UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO COMISSÃO DE EXAMES DE RESIDÊNCIA MÉDICA. Nome do Candidato Caderno de Prova 18, PROVA DISSERTATIVA



Documentos relacionados
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO COMISSÃO DE EXAMES DE RESIDÊNCIA MÉDICA. Nome do Candidato Caderno de Prova 28, PROVA DISSERTATIVA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO COMISSÃO DE EXAMES DE RESIDÊNCIA MÉDICA. Nome do Candidato Caderno de Prova 26, PROVA DISSERTATIVA

17/03/2011. Marcos K. Fleury Laboratório de Hemoglobinas Faculdade de Farmácia - UFRJ mkfleury@ufrj.br

4. COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO MIELOIDE CRÔNICA (LMC)? E MONITORAMENTO DE LMC? É uma doença relativamente rara, que ocorre

CONHECIMENTO GOTAS. neoplasias hematológicas: leucemia mieloide crônica

SÍNDROMES MIELODISPLÁSICAS. Hye, 2014

Introdução: Objetivo. Materiais e métodos:

RESPOSTA RÁPIDA 154/2014 Alfapoetina na IRC

Protocolo. Transplante de células-tronco hematopoiéticas nas hemoglobinopatias


TROMBOCITOPENIA NA GRAVIDEZ

Andrés Mello López Valquíria D. C. Antunes

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015

Descrição do esfregaço

CURSO de MEDICINA VETERINÁRIA - Gabarito

II Workshop Internacional de Atualização. em Hepatologia. na Hematologia. Dominique Muzzillo

Caderno de Prova. Hematologia e Hemoterapia. Secretaria de Estado da Saúde de SC (SES/SC) Processo Seletivo para Médico Residente.

HEMORIO INSTITUTO ESTADUAL DE HEMATOLOGIA ARTHUR DE SIQUEIRA CAVALCANTI. Leucemia Mielóide Crônica

Anemia: generalidades Conceito e prevalência Anemia mínima Sintomas e sinais Classificação

Leucemia Mieloide Crônica: diagnóstico, fisiopatologia e fatores prognósticos. Maria de Lourdes Chauffaille Unifesp, Grupo Fleury

Leucemias Crônicas HEMATOLOGIA II 5/6/2010. Curso de Farmácia Prof. Christian LEUCEMIAS CRÔNICAS AGUDAS LINFÓIDES MIELÓIDES MIELÓIDES LINFÓIDES LLC

Alterações mecanismo sangramentos ou hemostático tromboses. púrpuras vasculares ou plaquetárias. Fase de coagulação e fibrinólise: coagulopatias

Pesquisador em Saúde Pública. Prova Discursiva INSTRUÇÕES

Púrpura Trombocitopênica Auto-imune

ANEXO I TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÉTICAS TCTH REGULAMENTO TÉCNICO

ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS, PROGNÓSTICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS NA LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO COMISSÃO DE EXAMES DE RESIDÊNCIA MÉDICA. Nome do Candidato Caderno de Prova 27, PROVA DISSERTATIVA

LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA

Leucemia Mieloide Crônica

Patricia Weinschenker Hematologista HIAE Responsável pelo Ambulatório Leucemias FM ABC

ANEMIA APLÁSTICA CARLOS EDUARDO PIZZINO

LEUCEMIAS. Profª Ms. Priscila Ferreira Silva

HORÁRIO DAS AVALIAÇÕES 2015

Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em seguida, assine no espaço reservado para isso.

Hemoglobina / Glóbulos Vermelhos são as células responsáveis por carregar o oxigênio para todos os tecidos.

ESTA PALESTRA NÃO PODERÁ SER REPRODUZIDA SEM A REFERÊNCIA DO AUTOR.

Hemoglobinopatias. Dra. Débora Silva Carmo

1. CANDIDATURA A UM DESEJO

1 o PROCESSO SELETIVO/2010

Questão 1. a) Cite as duas hipóteses diagnósticas mais prováveis para o caso. b) Descreva, em linhas gerais, a abordagem terapêutica mais adequada.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 2009

DEFINIÇÃO. quantidade de plaquetas.

MESTRADO EM DIREITO PÚBLICO

QUESTÕES DE HEMATOLOGIA E SUAS RESPOSTAS

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias

HEMORIO INSTITUTO ESTADUAL DE HEMATOLOGIA ARTHUR DE SIQUEIRA CAVALCANTI

Escolha o nível de contagem de plaquetas considerado seguro para a realização de uma cirurgia de grande porte:

Normocítica, normocrómica VGM fl CHGM > 30 g/dl. Deficiências múltiplas. Falha medular (pósquimioterapia, por carcinoma,..

