Paulo Arbex - Presidente
ABRAPCH Há 4 anos atuando em busca de melhorias do ambiente de negócios para o setor de PCHs e CGHs. Fundação e suporte da Frente Parlamentar Mista em Defesa das PCHs, CGHs e Microgeração (170 Deputados e Senadores = 22 partidos) Nº de associados atualmente: 197 Micro, pequenas, médias e grandes empresas (construtores, fabricantes, engenharia, desenvolvedores, prestadores serviço, etc.) Conquistas Recentes: 5MW e Leilões para CGHs; + 30 anos para PCHs; 1º LER para CGHs e PCHs; 1º Workshop Nacional de CGHs Encontro Anual dafrente Parlamentar
HIDRELÉTRICAS - HISTÓRICO Vocação Hidro SIN com Hidrelétricas e reservatórios plurianuais Transferência de tecnologia x Acesso ao mercado brasileiro para fabricantes estrangeiros Décadas de ouro (50, 60, 70), formação de engenharia de elite brasileira, rápida industrialização, desenvolvimento econômico e social. Década 80: investimento em hidrelétricas e reservatórios foi irrisório: Crise da Dívida Externa décadas 80 e 90; Demonização das hidrelétricas da década de 90 em diante. HOJ E! Maior carência do SEB hoje é falta de hidrelétricas e de reservatórios; Conjunto de benefícios: forma gerar e estocar energia: barata, limpa, de impacto ambiental baixo e reversível, renovável (séculos), confiável, flexível e segura.
UM POUCO DE HISTÓRIA - CONTEXTO Juscelino década de 50: Vocação Hidro SIN hidro + reservatórios plurianuais; Forma de gerar e estocar energia: barata, limpa, de impacto baixo e reversível, renovável (+ de 134 anos vida), confiável, flexível e segura; Transferência integral de tecnologia X acesso ao mercado brasileiro a estrangeiros; Hoje exportamos produtos, serviços e tecnologia: PSR exporta inteligência + de 40 países, turbinas para Três Gargantas (China = aço + barato do mundo); Enorme sucesso: por ~50 anos, Brasil teve eletricidade mais barata, limpa, estocável e confiável do mundo o Enorme vantagem competitiva à economia brasileira; o Rápida industrialização e desenvolvimento econômico/social; o Brasil viveu décadas de ouro (50, 60 e 70 até crise do Petróleo); o Sistema Elétrico Brasileiro era motivo de admiração e inveja do mundo todo; Final dos anos 80 com crise da dívida, o País e o SEB perderam o rumo, a capacidade de planejar e realizar; Década de 1990: demonização das hidrelétricas - investimento irrisório em novas hidrelétricas e reservatórios; Mundo mudou muito, mas hidroeletricidade ainda apresenta benefícios importantíssimos; Maior carência do SEB hoje é falta de hidrelétricas e de reservatórios; Consequências falta de hidros e reservatórios foram pesadas para SEB e economia;
BARATA (CUSTO DO MWh REALIZADO) Custo (R$/MWh) Fonte 2013 2014 2015 2016 2017 MÉDIA Hidráulica 74 1 93 139 130 87 Hidráulica PCH + CGH 174 42 161 219 215 162 Eólica 501 360 240 184 202 297 Residuos 614 294 230 251 364 351 Biomassa 452 790 464 444 410 512 GNL 180 175 176 186 185 180 Nuclear 148 153 174 196 209 176 Carvao 262 216 215 221 434 270 Oleo 606 474 508 654 1.016 652 Gas Natural 322 424 411 384 8.054 1.919 Diesel 858 827 1.032 6.693 13.727 4.627 Fonte: Estudo Engenho Consultoria Observações: (i) não inclui tributos e encargos, (ii) liquido de GSF, (iii) não inclui ACL nem Proinfa
Potência Instalada Outorgada em Operação (%) Tipo 2001 2008 jun/2016 CGH/PCH 1,14% 2,40% 3,30% Eólica 0,03% 0,26% 5,71% Solar 0,00% 0,00% 0,02% UHE 82,21% 71,20% 63,44% Térmica 14,00% 24,22% 26,28% Nuclear 2,63% 1,91% 1,25% Total 100,00% 100,00% 100,00% EVOLUÇÃO TARIFA INDUSTRIAL X IPCA
MENOR PEGADA DE CO2 DO SETOR A intensidade de carbono da geração de eletricidade (CO 2 eq/kwh) Fonte: IPCC Special Report on Renewable Energy Sources and Climate Change Mitigation
