B O L E T I M OFERECIMENTO SEGUNDA-FEIRA, 14 DE SETEMBRO DE 2015 NÚMERO DO DIA US$ 3,3 mi o tenista sérvio Novak Djokovic embolsou ao conquistar ontem o bicampeonato do US Open EDIÇÃO 339 Com ida ao Panamá, São Paulo celebra projeto de patrocínio POR DUDA LOPES E ERICH BETING Patrocínios que não envolvam a marca da empresa na camisa do time ainda são raros no futebol brasileiro. Por isso, o São Paulo decidiu fazer uma ação para reforçar o relacionamento com a Copa Airlines. Nesta semana, o clube levará convidados até o Panamá para mostrar três novas aeronaves personalizadas com escudos do time brasileiro. Trata-se de uma ativação prevista no contrato firmado em abril com a Copa. As pessoas me cobram muito por patrocínios na camisa, mas, em valor, nós conseguimos obter mais com Copa Airlines e Gatorade do que muitos clubes conseguiram com a venda de propriedades no uniforme, disse na última semana o VP de marketing tricolor, Douglas Schwartzmann. Outro aporte fechado pelo clube que não envolve exposição no uniforme foi com a Gatorade, em acordo que também foi assinado no primeiro semestre deste ano. Em ambos os casos, a oferta do clube se baseou em ativações e usos da marca, além de canais de comunicação do São Paulo, especialmente as redes sociais. A companhia aérea já tem tido resultados com a estratégia. Em um post compartilhado no Facebook, por exemplo, a empresa teve 10 mil curtidas/compartilhamentos. A média é de 250. O movimento feito pelo São Paulo no início do ano também motivou o rival Corinthians. Na última sexta-feira o clube apresentou um serviço licenciado com a marca do clube. No domingo, o time promoveu a recém-fechada parceria com o Napster, e a diretoria comemorou uma fonte de renda oriunda de uma parceria que não envolve a camisa. O torcedor poderá baixar o aplicativo Napster-Corinthians e fazer uma assinatura para ouvir músicas ao custo de R$ 14,90 mensais. Pelo potencial do streaming no Brasil, a parceria deve render o equivalente a um patrocínio na camisa. Não um patrocínio máster, claro, mas uma quantia significativa, disse Gustavo Herbetta, gerente de marketing corintiano. 1
Excesso de jogos, e não a falta deles, é o problema no Brasil POR ADALBERTO LEISTER FILHO diretor de da conteúdo da Máquina do Esporte O volante Gabriel vinha sendo um dos destaques do Palmeiras no Brasileirão até romper o ligamento cruzado anterior em jogo contra o Atlético-PR. O número exagerado de jogos teria facilitado a lesão. Duas semanas atrás, o Internacional teve atuação pífia diante do São Paulo, no Morumbi. Após o jogo, o técnico Argel culpou o calendário. No dia seguinte, Sport e Santos se arrastavam em campo, em empate na Ilha do Retiro. Após o jogo, o técnico Dorival Júnior reclamou do excesso de partidas. O calendário parece ser o grande vilão desta reta final do Brasileirão. E é. O ano possui 52 semanas, 4 são de férias e 4 ficaram com a pré- -temporada, reivindicação do Bom Senso FC finalmente atendida pelos cartolas. Sobram 44 semanas para encaixar Estaduais, Brasileiro, Copa do Brasil, Copa Libertadores e Sul- -Americana, além de amistosos da seleção e eventualmente torneios importantes ao longo do ano, como Copa do Mundo, Olimpíada, Copa América e eliminatórias da Copa. Para dar conta de cumprir tudo isso, a CBF nem interrompeu o Brasileirão durante a última data Fifa, fazendo com que o lateral Jorge, do Flamengo, por exemplo, desembarcasse de amistoso da seleção olímpica em Paris direto para o jogo contra o Cruzeiro, no Maracanã. Afinal, ele tem só 19 anos, né? Diante do caos instalado, o que os dirigentes fazem? Treze dos principais clubes se unem para criar a Liga Sul-Minas, anabolizada pela presença da dupla Fla-Flu. Enquanto escrevia esse texto, provavelmente a Alemanha já fez mais um gol... Racha político na CBF pode recriar torneio Rio-São Paulo no ano que vem POR PRISCILA BERTOZZI Criada oficialmente na última quinta-feira (10), a Liga Sul-Minas-Rio deve ganhar um forte opositor para ter o aval da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nas próximas semanas. A entidade cogita ressuscitar o torneio Rio-São Paulo para contra-atacar o surgimento da nova competição. A informação foi vazada pelo Botafogo. O projeto, segundo a Máquina do Esporte apurou, ainda é embrionário, mas já tem adesão dos clubes cariocas excluídos da Sul-Minas-Rio e expõe o racha entre Marco Polo Del Nero, presidente da CBF, e o vice Delfim Peixoto, um dos líderes do movimento que culminou na criação do campeonato a ser realizado já em 2016, com dez clubes de Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Oficialmente, contudo, CBF e Vasco não confirmam as negociações pela volta do Rio-São Paulo. Além da entidade máxima do futebol brasileiro, as tratativas envolveriam a Rede Globo. Tradicional, o Rio-São Paulo foi realizado pela primeira vez em 1933, teve várias lacunas e voltou à cena no fim da década de 1990. A última edição aconteceu em 2002 e teve o Corinthians como campeão. A Sul-Minas-Rio espera a chancela da CBF para fechar a transmissão com Fox Sports ou SporTV, ambas já interessadas na disputa. Isso se a disputa política permitir a realização do torneio.