LEUCEMIAS AGUDAS. Hye 2014

PREFE ITURA MUNICIPAL DE GUAJ ARÁ MIRIM

HORÁRIO DAS AVALIAÇÕES 2015

O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE Leucemia Mieloide Crônica

1. o DESENHO INDUSTRIAL (BACHARELADO) TESTE ESCRITO-PRÁTICO PROVA DE HABILIDADES ESPECÍFICAS. 3. a ETAPA

Leucemia Mieloide Crônica (LMC) Um guia para pacientes, familiares e amigos

Leia estas instruções:

Identifique-se na parte inferior desta capa. Caso se identifique em qualquer outro local deste Caderno, você será excluído do Processo Seletivo.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO COMISSÃO DE EXAMES DE RESIDÊNCIA MÉDICA. Nome do Candidato Caderno de Prova 25, PROVA DISSERTATIVA

Protocolo para Transfusão de Hemocomponentes em Crianças Grupo Hospitalar Conceição - Hospital da Criança Conceição.

PRM EM HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA PEDIÁTRICA

HEMATOLOGIA ºAno. 10ª Aula. Prof. Leonor Correia

Serviço Público Federal CONCURSO PÚBLICO 2014 INSTRUÇÕES GERAIS. Nº do doc. de identificação (RG, CNH etc.): Assinatura do(a) candidato(a):

Chat com a Dra. Sandra Senso Rohr Dia 13 de agosto de 2015

Conhecimentos Específicos

PROCESSO SELETIVO 2015 Curso de Medicina 2ª Etapa CADERNO DE PROVAS DISCURSIVAS

OBSERVAÇÕES E PROCEDIMENTOS EM DIAS DE AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CONCURSO PÚBLICO

Residência Saúde 2013 PROVA OBJETIVA NUTRIÇÃO PROVA DISCURSIVA. Residência Multiprofissional em Saúde do Idoso ORGANIZADOR

Admissão por Transferência Facultativa 2. a Transferência Facultativa/2010 PEDAGOGIA

Síndrome Mielodisplásica

CÓDIGO DOS PROCEDIMENTOS

ADMINISTRAÇÃO (NOTURNO)

APROVADO. Guia de Referencia~ao- Marca~ao de Primeiras consultas ANEMIAS MACROCITOSES TROMBOCITOPENIAS TROMBOCITOSES GAMAPATIAS MONOCLONAIS

Pesquisador em Saúde Pública. Prova Discursiva INSTRUÇÕES

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL INSTRUÇÕES

Concurso Público para Admissão ao Bacharelado

Serviço Público Federal CONCURSO PÚBLICO 2014 INSTRUÇÕES GERAIS. Nº do doc. de identificação (RG, CNH etc.): Assinatura do(a) candidato(a):

TRATAMENTO DE HEPATITE C CRÔNICA

EDITAL N 08/2014. I Das disposições gerais:

Leucemia Mielóide Crônica

ALTERAÇÕES NO SANGUE

Serviço Público Federal CONCURSO PÚBLICO 2014 INSTRUÇÕES GERAIS. Nº do doc. de identificação (RG, CNH etc.): Assinatura do(a) candidato(a):

OBSERVAÇÕES E PROCEDIMENTOS EM DIAS DE AVALIAÇÃO

Diagnóstico diferencial da trombocitopenia em cães e gatos. Leonardo P. Brandão, MV, Msc, PhD

CLINICA MÉDICA FALÊNCIA MEDULAR FALÊNCIA MEDULAR FALÊNCIA MEDULAR FALÊNCIA MEDULAR HEMATOLOGIA Fisiopatologia.

PROVA ESPECÍFICA Cargo 48. Na reação de hipersensibilidade imediata do tipo I, qual dos seguintes mediadores é neoformado nos tecidos?

ANALISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Código 102 CADERNO 1 PROVA DISSERTATIVA

BANCO DE SANGUE COLETA E TESTES SOROLÓGICOS

Raniê Ralph Semio de Outubro de Professor Fernando Pretti. Síndrome Tumoral

O QUE É? A LEUCEMIA MIELOBLÁSTICA AGUDA

CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO ATO EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE EDITAL Nº 04, DE 26 DE MARÇO DE 2010

Edital 001/2010 DATA DA PROVA: 30/05/2010

PROGRAMA PRELIMINAR SALA PEDIATRIA 29 DE AGOSTO DE 2013 (QUINTA-FEIRA)

Como conseguir a inscrição no Cadastro Técnico Único?