Milhões de toneladas de CO2e EMISSÕES DE CARBONO 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 Emissões de GEE na geração de eletricidade, por fonte primária 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 3.500.000.000 3.000.000.000 2.500.000.000 2.000.000.000 1.500.000.000 1.000.000.000 500.000.000 0 Emissões de Gases de Efeito Estufa - Totais no Brasil Gás Natural Petróleo Carvão Mineral Biomassa Obs: Não foi considerado a fonte hídrica nos dados. Fonte: SEEG Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa Energia Processos Industriais Mudança de Uso da Terra e Floresta Fonte: SEEG Agropecuária Resíduos Emissões do SEB crescem 650% de 1990 a 2014; Concentração de CO2 na atmosfera cresceu 40% em 200 anos Mudanças Climáticas
REVERSIBILIDADE DOS IMPACTOS
ESTATÍSTICAS DO SEGMENTO DE PCHs/CGHs Estatísticas PCHs no Brasil - Estudadas e Estimadas Tipo Quantidade Potência (MW) % Operação 436,00 4.989,49 16,3% Construção 29,00 374,79 1,2% Construção não iniciada 125,00 1.627,75 5,3% DRI - PCH 54,00 827,69 2,7% DRS/PB Aprovado 445,00 5.902,78 19,3% Em Análise 134,00 2.092,30 6,8% Eixos Disponíveis 382,00 4.367,60 14,3% Est. Potencial Remanescente 950,00 10.450,00 34,1% Total 2.555,00 30.632,40 100,0% Estatísticas CGHs no Brasil - Estudadas e Estimadas Tipo Quantidade Potência (MW) % Operação 609 532,99 7,3% Construção 3 4,04 0,1% Construção não iniciada 40 31,88 0,4% DRI 11 45,55 0,6% DRS/PB aprovado 136 405,59 5,6% Em Análise 111 381,76 5,2% Eixos Disponíveis 585 1.553,98 21,3% Est. Potencial Remanescente 1.500 4.350,00 59,5% Total 2.995 7.305,79 100,0% Fonte: ANEEL e estimativas ABRAPCH Estatísticas PCHs + CGHs no Brasil - Estudadas e Estimadas Tipo Quantidade Potência (MW) % Operação 1.045,00 5.522,48 14,6% Construção 32,00 378,83 1,0% Construção não iniciada 165,00 1.659,63 4,4% DRI 65,00 873,24 2,3% DRS/PB Aprovado 581,00 6.308,37 16,6% Em Análise 245,00 2.474,06 6,5% Eixos Disponíveis 967,00 5.921,58 15,6% Est. Potencial Remanescente 2.450,00 14.800,00 39,0% Total 5.550,00 37.938,19 100,0%
CONTRATAÇÃO POR FONTE PCHs/CGHs foram a fonte menos contratada com 1,82% do total; 1.721MW em 12 anos 143MW/ano
RESULTADO CONSEQUÊNCIAS SITUAÇÃO COM 85%-90% HIDRO (~2000): SITUAÇÃO COM 60%-70% HIDRO (~2016): Energia Elétrica mais barata do Mundo; 5ª mais cara do mundo (2016); Gerava 100% dos empregos no Brasil; Exporta empregos para Ásia, Europa e América do Norte; Energia = fator de competitividade; Fator desvantagem competitiva, risco perda de investimento; Energia mais limpa e renovável do mundo Emissões multiplicaram 7x de 1990 a 2015; Energia abundante, estável e confiável; Operação no limite, apaguinhos, intermitência, oscilação; Tecnologia 100% nacional da fonte consumida; Exportava máquinas, equipamentos, tecnologia e serviços; Transferência de tecnologia X acesso ao mercado brasileiro: Reservatórios capacidade plurianual; Décadas de ouro (1950, 60 e 70); Dependente de importação de tecnologia; Importa máquinas, equipamentos, tecnologia, serviços; Abertura do nosso mercado sem transferência de tecnologia; Hoje reservatórios para 4-5 meses; Maior crise da história (2014-17) - PIB caiu 6,72 em 4 anos!;
MODERNINHA E BONITINHA
CENÁRIO ATUAL DO SETOR CGHs E PCHs Cadeia de suprimento encolhendo há 15 anos, perdendo know how, m.d.o. qualificada e cérebros; Reconhecimento da importância das PCHs/CGHs 1º LER (Set/16) aberto à PCHs e CGHs 180MW médios; Temos potenciais, queremos e precisamos trabalhar, geramos 101 empregos/mw; Sucesso do 1º Encontro Nacional de CGHs (Março/17): + de 350 inscritos, + de 25 patrocinadores, + de 50 fabricantes; Enorme interesse; Grandes fabricantes - produtos específicos para o setor; Acabaram recursos: Tesouro Consumidor Sacrifícios são inevitáveis mas tem que ser distribuídos de forma justa: Quem recebeu mais incentivo arca com mais sacrifício; Proporcional ao beneficio gerado para sociedade brasileira;
