PLANO DE ACTIVIDADES 2010



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Transcrição:

PLANO DE ACTIVIDADES 2010

Índice 2

Índice... 2 Lista de Abreviaturas e Siglas... 4 I. Missão, Visão, Identidade e Objectivos... 7 II. Áreas de Actuação... 12 III. Objectivos por Área... 17 IV. Meios Disponíveis... 29 3

Lista de Abreviaturas e Siglas 4

M Milhões de Euros AGIIRE Gabinete de Intervenção Integrada para a Reestruturação Empresarial AICEP Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal BBP Benchmarking e Boas Práticas CNB Consultor Nacional de Benchmarking COMPETE Programa Operacional Factores de Competitividade do QREN EEA European Enterprise Awards EEN Enterprise Europe Network ESCT Entidades do Sistema Científico e Tecnológico FEDER Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional FINCRESCE Programa do INOFIN para estimular processos de crescimento de empresas FINICIA Programa do INOFIN para favorecer o processo de criação de empresas FINTRANS Programa do INOFIN para estimular o redimensionamento e transmissão de empresas GOP Grandes Opções do Plano I&D Investigação & Desenvolvimento I&DT Investigação e Desenvolvimento Tecnológico IAPMEI Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação INOFIN Programa-Quadro de Inovação Financeira para o Mercado de PME do IAPMEI MEID Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento MODCOM Sistema de Incentivos a Projectos de Modernização do Comércio NUT II Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos de Nível 2 (Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve) NYSE New York Stock Exchange PEC Programa de Estabilidade e Crescimento ou Procedimento Extrajudicial de Conciliação PGRCIC Plano de Gestão de Riscos e Corrupção e Infracções Conexas PIDDAC Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central PIRE Processo de Insolvência e da Recuperação da Empresa PME Micros, Pequenas e Médias Empresas PME Investe Linha de crédito bonificado para PME com garantia do Estado PME Líder Estatuto atribuído a PME, no quadro do FINCRESCE PT Portugal 5

QREN Quadro de Referência Estratégico Nacional SCT Sistema Científico e Tecnológico SCTN Sistema Científico e Tecnológico Nacional SIADAP Sistema Integrado de Gestão e Avaliação do Desempenho na Administração Pública SIMPLEX Programa de Simplificação Administrativa e Legislativa SIRME Sistema de Incentivos Financeiros à Modernização e Revitalização Empresarial SME Small and Medium Enterprises TT Transferência de Tecnologia TTA Technology Transfer Accelerator 6

I. Missão, Visão, Identidade e Objectivos 7

Missão O Decreto-Lei n.º 140/2007 de 27 de Abril ajustou o objecto estatutário do IAPMEI Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação, I.P., adequando as suas atribuições e ampliando a sua intervenção. O novo estatuto visa o apoio à competitividade das empresas no mercado global, baseada na eficiência e no ambiente favorável ao seu desenvolvimento. Para esse efeito, as novas responsabilidades atribuídas, centram-se na promoção da inovação, qualificação dos recursos humanos, inserção de quadros nas empresas e na dinamização do empreendedorismo qualificado, concebendo e gerindo instrumentos financeiros de apoio, vocacionando os incentivos ao investimento para iniciativas que melhorem a competitividade baseada na qualidade e inovação e promovendo parcerias adequadas. Assim, a nossa interpretação da missão a prosseguir é: Apoiar as empresas e empreendedores nas suas estratégias de crescimento inovador e internacional, contribuindo para a criação de condições favoráveis ao reforço das competências e capacidades de gestão e inovação, e ao acesso aos mercados financeiros. Visão Perante este quadro, consideramos que a visão da nova organização deverá inspirar a procura constante e crescente de níveis superiores de prestação de serviço e reflectir a ambição colectiva que a deve mover: Ser o parceiro estratégico dos empreendedores e empresários para a inovação e crescimento. Identidade corporativa Agência de excelência de apoio ao crescimento qualificado das PME Pilar consolidado da Política Económica do Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento Complemento de valor acrescentado da intervenção das restantes agências do MEID. Objectivos estratégicos Os beneficiários directos da intervenção do instituto são os empreendedores, empresas e entidades da envolvente, designadamente, do sistema financeiro, sistema científico e tecnológico nacional, associações empresariais, entidades participadas e organismos da Administração Pública com as quais as empresas se relacionam, incluindo autarquias. Paralelamente ao apoio directo prestado ao longo das fases do ciclo de vida das empresas, o Instituto continuará a aprofundar a actuação em parceria com os agentes da envolvente, sob o signo de Parcerias para o Crescimento, potenciando sinergias para o crescimento qualificado, empreendedorismo inovador e criação de empresas. 8

