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Transcrição:

AgInt no RECURSO ESPECIAL Nº 1.707.356 - RS (2017/0285491-1) RELATOR AGRAVANTE ADVOGADOS AGRAVADO ADVOGADO : MINISTRO FRANCISCO FALCÃO : HSBC BANK BRASIL S.A. - BANCO MÚLTIPLO : MARCELO CARON BAPTISTA - PR021590 MIGUEL HILÚ NETO - RS057999A : MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES : SANDRA MANTELLI DALCIN - RS036930 EMENTA TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. NOMEAÇÃO DE BENS À PENHORA. AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO DO ART. 1.022. INEXISTENTE. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DO FUNDAMENTO SUFICIENTE PARA MANTER O ACÓRDÃO PROFERIDO PELO TRIBUNAL A QUO. PRETENSÃO DE REEXAME FÁTICO-PROBATÓRIO. INCIDÊNCIA DO ENUNCIADO N. 7 DA SÚMULA DO STJ. I - O recurso especial foi interposto na vigência do Código de Processo Civil de 2015 (fl. 255). Aplica-se portanto o enunciado administrativo n. 3 da Súmula do STJ segundo o qual: "Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015 (relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma do novo CPC". Ante o exposto, deixo de conhecer das alegações de violação relativas ao Código de Processo Civil de 1973, que não tenham paralelo no Código de Processo Civil de 2015. II - A Corte de origem afastou a possibilidade de oferecimento do seguro garantia, não porque não admitiu esta espécie de garantia, mas sim porque a parte agravante, ora recorrente, não comprovou a impossibilidade de superação da ordem prevista no art. 11 da Lei n. 6.830/80, conforme se percebe do seguinte trecho do acórdão (fls. 202 e 203): "Contudo, a ordem estabelecida no referido artigo para penhora ou arresto de bens não é absoluta e, sim relativa, podendo ser ultrapassada quando o executado comprovar - com argumentos baseados no caso concreto! - a necessidade de efetivamente rompê-la, não bastando para isso a mera invocação genérica do art. 805 do CPC/2015, correspondente ao art. 620 do CPC/1973.. [...] Ademais, não se deve perder de vista que o processo executivo deve se nortear pelo interesse do credor, a teor do que estabelecia o art. 612 do CPC/1973 3, correspondente ao art. 797 do CPC/2015 [...] Contudo, é ônus do executado comprovar a necessidade de superação da ordem legal prevista nos artigos 11 da LEF e 835 do CPC/2015 5, correspondente ao art. 655 do CPC/1973, não bastando para isso a mera invocação genérica do art. 805 do CPC/20105, anteriormente referido. III - Logo, não há ofensa ao art. 1.022 do Código de Processo Documento: 1700577 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 23/04/2018 Página 1 de 7

Civil de 2015, pois a Corte se pronunciou com argumentos suficientes para o deslinde da controvérsia. IV - A parte recorrente não impugna este fundamento no recurso especial. Traz, ao contrário, argumentos no sentido de que o "Município simplesmente recusou a garantia e requereu a penhora de valores". Logo, ficou incólume o fundamento do acórdão de que a parte recorrente não comprovou a impossibilidade de superação da ordem prevista em lei. Aplica-se, então, por analogia, o enunciado n. 283 da Súmula do STF, segundo o qual " É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles". V - Ademais, para se alcançar conclusão diversa seria necessário o reexame fático probatório dos autos, o que é vedado pelo enunciado n. 7 da Súmula do STJ. VI - Agravo interno improvido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, negou provimento ao agravo interno, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a)-Relator(a)." Os Srs. Ministros Herman Benjamin, Og Fernandes, Mauro Campbell Marques e Assusete Magalhães votaram com o Sr. Ministro Relator. Brasília (DF), 17 de abril de 2018(Data do Julgamento) MINISTRO FRANCISCO FALCÃO Relator Documento: 1700577 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 23/04/2018 Página 2 de 7

