Relatório Técnico FCTY-RTC-FER Referência: Monitoramento de Focos Erosivos. Janeiro/2014. At.: Gerência de Sustentabilidade FCTY

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Transcrição:

Relatório Técnico FCTY-RTC-FER-005-01-13 Referência: Monitoramento de Focos Erosivos. Janeiro/2014 At.: Gerência de Sustentabilidade FCTY Janeiro de 2014

1 APRESENTAÇÃO... 1 2 INTRODUÇÃO... 1 3 OBJETIVOS... 2 4 METODOLOGIA... 2 4.1 ANÁLISE... 2 4.2 CAMPANHA DE CAMPO... 2 4.3 INTERPRETAÇÃO DE DADOS... 4 4.4 RESULTADOS... 5 5 EQUIPE TÉCNICA ENVOLVIDA... 15 6 BIBLIOGRAFIA... 15 5º Relatório Técnico. Monitoramento de Focos Erosivos. FCTY-RTC-FER-005-01-13. Janeiro/2014

1 APRESENTAÇÃO O controle de processos erosivos trata-se de uma ação extremamente relevante em empreendimentos com grande movimentação de solo, como é o caso do Fashion City Brasil (FCTY). No caso do empreendimento em questão ainda há uma preocupação especial, pelo fato de este empreendimento estar localizado no interior de uma unidade de conservação de uso sustentável, a APA Carste Lagoa Santa, e próximo à zona de amortecimento de uma unidade de conservação de uso restrito, o Monumento Natural da Lapa Vermelha. Essa preocupação fez com que o FCTY contratasse a FG Serviços para monitorar possíveis feições erosivas oriundas da implantação do empreendimento, criando assim estratégias de contenção de sólidos que possam causar impactos ambientais na região descrita. As metodologias utilizadas nos trabalhos serão àquelas indicadas no Plano de Controle Ambiental e outras metodologias inerentes à contenção de sedimentos e recuperação de áreas degradadas. A seguir, serão apresentados dados do monitoramento e resultados da 5º Campanha, realizada em janeiro de 2014. 2 INTRODUÇÃO A erosão é um dos principais fenômenos geológicos que ocorrem na Terra e se processa de várias formas, se considerarmos seu ambiente de ocorrência. Dentro das ciências ambientais, define-se erosão como o desgaste e/ou arrastamento da superfície da terra pela água corrente, vento, gelo ou outros agentes geológicos, incluindo processos como o arraste gravitacional (SILVA et al., 2003). Atualmente são classificados dois tipos de erosão, a saber: erosão natural ou geológica e erosão acelerada ou induzida. A primeira resulta do desgaste natural do solo por água, gelo ou outros agentes naturais, sem perturbações provocadas pelo homem. A segunda é muito mais rápida que a natural, primariamente como resultado da influência das atividades do homem, ou em alguns casos, de animais (SILVA et al., 2003). Segundo Bahia (1992), o Brasil perde anualmente cerca de 600 milhões de toneladas de solo devido à erosão. Além do prejuízo na reposição dos nutrientes perdidos, outro grande problema decorrente é o assoreamento de corpos de água, que, como consequência interfere no abastecimento de água potável à população rural e urbana, em atividades agrícolas e industriais, na produção de energia elétrica, e outras atividades. Para minimizar o grau de risco de acidentes naturais causados por perturbações antrópicas é necessário que se faça uma análise técnica deste risco. Esta análise tem o objetivo de caracterizar os eventos potencialmente perigosos, determinar sua frequência e indicar a probabilidade de danos, assim, é possível gerenciar o risco por meio de ações de controle. 5º Relatório Técnico. Monitoramento de Focos Erosivos. FCTY-RTC-FER-005-01-13. Janeiro/2014, Pág. 1