Modernizar e renovar o tecido empresarial, capacitar as empresas para a inovação e internacionalização e apoiar estratégias empresariais, individuais ou colectivas, no sentido de contribuir para o aumento da produtividade e competitividade da economia, são as grandes preocupações que presidem ao cumprimento daquela missão. Em consonância com estes princípios, os objectivos estratégicos que orientam as actividades do IAPMEI em 2010, são os seguintes: Promover estratégias empresariais de crescimento inovador e internacional, individuais ou colectivas, ao longo das fases do ciclo de vida das empresas, disponibilizando serviços de atendimento, informação e assistência eficazes, facilitando o redimensionamento, transmissão e reestruturação empresarial, dinamizando e acompanhando redes de PME, processos de cooperação e clusterização, incentivando projectos estratégicos individuais e de eficiência colectiva, facilitando o acesso a financiamento e promovendo o sucesso empresarial Reforçar as competências e capacidades para a inovação e competitividade, promovendo a gestão estratégica, o desenvolvimento de competências e a utilização de ferramentas de inovação e benchmarking, dinamizando as interacções entre o sector empresarial e o sistema científico e tecnológico, incentivando a capacitação para a inovação e competitividade, facilitando o acesso a financiamento e promovendo as boas práticas Desenvolver o empreendedorismo qualificado e facilitar o arranque de empresas inovadoras, dinamizando a estruturação e implementação de ideias, planos de negócio e projectos de criação de empresas, aproximando empreendedores e operadores financeiros, incentivando o investimento na criação e arranque de empresas, facilitando o acesso a financiamento e promovendo o sucesso empresarial. Para tornar a intervenção externa mais qualificada e consistente é necessário aprofundar e estruturar o conhecimento relevante para a satisfação das necessidades das empresas e empreendedores, desenvolver as competências e capacidades de gestão, simplificar, eliminar os desperdícios, informatizar os processos chave, desenvolver parcerias, aprofundar a actuação em rede e optimizar os serviços de atendimento, informação e assistência empresarial. Para o cumprimento da missão e da visão, importa não só orientar a acção, traçando um conjunto de objectivos interligados segundo as orientações anteriores, mas também enquadrá-los nas estratégias, planos e programas nacionais de política pública, designadamente, nas Grandes Opções do Plano 2010-2013 (principais linhas de actuação política) e no Plano de Estabilidade e Crescimento 2010-2013. Para relançar a economia, as GOP 2010-2013 definem como grande linha de acção o apoio às PME e como prioridades a modernização e a redução dos custos de contexto, o acesso a meios de financiamento (capitais próprios e alheios) e a internacionalização, bem como o aumento da produtividade, apoiado na tecnologia e inovação, no redimensionamento e na qualificação dos recursos humanos. Para esse efeito, considera as seguintes medidas: Melhorar o acesso ao crédito bonificado articulado com os mecanismos de regularização de dívidas ao fisco e à segurança social, criando a linha PME Investe V, para facilitar o acesso ao crédito e estimular o investimento empresarial 9

Reforçar os capitais próprios, através de instrumentos de capital de risco, designadamente, para apoiar operações de fusão e aquisição, ganhos de escala, aquisição de capacidade competitiva e internacionalização Estabelecer uma parceria entre o IAPMEI e a NYSE Euronext Alternext Lisbon com vista ao lançamento do mercado de capitais para empresas de pequena e média capitalização Reforçar os programas FINICIA, FINCRESCE e FINTRANS, de apoio às PME e aos empreendedores No âmbito da assistência empresarial do IAPMEI, concretizar 100 exercícios de Análise de Competências em PME, 850 empresas nos Encontros para a Competitividade, 350 empresas nos programas de formação da Academia de PME sobre Novas Competências Estratégicas para a Competitividade e Laboratórios da Criatividade e 1100 visitas individuais a empresas, desenvolver uma base de dados, designada Páginas Amarelas do Conhecimento, para facilitar a intermediação do IAPMEI junto das PME e dos centros de conhecimento, e um manual do gestor de cliente da Assistência Empresarial. Outra grande linha de acção é modernizar o Estado, simplificar a vida dos cidadãos e das empresas, designadamente, através do reforço e da personalização da intervenção de proximidade. Nesse âmbito, estabelece que a intervenção do IAPMEI junto das PME, será centrada na figura do gestor de conta de empresa, inserida na rede regional. O PEC 2010-2013, acerca das políticas de competitividade e crescimento sustentado, identifica um conjunto de medidas de promoção da internacionalização da economia, entre as quais está a abertura de 14 lojas da exportação em Portugal, especialmente, dedicadas ao apoio técnico às empresas exportadoras ou potencialmente exportadoras, complementada com medidas de eficiência colectiva para reforçar a aposta na tecnologia e inovação, estabelecidas na criação de clusters e pólos de competitividade que agrupam empresas exportadoras, estimulando estratégias de cooperação e de sinergias. O estímulo ao investimento privado constitui também um vector essencial da política económica. Destaca-se neste domínio algumas medidas a desenvolver no período 2010-2013: Apoio aos processos de capitalização de empresas, nomeadamente através de i) Fundo de Apoio à Concentração e Consolidação de Empresas; ii) Fundo Imobiliário Especial de Apoio às Empresas; iii) Instrumentos capital de risco e iv) desenvolvimento de um segmento específico de mercado de capitais dirigido a PME Aceleração do ritmo de investimento co-financiado pelo QREN, desenvolvendo e adaptando as medidas já adoptadas (pagamento adiantado de incentivos FEDER às empresas, alargamento de elegibilidade nos sistemas de incentivos ao investimento privado, acréscimo em taxas máximas de comparticipação comunitária, flexibilização no pagamento de adiantamentos a projectos de investimento e apoios no contexto dos planos sectoriais) Promoção de Estratégias de Eficiência Colectiva (Pólos e Clusters), como forma de apoiar a racionalização do investimento, o desenvolvimento de modernas capacidades competitivas e a capacidade de cooperação empresarial em diversos sectores estratégicos. 10

Considerando as grandes linhas de acção previstas nas GOP 2010-2013, para relançamento da economia, nomeadamente, de apoio às PME, modernização do Estado e simplificação da vida das empresas e considerando, ainda, as políticas de competitividade e crescimento sustentado do PEC 2010-2013, designadamente, de estímulo ao investimento privado e de promoção da internacionalização da economia, verifica-se que existe um forte alinhamento estratégico entre os objectivos do IAPMEI e as políticas públicas para a economia, veiculadas por aqueles dois documentos estratégicos. 11

