S I N O P S E S I N D I C A L A B R I L D E

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Alfredo Casqueira Tomé
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1 S I N O P S E S I N D I C A L A B R I L D E ÁGUA E ESGOTO. Com data-base em 1º de maio, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Água, Esgoto e Meio-ambiente do Estado de São Paulo, representando aproximadamente 21 mil trabalhadores, entregou a pauta de reivindicações ao Sindicato patronal, dando-se destaque às seguintes reivindicações: a) Reposição salarial pelo ICV-Dieese; b) Aumento real; c) Prêmio de PLR. CENTRAL SINDICAL. No próximo dia 5 de maio, no município de Sumaré, será fundada uma nova central sindical: CONLUTAS. Esta central sindical é conseqüência de um movimento político informal coordenado pelo presidente nacional do partido político PSTU, Sr. José Maria de Almeida (expetista, fundador da CUT). Esta nova central nascerá com o apoio de 250 sindicatos e 80 movimentos populares, representando cerca de 3 milhões de trabalhadores. FARMACÊUTICOS. Com data-base em 1º de abril, a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo, representando 8 mil farmacêuticos, recusou a proposta patronal para renovação da convenção coletiva de trabalho, a qual consistia em: Reajuste salarial Faixa salarial 5,51% Até R$ 1.000,00 4,57% De R$ 1.001,00 até R$ 3.000,00 3,64% De R$ 3.001,00 até R$ 4.500,00 Aumento fixo de R$ 201,10 Acima de R$ 4.501,00 Posteriormente, as partes chegaram a bom termo mediante o acerto das seguintes cláusulas: 1

2 a) Reajuste salarial de 6%, sendo 1,7% a título de aumento real; b) Piso salarial evoluiu de R$ 580,00 para R$ 650,00 (aumento de 12,7%); c) Prêmio de PLR no valor de R$ 650,00; d) Manutenção das cláusulas sociais. FRENTISTAS. Com data-base em 1º de março, o Sindicato dos Frentistas do Estado de São Paulo, representando 84 mil trabalhadores, não está conseguindo avançar nas negociações com a entidade patronal. Em linhas gerais, os trabalhadores insistem na reposição salarial da ordem de 10,5%, aumento real de 5%, cesta-básica e tíqueterefeição no valor de R$ 8,00. PLR. INSS. A Superintendência do INSS, com a troca de comando, decidiu analisar de formar ortodoxa os acordos envolvendo o pagamento do prêmio de PLR e, desta feita, passou a autuar as empresas que concedem o prêmio de PLR sem respaldo em um plano de metas estruturado. Conclusão: as empresas deverão dar mais atenção no tocante ao prêmio do PLR para evitar a fúria arrecadadora do INSS. METALÚRGICOS. A Volkswagen, unidade de São Bernardo do Campo, 12 mil metalúrgicos, a pedido do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, decidiu antecipar a 1ª parcela do prêmio de PLR para o dia 12 de maio, cujo valor será de R$ 2,2 mil. METALÚRGICOS. A General Motors, montadora com sede em São Caetano do Sul, após negociação com o Sindicato dos Metalúrgicos local renovou o acordo de participação nos lucros. Inicialmente, o sindicato reivindicou R$ 6 mil e a empresa ofereceu R$ 4.333,00 sobre a meta de produção de 340 mil veículos. No ano anterior, o prêmio de PLR havia ficado em R$ 4.263,00. Ante a recusa do sindicato, a empresa evoluiu a proposta, subindo o valor do PLR para R$ 5 mil com a mesma meta. A proposta esclarecia que na hipótese de não ser ultrapassado o limite de 80% (80 mil 2

3 veículos) a empresa pagará um prêmio de R$ 4 mil. Se atingida a meta de 100% (340 mil) pagará prêmio de R$ 5 mil e R$ 6 mil para 120% (362 mil). Os trabalhadores em assembléia não aceitaram a proposta. METALÚRGICOS. A unidade fabril (divisão de peças) da General Motors, 240 trabalhadores, aprovou a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) para Será R$ 2.280,00 para 80% da meta, R$ 2.850,00 para 100% e R$ 3.420,00 para 120%. A 1ª parcela de R$ 1.350,00 será paga em 9 de junho e a 2ª em janeiro de SERVIDORES. Os servidores do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas e Interior de São Paulo) entraram em greve no dia 3 de março, após o anúncio de que a jornada de trabalho passaria de 35 para 40 horas semanais. TELEFONISTAS. Com data-base em 1º de março, o Sintetel, representando telefonistas no estado de São Paulo, renovou a convenção coletiva de trabalho com o sindicato patronal, nos seguintes termos: a) Piso salarial evoluiu de R$ 697,00 para R$ 730,00 haja vista o reajuste de 4,73% pelo INPC; b) Manutenção das cláusulas sociais. PISOS SALARIAIS. O Departamento Intersindical de Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) efetuou pesquisa com 376 categorias profissionais durante o ano de 2005 para concluir que mais de 80% dos pisos salariais no país equivalem a até 2 salários mínimos (R$ 600,00) considerando o mínimo de R$ 300,00 em Somente 5% dos pisos salariais estão acima de 3 mínimos ou R$ 900,00. A média dos pisos também ficou em patamares baixos. No ano passado foi de R$ 495,52 enquanto em 2004 era de R$ 439,34. O setor de serviços é o que tem a melhor média de pisos salariais: R$ 662,24. No entanto, é também o que tem a maior diferença entre o menor e o maior piso. 3

