Qual o futuro do sindicalismo após a Reforma Trabalhista (Lei /17) Londrina, 15/08/2018

Documentos relacionados
ORGANIZAÇÃO SINDICAL, NEGOCIAÇÃO COLETIVA, DIREITO DE GREVE E DATA BASE. Brasília, 31/08/2018

EFEITOS DA REFORMA TRABALHISTA NO MUNDO SINDICAL. Brasília, Novembro de 2017

Desafios e perspectivas em um contexto de mudanças JUVENTUDE, ENSINO MÉDIO E TRABALHO

XIV JORNADA NACIONAL DE DEBATES

Desafios e perspectivas em um contexto de mudanças

REFORMA TRABALHISTA RESISTIR, MUDAR E AVANÇAR. XVII CONFUP Salvador, 05 de agosto de 2017

Reformas : impactos sobre a classe trabalhadora. Iperó-SP, 16 de agosto de 2017

Realização: CONTRAM-ISP e ISP Brasil

XIV JORNADA NACIONAL DE DEBATES

O DESMONTE DO SISTEMA BRASILEIRO DE RELAÇÕES DE TRABALHO (PLC 38/2017)

Conjuntura Econômica e Bancária

REFORMA TRABALHISTA SUMÁRIO

Balanço dos pisos salariais negociados no Rio Grande do Sul em 2011

JOSÉ DARI KREIN. "A Reforma Trabalhista: precarização do trabalho e comprometimento das fontes de financiamento da seguridade social"

Análise sobre o impacto da Reforma nos trabalhadores. - Maio de D I E E S E / Rede Bancários

REFORMA TRABALHISTA (Lei n /2017) e REFORMA DA PREVIDÊNCIA (PEC 287-A): IMPACTOS NA VIDA DAS MULHERES MARÇO DE 2018

Democratização do Estado e negociação coletiva. Senador José Pimentel 4/4/2014

REFORMA TRABALHISTA LEI Nº , DE 13 DE JULHO DE 2017

REFORMA TRABALHISTA (É TAMBÉM UMA REFORMA SINDICAL)

ASPECTOS CONJUNTURAIS: DESAFIOS POLÍTICOS, ECONÔMICOS E JURÍDICOS A SEREM ENFRENTADOS PELO MOVIMENTO SINDICAL. FEVEREIRO de 2019

BALANÇO DAS GREVES EM

CARAVANA CUT NEGOCIAÇÕES COLETIVAS NO PÓS REFORMA TRABALHISTA

Mercado de Trabalho Brasileiro: evolução recente e desafios

IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

OS DESAFIOS DO CONGRESSO PARA 2017 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA HÉLIO ZYLBERSTAJN FEA/USP E FIPE

Em suma, o Projeto de Lei trata dos seguintes assuntos:

Balanço das Greves em 2008

O desmonte de direitos trabalhistas e sociais em tempo de neoliberalismo. José Dari Krein Cesit/IE/UNICAMP

DEBATE DOS JORNALISTAS DO PARANÁ SOBRE REFORMA TRABALHISTA

REFORMA SINDICAL E TRABALHISTA: EM ANÁLISE E DEBATE Rio de Janeiro, 11 de Maio de 2013

REFORMA TRABALHISTA Prof. Antonio Daud

BATE-PAPO JORNADA DE TRABALHO À LUZ DA REFORMA TRABALHISTA MAIO 2018

REFORMA TRABALHISTA (Lei nº , de ) Data de início de vigência: 11/11/2017

A NOVA RELAÇÃO ENTRE EMPRESAS E SINDICATOS

Mercado de Trabalho, Salário Mínimo e Previdência

Aplicação dos Preceitos da Lei n /2017 e da MP 808/2017

PALESTRA SOBRE A REFORMA TRABALHISTA no II Seminário Agricultura e Meio Ambiente do SindiSeab. Curitiba-PR Dia 26 de outubro de 2017

REFORMA TRABALHISTA Panorama Atual. Luiz Fernando Alouche julho/2017

Congresso de Fundação da Força Sindical do Distrito Federal Mercado de trabalho e negociação coletiva no DF

CAMPANHA SALARIAL PERSPECTIVAS PARA 2011 DIEESE

REFORMA TRABALHISTA (PÓS APROVAÇÃO) PRINCIPAIS PONTOS TRATADOS NO PL

REFORMA TRABALHISTA. Reunião UGT

Reforma Trabalhista Lei /2017 Lajeado Setembro/2017. Apresentação: Eduardo Caringi Raupp

Sandro Silva Economista do Dieese-PR. Curitiba-PR 22/05/2013

Salário Mínimo Regional, Desenvolvimento e Distribuição de Renda.