II. Áreas de Actuação 12

Enquadrada pelo modelo orgânico e subordinada às orientações e objectivos definidos no ponto anterior, a intervenção do Instituto realiza-se segundo cinco áreas, uma das quais integra as unidades de back office e constitui o suporte logístico de toda a intervenção externa: Assistência empresarial Promoção da inovação e da eficiência colectiva Financiamento empresarial orientado para a dinamização do empreendedorismo e de segmentos prioritários Indução de investimento (Incentivo ao investimento) empresarial qualificado Suporte logístico Assistência empresarial A assistência empresarial é um serviço criado para proceder ao acompanhamento de empresas, no âmbito das suas actividades de diagnóstico e análise estratégica e formulação de estratégias de investimentos e de qualificação de recursos humanos. Assenta num modelo que valoriza o conhecimento obtido a partir de uma relação de confiança e de proximidade com a empresa. Na prática, traduz-se na num serviço de acompanhamento personalizado às pequenas e médias empresas (PME), sobretudo, as que demonstrem possuir um potencial de criação de valor e um crescimento rápido, inovador e projectado para o mercado global. São colocados ao dispor das empresas instrumentos de diagnóstico de competitividade e de análise de competências, sendo, igualmente, desenvolvido um trabalho de identificação e de promoção de produtos e de boas práticas empresariais, de forma a disseminar bons exemplos e fomentar a sua replicação e adopção pelo tecido empresarial. O modelo de intervenção está baseado no acompanhamento e assistência a estratégias empresariais de crescimento qualificado e assenta numa abordagem sectorial, temática e regional para validação de metodologias de acompanhamento e assistência empresarial. O contacto directo e personalizado com as empresas, no âmbito da assistência empresarial, é desenvolvido pelos serviços territorialmente desconcentrados do IAPMEI (Centros de Desenvolvimento Empresarial), organizados regionalmente segundo a repartição regional das NUT II. Modelo de intervenção Acompanhamento e assistência a estratégias empresariais de crescimento qualificado Promoção dos produtos e serviços para as PME Disseminação das melhores práticas Reforço dos activos intangíveis das PME 13

Promoção da inovação e da eficiência colectiva Para ser mais competitiva, a economia necessita de aumentar a sua capacidade de regeneração, a partir das empresas e da sua envolvente. Quando se está perante uma mudança de perfil de especialização dos mercados, a capacidade de adaptação da economia, depende muito da criação de empresas geradoras de emprego qualificado e da recriação das existentes baseada na valorização económica do conhecimento gerado em universidades e noutros centros de saber. Em mercados cada vez mais exigentes e especializados, o reforço da competitividade só se consegue com uma maior qualificação das empresas, promovendo o conhecimento e a inovação e criando condições para o desenvolvimento das suas competências e capacidades estratégicas. Com o objectivo de contribuir para a criação de um ambiente favorável à inovação, o IAPMEI dará prioridade aos seguintes serviços às empresas: informação relevante para a formulação de estratégias empresariais indutoras de inovação, promoção de boas práticas e utilização de ferramentas estratégicas de gestão; promoção da aplicação prática do conhecimento produzido nas universidades e em outros centros de saber; promoção e acompanhamento de dinâmicas de eficiência colectiva, designadamente, as protagonizadas pelos pólos de competitividade e tecnologia e outros clusters. O modelo de intervenção desta área, centra-se em torno das linhas que a seguir se descrevem e pretende contribuir, em simultâneo, para uma correcta implementação e monitorização das políticas públicas vocacionadas para os domínios da inovação e competitividade das empresas, com destaque para as PME. Modelo de intervenção Dinamização de estratégias empresariais baseadas na inovação e promoção de boas práticas associadas Dinamização da produção e transferência de conhecimento e tecnologia gerados no SCT e da sua aplicação empresarial Potenciação de dinâmicas empresariais de agregação e eficiência colectiva Financiamento empresarial orientado para a dinamização do empreendedorismo e de segmentos prioritários Facilitar o acesso das PME ao financiamento é o objectivo central desta área de actuação. Neste âmbito, o IAPMEI desenvolve novas soluções de financiamento, designadamente, recorrendo aos sistemas de garantia mútua e de capital de risco. A criação de condições favoráveis ao desenvolvimento destes sistemas de financiamento constitui um factor chave, inclusivamente, ao nível do sector não institucional de capital de risco (business angels). Inspiradas nas melhores práticas internacionais, as novas marcas de Inovação Financeira, no âmbito do Programa Quadro de Inovação Financeira para o Mercado das PME (INOFIN), apoiam-se em modelos de intervenção indirecta, dinamizando a participação de actores de todos os quadrantes, desde organizações estatais e instituições públicas, até às entidades privadas e à sociedade civil. Com este modelo, que envolve parcerias entre o Estado, o sistema financeiro, o sistema científico e tecnológico nacional e várias outras entidades da envolvente empresarial, é possível 14