4 Veja-se os exemplos abaixo: Setor Variação média Comunicações / publicidade / jornalismo R$ 304 a R$ Comércio R$ 457,45 Indústria R$ 441,10 Metalúrgica R$ 476,70 Abaixo a variação do piso em relação às categorias pesquisadas: Valor do piso em Categorias salário mínimo analisadas* 1 4 1,1% Percentual total De 1,01 a 1, ,3% 1,26 a 1, ,7% 1,51 a 1, ,1% 1,76 a ,4% 2,01 a 2, ,6% 2,26 a 2, ,5% 2,51 a 2, ,2% 2,76 a 3 3 0,8% Mais de ,3% * Foram analisadas 376 categorias Fonte: Dieese, in Diário de São Paulo, Caderno Trabalho, p. B3, 20 de abril de 2006 Registra-se que a partir de 1º de abril deste ano o salário mínimo foi majorado para R$ 350,00 NOVO SALÁRIO MÍNIMO. A partir de 1º de abril, o salário mínimo passou de R$ 300,00 para R$ 350,00, conforme medida provisória nº 288 publicado pelo Governo Federal. Em verdade, inobstante os esforços governamentais, o mínimo continua muito aquém do desejável, eis que segundo o Dieese o valor deveria ser da ordem de R$ 1.474,71. Ainda de acordo com referido órgão, atualmente 15,2 milhões de aposentados ganham 4

5 um mínimo, o mesmo ocorrendo com 39,9 milhões de brasileiros. Vide quadro abaixo: R e a j u s t e R $ R e a j u s t e r e a l * EVOLUÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO A PARTIR DO REAL 4 2, 8 6 % 1 2, 0 0 % 2 2, 6 0 % - 5, 2 5 % , 1 4 % - 0, 9 8 % , 3 3 % 4, 6 2 % 4, 0 4 % 0, 7 1 % , 0 3 % 5, 3 9 % , 2 0 % 1 2, 1 7 % , 1 1 % 1, 4 2 % , 0 0 % 1, 2 3 % , 3 3 % 2, 1 4 % R $ m a i / 9 5 m a i / 9 6 m a i / 9 7 m a i / 9 8 m a i / 9 9 a b r / 0 0 a b r / 0 1 a b r / 0 2 a b r / 0 3 m a i / 0 4 m a i / 0 5 a b r / , 3 8 % 7, 8 7 % 1 6, 6 7 % 1 2, 2 0 % * descontada a inflação do período Fonte: Diário de São Paulo, Caderno de Trabalho, p. B1, 1º de abril de 2006 REFORMA SINDICAL. O presidente Lula no próximo dia 8 de maio anunciará uma série de medidas que beneficiarão os trabalhadores, destacando-se as seguintes: Como é O trabalho aos domingos é permitido desde que negociado com as Prefeituras e por acordo coletivo Algumas medidas Trabalhos aos domingos 5 Como ficará O trabalho aos domingos será feito, no máximo, duas vezes por mês Centrais sindicais Hoje elas representam os trabalhadores, mas não são As centrais sindicais serão regulamentadas reconhecidas Cooperativas de trabalho Não há regras para abertura das cooperativas Regulamentação das cooperativas para evitar fraudes Conselho Nacional de Relações do Trabalho Não há uma organização com a participação dos Criação do Conselho Nacional de Relações do trabalhadores que discuta as questões relacionadas ao Trabalho com participação do governo, empregados e trabalho patrões Fonte: Diário de São Paulo, Caderno Economia, p. B4, 29 de abril de 2006 Fontes de pesquisa: - Diário de São Paulo, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, Jornal da Tarde - Boletim Dieese - Diário da Justiça - Informações obtidas junto às entidades sindicais

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