SEMINÁRIO TRABALHISTA TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS SP 25/08/2017

Dúvidas sobre a reforma trabalhista??? Fique por dentro das principais mudanças sobre o tema e os impactos que ela trará...

Objetivos da apresentação

MODERNIZAÇÃO TRABALHISTA. Lei nº , de 13 de julho de 2017

Aspectos do Mercado de Trabalho Brasileiro

Assembleia nacional Banrisul. Fetrafi Porto Alegre, 18 de março de 2017

Trata-se de imposto cuja alteração deve-se das por lei complementar.

reforma trabalhista. lei nº /2017* lei nº /2017**

NOTA TÉCNICA SOBRE A REFORMA TRABALHISTA Análise preliminar do Substitutivo ao Projeto de Lei nº 6.787/2016

Avenida dos Andradas, 3323, 12 andar -Santa Efigênia -Belo Horizonte (31)

SOCIAL MERCADO DE TRABALHO: ESTAMOS DIANTE DA RETOMADA?

Novos tipos de contrato de trabalho:

LEI Nº , DE 13 DE JULHO DE Reforma Trabalhista

ASPECTOS DA REFORMA TRABALHISTA

EQUIPE DE PROFESSORES DE TRABALHO DO DAMÁSIO CURSO DE 2ª FASE DA OAB EXAME PLANO DE ESTUDO - DIREITO DO TRABALHO

Principais Alterações da Reforma Trabalhista

reforma trabalhista. lei nº /2017* lei nº /2017**

SUMÁRIO. Capítulo 1 INTRODUÇÃO Capítulo 2 GRUPO ECONÔMICO Capítulo 3 TEMPO À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR... 31

Confira os principais pontos da proposta de reforma trabalhista

O IMPACTO DAS MUDANÇAS NA REFORMA TRABALHISTA NO DIA A DIA DAS RELAÇÕES DE TRABALHO DOS CLUBES

Reforma Trabalhista. O impacto das mudanças na reforma trabalhista no dia a dia das relações de trabalho dos clubes VALTER PICCINO - CONSULTOR

CAMPANHA SALARIAL PERSPECTIVAS PARA 2015

SUMÁRIO. Capítulo 2 GRUPO ECONÔMICO Capítulo 3 TEMPO À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR Capítulo 4 DIREITO COMUM E JURISPRUDÊNCIA...

texto-síntese REFORMA TRABALHISTA Riscos e perdas impostos pelo PL 6.787/2016 aos trabalhadores e ao movimento sindical

Saiba mais em

SUMÁRIO. Capítulo 5 RESPONSABILIDADE DO SÓCIO RETIRANTE Capítulo 6 PRESCRIÇÃO... 41

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO E DO MOBILIÁRIO

Teletrabalho, Jornada de Trabalho, Remuneração e prevalência do negociado sobre o legislado. O que mudou?

CONJUNTURA ECONÔMICA PARA A CAMPANHA SALARIAL

REFORMA DA PREVIDÊNCIA: MITO OU NECESSIDADE CENTRAL DOS SINDICATOS BRASILEIROS 2017

PROCESSO DO TRABALHO

UM ANO PÓS REFORMA TRABALHISTA

Oportunidades da Reforma Trabalhista no setor de estacionamentos Outubro/2017. Apresentação Flávio Obino Filho

SUMÁRIO. Capítulo 1 INTRODUÇÃO Capítulo 2 GRUPO ECONÔMICO Capítulo 3 TEMPO À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR... 29

O PIOR ANO PARA AS NEGOCIAÇÕES SALARIAIS

Diretoria de Pesquisas - DPE Coordenação de População e Indicadores Sociais - COPIS Gerência de Indicadores Sociais - GEISO 17/12/2014

CURSO SOBRE A REFORMA TRABALHISTA PARA OPERADORES DO DIREITO BLUMENAU/SC

CAMPANHA SALARIAL PERSPECTIVAS PARA Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios

REFORMA TRABALHISTA Principais pontos que afetam a construção civil

S I N O P S E S I N D I C A L N O V E M B R O E D E Z E M B R O D E

O NOVO MOMENTO NA GESTÃO DE PESSOAS. Denise Poiani Delboni

A REFORMA TRABALHISTA E A CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO (CCT) DOS BANCÁRIOS. D I E E S E / Rede Bancários

COMO A REFORMA TRABALHISTA IMPACTARÁ SUA EMPRESA. Agosto de 2017

CONGRESSO ADVOGADOS TRABALHISTAS AGETRA Jose Eymard Loguercio

REFORMA TRABALHISTA NO BRASIL Lei /17 A Reforma Trabalhista e as oportunidades para a gestão de jornais e revistas Emerson Casali

Folha de Pagamento. Folha de Pagamento. Sistemas de Pagamentos. Folha de Pagamento. Sistemas de Pagamentos. Folha de Pagamento 20/05/2011

Efeitos econômicos e sociais da crise no Brasil

REFORMA TRABALHISTA. Aprovada às pressas? Ou momento político (pêndulo) oportuno...