optimizar esforços para uma melhoria sustentada das condições de financiamento de projectos estratégicos empresariais relevantes. Com os instrumentos de financiamento FINICIA e FINCRESCE já consolidados, o IAPMEI promove acções de dinamização do empreendedorismo, a vários níveis, com especial enfoque nas áreas do empreendedorismo qualificado e inovador, nomeadamente, o gerador de iniciativas empresariais com potencial high tech high growth. Através das acções de sensibilização e estímulo à procura de financiamento, assistência técnica, intervenção junto dos operadores financeiros e de partilha de risco, o IAPMEI contribui para o desenvolvimento de soluções de financiamento de estratégias de crescimento e de criação de empresas inovadoras. Por sua vez, a intervenção do IAPMEI na área da revitalização empresarial assenta na avaliação criteriosa do potencial económico e interesse regional e social de empresas que, embora atravessando uma fase menos favorável, dispõem de competências e de recursos capazes de assegurar uma recuperação bem sucedida. Modelo de intervenção Apoio à identificação e estruturação de ideias com potencial de valorização económica Apoio ao arranque e à consolidação de empresas recentes e inovadoras Facilitação do acesso a financiamento de estratégias relevantes de empresas e agregados Apoio à transmissão e revitalização de empresas Indução de investimento empresarial qualificado Os sistemas de incentivo financeiro, concebidos e geridos em parceria com outras entidades, visam o apoio selectivo a projectos empresariais de reforço da competitividade e de concretização de estratégias de crescimento. Enquadrados em objectivos definidos em programas nacionais, apoiam investimentos empresariais avaliando os seus resultados. A sua gestão constitui uma das actividades principais do Instituto, não só pelos recursos que envolve, mas também pelo número empresas e entidades beneficiárias. Os sistemas de incentivo incidem, autonomamente ou como complemento de outros instrumentos financeiros, sobre projectos empresariais, em regra, potenciadores de capacidades e competências para a inovação e competitividade. Os do Programa Operacional dos Factores de Competitividade do QREN são, essencialmente, dirigidos às empresas com projectos de investimento em áreas consideradas prioritárias pelas políticas públicas, designadamente, a inovação, internacionalização e qualificação do emprego. No âmbito do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) e do MODCOM, a gestão do IAPMEI é orientada por critérios de eficiência, eficácia e qualidade. Para garantir rigor, uniformidade e transparência, a aplicação dos fundos é objecto dos sistemas de controlo e fiscalização dos programas. Através das acções de controlo são verificados, o cumprimento das disposições legais e o respeito pelos direitos das empresas e outras entidades beneficiárias. 15

Modelo de intervenção Promoção dos sistemas de incentivo financeiro Gestão das candidaturas apresentadas Acompanhamento dos projectos contratados Controlo e fiscalização dos projectos apoiados Suporte logístico A melhoria contínua do desempenho da organização é um desígnio de gestão, desenvolvendo-se para isso nesta área iniciativas em vários domínios, visando em especial a melhoria das competências, a optimização dos processos, inovação nos produtos e serviços, a racionalização de custos, o aumento da fiabilidade do sistema, e a avaliação da satisfação dos clientes, entre outras. Modelo de intervenção Qualificação de competências Desenvolvimento de sistemas de informação e comunicação Consolidação dos instrumentos de avaliação de produtos e da satisfação do cliente Consolidação dos instrumentos de controlo da fiabilidade Simplificação e desmaterialização de processos-chave Gestão dos recursos afectos ao serviço 16

III. Objectivos por Área 17

Assistência empresarial O contributo para o alargamento sustentado da base de empresas inovadoras e internacionais, depende da eficácia do apoio e acompanhamento das estratégias de crescimento das empresas, do estabelecimento e consolidação de parcerias com cada uma delas, e do conhecimento sobre as estratégias, políticas e resultados. Neste sentido, a estratégia delineada assenta nas seguintes formas de assistência empresarial: Assistência personalizada às empresas Uma assistência personalizada permite às Empresas ter um parceiro atento e conhecedor do seu contexto sectorial, social e económico que actuará como um facilitador no relacionamento com outras estruturas públicas e funcionando sempre como um catalisador de soluções empresariais adequadas ao seu contexto. Tendo em conta que são as empresas que recorrem a serviços de assistência as que mais crescem e mais contribuem para a criação de emprego, o IAPMEI considera de extrema importância proceder ao acompanhamento de empresas, no âmbito das suas actividades de diagnóstico, análise estratégica e formulação de estratégias de investimentos e de qualificação de recursos humanos. No quadro do plano de consolidação do serviço de assistência empresarial, será reforçada a intervenção de proximidade, através de visitas personalizadas (individuais), centradas nas figura do gestor de conta da empresa, inserida na rede regional, e do aumento do número de PME a assistir. Promoção das competências empresariais O mundo globalizado e altamente competitivo exige pessoas e organizações com capacidades de adaptação aos novos tempos. O ritmo de mudanças é cada vez mais rápido e a globalização impõem às empresas alterações nas formas de abordagens aos mercados e nas formas como gerem as suas actividades internamente. A base da competitividade das empresas ganha uma nova dimensão, a vantagem competitiva centra-se nas suas capacidades e na utilização eficiente e eficaz dos recursos, que são determinantes para o seu desempenho e consequentemente para o sucesso. As empresas necessitam de competências, ou seja de recursos humanos, com habilidades, capacidades e conhecimentos mais amplos e flexíveis de forma a tornarem-se cada vez mais competitivas no mercado global. A capacidade de renovar e mobilizar competências procurando respostas eficazes às mudanças e exigências que caracterizam o mercado actual têm de passar necessariamente pela dinamização de processos de aprendizagem colectivos A gestão da empresa tem que proporcionar o desenvolvimento de competências que sejam capazes de se adaptar e responder de forma positiva às actuais dinâmicas de mercado. Sobrevivem as empresas com capacidade de adaptação aos novos tempos com diferenciais de oferta no mercado. Neste âmbito serão formulados planos de melhoria de competências empresariais, através da realização de diagnósticos sobre competências (pessoais, colectivas, estratégicas e externas) observadas nas PME, promovidos 18

