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Transcrição:

3º CONGRESSO NACIONAL DE SERVIDORES PÚBLICOS Participamos nos dias 24 a 28 de abril do 3º Congresso Nacional de Servidores Públicos, organizado pela FENASEP, a nossa federação. Michel Zaidan Filho análise de conjuntura. Quem sempre luta, nem sempre ganha, mas, quem não luta, sempre perde. Graduado em Filosofia pela Universidade Católica de Pernambuco (1974), mestrado em História pela Universidade Estadual de Campinas (1982) e doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo (1986). Atualmente é Professor Titular do centro de Filosofia e Ciências Humanas da da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Tem experiência na área de História e Ciências Sociais, com ênfase em Teoria e Filosofia da História, Teoria Política, atuando principalmente nos seguintes temas: teorias da democracia; Comunismo, Política, Brasil, Democracia e Política. O evento começou com uma análise de conjuntura. Avaliamos que os ajustes fiscais que tem sido realizado pelos Governos é uma transferência de renda, tira daqueles que tem pouca ou quase nenhuma renda, para aqueles que muito tem, e sempre tem mais a ganhar com os ajustes. Para deixar claro que governo é governo, partido é partido, e sindicato é sindicato, na análise da conjuntura houve a defesa do mandato da Presidenta Dilma, da democracia, não sem isentá-la das críticas ao segundo mandado, tendo em vista a política econômica adotada para produzir superávit primário para pagar o serviço da dívida, por meio do danoso ajuste fiscal. No que se refere aos diretos trabalhistas e à liberdade de organização sindical, a avaliação é que estamos num momento de retrocesso tão grave, que voltamos a uma era anterior ao período de Getúlio Vargas, pois naquele tempo se poupava ao menos os sindicatos pelegos, o que não ocorre nesse momento. É preciso lutar, é melhor morrer lutando, que morrer sentado esperando a morte. As instituições estão em descréditos. O Estado é de exceção, e o desafio é complexo: Governar o Brasil com esses partidos políticos, judiciário e mídia, qualquer que seja a pessoa eleita só governará se fizer várias concessões, vender a alma e o espírito. Mas, é preciso acreditar, lutar e, principalmente votar. É uma ignorância que custará ainda mais caro deixar de votar, anular o voto, o que contribuirá para uma oligarquização ainda maior, pois alguns votarão, levarão alguns outros poucos, e legitimarão o golpe contra a classe trabalhadora.

Além da eleição e posse da nova direção nacional da federação, com a participação de vários companheiros e companheiras da região sul, dentre eles três do Paraná, tivemos uma avaliação da situação de vários estados, representados pelos dirigentes sindicais presentes, que radiografaram a situação vivida pelos servidores públicos de seus estados. Goiás O Governo não respeita a lei. Mobilização, manifestações e ações jurídicas tem sido feitas pelos sindicatos. Há vários anos os servidores não recebem a data base. Em 2017 o Governo congelou de vez até 2020 os salários dos servidores. Progressão e promoção são pagas apenas por meio de ação judicial. Privatização do serviço público por meio de Organizações Sociais e das Parcerias Público-Privado. Impera a política do estado mínimo. Houve intervenção no repasse das contribuições sindicais, em 2017 o desconto ficou suspenso por vários meses, e em 2018 o imposto sindical não foi arrecadado. O governo está tentando aprovar uma lei para ampliar o prazo do repasse das contribuições sindicais, que é descontado da folha dos servidores, para atrasar ainda mais o repasse aos sindicatos. Minas Gerais Não há diálogo, o Governador eleito trouxe apenas infortúnios aos servidores. Salários congelados desde 2014. Pior, barrou um projeto de lei do governo anterior que parcelava a data base. Está pagando os salários de forma escalonada, em 3 parcelas. O estado chegou a descontar as parcelas de empréstimo dos consignados dos servidores e não repassou aos bancos. Cooptam algumas categorias com altas ajudas de custo, e aumentou o auxílio alimentação apenas para os agentes profissionais. Persegue os dirigentes sindicais. Falta assistência médica. No Sistema próprio de saúde, que atende aos servidores, existem 7 mil pessoas na fila, 3 meses para exames, falta profissionais, ruiu-se a autonomia financeira, falta pagamento aos fornecedores desde o segundo semestre de 2017. Estado de Roraima Situação idêntica ao Estado de Minas Gerais. Tão difícil a situação que os sindicatos não tiveram condições de viajar, enviaram uma carta informando os problemas. Distrito federal A cartilha é a mesma. Não concede reajuste, não cumpre a lei, a data base havia sido parcelada em 3 vezes, ao assumir, em 2015, não pagou a terceira parcela, confiscou a previdência dos servidores. Fez inúmeras manobras, declarou guerra aos servidores. Polícia civil, educação fizeram longas greves, o governo não se importou. Rio Grande do Norte