05-TRANSPLANTES DE ORGAOS, TECIDOS E CELULAS

LEUCEMIAS AGUDAS NA INFÂNCIA

Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Banco de Tecidos Salvador Arena

Transcrição:

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO COMISSÃO DE EXAMES DE RESIDÊNCIA MÉDICA Novembro/2010 Processo Seletivo para Residência Médica - 2011 18 - Área de atuação em Hematologia e Hemoterapia Nome do Candidato Caderno de Prova 18, PROVA DISSERTATIVA o N de Inscrição MODELO o N do Caderno MODELO1 o N do Documento 0000000000000000 00001 0001 0001 ASSINATURA DO CANDIDATO Objetivando garantir a lisura do processo de seleção, o que é do seu próprio interesse e de interesse público, solicitamos que autentique digitalmente a capa do caderno, nos espaços indicados ao lado. Na hipótese de, por qualquer motivo, não autenticá-la digitalmente, queira registrar sua assinatura, por três vezes, nas linhas abaixo. AUTENTICAÇÃO DIGITAL POLEGAR DIREITO PROVA DISSERTATIVA INSTRUÇÕES - No campo indicado coloque sua assinatura. - Não assine a prova em nenhum outro local, nem por qualquer forma a identifique. A identificação implica anulação da prova. - Esta prova consta de 4 (quatro) questões dissertativas. - Não será permitida nenhuma espécie de consulta. - Para o rascunho e para a redação definitiva da prova, utilize apenas os espaços do caderno a eles destinados. - Escreva com letra legível e a tinta, usando caneta de tinta azul ou preta; evite o uso de corretivo. - O caderno não deve ser desgrampeado. Nenhuma folha do caderno deve ser destacada. - Aduração da prova é de 3 horas. - Ao término da prova entregue ao fiscal o material recebido. - Proibida a divulgação ou impressão parcial ou total da presente prova. Direitos Reservados.

2

Questão 1 Anemia Aplástica: a. Definição. b. Diagnóstico. c. Fatores prognósticos. 000X000 Em hipótese alguma será considerada a redação escrita nesta página. 3

Questão 1 Anemia Aplástica: a. Definição. b. Diagnóstico. c. Fatores prognósticos. REDAÇÃO DEFINITIVA 4

Em hipótese alguma será considerada a redação escrita nesta página. Questão 2 Defina o diagnóstico das síndromes mieloproliferativas crônicas, EXCETO leucemia mieloide crônica. 5

REDAÇÃO DEFINITIVA Questão 2 Defina o diagnóstico das síndromes mieloproliferativas crônicas, EXCETO leucemia mieloide crônica. 6

Em hipótese alguma será considerada a redação escrita nesta página. Questão 3 Discuta o tratamento atual da leucemia mieloide crônica. 7

REDAÇÃO DEFINITIVA Questão 3 Discuta o tratamento atual da leucemia mieloide crônica. 8

Em hipótese alguma será considerada a redação escrita nesta página. Questão 4 Discuta a fisiopatogenia e tratamento atualizado da púrpura trombocitopênica imune. 9

REDAÇÃO DEFINITIVA Questão 4 Discuta a fisiopatogenia e tratamento atualizado da púrpura trombocitopênica imune. 10

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO COMISSÃO DE EXAMES DE RESIDÊNCIA MÉDICA Processo Seletivo para Residência Médica 2011 Programa 18 Hematologia e Homoterapia Critério de Correção da Prova Dissertativa As respostas registradas nos gabaritos são apenas índices norteadores para a correção, pois serão consideradas outras variáveis além daquelas requeridas semanticamente, as quais só poderão ser elencadas após análise de amostra aleatória de provas, visando reajuste do gabarito. Serão consideradas variáveis como a consistência interna do texto, organização da resposta integrada ao conteúdo, clareza e, se necessário, avaliação comparativa de desempenho. Todas as análises serão realizadas de maneira cega, sendo que os códigos de identificação ficarão sob responsabilidade da instituição aplicadora do exame. Questão 1 a. Anemia aplástica (AA) é caracterizada por citopenia de sangue periférico e celularidade da medula óssea reduzida. O diagnóstico de AA adquirida requer a exclusão de outras condições associadas a pancitopenia: entre estas estão falha congênita da medula óssea, como a Anemia de Fanconi, síndromes mielodisplásicas. b. Pancitopenia no sangue periférico com medula óssea hipocelular, tecido hematopoético substituído por células de gordura, e ausência de infiltrado anormal ou aumento da reticulina na biópsia de medula óssea. A pancitopenia deve ter pelo menos: Hemoglobina menor que 10 g/dl; contagem de plaquetas inferior a 100 10 9 /L e contagem de neutrófilos menor que 1,5 10 9 /L. c. A anemia aplástica pode ser: não severa ou não grave, severa ou grave e muito severa ou muito grave. A gravidade da doença baseia-se na contagem dos neutrófilos: não severa (neutrófilos < 0,5 10 9 /L), severa (neutrófilos entre 0.2 0.5 10 9 /L) e muito severa (neutrófilos < 0,2 x 10 9 /L). Questão 2 1. Policitemia vera: Mutação da proteína JAK 2 em 80 a 90% dos casos, hemoglobina (hb) > 16,5 g/dl para mulheres e hb > 18 g/dl em homens descartadas causas secundárias como doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), tumores renais produtores de eritropoetina, além de outras causas de hipoxemia. A biópsia de medula óssea (BMO) se apresenta hipercelular e pode ter reticulina aumentada. A dosagem de eritropoetina geralmente vai estar normal ou baixa. Esplenomegalia pode estar presente. Dentre os sintomas clínicos, o paciente pode apresentar prurido cutâneo e, em casos graves e avançados, sintomas de hiperviscosidade sanguínea. 2. Trombocitemia essencial: Mutação na proteína JAK 2 em cerca de 40 a 60% dos casos, plaquetas acima de 500.000/dL descartando causas secundárias de trombocitose. Esplenomegalia geralmente está presenta. Fenômenos tromboembólicos (venosos e arteriais) são comuns em todas as doenças mieloproliferativas crônicas, mas principalmente na trombocitemia essencial. A BMO se encontra hipercelular e com aumento de megacariócitos. 3. Mielofibrose: Mutação da JAK 2 está presente em cerca de 20 a 30% dos casos. Esplenomegalia, geralmente volumosa, está presente, assim como hepatomegalia; evidenciando hematopoese extramedular. A BMO se mostra hiper ou hipocelular, porém o que se observa é um aumento expressivo das fibras reticulínicas, dando um aspecto de fibrose medular.