CARACTERÍSTICAS GERAIS

REFORMA TRABALHISTA IMPACTOS NAS STARTUPS 22 DE AGOSTO DE 2017

principais pontos da CLT que mudarão com a nova lei trabalhista

SICEPOT IMPACTOS DA NOVA LEI TRABALHISTA NA INDÚSTRIA ERIKA MORREALE PRESIDENTE CONSELHO RELAÇÕES DO TRABALHO FIEMG

OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DO RIO GRANDE DO NORTE

Ano 3 7ª Edição Agosto de

Transcrição:

Qual o futuro do sindicalismo após a Reforma Trabalhista (Lei 13.467/17) Londrina, 15/08/2018

MUNDO Crise do capitalismo Subprime 2008 Cadeias Globais de produção e fornecimento China como potência global retorno da bipolarização Perda da primazia da indústria Neocolonialismo Primaveras Terceiro Mundo (Árabe-Brasileira) Globalização Direitos como mercadoria Financeirização Direitização da política Trump Brexit Intersetorização da economia Revolução tecnológica

BRASIL Programa de privatizações Petróleo Energia Elétrica Infraestrutura PEC do Teto Novo Regime fiscal que limita os gastos públicos com políticas sociais (Em dezembro de 2016) Mudança estrutural na base econômica e tecnológica Desmonte do papel do Estado Mercantilização de direitos sociais Lei da Terceirização Retira restrições sobre o trabalho temporário e terceirização (Março/2017) Reforma da Previdência Altera as regras da previdência pública (PEC 287) Reforma Trabalhista Altera a CLT precarizando as relações de trabalho (Julho de 2017)

POPULAÇÃO BRASIL ALGUNS NÚMEROS 209 milhões EM IDADE DE TRABALHAR NA FORÇA DE TRABALHO OCUPADA FORA DA FORÇA DE TRABALHO CONTRIBUINTES PARA PREVIDÊNCIA DESOCUPADA POPULAÇÃO JOVEM (14-29 ANOS) 169 milhões 104,3 milhões 90,6 milhões 64,9 milhões 57,8 milhões 13,7 milhões 51,6 milhões 45% dos trabalhadores estão fora do sistema previdenciário TAXA DE DESEMPREGO JOVEM (14-17 ANOS) 39% (18-24 ANOS) 25% Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, PNAD Contínua.

Financeirização Direitos como mercadoria Globalização Bipolarização EUA x China Neocolonialismo QUAL SINDICALIISMO PARA ESTE NOVO MUNDO? Desemprego Cadeias Globais de produção e fornecimento Revolução tecnológica Intersetorização da economia

O EMPREGO NA ERA PÓS-INDUSTRIAL Haverá, até 2020, uma perda líquida da ordem de 5 milhões de empregos, sendo a razão de 7,1 milhões eliminados para 2,1 milhões criados, em decorrência de mudanças estruturais no mercado de trabalho (Fórum Econômico Mundial de Davos, 2016). The Future of Jobs: Employment, Skills and Workforce Strategy for the Fourth Industrial Revolution ( O futuro dos empregos: emprego, habilidades e Estratégia da Força de Trabalho para a Quarta Revolução Industrial estudo realizado com 15 economias desenvolvidas e em desenvolvimento) * Os que têm menos qualificações serão banidos do mercado de trabalho, estarão em situação de maior vulnerabilidade social e em sério risco de exclusão social.

Multicultural Sem uma potência global UM OUTRO MUNDO É POSSÍVEL Economia compartilhada QUAL SINDICALIMOS PARA ESTE NOVO MUNDO? Interconectato Cooperativismo Revolução tecnológica Ecológico Tempo Livre Longevidade

Negociaçõ es coletiva Reforça a negociação, mas fragiliza o ator negociador (sindicato) Impactos da Reforma nas Negociações coletivas: Negociação passa a poder rebaixar a lei Fim da ultratividade ACT passa a valer mais do que a CCT Promove a negociação individual (banco de horas, jornada 12hX36h, horas extras, trabalhador hipersuficiente...)

