sem prejuízo os benefícios trazidos pelo Estatuto dos Funcionários Públicos Municipais, tais como Adicional por Tempo de Serviço, Sexta Parte, Licença Prêmio, dentre outros. Outrossim, o anteprojeto de lei complementar prevê o caso de o servidor que já tiver sua situação funcional enquadrada no último grau ou último nível, e fizer jus a outra Progressão, terá um acréscimo de 5% em seu vencimento a título de Adicional de Progressão. Nesse sentido, o PCR quando aprovado pelo Poder Legislativo Municipal poderá motivar os servidores para o trabalho face à ascensão que lhes é oferecida, assegurar que a política de formação e desenvolvimento da carreira seja transparente e dinâmica e oferecer condições para que os gestores utilizem o desenvolvimento da carreira como instrumento efetivo de gestão integrada de pessoas.

Grau (Progressão por Merecimento) Tabela 1. Escala de plano de pagamento Nível (Progressão por Conhecimento) I II III IV V VI VII A 1,00000 1,05000 1,10250 1,15763 1,21551 1,27628 1,34010 B 1,02500 1,07625 1,13006 1,18657 1,24589 1,30819 1,37360 C 1,05063 1,10316 1,15831 1,21623 1,27704 1,34089 1,40794 D 1,07689 1,13074 1,18727 1,24664 1,30897 1,37442 1,44314 E 1,10381 1,15900 1,21695 1,27780 1,34169 1,40878 1,47921 F 1,13141 1,18798 1,24738 1,30975 1,37523 1,44400 1,51620 G 1,15969 1,21768 1,27856 1,34249 1,40961 1,48010 1,55410 H 1,18869 1,24812 1,31053 1,37605 1,44485 1,51710 1,59295 I 1,21840 1,27932 1,34329 1,41045 1,48098 1,55503 1,63278 J 1,24886 1,31131 1,37687 1,44571 1,51800 1,59390 1,67360 K 1,28008 1,34409 1,41129 1,48186 1,55595 1,63375 1,71544 L 1,31209 1,37769 1,44658 1,51890 1,59485 1,67459 1,75832 M 1,34489 1,41213 1,48274 1,55688 1,63472 1,71646 1,80228 N 1,37851 1,44744 1,51981 1,59580 1,67559 1,75937 1,84734 O 1,41297 1,48362 1,55780 1,63569 1,71748 1,80335 1,89352 Q 1,44830 1,52071 1,59675 1,67659 1,76042 1,84844 1,94086 P 1,48451 1,55873 1,63667 1,71850 1,80443 1,89465 1,98938 Atualmente o anteprojeto do PCR encontra-se em fase de análise jurídica para inclusão na pauta de reunião para votação. Após sua aprovação, a lei complementar estará disponível a todos os interessados.