AgInt no RECURSO ESPECIAL Nº 1.707.356 - RS (2017/0285491-1) RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO FRANCISCO FALCÃO (Relator): Trata-se de agravo interno interposto contra monocrática que decidiu recurso especial interposto contra acórdão proferido pelo TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, conforme a seguinte ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. NOMEAÇÃO DE BENS À PENHORA. ALTERAÇÃO DA ORDEM LEGAL. COMPROVAÇÃO DA QUEBRA DA ORDEM PREFERENCIAL. ÔNUS DO EXECUTADO. É ônus do executado comprovar a necessidade de superação da ordem legal prevista nos artigos 11 da LEF e 835 do CPC/2015, não bastando para isso a mera invocação genérica do art. 805 do CPC/2015, correspondente ao art. 620 do CPC/1973. Assim, no caso, se mostra legítima a recusa da Fazenda Pública Municipal em aceitar a penhora da fiança bancária. RECURSO PROVIDO. No recurso especial, alega a parte recorrente ofensa aos seguintes dispositivos: art. 1.022, I e II do Código de Processo Civil de 2015; art. 620 do Código de Processo Civil de 1973; arts. 9, II, 11 e 15, I da Lei n. 6.830/80. A decisão recorrida tem o seguinte dispositivo: "Ante o exposto, nos termos do art. 255 do RI/STJ, conheço parcialmente do recurso especial e nesta parte nego-lhe provimento". Interposto agravo interno, a parte agravante traz argumentos contrários aos fundamentos da decisão recorrida. A parte agravada foi intimada para apresentar impugnação ao recurso. É relatório. Documento: 1700577 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 23/04/2018 Página 3 de 7

AgInt no RECURSO ESPECIAL Nº 1.707.356 - RS (2017/0285491-1) VOTO O EXMO. SR. MINISTRO FRANCISCO FALCÃO (Relator): O recurso de agravo interno não merece provimento. A parte agravante insiste nos mesmos argumentos já analisados na decisão recorrida. Sem razão a parte agravante. O recurso especial foi interposto na vigência do Código de Processo Civil de 2015 (fl. 255). Aplica-se portanto o enunciado administrativo n. 3 da Súmula do STJ segundo o qual: "Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015 (relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma do novo CPC". Ante o exposto, deixo de conhecer das alegações de violação relativas ao Código de Processo Civil de 1973, que não tenham paralelo no Código de Processo Civil de 2015. A Corte de origem afastou a possibilidade de oferecimento do seguro garantia, não porque não admitiu esta espécie de garantia, mas sim porque a parte agravante, ora recorrente, não comprovou a impossibilidade de superação da ordem prevista no art. 11 da Lei n. 6.830/80, conforme se percebe do seguinte trecho do acórdão (fls. 202 e 203): Como referido quando da concessão do efeito suspensivo, a Lei de Execução Fiscal, em seu art. 9º, inc. III, dispõe que o executado poderá nomear bens à penhora para garantir a execução, observada a ordem prevista no art. 11, na qual a espécie "dinheiro" se sobrepõe as demais hipóteses. Contudo, a ordem estabelecida no referido artigo para penhora ou arresto de bens não é absoluta 1 e, sim relativa, podendo ser ultrapassada quando o executado comprovar - com argumentos baseados no caso concreto! - a necessidade de Documento: 1700577 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 23/04/2018 Página 4 de 7

efetivamente rompê-la, não bastando para isso a mera invocação genérica do art. 805 do CPC/2015, correspondente ao art. 620 do CPC/1973.. [...] Ademais, não se deve perder de vista que o processo executivo deve se nortear pelo interesse do credor, a teor do que estabelecia o art. 612 do CPC/1973 3, correspondente ao art. 797 do CPC/2015 [...] Contudo, é ônus do executado comprovar a necessidade de superação da ordem legal prevista nos artigos 11 da LEF e 835 do CPC/2015 5, correspondente ao art. 655 do CPC/1973, não bastando para isso a mera invocação genérica do art. 805 do CPC/20105, anteriormente referido. Logo, não há ofensa ao art. 1.022 do Código de Processo Civil de 2015, pois a Corte se pronunciou com argumentos suficientes para o deslinde da controvérsia. A parte recorrente não impugna este fundamento no recurso especial. Traz, ao contrário, argumentos no sentido de que o "Município simplesmente recusou a garantia e requereu a penhora de valores". Logo, ficou incólume o fundamento do acórdão de que a parte recorrente não comprovou a impossibilidade de superação da ordem prevista em lei. Aplica-se, então, por analogia, o enunciado n. 283 da Súmula do STF, segundo o qual " É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles". Ademais, para se alcançar conclusão diversa seria necessário o reexame fático probatório dos autos, o que é vedado pelo enunciado n. 7 da Súmula do STJ. Nesse sentido: TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. RECUSA DE BENS INDICADOS PARA GARANTIA DA EXAÇÃO. CONSTRIÇÃO ATRAVÉS DO SISTEMA BACENJUD. DESCABIMENTO NO CASO. FUNDAMENTO AUTÔNOMO NÃO IMPUGNADO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO. SÚMULAS 283 E 284 DO STF. ACÓRDÃO FUNDAMENTADO COM BASE NO CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA 7/STJ. 1. Trata-se na origem de Agravo de Instrumento interposto pela recorrida contra decisão que acolheu a recusa da Fazenda Pública aos bens móveis ofertados como garantia à execução e determinou a constrição de numerários constantes de contas bancárias de titularidade da executada. 2. O Tribunal de origem reformou o decisum por entender que "a Documento: 1700577 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 23/04/2018 Página 5 de 7

