ORIENTAÇÕES PARA O ACOMPANHAMENTO DA INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA



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Transcrição:

DOCUMENTO ORIENTADOR CGEB Nº 11 DE 2014 COORDENADORIA DE GESTÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA ORIENTAÇÕES PARA O ACOMPANHAMENTO DA INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA SÃO PAULO JUNHO DE 2014

Governador Geraldo Alckmin Vice-Governador Guilherme Afif Domingos Secretário da Educação Herman Voorwald Secretária Adjunta Cleide Eid Bauab Bochixio Chefe de Gabinete Fernando Padula Novaes Coordenadora de Gestão da Educação Básica Maria Elizabete da Costa Diretor do Departamento de Desenvolvimento Curricular e de Gestão da Educação Básica João Freitas da Silva Diretora do Centro de Ensino Fundamental de Anos Finais, Ensino Médio e EducaçãoProfissional Valéria Tarantello de Georgel Organizadores Angela Maria Baltieri Souza; Clarícia Akemi Eguti; Idê Moraes dos Santos; Kátia Regina Pessoa; Mara Lúcia David; Marcos Rodrigues Ferreira; Roseli Cordeiro Cardoso; Rozeli Frasca Bueno Alves Diagramação Uiara Maria Pereira de Araújo

Página 3 de 13

Sumário Sumário... 4 Ponto de Partida... 5 1 No Percurso... 7 2. Planejamento de Intervenções... 8 3. Comentários e Recomendações Pedagógicas... 9 4. A Intervenção Pedagógica... 10 5. Considerações Finais... 12 Referências... 13 Página 4 de 13

Ponto de Partida Ser interdisciplinar é saber que o universo é um todo, que dele fazemos parte, como fazem parte do oceano as suas ondas. Num momento, a própria substância oceânica se encrespa, se agita, toma forma e se dilui sem jamais ter-se do seu todo separado ou ter deixado de ser o que sempre foi. 1 Pela necessidade de assegurar não só o acesso, mas também a permanência de um número cada vez maior de alunos em seu percurso de formação, incluindo a possibilidade de prosseguir nos estudos e desenvolver diferentes projetos profissionais, uma das preocupações fundamentais dos educadores é promover o exercício do protagonismo juvenil no ambiente escolar, em especial no processo de aprendizagem, buscando preparálos para que desta forma, estejam aptos a enfrentar desafios concretos no cotidiano. Com os resultados da aplicação das provas objetivas da Avaliação da Aprendizagem em Processo AAP, as equipes escolares já possuem um diagnóstico atualizado da situação em que se encontram os alunos, em relação às expectativas de aprendizagem para o ano ou a série que estão cursando. As matrizes de referência para a elaboração das questões da AAP levam em conta as matrizes do SARESP, do SAEB e do ENEM e estão articuladas às expectativas de aprendizagem propostas pelo Currículo de Língua Portuguesa e de Matemática, para as etapas escolares a que se destinam. As provas objetivas de Língua Portuguesa da AAP baseiam-se em habilidades de compreensão e interpretação de leitura de textos de gêneros variados, que circulam em diferentes mídias, tal como previsto nos materiais de apoio ao desenvolvimento do Currículo (Cadernos do Professor e Cadernos do Aluno de Língua Portuguesa e de Matemática), livros 1 FAZENDA, I. C. A. Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. Campinas, SP: Papirus, 1999. Página 5 de 13

didáticos e outros recursos disponibilizados para as escolas. Todos os materiais indicados têm a diversidade cultural, o respeito aos direitos humanos e a inclusão social como princípios básicos. Página 6 de 13

1 No Percurso Mapear necessidades é fundamental para planejar ações de intervenção. Tomandose por base a porcentagem de alunos que ainda não desenvolveram determinada habilidade, é preciso consolidar parcerias: equipe gestora da escola com Professor Coordenador PC, Professor Coordenador de Apoio à Gestão Pedagógica - PCAGP e Professores para agirem com foco nas necessidades de aprendizagem, verificadas a partir da AAP. As capacidades de leitura solicitadas nas provas podem ser alvo da atuação de outros professores, não só os de Língua Portuguesa. Para tanto, é preciso retomar com o grupo escola, tanto o conceito de letramento 2 como o de letramentos múltiplos 3 - literário, cinematográfico, televisivo, musical, imagético, digital, do mundo do trabalho, das comunidades, sem deixar de enfatizar os procedimentos ou estratégias de leitura, que precisam ser ensinados e reforçados a cada texto que é utilizado em situação de aprendizagem 4. Tratando-se especificamente da AAP de Matemática, ressaltamos que as capacidades de expressão, compreensão, argumentação, proposição, contextualização e abstração - verificadas por meio dos itens da AAP - estão no foco do trabalho dos professores de todas as disciplinas, não apenas Matemática. Embora sejam capacidades diretamente articuladas aos conteúdos matemáticos tratados ao longo dos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio (Números, Geometria, Relações) cujas ideias fundamentais referem-se a: equivalência, ordem, proporcionalidade, medida, aproximação, problematização e otimização 5, é possível observá-las em situações de aprendizagem em Ciências da Natureza, Ciências Humanas e, obviamente nas disciplinas da área de Linguagens. 2 SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998. 3 ROJO, R. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola, 2009. 4 ROJO, R. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola, 2009. pp. 74-79. 5 São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo: Matemática e suas tecnologias. Coord. Geral: Maria Inês Fini. Coord. de área: Nilson José Machado. São Paulo:SE, 2012 p.54 Página 7 de 13