Acordos e Convenções Coletivas Sistema Mediador MTb

Redução no registro de Instrumentos Coletivos Queda no número de registros de acordos e convenções coletivas no Mediador (MTb) Menos 30% de acordos e convenções coletivas no primeiro semestre de 2018 em relação a igual período de 2017 A queda é mais acentuada entre as convenções coletivas Menos 41% nas convenções coletivas (negociações por categoria) Menos 28% nos acordos coletivos (negociações por empresa)

Acordos coletivos registrados no Mediador no primeiro semestre 2010-2018 8,739 9,557 9,558 9,197 10,079 9,364 9,370 6,373 6,713 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Convenções Coletivas registradas no Mediador no primeiro semestre 2010-2018 1,255 1,868 2,020 2,009 1,549 1,913 1,758 1,906 1,116 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Reajuste Salariais SAS-DIEESE Sistema Mediador - MTb

100.0 Reajustes salariais em comparação com o INPC-IBGE (SAS-DIEESE) 1996-2017 90.0 80.0 70.0 60.0 50.0 40.0 30.0 20.0 10.0 0.0

Reajustes Salariais no primeiro semestre de 2018 (Mediador) Data-Base Acima do INPC Igual ao INPC Abaixo do INPC Variação Real Total nº % nº % nº % Media nº % Janeiro 1.060 73,1 186 12,8 204 14,1 0,82% 1.450 100,0 Fevereiro 260 87,2 22 7,4 16 5,4 0,98% 298 100,0 Março 355 84,9 47 11,2 16 3,8 1,03% 418 100,0 Abril 149 83,2 11 6,1 19 10,6 1,02% 179 100,0 Maio 418 82,9 68 13,5 18 3,6 1,12 504 100,0 Junho 45 88,2 3 5,9 3 5,9 1,45 51 100,0 Total 2.287 78,9 337 11,6 276 9,5 0,94 2.900 100,0 Fonte: MTb. Mediador Elaboração: DIEESE

100.0 95.0 90.0 85.0 80.0 75.0 70.0 65.0 60.0 55.0 50.0 45.0 40.0 35.0 30.0 25.0 20.0 15.0 10.0 5.0 0.0 Reajustes salariais em comparação com o INPC-IBGE, por data-base (Mediador) 1º semestre de 2018 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho

Cláusulas sobre a Reforma Trabalhista Sistema Mediador MTb

Negociação Coletiva e Reforma Trabalhista (Lei 13.467/17) Levantamento realizado pelo DIEESE no Sistema Mediador do Ministério do Trabalho, no primeiro bimestre de 2018, mostra que as condições permitidas pela Lei 13.467/17 estão cada vez mais frequentes nos acordos e/ou convenções coletivas. Foram analisados 113 instrumentos coletivos com 237 cláusulas relacionadas à Reforma Trabalhista (que mencionam o termo Reforma Trabalhista e/ou Lei 13.467). Os temas mais constantes são intervalo intrajornada, local de homologação da rescisão, custeio sindical, banco de horas e horas in itinere, nessa ordem.

Cláusulas sobre a Reforma Trabalhista Temas mais frequentes Brasil 1º bimestre Temas % Intervalo intrajornada 11,40% Homologação 8,90% Custeio sindical 8,40% Banco de horas 7,60% In itinere 7,60% Insalubridade gestante 5,50% Contrato individual ( hipersuficiente ) 5,10% Fonte: Sistema Mediador

Cláusulas sobre a Reforma Trabalhista Intervalo intrajornada: todas tratam da redução desse tempo Homologação das rescisões: a maioria estabelece que conferência das verbas e todos os acertos sejam feitos nos sindicatos. Custeio sindical: a maior parte exige autorização do trabalhador para efetivar o desconto da contribuição pela empresa. Outra parte, no entanto, aparecem outros tipos de contribuição para a garantir a sustentabilidade sindical. Banco de horas: parte das cláusulas autoriza a realização de acordos individuais com duração de até seis meses. Outra parte condiciona o banco à negociação coletiva com o sindicato. Horas in itinere: a maioria das cláusulas extingue o pagamento, como faculta a nova lei.