3 OBJETIVOS Como descrito no PCA do empreendimento, o Programa de Monitoramento de Focos Erosivos tem como objetivo identificar e caracterizar os processos erosivos existentes, ou pontos de risco de surgimento dos mesmos, e, sugerir ações operacionais preventivas e corretivas destinadas a promover o controle dos processos erosivos potenciais ou efetivos na área do empreendimento. 4 METODOLOGIA A metodologia utilizada para a elaboração deste programa foi sugerida durante a fase de Licença Prévia (LP), no âmbito do Plano de Controle Ambiental (PCA) do FCTY. Essa metodologia visa à prevenção, controle e recuperação dos impactos ambientais relacionados aos processos erosivos, que eventualmente possam ser originados pelas ações de implantação do empreendimento. Somada à metodologia proposta no referido PCA, foram inclusas outras metodologias conceituadas que incluem parâmetros de classificação de feições erosivas, facilitando assim a priorização de esforços em focos erosivos classificados em sob parâmetros mais altos de risco. A seguir, são descritos os passos a serem dados na execução deste programa ambiental. 4.1 ANÁLISE Nessa etapa foi analisado o Relatório de Controle Ambiental (RCA), bem como, o Plano de Controle Ambiental (PCA) e demais bibliografias locais. Além dessa análise bibliográfica, foram levantados dados em campo junto à equipe de topografia responsável pelo acompanhamento de obras. 4.2 CAMPANHA DE CAMPO Após análise das fontes bibliográficas disponíveis e pertinentes ao empreendimento, foi realizado o diagnóstico de campo entre os dias 28 a 30 de janeiro de 2014. Para realização deste trabalho foram utilizados mapas de alta resolução da área, GPS de caminhamento, pranchetas, fichas cadastrais, trenas, GPS Trackmaker-Pro (software) e Câmera Digital. Durante os trabalhos de campo foi percorrida toda a área de entorno do empreendimento. A vistoria possibilitou a visualização e análise dos sete (07) pontos de monitoramento indicados na primeira e segunda campanhas e citados no Quadro 4.1 a seguir. Estes pontos tiveram suas classificações revisadas em nesta campanha em função do início efetivo do período chuvoso, conforme apresentado nos resultados e nas planilhas do Quadro 4.2.Erro! Fonte de referência não encontrada. 5º Relatório Técnico. Monitoramento de Focos Erosivos. FCTY-RTC-FER-005-01-13. Janeiro/2014, Pág. 2

QUADRO 4.1 PONTOS DE MONITORAMENTO DE FOCOS EROSIVOS. FCTY Ponto Local Descrição Coodernadas UTM P1 Taludes de corte Futuro talude de corte. 604560 7829524 P2 Escoamento Dolina Ponto de acumulo de drenagem no sentido da dolina. Bacia do Ribeirão da Mata. X (23K) Y 604240 7829890 P3 Taludes do Aterro Futuro talude de aterro 604924 7829782 P4 P5 P6 P7 Saia Principal do Aterro Drenagem da estrada. Bueiro Fazenda Lapa Vermelha Acesso provisório Ponto de acumulo de drenagem no sentido da Gruta da Lapa Vermelha. Caminho preferencial da água de chuva. Ponto de travessida da água pluvial do empreendimento. Este ponto também é influenciado pela vertente esquerda da drenagem. Ponto sugerido para realização de monitoramento. Local poderá sofrer influência da drenagem do empreendimento. Acesso rural que será utilizado provisoriamente pelo empreendimento. Acesso via LMG-800. 604650 7830129 604738 7830344 605098 7830619 604766 7829184 A seguir é apresentada a distribuição dos pontos de monitoramento, conforme levantamento realizado durante a primeira campanha de campo. No topo da figura é possível verificar a posição da Gruta da Lapa Vermelha em função do empreendimento e ao sudeste o município de Confins e as obras da duplicação da LMG-800. FIGURA 4.1 PONTOS DE MONITORAMENTO. GARMIN MONTERRA/GPS TRACKMAKER. 5º Relatório Técnico. Monitoramento de Focos Erosivos. FCTY-RTC-FER-005-01-13. Janeiro/2014, Pág. 3

