Política Nacional de Resíduos Sólidos. Porto Alegre RS



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Transcrição:

Política Nacional de Resíduos Sólidos Porto Alegre RS Data: 04 Julho 2015

Apresentação PNRS: Atores e obrigações Panorama Geral: Implementação da PNRS no Brasil Pesquisa CNM (2015) Sanções

PNRS PNRS PNRS PNRS Imagem do google com adaptações

12.305/10 Plano Nacional Planos Estaduais Planos Municipais

Plano Nacional 12.305/10 Sociedade Planos Estaduais Planos Municipais Setor Empresarial

Principais atores e obrigações da PNRS UNIÃO Plano Nacional de Resíduos Sólidos; Logística reversa; Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos - SINIR. ESTADOS Plano Estadual de Resíduos Sólidos PERS; Integração da organização, do planejamento e da execução das funções públicas de interesse comum relacionadas à gestão dos resíduos sólidos em regiões metropolitanas, apoiar e priorizar as iniciativas dos Municípios por soluções consorciadas. MUNICÍPIOS Plano Municipal de Resíduos Sólidos - PMGIRS; Eliminação de lixões e aterros controlados (remediação passivo ambiental); Implantar aterro sanitário (dispor apenas rejeito); Coleta seletiva (inclusão socioprodutiva dos catadores de materiais recicláveis); Compostagem; Articular o retorno ao ciclo produtivo dos resíduos reutilizáveis e recicláveis oriundos dos serviços de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos (Logística Reversa).

Principais atores e obrigações da PNRS SOCIEDADE Coleta Seletiva: separação prévia (secos, orgânicos e rejeitos); Como conscientizar? Como informar?

Principais atores e obrigações da PNRS SETOR EMPRESARIAL - Art. 33 Logística Reversa São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de: I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens; II - pilhas e baterias; III - pneus; IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

Art. 33: 7o Se o titular do serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, por acordo setorial ou termo de compromisso firmado com o setor empresarial, encarregar-se de atividades de responsabilidade dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes nos sistemas de logística reversa dos produtos e embalagens a que se refere este artigo, as ações do poder público serão devidamente remuneradas, na forma previamente acordada entre as partes. 1. Os municípios são entes envolvidos na logística reversa! 2. É possível dissociar coleta seletiva da logística reversa? 3. Quem paga a conta de quem? Fonte: Observatório dos Lixões http://www.lixoes.cnm.org.br

Hierarquia das ações no manejo dos resíduos sólidos (Art. 9º) Redução Reciclagem Disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos Não geração Reutilização Tratamento Destinação Final

Início Resíduos Secos Orgânicos Secos Resíduos Orgânicos Triagem Separação Prévia Aterro Sanitário Compostagem Rejeitos Recicláveis Importante! A coleta seletiva deve ter a participação dos catadores e a logística reversa deve ter atuação do setor empresarial. Utilização do composto

Panorama Atual - CNM

Panorama atual Cumprimento 12.305/10 www.lixoes.cnm.org.br

Panorama atual Cumprimento 12.305/10

Panorama atual Cumprimento 12.305/10

Panorama atual Cumprimento 12.305/10

Política Nacional de Resíduos Sólidos Foi instituída pela Lei 12.305/10 e regulamentada pelo Decreto 7.404/10 Fixou obrigações para União, Estados e Municípios, porém apenas os Municípios estão sujeitos à sanções da Lei de Crimes Ambientais Lei 9.605/98. UNIÃO MUNICÍPIOS ESTADOS ESTADOS MUNICÍPIOS UNIÃO

PL 2289/2015 Em Tramitação

Sanções A Confederação Nacional de Municípios alerta que a PNRS prevê sanções para pessoas físicas ou jurídicas quando não forem observados os preceitos da referida Lei e seu regulamento (Decreto 7.404/2010). Art. 51. Sem prejuízo da obrigação de, independentemente da existência de culpa, reparar os danos causados, a ação ou omissão das pessoas físicas ou jurídicas que importe inobservância aos preceitos desta Lei ou de seu regulamento sujeita os infratores às sanções previstas em lei, em especial às fixadas na Lei n o 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências, e em seu regulamento. (BRASIL, Lei 12.305/2010).

Sanções Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 9.638/81) Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98) Art. 54, 2º, Se o crime: V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos: Pena - reclusão, de um a cinco anos. 3º Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo anterior quem deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível.

Sanções Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98) - Decreto 6.514/2008: Multa de R$ 5 mil a R$ 50 milhões também é válida para quem, segundo Art. 62: V - lançar resíduos sólidos, líquidos ou gasosos ou detritos, óleos ou substâncias oleosas em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou atos normativos; VI - deixar, aquele que tem obrigação, de dar destinação ambientalmente adequada a produtos, subprodutos, embalagens, resíduos ou substâncias quando assim determinar a lei ou ato normativo; Ausência de coleta seletiva e compostagem pode gerar multa de até R$ 50 milhões!

Sanções Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98) Além disto, o Art. 62 do Decreto 6.514/2008 é explícito quando afirma que está sujeito à multa de até R$ 50 milhões quem destina resíduos ou rejeito céu aberto, ou seja, lixões. X - lançar resíduos sólidos ou rejeitos in natura a céu aberto, excetuados os resíduos de mineração; (Incluído pelo Decreto nº 7.404, de 2010)

Sanções LEI 8.429/1992 (Improbidade Administrativa) Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: II retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício; Art 12, III na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente (...)

Atenção!

Sugestão de Leitura Publicações CNM http://www.cnm.org.br/biblioteca/lista/meio-ambiente

Obrigada! Priscila Álvares (61) 2101-6696 saneamento@cnm.org.br