MoU e Programa do Governo: as medidas para o Sector da Saúde

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Transcrição:

www.pwc.com MoU e Programa do Governo: as medidas para o Sector da Saúde

Despesa em saúde This placeholder text (20pt A despesa total de Georgia regular) is intended to show Saúde, the correct em % position do PIB, and size of ultrapassou the real text used os in this location. To ensure that you have the correct size, colour and location of the text, it is recommended that you select. Overtype this placeholder text. 10% Crescimento exponencial da despesa A despesa de saúde como percentagem do PIB nacional tem vindo a aumentar de forma regular nos últimos anos. No período 2000-2008, cresceu a uma taxa média anual de 2,3%, superior ao crescimento do PIB. A manter-se esta tendência, o sistema tornar-se-á insustentável. A maior parte (66%) da despesa em saúde é suportada por fundos públicos, designadamente, pelo Sistema Nacional de Saúde. O SNS gasta actualmente 770 per capita/ano em cuidados de saúde dos portugueses. 45% destes gastos constituem despesa com cuidados primários. O Programa do XIX Governo reconhece que é tempo de agir, através de ( ) medidas de racionalização das despesas, iniciativas de contenção de custos e de melhoria de eficiência da organização dos prestadores e dos recursos utilizados ( ) com o intuito de reforçar, no médio prazo, a sustentabilidade financeira do SNS, com definição clara da função de regulação e de financiamento. Slide 2

Despesa em saúde Distribuição da despesa por Financiador (2008) Financiador (%) 11% 10% Despesa total de saúde como % do PIB 10,10% Administrações Públicas 66% 9% S.N.S. 51% Subsistemas públicos 7% Outra Administ. Pública 6% Fundos de segurança social 1% 8% 7% 7,80% 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Privado 34% Subsistemas privados 2% Outros seguros privados 3% Despesa privada familiar 29% Outra despesa privada 1% Total 100% Fonte: INE, Conta Satélite da Saúde, 2010. 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 Despesa Governamental em saúde (Milhões de ) 11.783 4.137 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Fonte: National health accounts Portugal (WHO) Slide 3

Objectivos do MoU Objectivo global: Redução do défice público 2011 5,9% 2012 4,5% 2013 3,0% Objectivo para o sector Saúde : Redução da despesa 2011 Sector hospitalar: 100 M (0,8% da despesa total pública em Saúde) 2012* 550 M (4,5%) 2013* 375 M (3,0%) Redução do défice público Para atingir este objectivo, Portugal terá de implementar um conjunto alargado de medidas, de carácter reformador e permanente, que visam a contenção do crescimento da despesa pública. Estas medidas são essenciais para colocar Portugal no caminho da competitividade, garantir o cumprimento dos compromissos internacionais assumidos e restaurar a credibilidade do país. Foram estabelecidas medidas de aplicação transversal a todos os sectores da economia nacional, devidamente quantificadas e com prazos de implementação definidos. * Calculado com base nas projecções da despesa pública em saúde (aplicação da taxa de crescimento média anual do período 2000-2008 à despesa total orçamentada para o MS em 2011). Slide 4

Objectivos do Programa do Governo Objectivos estratégicos 1. 2. Qualidade e Acesso Sustentabilidade Melhoria da qualidade e acesso efectivo, através da garantia do acesso universal e equitativo, tendencialmente gratuito, aos cuidados incluídos no Plano de Prestações Garantidas. Obtenção de resultados convergentes com os melhores da Europa. Garantir a sustentabilidade económica e financeira do SNS, através de mecanismos de financiamento de base solidária e mantendo os princípios fundamentais subjacentes à sua criação. 3. Participação do cidadão Fomentar o protagonismo dos cidadãos. Reforço da liberdade de escolha. 4. Cooperação com a CPLP Aprofundar a cooperação no domínio da saúde com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Slide 5

Ao nível da Regulação e Governação Troika e PG 1. Rever e aumentar as taxas moderadoras Troika 2. Cortar as deduções fiscais com despesas de saúde Troika 3. Alcançar um modelo auto-sustentável nos subsistemas públicos Troika 4. Avaliar as PPP s Troika 5. Estabelecer preço máximo do 1º genérico introduzido no mercado Troika e PG 6. Aumentar a quota de mercado de genérico através da remoção de barreiras à entrada. Troika 7. Implementar legislação que regula a actividade das farmácias Slide 6