4.3 INTERPRETAÇÃO DE DADOS A interpretação dos dados é realizada com base na descrição do grau de risco que as feições erosivas apresentam, conforme apresentado no Quadro 4.2. Este grau de risco considera importantes indicadores que são observados em campo e transcritos para as planilhas de monitoramento. Os indicadores, por sua vez, referem-se a aspectos geológicos, geomorfológicos, pedológicos, climáticos e antrópicos, que podem interferir ou não no aparecimento de feições erosivas e na evolução das mesmas. GRAU DE RISCO QUADRO 4.2 CRITÉRIOS PARA A DETERMINAÇÃO DOS GRAUS DE RISCO. FONTE: ADAPTADO DE AUGUSTO FILHO (1992). DESCRIÇÂO Os condicionantes geológico-geotécnicos predisponentes (declividade, tipo de terreno, etc.) e o nível de intervenção são de baixa potencialidade para o desenvolvimento de processos erosivos. R1 Baixo Não se observa sinal/feição/evidência(s) de instabilidade. Não há indícios de desenvolvimento de processos de instabilização de encostas e de margens de drenagens; Mantidas as condições existentes, não se espera a ocorrência de eventos destrutivos no período compreendido por uma estação chuvosa normal. Os condicionantes geológico-geotécnicos predisponentes (declividade, tipo de terreno, etc.) e o nível de intervenção no setor são de média potencialidade para o desenvolvimento de processos erosivos. R2 Médio Observa-se a presença de algum(s) sinal/feição/evidência(s) de instabilidade (encostas e margens de drenagens), porém incipiente(s). Processo de instabilização em estágio inicial de desenvolvimento. Mantidas as condições existentes, é reduzida a possibilidade de ocorrência de eventos destrutivos durante episódios de chuvas intensas e prolongadas, no período compreendido por uma estação chuvosa. Os condicionantes geológico-geotécnicos predisponentes (declividade, tipo de terreno, etc.) e o nível de intervenção no setor são de alta potencialidade para o desenvolvimento de processos erosivos. R3 Alto Observa-se a presença de significativo(s) sinal/feição/evidência(s) de instabilidade (trincas no solo, degraus de abatimento em taludes, etc.). Processo de instabilização em pleno desenvolvimento, ainda sendo possível monitorar a evolução do processo. Mantidas as condições existentes, é perfeitamente possível a ocorrência de eventos destrutivos durante episódios de chuvas intensas e prolongadas, no período compreendido por uma estação chuvosa. Os condicionantes geológico-geotécnicos predisponentes (declividade, tipo de terreno, etc.) e o nível de intervenção no setor são de muito alta potencialidade para o desenvolvimento de processos erosivos. R4 Muito Alto Os sinais/feições/evidências de instabilidade (trincas no solo, degraus de abatimento em taludes, árvores ou postes inclinados, cicatrizes de deslizamento, feições erosivas, etc.) são expressivas e estão presentes em grande número ou magnitude. Processo de instabilização em avançado estágio de desenvolvimento. É a condição mais crítica, sendo impossível monitorar a evolução do processo, dado seu elevado estágio de desenvolvimento. Mantidas as condições existentes, é muito provável a ocorrência de eventos destrutivos durante episódios de chuvas intensas e prolongadas, no período compreendido por uma estação chuvosa. 5º Relatório Técnico. Monitoramento de Focos Erosivos. FCTY-RTC-FER-005-01-13. Janeiro/2014, Pág. 4

4.4 RESULTADOS A seguir, é descrito o quadro erosivo dos pontos de monitoramento catalogados durante as primeiras campanhas de monitoramento. Nesta campanha foram evidenciadas novas feições erosivas em um dos pontos de monitoramento, porém sem arraste de material além das barreiras de sedimentação. Frisa-se que todos os relatórios são encaminhados à construtora responsável pelas obras para que sejam implantadas medidas de controle. 4.4.1 SITUAÇÃO DOS PONTOS AMOSTRADOS 4.4.1.1 P01 Localização: 23K 604560/7829524. Talude de corte Relevo: Ondulado Vegetação: Pastagem Classe de Solo: Latossolo Vermelho Situação: Uma vez que, os taludes ainda encontra-se em fase de escavação, não se verificou feições erosivas neste ponto de monitoramento. Também não foi observada pontos de drenagem com acúmulo ou carreamento de material sólido, para fora do platô. Este ponto poderá apresentar feições erosivas após a finalização do processo de escavação e deve ser constantemente monitorado. Criticidade: Baixa. Grau de Risco: 1 Medidas de Controle: Monitoramento e cobertura vegetal tão logo terminado o processo de escavação. Fotos: FOTO 4.1 PONTO 01. VISTA GERAL DO CORTE. FOTO 4.2 PONTO 01. TALUDES EM FASE DE ESCAVAÇÃO. 5º Relatório Técnico. Monitoramento de Focos Erosivos. FCTY-RTC-FER-005-01-13. Janeiro/2014, Pág. 5

4.4.1.2 P02 Localização: 23K 604240/7829890. Drenagem em sentido à Dolina Relevo: Ondulado Vegetação: Pastagem Classe de Solo: Latossolo Vermelho Situação: Na campanha anterior foram observadas marcas de enxurrada, próximo a este ponto de monitoramento, mesmo assim, não se observou processos de arraste de sólidos para fora do perímetro das obras. Nesta campanha foi verificada a correção dos processos descritos anteriormente e instalado um novo sistema de drenagem e construção de uma nova bacia de sedimentação. Criticidade: Baixa. Grau de Risco: 1 Medidas de Controle: Sugere-se a instalação de uma régua para medição de acúmulo de sedimentos neste ponto. Revegetação dos taludes das novas bacias de sedimentação. Fotos: FOTO 4.3 PONTO 02. BUEIRO DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA PLUVIAL INSTALADO NA PORÇÃO MAIS BAIXA DA MARGEM DIREITA DA ESTRADA DE ACESSO À OBRA. FOTO 4.4 VISTA DO ACESSO APÓS RECEBIMENTO DE NOVA CAMADA DE PAVIMENTAÇÃO. 5º Relatório Técnico. Monitoramento de Focos Erosivos. FCTY-RTC-FER-005-01-13. Janeiro/2014, Pág. 6