Pacote de maldade. Tem enfrentado os problemas com unidade por meio do FES, e estratégia de mídia unificada. Conseguiu, a exemplo do Paraná, a manutenção de anuênio e quiquênio. Santa Catarina Desmonte, sucateamento, arrocho. Já em 2003 o governo do PMDB mudou a política salarial, ao assumir. Iniciou-se a política das gratificações, houve resistência dos sindicatos, mas, pressionados pelas categorias, que via nas gratificações a solução imediata, teve que assimilar. O salário base inicial é 820 reais o teto 1910 reais, com 35 anos de carreira. Para dividir as categorias algumas carreiras foram privilegiadas com gratificações que chegam a 8 mil reais. O teto do serviço público é de 30 mil reais, salário ganho apenas por políticos do executivo, legislativo e alguns servidores graduados do poder judiciário. Aumentou a contribuição previdenciária de 11 para 14%, e criou a previdência complementar com percentual de mais 8%. Na prática as alíquotas estão em 19 e 22%. Várias unidades de saúde foram fechadas, para se ter uma ideia da política de estado mínimo que por lá impera. Paraíba Idem. É uma coisa feita contra o serviço púbico e servidores de forma geral, diz um companheiro sindicalista paraibano. Sindicatos estão cada vez menores, pois não há concurso para suprir as vagas nas carreiras. Desde 2016, o Governador, que é ex-sindicalistas, tornou-se o pior governador que a Paraíba já teve. Os salários estão congelados por tempo determinado. Pernambuco Os servidores fizeram greve, paralisações, há um decreto instituindo negociação, porém, nada avança. O Governo alega o limite prudencial, período eleitoral e usa de diversas manobras para enrolar. Apesar disso enviou um projeto de lei beneficiando duas categorias que ganham mais, com salário médio de 5 mil reais, e gratificações em torno de 15 mil reais. O projeto foi encaminhado pelo Tribunal de Contas do Estado. Vale alimentação do executivo está com o valor de sete reais, há de 10 anos. Ceará A situação é semelhante com a do Paraná. Para fazer o enfrentamento os servidores públicos apostam na luta conjunta. Desde o ano de 2016 não há reajuste de salário, a data base esta ajuizada no tribunal justiça. Os servidores da Emater, que são celetistas, já receberam na justiça. Há um instituto que cuida da saúde, parou no governo, consta aporte financeiro do governo e dos servidores, mas, o governo não honra com a sua parte. Há um Fórum de sindicatos e associações, que coordena a luta unificada. O estado está equilibrado do ponto de vista financeiro. Detran e professores tem avançado nas pautas. Acre