PROBLEMAS E ENTRAVES Demonização das Hidrelétricas - imensos danos de imagem; PCHs e CGHs - danos colaterais (alvo são UHEs); Entraves para acessar mercado: ACR: contratando muito abaixo do mínimo necessário; GD: Regras inadequadas CGHs (3MW x 5MW, ICMS, REIDI, etc.); ACL: não viabiliza financiamento LP nem viabilidade; Dificuldades acesso financiamento adequado: BNDES Automático = prazo máximo 5 anos, pacote de garantias inviável, Renováveis Modernas x Renováveis Caretas ; BNDES não tem produto adequado para micro, pequeno e médio empreendedor do SEB; Dificuldades Ambientais: Processos excessivamente lentos, irracionais e burocráticos; Exigências irreais, desproporcionais ao impacto e em relação a outras fontes; Judicialização: cancelamento de licenças emitidas, questionamentos, etc.;
PROBLEMAS E ENTRAVES Falta de isonomia entre as fontes: Incentivos fiscais desproporcionais e sem contra-partida à altura; Exigências ambientais desproporcionais ao impacto e ao exigido de outras fontes; Alocação de riscos desiguais (hidrológico, eólico, solar, indexador, sazonalidade); Leilão de descontratação x GSF (por ex.); Politicas social e de desenvolvimento às avessas: MPMEs subsidiando grandes empresas; Subsídios ocultos e/ou indiretos entre agentes privados: Alocação custos de Transmissão desproporcional a quem lhes deu causa - linear por MWh X traçado das LTs longe das PCHs e CGHs; Receita do MWh gerado a preço de hidro ~R$230/MWh) X Aquisição de MWh não gerado a preço de térmica (~R$850 hoje) via PLD, GSF, etc.; Geralmente forçadas a vender sobras a PLD mínimo (R$33/MWh) e comprar déficit a PLD máximo (R$534/Mwh); Benefícios gerados não remunerados (redução das emissões, APPs, monitoramentos, geração na ponta, capacidade de estocagem/cobertura intermitência de 3os, construção de suas próprias LTs, etc.)
PROPOSTAS Acesso a mercado: ACR: contratação de 400MW médios em 2017, 600MW - 2018 e plano para chegar a 1.200MW em 5 anos; Adaptação das regras GD para CGHs; Modernização do ACL: mercado de bolsa, câmara de liquidação chamando margem e assumindo risco contra-partes, transparência, liquidez, contratos de LP, derivativos; Financiamento: negociação com BNDES com suporte do Governo e busca de outras alternativas/soluções; Ambiental: atuação para que nova lei ambiental assegure processo mais racional, rápido e transparente; Reestabelecer a isonomia entre as fontes em todos os aspectos de custo e alocação de riscos; Fim da reversão dos ativos das hidrelétricas OU reversão ou remuneração por esta externalidade OU reversão para todos os agentes do SEB; Extinguir subsídios com regra justa que leve em conta subsídios acumulados no passado e benefícios entregues; Precificar todos os custos e benefícios, remunerar/cobrar para realinhar sinal econômico com eficiência; Ampliar potência das PCHs.
GD REDUZ CUSTOS COM TRANSMISSÃO 35 30 Investimentos em Bilhões (R$) Obras Concedidas e Projeção até o final de 2016* (valor presente) (*considerando-se a contratação de todas as obras) 30,6 25 20 15 10 5 0 13,9 10,5 13,3 13,3 7,7 6,1 10,2 5,0 4,5 7,0 3,0 0,8 3,5 1,0 2,2 1,7 2,5 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 *Considerando os empreendimentos previstos para 2016, mesmo sem programação de
MUITO OBRIGADO! Paulo Arbex Presidente paulo.arbex@abrapch.org.br 11 3165-21516 41 4101-1596 www.abrapch.org.br