Questão 3 Fase crônica Atualmente o tratamento atual de primeira linha para LMC (leucemia mieloide crônica) fase crônica se baseia na utilização do inibidor da tirosina quinase chamado Imatinibe, 400 mg/dia VO (via oral). O acompanhamento pos início do tratamento deve ser feito com hemograma completo a cada 2 semanas até resposta hematológica completa (RHC) e, a seguir, a cada 3 meses; estudo citogenético convencional de MO a cada 6 meses até resposta citogenética completa (RCC); quantificação do transcrito BCR-ABL por PCR de SP antes do início do tratamento e a cada 3 meses. Após documentação da resposta molecular maior (RMMaior), solicitar estudo citogenético convencional a cada 12 meses. Se o paciente obtiver uma resposta molecular maior manter a dose de imatinibe por tempo indeterminado (a suspensão da droga, mesmo após resposta molecular, geralmente é seguida por recidiva da doença, evidenciando a persistência de células-tronco leucêmicas com potencial proliferativo); caso o paciente não obtenha uma resposta molecular maior podemos aumentar a dose de imatinibe para 600-800 mg/dia VO (conforme tolerância) ou substituir por dasatinibe, 100 mg 1 /dia VO, ou nilotinibe, 400 mg 2 /dia VO. Neste caso paciente também pode ser encaminhado para transplante alogênico, se houver doador HLA-compatível ou inclusão em estudo clínico Fases avançadas: acelerada e blástica Os pacientes que não receberam imatinibe antes do diagnóstico da fase avançada: imatinibe, 600 mg/dia VO. O resultado do imatinibe nessa situação é insatisfatório e deve-se considerar o transplante alogênico ou inclusão em estudo clínico. Pacientes que evoluíram para as fases avançadas durante imatinibe: dasatinibe, 140 mg 1x/dia VO, ou nilotinibe, 400 mg 2 /dia VO (se não for detectada mutação resistente, como T315I), ou quimioterapia (QT) de indução, seguida por transplante alogênico ou inclusão em estudo clínico. QT de indução: (a) crise blástica mieloide: FLAG (fludarabina, citarabina, G-CSF; (b) crise blástica linfoide: Hyper-CVAD. Questão 4 Púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) é uma doença autoimune caracterizada por baixas de plaquetas e sangramento. Autoanticorpos antiplaquetas, mais especificamente anti-glicoproteina IIB/IIIA, resultam na destruição das plaquetas pelas células reticuloendoteliais no baço e no fígado, sobrecarregando a capacidade compensatória de medula para aumentar a produção de plaquetas. O objetivo do tratamento para pacientes com PTI é aumentar a contagem de plaquetas para níveis altos o suficiente para evitar complicações hemorrágicas utilizando a terapia menos tóxica, reconhecendo a natureza da doença geralmente benigna. Corticosteroides, imunoglobulina humana endovenosa e esplenectomia permanecem pilares do tratamento, no entanto, novas terapias, incluindo rituximabe (anti-cd20) e os agonistas do receptor da trombopoetina estão remodelando os algoritmos do tratamento convencional. Inibidores da resposta imune (ciclosporina, por exemplo) e drogas citotóxicas (quimioterápicos) continuam a ser utilizados em pacientes com PTI grave e crônica-refratária com algum sucesso.