Está um caos, o último reajuste foi em 2012. A folha está com 53% de comprometimento. Para segurar os sindicatos o governo nomeou os principais sindicalistas para cargos comissionados, com salários que chegam a 16 mil reais. Existem 11 mil servidores contratados sem concurso depois de 1988, que correm o risco de serem demitidos a qualquer momento pela justiça. O Governo fez redução de horário de atendimento no serviço público prejudicando ainda mais a população. Maranhão Situação financeira é boa, 38% de comprometimento da folha, comemora o governo. Porém, desde 2015 não há reajuste. O que arrecada na previdência é 40 milhões menos do que precisa. Em 2015 o fundo tinha 1,5 bilhões de reais, com o rombo mensal, em 2021 o Maranhão não conseguirá pagar os seus aposentados. Paraná Não se aprende nada vendo a TV globo. Reafirmamos que a história do movimento sindical nos ensina que o trabalhador se educa na conjuntura perversa, nas lutas, se politiza nos conflitos e é sujeito de sua história. O sindicato é importante instrumento de educação coletiva das massas. As lutas contra os patrões e o enfrentamento à repressão policial, os debates travados nas assembleias, as palavras de ordens gritadas nas passeatas, os congressos e as discussões de propostas contra o capital e o capitalismo são espaços e mecanismos de educação política dos trabalhadores. Fizemos um balanço do que representou 8 anos de Beto Richa para nós servidores do Estado do Paraná. 2011 a 2014, pagou a data base, do começo ao fim, sob pressão do funcionalismo. Em 2013, para citar um exemplo, tivemos uma das campanhas salariais mais caras dos últimos tempos, com vários atos e acampamentos de vários dias no Centro Cívico. O Governo chegou ao final do primeiro mandato fazendo o que sabe fazer bem, mentir, afirmando: faremos um governo ainda melhor. A verdade veio à tona logo após a eleição, o Paraná havia sido quebrado por inúmeros desvios, má gestão, conforme publicados na imprensa e investigação que corre na justiça. 2015 a 2018. Um desastre. Iniciou 2015 com ataques aos servidores públicos, culminando com o massacre no dia 29 de abril. À base de bombas e balas de borrachas, aparato policial nunca antes visto na história do Paraná, o Governo arrombou e assaltou o fundo de previdência dos servidores. Não cumpre acordo, leis, e desde 2016 não paga a revisão anual da inflação em nossos salários, defasagem que bate os 11,53%. A exemplo de Santa Catarina, aqui criou-se uma política de gratificação, para agora congelar a gratificação criada e cortar as gratificações dos salários dos dirigentes sindicais. Com a renúncia do Beto Richa, assumiu a Vice Maria Aparecida Borghetti, com um discurso de que está disposta a conversar. A data base em maio de 2018

será o termômetro para avaliar e saber se a Governadora valoriza os servidores e cumpre com a sua palavra. Por fim, outro problema, não menos grave, é o ataque à liberdade sindical. Isso se dá desde a redução de liberação de dirigentes, passa pelo corte de gratificações, adicionais de dirigentes liberados, cobranças para fazer o desconto das mensalidades dos trabalhadores em folha, e perseguição judicial e funcional aos dirigentes. Domingo faz três anos que fomos brutalmente agredidos por bombas, balas de borracha e spray de pimenta, numa batalha que repercutiu no mundo inteiro. O saque do sistema de previdência é mensal, utilizando-se diversos meios, reduzindo a sua vida para o ano de 2021, aproximadamente. Apesar de todo esse esforço, temos encontrado dificuldades para uma mobilização conjunta, para uma greve geral, por exemplo. As categorias que, nesse período, fizeram greves e paralisações foram massacradas com lançamento de faltas, descontos dos dias parados e processos administrativos. Combinado com o cenário nacional adverso, o que se observa é um momento de refluxo, contra o qual temos realizado inúmeras ações em busca de chamar e trazer as categorias para a luta. Donizétti Silva, servidor público de carreira da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Estado do Paraná. Estou presidente do SINDISEAB na atual gestão 2016-2019, sendo que temos militado no movimento sindical há duas décadas. O SINDISEAB é um sindicato estadual que representa os servidores que trabalham na agricultura e meio ambiente, bem como servidores de atividades correlatas a essas. Juntamente com mais quatro companheiros e companheiras, atuamos na Coordenação do FES Fórum Estadual das Entidades dos Servidores Públicos do Paraná, espaço de discussão e encaminhamentos das lutas dos servidores composto por cerca de 20 entidades.