Ao nível da Regulação e Governação Troika 8. Alterar cálculo das margens de lucro de distribuidoras e farmácias Troika 9. Alternativamente à medida anterior, definir um desconto médio sobre a margem praticada PG 10. Rever o sistema de preços e comparticipação de medicamentos 1T Troika 11. Adoptar medidas para o aumento da concorrência entre prestadores privados (MCDT) Troika e PG 12. Rever e alterar actual sistema de preços de referência com base nos preços praticados internacionalmente Troika 13. Introduzir a revisão periódica preços pagos a prestadores privados PG 14. Adequar preço da prestação de cuidados pelo Estado ao seu custo 1T Slide 7

Ao nível da Regulação e Governação Troika 15. Avaliar o cumprimento das regras de concorrência europeias na prestação de serviços de saúde Troika 16. Tornar mais transparente o processo de nomeação de administradores hospitalares Troika 17. Estabelecer um sistema de Benchmarking para comparar o desempenho e publicação de informação sobre o desempenho das instituições, numa base mensal. PG 18. Reforçar a actuação das Autoridades da Saúde 1T 1T PG 19. Aplicar sistemas de vigilância epidemiológica PG 20. Promover articulação entre agentes PG 21. Actualizar o modelo de financiamento hospitalar Slide 8

Ao nível da Organização Troika 22. Elaborar um plano estratégico para a saúde PG 23. Terminar PNS 2011-2016 Troika e PG 24. Continuar a reorganização e racionalização da rede hospitalar 2T PG 25. Avaliar a criação de centros hospitalares PG 26. Avaliar as oportunidades de fusão, concentração ou extinção de hospitais e serviços PG 27. Instituir rede de cuidados paliativos Troika e PG 28. Aumentar a cobertura de CSP e o número de USF Troika 29. Transferir serviços ambulatórios para as USF 2T Slide 9

Ao nível da Organização PG 30. Melhorar mecanismos de contratualização nos CSP Troika 31. Actualizar inventário de médicos no activo Troika e PG 32. Preparar planos de afectação dos RH (o primeiro a ser apresentado no 1T 2012) Troika 33. Implementar um mecanismo que conduza a uma distribuição mais uniforme de médicos de família pelo país Troika e PG 34. Criar programa com regras para aumentar a mobilidade e intercâmbio dos profissionais PG 35. Promover a convergência da política de contratualização de convenções PG 36. Criar uma agenda de cooperação em saúde com a CPLP 1T 1T Slide 10

Ao nível da Operação Troika 37. Definir um quadro legal e administrativo favorável a um sistema de compras centralizado Troika 38. Estabelecer um calendário vinculativo de pagamento das dívidas a fornecedores Troika e PG 39. Criar e apresentar um programa detalhado de medidas de redução de custos operacionais dos hospitais Troika e PG 40. Implementar a obrigatoriedade da prescrição electrónica Troika e PG 41. Melhorar sistema de monitorização da prescrição e consumo de medicamentos Troika e PG 42. Sensibilizar médicos para a prescrição menos onerosa Troika e PG 43. Estabelecer e implementar regras claras sobre a prescrição de medicamentos Slide 11

Ao nível da Operação Troika e PG 44. Continuar a publicação de normas de orientação clínica PG 45. Implementar totalmente a dispensa por unidose Troika 46. Concluir e manter actualizado um sistema uniforme de codificação de material médico Troika 47. Reduzir 1/3 dos custos com transporte de doentes PG 48. Implementar serviços partilhados PG 49. Implementar sistema de gestão comum de medicamentos PG 50. Introduzir liberdade de escolha do cidadão PG 51. Reduzir os tempos de espera PG 52. Promover a investigação clínica Slide 12

Ao nível da Operação PG 53. Promover a cirurgia ambulatória Troika e PG 54. Desenvolver e assegurar a plena interoperabilidade nos SI dos hospitais. Assegurar a geração de informação de gestão. Troika e PG 55. Finalizar o desenvolvimento de um sistema electrónico de registos médicos (Registo de Saúde Electrónico) PG 56. Desmaterialização dos processos administrativos PG 57. Implementação de cartão único PG 58. Garantir a acreditação em saúde 1T 2T Slide 13

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