Greves Sistema de Acompanhamento de Greves 2017

Greves e horas paradas Brasil, 2017 Esferas Greves Horas paradas nº % nº % Esfera Pública 814 52,0 60.907 64,7 Funcionalismo Público 728 46,5 58.052 61,7 Empresas Estatais 86 5,5 2.855 3,0 Esfera Privada 746 47,6 33.111 35,2 Esfera Pública e Privada 1 6 0,4 48 0,1 TOTAL 1.566 100 94.066 100 Nota (1): Greves empreendidas conjuntamente por trabalhadores das esferas pública e privada.

Greves e horas paradas no esfera privada, por setor Brasil, 2017 Setor Greves Horas paradas nº % nº % Comércio 7 0,9 320 1,0 Indústria 171 22,9 7.156 21,6 Rural 0 0 0 0 Serviços 567 76,0 25.634 77,4 Multisetorial 1 0,1 1 0,0 TOTAL 746 100 33.111 100

Caráter das Greves no Setor Privado Brasil, 2017 Caráter greves (746) nº % Propositivas 131 17,6 Defensivas 649 87,0 Manutenção de condições vigentes 221 29,6 Descumprimento de direitos 548 73,5 Protesto 41 5,5 Solidariedade 1 0,1

Sindicalização Suplemento de sindicalização da PNAD-IBGE 2015

TAXA DE SINDICALIZAÇÃO OCUPADOS COM 16 ANOS OU MAIS 18.9% 18.2% 18.5% 19.1% 18.6% 18.1% 17.5% 16.9% 16.2% 16.9% 19.5% 18,5 milhões de sindicalizados em um universo de 94,4 milhões (dado de 2015) Taxa de 19,5% 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014 2015 Fonte: Suplemento de sindicalização da PNAD-IBGE. Média mundial = 25%

MOTIVO PELO QUAL SE FILIOU A UM SINDICATO Por achar que era obrigatório, 26.4% Outro, 2.1% Serviços, 20.3% Defende direitos, 51.2% Fonte: Microdados da PNAD-IBGE

PERFIL DO(A) SINDICALIZADO(A) NO BRASIL Setorialmente, as maiores taxas de sindicalização ocorrem em segmentos industriais, Transporte, Administração pública e Educação e saúde. As menores são nos Serviços Domésticos, Construção e comércio; Com exceção do segmento rural (sindicalização com forte componente vinculada a questão previdenciária), demais são segmentos com maior formalização; Em relação às ocupações, as taxas de sindicalização são maiores naquelas ocupações com maior grau de instrução, com exceção das ligadas ao setor agrícola, sendo que as menores ocorrem naquelas com maior informalidade e conhecida precariedade, como as vinculadas ao comércio e serviços; A taxa de sindicalização dos homens é superior a das mulheres; elas crescem conforme a idade; os sindicalizados são mais escolarizados que os não sindicalizados e os não-negros possuem taxa de sindicalização superior a dos negros;

POR QUE NÃO SE FILIA A UM SINDICATO? De 94,4 milhões de ocupados com 16 anos ou mais, 76 milhões não eram filiados; Motivos predominantes: não conheciam seu sindicato, não possuía serviços que lhe interessava, não tinha representatividade ou não confiava, não sabia como se associar; Desconhecimento sobre o sindicato se relacionava a atividades com maior informalidade e precariedade, como Serviços domésticos e alojamento e alimentação; Sem serviços relevantes: maior destaque nas atividades de Educação, saúde e serviços sociais e Administração pública; Não tinha representatividade ou não confiava: algum relevo dentre os ocupados não filiados nas atividades de educação, saúde e serviços sociais e administração pública; Não sabia como se filiar: Serviços Domésticos, Comércio e atividades agrícolas; Contribuições caras: o valor da contribuição se tornando impeditivo à associação sindical é importante para os ocupados em atividades agrícolas

A IMPORTÂNCIA DA ORGANIZAÇÃO SINDICAL Dimensão indispensável da democracia é a existência de um Sistema de Relações de Trabalho DOS TRABALHADORES Os sindicatos nascem como uma reação às precárias condições de trabalho e remuneração a que estão submetidos os trabalhadores no capitalismo A atuação dos sindicatos contribuiu decisivamente para que a CF 88 reservasse todo o art.7º aos diretos dos trabalhadores e outros grandes temas nacionais e regionais As negociações coletivas ampliam direitos garantidos por lei e avançam em novas conquistas As entidades precisam dispor de recursos políticos e financeiros para se contraporem ao poder das corporações empresariais A instituição que melhor atua para assegurar o cumprimento dos direitos e denunciar os abusos é o sindicato

32 Escritório Regional do DIEESE em SP ersp@dieese.org.br www.dieese.org.br