encontros para a competitividade sobre inovação aberta, em distintas regiões do país, envolvendo empresas e centros de conhecimento, e implementados programas de formação para as empresas, dirigidos ao desenvolvimento de novas competências para a competitividade das PME, tendo como base a estrutura da ferramenta análise de Competências em PME, e no quadro do Programa Operacional Potencial Humano. Promoção de Estratégias de Crescimento O crescimento empresarial sustentável requer financiamento, conhecimentos e inovações. Todas as empresas enfrentam o mesmo desafio centrado na prosperidade do negócio, de modo que os seus lucros cresçam. Com muita frequência, porém, as empresas têm dificuldade em manter o crescimento, porque se tornam avessas ao risco, por desconhecimento dos acessos aos financiamentos e por falta de informação sobre o mercado emergente. As empresas podem evitar o crescimento inexpressivo se entenderem melhor os riscos inerentes aos diferentes níveis de inovação e assim promover soluções criativas para reduzir a exposição excessiva a eles. É acreditando nesta premissa, consideramos que a promoção de estratégias de crescimento, junto das PME, vai promover o seu crescimento sustentável. Neste quadro de actuação será promovido o acesso das PME ao financiamento, através do fornecimento de informação técnica sobre acessibilidade aos programas de apoio públicos e da promoção de articulações com as sociedades de garantia mútua e de capital de risco, e ao conhecimento, através do fornecimento de informação técnica sobre a oferta dos centros de conhecimento, adequada às necessidades das empresas, e da intermediação de contactos entre estas e estes mesmos centros. Por outro lado será dinamizada a utilização de ferramentas colaborativas da Internet (Web 2.0) e, assim, estimuladas relações de parceria entre as PME e os seus principais stakeholders, através da organização de redes. 19

Promoção da inovação e da eficiência colectiva Aumentar a eficácia na indução de dinâmicas de inovação nas empresas, em particular nas PME, é um dos objectivos principais nesta área. Com este objectivo, a intervenção focar-se-á numa aproximação mais directa às empresas, no envolvimento em projectos de transferência de tecnologia com Entidades do Sistema Científico e Tecnológico (ESCT) e na disseminação de informação estratégica e de boas práticas empresarias. Complementarmente, será dada também prioridade à mobilização e acompanhamento da envolvente empresarial e dos seus agentes, nas actividades de apoio à competitividade e inovação das empresas. O contributo para a produção e transferência de conhecimento e tecnologia gerados no SCT e sua aplicação empresarial não se esgota na abordagem anterior. Efectivamente, a promoção da utilização, pelas empresas, do conhecimento gerado nas entidades do SCTN, seja ao nível da produção de novos produtos e serviços, desejavelmente transaccionáveis em mercados internacionais, seja ao nível da inovação organizacional, estratégica ou de mercados, tem expressão directa na operacionalização dos instrumentos de apoio Vale I&DT e Vale Inovação, consagrados no QREN. A actividade em causa centra-se na análise e acompanhamento de projectos promovidos por PME, em articulação com entidades e centros de saber, com o objectivo de modificar os seus factores de competitividade através da promoção do aumento da capacidade tecnológica e da inovação empresariais. Paralelamente, será potenciada a intervenção de entidades do SCT e da envolvente no apoio à actividade empresarial (sectores, actividades, áreas tecnológicas, serviços prestados, envolvente, etc.), nomeadamente das participadas tecnológicas do IAPMEI, através da concertação de iniciativas potenciadoras da divulgação do conhecimento junto das empresas. Para potenciar dinâmicas de agregação e de eficiência colectiva, a prioridade é acompanhar activamente os processos de clusterização em curso, identificando oportunidades de aumento de eficácia. Neste processo, estão compreendidas actividades de acompanhamento dos modelos de governança, dos planos de acção e projectos de eficiência colectiva. Estão ainda incluídas actividades de reforço da informação e conhecimento para suportar uma rede de inteligência estratégica em inovação ancorada nestes agregados, em colaboração com o Programa Operacional Factores de Competitividade e com o Observatório do QREN. Para promover estratégias empresariais baseadas na inovação e as boas práticas associadas, será dada prioridade ao desenvolvimento, divulgação e potenciação da utilização de ferramentas estratégicas para a inovação e competitividade, nomeadamente, o Benchmarking e o Innovation Scoring. Prevê-se que o aumento da eficácia da sua utilização seja obtido através da reestruturação da plataforma informática que sustenta o modelo do benchmarking, bem como do desenvolvimento de um modelo integrado da sua aplicação junto das empresas. Esta actuação contará com uma estreita articulação com a Rede de Consultores Nacionais de Benchmarking (CNB), que são os principais veículos de introdução destas ferramentas nas empresas. 20