Com patrocínio, Fluminense faz ações pelo país por novos sócios POR ADALBERTO LEISTER FILHO Em busca de novos sócios-torcedores pelo Brasil, o Fluminense tem feito uma série de ações sempre que o clube atua fora do Rio de Janeiro. Um dia antes da partida, seja pela Copa do Brasil ou pelo Brasileirão, o clube programa o Tricolor por Toda a Terra, um bar temático, com a presença de ídolos do time carioca, que participam de talk show para os torcedores. O evento também conta com a presença de um membro da comissão técnica. O objetivo é levar o clube a se aproximar do torcedor que não tem esse contato tão próximo com a rotina do Fluminense. Há uma interação bem bacana aproximando a torcida do departamento de futebol do clube, conta Bruno Paste, sócio-diretor da Futebol Tour, responsável pela logística do evento. O patrocínio da iniciativa é de Adidas e Frescatto, além do apoio da Ambev, que lidera o Movimento por um Futebol Melhor, programa que oferece vantagens aos sócios-torcedores dos clubes que participam do programa. Já foram realizados bares temáticos em cidades como Joinville, Belém, Curitiba e São Paulo. O último foi no Recife, no último fim de semana, antes do jogo contra o Sport, com ídolos dos anos 90. As iniciativas para arregimentar fãs pelo Brasil já deram resultado. O clube ocupa hoje a 11ª posição no Torcedômetro, ranking que mede a quantidade de sócio-torcedor de cada equipe, com 34 mil pessoas. O Fluminense conta hoje com mais de 34 mil associados. Entre os clubes cariocas, está atrás apenas do Flamengo. Marcas farão parte de comitê executivo da Fifa Após o estouro de corrupção que culminou na saída forçosa de Joseph Blatter, a Fifa anunciou uma série de medidas para brecar a crise ética na qual está afundada desde o mês de maio. Entre elas, a abertura do comitê executivo aos patrocinadores e outros agentes da indústria do futebol. O comitê será dividido em dois organismos: um administrativo, onde serão tomadas decisões executivas, e outro diretor, no qual serão tratadas questões estratégicas e de supervisão. O último grupo abrange as confederações nacionais. As confederações estarão representadas na entidade diretora com algumas modificações. As decisões implicarão outras partes interessadas alheias à Fifa, disse Domenico Scala, presidente da comissão de auditoria da entidade, sobre a entrada dos parceiros comerciais. O pacote de medidas inclui normas estritas de governabilidade nas confederações, com a obrigatoriedade de um regulamento ético e mecanismos que assegurem que ele seja cumprido à risca. A proposta é separar de forma clara as competições na esfera esportiva e assuntos comerciais. Além disso, o número de dirigentes que formam as comissões permanentes será reduzido, a fim de cessar a sensação de descontrole financeiro. 4
Olimpíada gera boom de aporte a projetos sociais no Rio POR DUDA LOPES Ações sociais costumam fazer parte do pacote de ativações de patrocinadores de um grande evento esportivo em qualquer lugar do mundo. Ainda assim, é raro ver tanto esforço nesse sentido quanto se vê entre as marcas que envolvem os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro; iniciativas do tipo se tornaram um porto seguro para as empresas. Poucos planos exemplificam tão bem a situação quanto o planejamento da Omega até evento do próximo ano. Em agosto, a empresa anunciou a contagem regressiva para os Jogos por meio de 12 ações sociais; a cada mês, uma ativação é divulgada. Na primeira, a marca se uniu à ONG Viva Rio para ajudar grávidas no Morro do Chapadão. E a Omega está longe de ser exceção. No início deste mês, a Nissan revelou o que chamou de principal projeto social de legado olímpico. Trata-se do Caju: Um novo olhar, iniciativa que faz parte do Pacto do Rio, projeto que une empresas e instituições em ações de educação e cultura. O plano para o bairro do Caju foi desenvolvido pela própria Nissan e conta com uma parceria com a Fundação Gol de Letra. A montadora tem feito articulações para unir outros patrocinadores à causa, que almeja preparar jovens da região para a vida profissional. Essa preparação profissional, aliás, é a principal plataforma da English First com os Jogos Olímpicos. A escola de idiomas irá dar cursos básicos de inglês para diversos grupos da população carioca, entre voluntários e taxistas. E, além disso, mais de 500 mil alunos da rede pública do Rio de Janeiro irão receber aulas. E até mesmo quem não está no hall de patrocinadores dos Jogos adotou a estratégia. A Lufthansa vai apoiar uma instituição no Rio como forma de ativar o aporte ao Comitê Olímpico da Alemanha. Rúgbi confirma três partidas no Pacaembu A Confederação Brasileira de Rugby (CBRu) confirmou a realização de três jogos da seleção no estádio do Pacaembu. Além do amistoso contra a Alemanha, em 5 de dezembro, o local receberá duas partidas do recém-criado torneio internacional Americas Rugby Cup nos dias 27 de fevereiro e 5 de março de 2016. Os rivais já foram definidos: EUA e Alemanha, respectivamente. Entrar com o rugby em um dos estádios mais tradicionais da cidade de São Paulo é sem dúvida um marco que representará um importante passo para o crescimento do rugby no Brasil, afirma Agustin Danza, CEO da CBRu. Ainda não há informações sobre a venda de ingressos. 5