2. Planejamento de Intervenções De posse dos resultados da AAP, por ano/série e, mais precisamente, com o levantamento das habilidades com menor porcentagem de acertos, as equipes escolares, orientadas pelos Professores Coordenadores de Língua Portuguesa e de Matemática do Núcleo Pedagógico - PCNP, podem planejar intervenções pedagógicas especialmente propostas para que sejam criadas condições que facilitem os processos de ensino e de aprendizagem, no decorrer do desenvolvimento dos conteúdos curriculares, garantindo, inclusive, sua progressão. Todos os que lidam, direta ou indiretamente, com o processo pedagógico devem estar mobilizados para analisar, debater e ajustar as estratégias de atuação, para, coletivamente, chegarem à solução dos problemas e ao atendimento das demandas. Equipes escolares e alunos comprometidos com o desenvolvimento de projetos temáticos e interdisciplinares, por exemplo, são bons indicadores de possibilidades de encaminhamentos para melhores desempenhos em situações de avaliação, tanto processuais como externas. Entre os momentos previstos de formação continuada para estudar, aprimorar conhecimentos, trocar experiências e planejar intervenções de caráter pedagógico, chamamos a atenção para a importância das ATPC Aulas de Trabalho Pedagógico Coletivo 6. Essas reuniões de trabalho podem colaborar para a transformação das práticas, se for priorizado o foco não só no planejamento, mas também no acompanhamento das ações propostas e dos resultados alcançados. 6 Recomendamos a leitura do Documento Orientador CGEB 10/2014 ATPC em Destaque. Página 8 de 13

3. Comentários e Recomendações Pedagógicas Além das provas com questões objetivas e propostas de produção textual, acompanha a AAP o material também produzido pela equipe de Língua Portuguesa, contendo comentários e recomendações para intervenção pedagógica efetiva, visando à elaboração de planos de aulas ou situações de aprendizagem propícias ao ensino de procedimentos que permitam aos alunos, mesmo aqueles com mais dificuldades, desenvolverem as habilidades que precisam ser mobilizadas em cada questão objetiva que compõe a prova e em atividades de leitura no cotidiano, para além do espaço escolar, o que também se aplica à produção escrita. Com embasamento teórico e sugestões de atividades contextualizadas, as recomendações pedagógicas podem subsidiar o planejamento das ações, demandadas a partir do mapeamento das necessidades de aprendizagem, diagnosticadas com o resultado da AAP. São formas de encaminhamento para a necessária transposição didática, que deverão favorecer a mediação do professor em situações de aprendizagem diferenciadas e desafiadoras. Esses materiais de apoio estão igualmente disponíveis nas AAP de Matemática com análise das questões, gabaritos e distratores, bem como recomendações pedagógicas com vistas a sanar possíveis dificuldades. Página 9 de 13

4. A Intervenção Pedagógica O plano construído coletivamente pelos envolvidos no processo, com orientação e acompanhamento dos Supervisores de Ensino, dos PCNP LP e do PC é um instrumento que consolida a parceria e a corresponsabilidade entre os atores. Entre os participantes no planejamento e no desenvolvimento das atividades, devemos incluir outros profissionais que façam parte da equipe escolar, como Professor Auxiliar- PA, PCAGP, PCA, universitários do Programa Residência Escolar, bem como os professores envolvidos com os processos de reforço e recuperação. Uma maneira de sistematizar o planejamento de atividades, que podem ser realizadas mesmo no decorrer do desenvolvimento de um projeto já em andamento na escola, ou nas ações de implementação curricular em progresso, é a utilização do quadro: Plano de Intervenção Pedagógica Escola: Ano/série: Data: Responsáveis: (Nomes: PC, PEB II) H Habilidades - Língua Portuguesa % de alunos que ainda não desenvolve ram a habilidade Ações em andamento (projetos, situações de aprendizagem etc.) Propostas pontuais de intervenção (responsáveis, atividades, recursos materiais, agrupamentos) Meta a ser atingida (percentual esperado) Prazo previsto H H H H Assinaturas/Rubricas: Página 10 de 13

Partindo da porcentagem de alunos que ainda não dominam determinada habilidade, naquele ano/série em análise, é importante levantar ações, projetos e situações de aprendizagem que podem contribuir para o desenvolvimento de atividades pontuais, que levem à aquisição de determinados conhecimentos, considerando os professores corresponsáveis, os recursos a serem utilizados e os agrupamentos produtivos ou colaborativos possíveis. Para a realização do plano, é preciso que o grupo estabeleça metas e prazos exequíveis, com porcentagem de alunos que passarão a dominar o conteúdo e demonstrarão ter desenvolvido a habilidade, após o período determinado para as atividades propostas. Página 11 de 13

5. Considerações Finais Os Cadernos de Comentários e Recomendações Pedagógicas, disponibilizados com a AAP, podem apoiar o trabalho do professor em sala de aula e também oferecer subsídios para atividades de recuperação contínua e intensiva. No material, que compõe esses cadernos, encontram-se as matrizes de referência, análise e comentários sobre cada questão, habilidades/descritores, sugestões de transposição didática, indicações de materiais impressos ou disponíveis na internet e referências bibliográficas para consultas e esclarecimentos de dúvidas, de modo a garantir a eficácia da proposta e a reforçar seu caráter processual e contínuo. O foco na melhoria do desempenho dos alunos deve motivar ações conjuntas, planejadas e realizadas pelo grupo escola, em que atores específicos assumem o protagonismo, de acordo com o que for coletivamente estabelecido. Página 12 de 13

Referências SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998. ROJO, R. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola, 2009. FAZENDA, I. C. A. Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. Campinas, SP: Papirus, 1999. SÃO PAULO. Secretaria de Estado da Educação. Comentários e Recomendações Pedagógicas. Disponível em: <http://www.intranet.educacao.sp.gov.br/portal/site/intranet> Página 13 de 13