Numa lógica de participação e convergência com as políticas da Comissão Europeia, especificamente, orientadas para a melhoria da competitividade das PME, serão ainda concretizadas intervenções no âmbito da Enterprise Europe Network (EEN), dos Enterprise European Awards (EEA) e da Semana Europeia da PME 2010. A actividade da EEN visa criar um ambiente facilitador da actividade empresarial através da produção de informação estratégica e da sua canalização para os diversos actores da economia. Estima-se que, em 2010, esta actividade aumente a sua eficácia, com o alargamento da utilização do Knowledge Management System e alimentação do respectivo portal, criando condições para uma disseminação mais eficaz de conhecimento e informação estratégica para os agentes económicos, assumindo maior relevância a produção de conteúdos, informação sobre o espaço europeu da competitividade e inovação, facilitação da procura de parcerias estratégicas e da participação de empresas portuguesas em programas, iniciativas ou projectos comunitários, de que o 7.º Programa Quadro para a I&DT é exemplo. Outras actividades a desenvolver são a co-organização de missões empresariais e de encontros de intermediação (brokerage events) e a promoção da participação de empresas portuguesas nesses eventos. Para a promoção de boas práticas indutoras de competitividade, serão melhoradas as metodologias de identificação e disseminação e promovidas iniciativas de reconhecimento de mérito e de boas práticas de PME e de entidades da envolvente empresarial, a nível nacional e comunitário, como é o caso dos prémios europeus EEA. A participação na implementação da Semana Europeia da PME 2010, compreenderá a mobilização dos actores nacionais e a subsequente articulação com a Comissão no que diz respeito à validação e divulgação dos eventos a realizar e a coordenação nacional global dos eventos, correspondendo a um grande número de iniciativas vocacionadas para PME. A par destas intervenções serão desenvolvidos projectos e iniciativas, privilegiando as parcerias estratégicas com outras instituições, entre os quais destacamos: a articulação e colaboração, no contexto do QREN, no quadro dos instrumentos de apoio à transferência de tecnologia para as empresas, às estratégias de eficiência colectiva e aos apoios para as entidades do SCTN; o desenvolvimento do projecto de eficiência energética em PME (EFINERG); o lançamento das bases para a operacionalização de um sistema de inteligência estratégica em inovação nas PME e de uma plataforma de inovação para PME; e a elaboração de um guia prático de acção para reconstrução de negócios afectados por catástrofe ou calamidade e de relatórios sobre temáticas ou actividades desta área. 21

Financiamento empresarial orientado para a dinamização do empreendedorismo e de segmentos prioritários As acções de dinamização a desenvolver, no âmbito dos programas FINICIA, FINCRESCE e FINTRANS do Programa Quadro INOFIN do IAPMEI, junto de empreendedores, empresas, instituições e entidades da envolvente empresarial, visam: Incrementar operações de financiamento, em todas as fases do ciclo de vida da empresa, em especial de estratégias inovadoras e sustentáveis Apoiar a valorização económica de resultados de I&D, a estruturação de ideias inovadoras de negócio com potencial de crescimento e a consolidação de projectos Apoiar o redimensionamento, a transmissão e a reestruturação empresarial Promover a excelência, valorizar as melhores práticas, reconhecer o mérito, promover a comunicação com o mercado e facilitar o acesso aos instrumentos de financiamento. No âmbito do programa FINICIA, existirão alterações de impacto em resultado da constituição de novos fundos de capital de risco no âmbito do COMPETE Programa Operacional Factores de Competitividade (QREN), incluindo fundos pré-seed, fundos de co-investimento com Business Angels, desdobramento de fundos Early Stage e aplicação do Estatuto IAPMEI Inovação à generalidade dos fundos criados. Para além das soluções de crédito com garantia mútua, serão introduzidas novas soluções de financiamento nomeadamente de microcrédito. O projecto de empreendedorismo de base local, a lançar em parceria com Câmaras Municipais, vai também trazer alterações substanciais no empreendedorismo emergente. Na área do empreendedorismo inovador e/ou de base tecnológica destacam-se: Selecção das primeiras entidades do tipo TTA Technology Transfer Accelerator e introdução de apoio à valorização económica de resultados de investigação Incremento de projectos financiados, dado o aumento do número e valor dos Fundos de Capital de Risco early stage e corporate venture e a aplicação universal dos benefícios ligados ao Estatuto IAPMEI/Inovação Reforço de canais associados aos fundos de co-investimento dos Business Angels, com a intervenção do IAPMEI na validação dos benefícios fiscais a atribuir Reforço do acompanhamento e facilitação institucional a projectos com maior potencial, e criação de redes de empreendedores inovadores Implementação de projecto de suporte integral ao empresário nos municípios aderentes, no âmbito do empreendedorismo de base local. 22

No âmbito do programa FINCRESCE, será dada continuidade à promoção da imagem e notoriedade das PME Líder, através de publicações e da realização de seminários temáticos, e à concessão de benefícios financeiros e não financeiros, designadamente, através das Linhas PME Investe. As iniciativas a desenvolver em parceria com a NYSE Euronext LISBON permitirão o arranque o Alternext LISBON, abrindo uma nova possibilidade de financiamento de PME. Para apoio ao arranque e desenvolvimento deste mercado bolsista, será criado um Fundo que funcionará como investidor para assegurar níveis mínimos de liquidez e que será constituído com recursos públicos e de várias entidades do sistema financeiro. No sentido de intensificar os apoios do programa FINTRANS à concretização de acções de concentração empresarial, fusões e aquisições, será dada continuidade à divulgação do programa, assistência técnica às empresas, intermediação e encaminhamento para soluções de financiamento. Para além disso, o aumento dos contactos com parceiros associativos e com operadores financeiros, vai permitir aumentar o número de oportunidades de negócio e ampliar as soluções de financiamento (crédito e capital). Reestruturação empresarial e conciliação de credores O serviço de revitalização empresarial compreende a identificação e tratamento de processos de reestruturação, revitalização ou encerramento de empresas em dificuldade, bem como a coordenação da actuação das entidades públicas envolvidas. Nesta área de actuação tem especial relevância o programa AGiiRE que, ao assegurar uma actuação concertada das entidades/credores públicos, contribui para manter ou minorar os impactos negativos sobre os postos de trabalho. A gestão destas situações envolve a utilização de instrumentos para facilitar o encontro de soluções de reestruturação e de viabilização do negócio, designadamente, fusão e aquisição e para intermediar acordos de credores (públicos ou privados): SIRME Sistema de Incentivos à Modernização e Revitalização Empresarial, PIRE Processo da Insolvência e da Recuperação de Empresas, PEC Procedimento Extrajudicial de Conciliação. 23