interpretação literal do comando normativo previsto nos referidos dispositivos legais não pode ser realizada de modo absoluto, sem que sejam analisadas as peculiaridades da situação concreta. Em hipóteses excepcionais, aqueles preceitos devem ser interpretados de modo sistemático, levando-se em conta, também, as regras previstas no CPC que protegem o interesse do devedor. Assim, não se mostra adequada, na hipótese, a utilização irrestrita de tal medida, pois há dois interesses públicos em conflito (adimplemento dos débitos e manutenção dos serviços de saúde prestados pela recorrente - UNIMED" (fl. 100, e-stj). 3. Contudo, esse argumento não foi atacado pela parte recorrente e, como é apto, por si só, para manter o decisum combatido, permite aplicar na espécie, por analogia, os óbices das Súmulas 284 e 283 do STF, ante a deficiência na motivação e a ausência de impugnação de fundamento autônomo. 4. No caso dos autos, o Tribunal de origem, diante das circunstâncias fáticas do caso concreto, houve por bem aceitar os bens oferecidos à penhora, entendendo que o bloqueio do montante total impossibilitaria o funcionamento da empresa. É inviável a revisão de tal ponto em Recurso Especial, pois inarredável a revisão do conjunto probatório dos autos para afastar as premissas fáticas estabelecidas pelo acórdão recorrido. Aplica-se, portanto, o óbice da Súmula 7/STJ. 5. Recurso Especial não conhecido. (REsp 1693391/CE, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 03/10/2017, DJe 11/10/2017) Ante o exposto, não havendo razões para modificar a decisão recorrida, nego provimento ao agravo interno. É o voto. Documento: 1700577 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 23/04/2018 Página 6 de 7

CERTIDÃO DE JULGAMENTO SEGUNDA TURMA Número Registro: 2017/0285491-1 AgInt no REsp 1.707.356 / RS Números Origem: 00101669520158210005 00511500042567 02012485120168217000 03062613920168217000 03114465820168217000 04304283120168217000 101669520158210005 11500042567 2012485120168217000 3062613920168217000 3114465820168217000 4304283120168217000 511500042567 70069910545 70070960679 70071012520 70072202344 PAUTA: 17/04/2018 JULGADO: 17/04/2018 Relator Exmo. Sr. Ministro FRANCISCO FALCÃO Presidente da Sessão Exmo. Sr. Ministro FRANCISCO FALCÃO Subprocurador-Geral da República Exmo. Sr. Dr. MARIO LUIZ BONSAGLIA Secretária Bela. VALÉRIA ALVIM DUSI AUTUAÇÃO RECORRENTE : HSBC BANK BRASIL S.A. - BANCO MÚLTIPLO ADVOGADOS : MARCELO CARON BAPTISTA - PR021590 MIGUEL HILÚ NETO - RS057999A RECORRIDO : MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES ADVOGADO : SANDRA MANTELLI DALCIN - RS036930 ASSUNTO: DIREITO TRIBUTÁRIO - Impostos - ISS - Imposto sobre Serviços AGRAVO INTERNO AGRAVANTE : HSBC BANK BRASIL S.A. - BANCO MÚLTIPLO ADVOGADOS : MARCELO CARON BAPTISTA - PR021590 MIGUEL HILÚ NETO - RS057999A AGRAVADO : MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES ADVOGADO : SANDRA MANTELLI DALCIN - RS036930 CERTIDÃO Certifico que a egrégia SEGUNDA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: "A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo interno, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a)-Relator(a)." Os Srs. Ministros Herman Benjamin, Og Fernandes, Mauro Campbell Marques e Assusete Magalhães votaram com o Sr. Ministro Relator. Documento: 1700577 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 23/04/2018 Página 7 de 7