Indução de investimento empresarial qualificado Em 2010, manter-se-á o esforço de execução orçamental dos incentivos do QREN Quadro de Referência Estratégico Nacional, não só para os novos projectos que visem a inovação e internacionalização, mas também para os projectos com apoio aprovado e contratado. Será dada prioridade, também, à identificação de investimentos não executados ou executados abaixo do previsto, com o objectivo de libertar incentivos para novos projectos. No âmbito do MODCOM, dar-se-á prioridade à aprovação de novos projectos, abrindo uma nova fase de candidaturas, bem como à execução dos apoios aprovados e contratados. A consolidação do processamento das candidaturas, dentro dos prazos legais ou estabelecidos, será essencial para assegurar uma boa implementação do QREN reconhecida pelas empresas. Para aumentar a efectividade dos sistemas de incentivo, reduzindo custos e contribuindo para melhorar o aproveitamento pelas empresas, pretende-se simplificar os processos, acelerar a execução financeira e o encerramento dos projectos, assegurar prazos adequados e melhorar a qualidade das respostas. Paralelamente às acções de melhoria de gestão dos incentivos, será intensificado o controlo dos projectos apoiados, bem como a recuperação de incentivos, de forma a garantir fiabilidade e transparência dos processos e conformidade com as disposições legais e regulamentares. 24

Suporte logístico Com o objectivo de tornar a intervenção externa mais qualificada e consistente, será desenvolvido um conjunto interligado de actividades e iniciativas em vários domínios do suporte logístico. Em matéria de desenvolvimento das competências, será executado um plano de formação, baseado nas necessidades identificadas. Em 2010, prosseguirá o processo de consolidação do novo SIADAP, de forma a assegurar uma implementação correcta e atempada, articulando os ciclos anuais do SIADAP 1 e do planeamento e acompanhamento da actividade. Prosseguindo o processo essencial de aprofundamento e estruturação do conhecimento relevante para a actividade, serão elaborados estudos e informação estatística relevantes, designadamente, sobre a estrutura empresarial. No domínio da optimização de processos chave, terá continuidade em 2010 a consolidação do serviço de "Certificação PME on-line, bem como o inicio da implementação de novas medidas propostas para o programa SIMPLEX 2010, designadamente de simplificação do processo de Certificação de PME, recorrendo à partilha de dados já fornecidos a serviços da Administração (Certificação de PME mais rápida) e do processo de contratação da concessão de incentivos entre o IAPMEI e o Promotor, no âmbito dos incentivos do QREN (Assinatura electrónica na contratação). Será ainda desmaterializado o processo de gestão da frota automóvel. Quanto ao desenvolvimento do sistema de informação, será assegurada a necessária integração, fiabilidade, amicabilidade e orientação para o cliente, promovida uma visão única do cliente e das interacções que estes desenvolvem com a organização. Será também desenvolvida a digitalização de processos internos e de interacção com clientes, e melhorado o portfolio aplicacional existente. Para aumentar a fiabilidade dos processos, serão desenvolvidas as seguintes iniciativas de controlo e auditoria interna: Implementação do Plano de Gestão de Riscos e Corrupção e Infracções Conexas Análise crítica de normas, procedimentos e métodos internos Verificação do cumprimento das normas no âmbito das auditorias efectuadas Apoio à elaboração e actualização de manuais de procedimentos, designadamente, de controlo dos sistemas de incentivos 25

Avaliação da utilização dos sistemas de informação utilizados, através de inquéritos aos utilizadores Implementação do plano de acções do sistema de informação da auditoria interna. A assessoria jurídica é uma actividade transversal que pretende garantir o cumprimento das disposições legais na decisão e actuação do Instituto. Na representação do IAPMEI em Juízo, garante a melhor defesa dos seus interesses, não só pelo estrito cumprimento dos prazos legais, mas também, e sobretudo pela qualidade das peças processuais produzidas e pelas intervenções em tribunal. Neste domínio, o valor dos créditos em contencioso dos sistemas de incentivos, recuperados por via extrajudicial ou judicial, será aumentado, procurando maximizar os interesses públicos, tendo sempre em atenção a procura das soluções legais que melhor se adeqúem à sobrevivência das empresas. As funções de suporte e de apoio serão desenvolvidas de acordo com mecanismos que simplifiquem, facilitem e racionalizem os recursos técnicos, financeiros e materiais disponíveis, apostando na majoração da eficácia, eficiência e qualidade ao nível dos procedimentos administrativos e técnicos, a par da boa gestão da tesouraria do IAPMEI, por forma a gerar um nível de receitas que permita financiar os custos de exploração do IAPMEI e da contribuição positiva para a consolidação das contas públicas. Nesse sentido, serão ainda desenvolvidas acções para garantir a recuperação atempada dos créditos que o Instituto detém sobre terceiros, a implementação de processos de aquisição, na plataforma VORTALGOV, a inventariação, registo patrimonial e gestão de bens tangíveis, bem como a manutenção de todas as instalações do IAPMEI e dos respectivos serviços de limpeza e de segurança. Para avaliar a satisfação dos clientes internos e externos, será realizado o inquérito de satisfação aos clientes e elaboração do relatório dos resultados, asseguradas as respostas dentro do prazo do serviço de Provedoria do Cliente e realização o inquérito aos colaboradores. 26

Agenda de Iniciativas A actividade de 2010 ficará ainda marcada por um conjunto importante de iniciativas: Criação do gestor de cliente da assistência empresarial Criação do gestor de assistência empresarial do IAPMEI, associando o a um conjunto de empresas, e elaboração do respectivo manual (Manual do Gestor de Assistência à Empresa). Lançamento do serviço informativo 2.0 Criação do Serviço Informativo 2.0 em resposta ao compromisso que o IAPMEI tem em fomentar a utilização de ferramentas de trabalho inovadoras. Deste modo, é importante dotar o tecido empresarial de conhecimentos desta nova realidade, que tem um potencial de criatividade colectiva, de comunicação e de difusão muito rápidos. Nesse sentido, será elaborada e implementada uma estratégia para a utilização dos media sociais no serviço informativo do IAPMEI e organizadas redes de colaboração para dinamizar a utilização destas ferramentas colaborativas da Internet (Web 2.0) e, assim, estimular relações de parceria entre as PME e os seus principais stakeholders. Criação das lojas da exportação Lançamento das lojas da exportação em Portugal, enquadradas na rede de agências do IAPMEI, em articulação com a AICEP, especialmente dedicadas a fornecer apoio técnico às empresas exportadoras ou potencialmente exportadoras. Dinamização das actividades da Enterprise Europe Network PT Execução do plano de dinamização das actividades globais da rede nacional, assegurando a sua coordenação e o desenvolvimento integrado e harmonioso de actividades, incluindo a consolidação do Knowledge Management System. Novo modelo "BBP para a Inovação" Concepção e arranque do novo modelo de Benchmarking e Boas Práticas (BBP) para a Inovação, incluindo a reestruturação da plataforma informática que sustenta o modelo. Identificação de oportunidade para uma Rede de inteligência estratégica em inovação Identificar as oportunidades para o estabelecimento de uma rede de inteligência estratégica em inovação associada aos Pólos de Competitividade e Tecnologia e Clusters. Lançamento do sistema de controlo do QREN Lançamento das bases para a criação de um Sistema de Fiscalização e Controlo do QREN, em articulação com as entidades intervenientes, que releve a correcta aplicação dos fundos públicos, o rigor, a uniformidade e a transparência, e que assegure o cumprimento das disposições legais em vigor. Consolidação do serviço de "Certificação PME on-line" Consolidar a implementação do serviço de "Certificação PME on-line", desenvolvendo o sistema de informação e as aplicações informáticas de front e back office associadas, bem como o serviço de atendimento (help - desk). 27

Implementação de novas medidas de simplificação e desburocratização administrativa Implementar novas medidas de simplificação e desburocratização para aumentar a eficiência e reduzir a carga administrativa das empresas, nomeadamente para simplificar o processo de Certificação de PME e agilizar o processo de contratação de incentivos. Qualificação dos recursos humanos Implementação do plano de formação de 2010, tendo em conta as necessidades de formação identificadas no respectivo diagnóstico. Consolidação do sistema integrado de gestão e avaliação do desempenho (novo SIADAP) Em articulação com o planeamento da actividade será consolidada a implementação do novo SIADAP, através de um conjunto de acções que potenciem a sua adequada aplicação e utilização. Implementação do sistema de informação da auditoria interna Implementar o sistema de informação de gestão da auditoria interna, de forma a abranger todas as fases do processo de auditoria e do nível dos controlos internos implementados e assim mitigar os riscos. Implementação do Plano de Gestão de Riscos e Corrupção e Infracções Conexas do IAPMEI (PGRCIC) Executar e acompanhar as medidas adoptadas, previstas no plano para 2010 Racionalização da carteira de participações sociais do IAPMEI Avaliar a carteira de participações e concretizar a saída do IAPMEI de um conjunto de participadas, cuja actividade não se enquadre na missão e atribuições do Instituto. Reabilitação de edifícios e intensificação da utilização de energias renováveis no campus do Lumiar Reabilitar o edifício L, as fachadas do edifício D, e o palacete e respectiva envolvente. Instalar painéis fotovoltaicos na portaria e painéis solares no edifício B. 28

IV. Meios Disponíveis 29

O IAPMEI possui uma estrutura descentralizada, tendente a assegurar uma presença em todo o território de Portugal continental, fomentadora de uma actuação de proximidade com os empresários e empreendedores e do melhor conhecimento das realidades empresariais locais. Nesse sentido, o contacto directo com o tecido empresarial regional é feito através de serviços territorialmente desconcentrados, os Centros de Desenvolvimento Empresarial, que obedecem a uma organização com base na NUTS II Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve, dispondo de unidades de extensão. Recursos Humanos Os recursos humanos planeados correspondem a 4716 pontos, compreendendo 413 colaboradores distribuídos da seguinte forma, tendo em conta os níveis dos Cargos Dirigentes e as Carreiras Gerais da Administração Pública: Dirigente Intermédio e Chefe Equipa; 34; 8,2% Técnico Superior; 279; 67,6% Dirigente Superior; 5; 1,2% Assist. Operacional; 12; 2,9% Assistente Técncio; 83; 20,1% 30

Recursos Financeiros O valor do orçamento de funcionamento e PIDDAC aprovado é 589,65 milhões de euros, repartido da seguinte forma: Funcionamento; 424,98; 72% PIDDAC; 164,67; 28% 31