FOTO 4.6 BACIA DE SEDIMENTAÇÃO CONSTRUÍDA COM SOLO RETIRADO DAS BACIAS DE SEDIMENTAÇÃO DO PONTO 04. FOTO 4.5 SAÍDA DO BUEIRO E PRIMEIRA BACIA DE SEDIMENTAÇÃO DE SOLO. 4.4.1.3 P03 Localização: 23K 604924/7829782. Talude de aterro Relevo: Ondulado Vegetação: Pastagem Classe de Solo: Latossolo Vermelho Situação: Da mesma forma que na campanha anterior, foram observados processos de ravinamento ao longo de toda saia do aterro. Porém, pode ser visualizado que todos material oriundo do processo de ravinamento foi retido nas bacias de sedimentação. Segundo a engenharia da obra, no mês de fevereiro e março serão realizadas novas intervenções no local e o ponto de monitoramento receberá novas estruturas de contenção, como mantes geotêxteis e plantio de forrageiras. Criticidade: Média Grau de Risco: 2 Medidas de Controle: Limpeza semanal das bacias de sedimentação, ou sempre que as condições de solo permitir. Fotos: 5º Relatório Técnico. Monitoramento de Focos Erosivos. FCTY-RTC-FER-005-01-13. Janeiro/2014, Pág. 7

FOTO 4.7 PONTO 03. SAIA DO ATERRO COM PROCESSO EROSIVOS. NOTA-SE BACIA DE SEDIMENTAÇÃO CHEIA DE SOLO. FOTO 4.8 PONTO 03. CANALETA CONSTRUÍDA PELO DER AO LADO DA LMG-800. ESTRUTURA PODERÁ SER UTILIZADA COMO INDICADOR DE CARREAMENTO. ATÉ O MOMENTO NENHUM MATERIAL FOI CARREADO. FOTO 4.9 PONTO 03. SAIA DO ATERRO COM PROCESSO EROSIVOS. NOTA-SE BACIA DE SEDIMENTAÇÃO CHEIA DE SOLO. FOTO 4.10 PONTO 03. BACIA DE SEDIMENTAÇÃO CHEIA DE SOLO. FOTO 4.11 PONTO 03. SAIA DO ATERRO COM PROCESSO EROSIVOS. NOTA-SE BACIA DE SEDIMENTAÇÃO CHEIA DE SOLO. FOTO 4.12 PONTO 03. BACIA DE SEDIMENTAÇÃO CHEIA DE SOLO. 5º Relatório Técnico. Monitoramento de Focos Erosivos. FCTY-RTC-FER-005-01-13. Janeiro/2014, Pág. 8

4.4.1.4 P04 Localização: 23K 604650/7830129. Drenagem Principal do Aterro. Relevo: Ondulado Vegetação: Pastagem Classe de Solo: Latossolo Vermelho Situação: As bacias de sedimentação se mostraram eficientes na contenção do material carreado. No mês de janeiro houve poucas chuvas e em nenhum momento a água chegou à terceira bacia de sedimentação. Criticidade: Alta Grau de Risco: 3 Medidas de Controle: Limpeza semanal das bacias de sedimentação, ou sempre que as condições de solo permitir, troca das mantas geotêxteis de todas as barreiras, reconformação dos taludes que apresentam ravinamento. Fotos: FOTO 4.13 PONTO 04. BACIA DE SEDIMENTAÇÃO CHEIA DE SOLO CARREADO NO FINAL DO MÊS D EDEZEMBRO/2013 E INÍCIO DE JANEIRO. FOTO 4.14 VERTEDOURO DA PRIMEIRA BACIA DE SEDIMENTAÇÃO APÓS LIMPEZA. 5º Relatório Técnico. Monitoramento de Focos Erosivos. FCTY-RTC-FER-005-01-13. Janeiro/2014, Pág. 9

FOTO 4.15 PONTO 04. LIMPEZA DAS BACIAS DE SEDIMENTAÇÃO. FOTO 4.16 VISTA GERAL DAS BACIAS DE SEDIMENTAÇÃO. FOTO 4.17 LIMPEZA DAS BACIAS DE SEDIMENTAÇÃO. FOTO 4.18 LIMPEZA DAS BACIAS DE SEDIMENTAÇÃO. FOTO 4.19 VEGETAÇÃO EMERGENTE NOS TALUDES DAS BACIAS DE SEDIMENTAÇÃO. FOTO 4.20 PALIÇADAS DE MANTAS GEOTÊXTEIS INSTALADAS NO MÊS DE DEZEMBRO. NOTA-SE RETENÇÃO DE SOLO. 5º Relatório Técnico. Monitoramento de Focos Erosivos. FCTY-RTC-FER-005-01-13. Janeiro/2014, Pág. 10

4.4.1.5 P05 Localização: 23K 604738/7830344. Bueiro Relevo: Ondulado Vegetação: Pastagem Classe de Solo: Latossolo Vermelho Situação: Foi observado acúmulo de material cerca de 100 metros à montante do bueiro, contudo não há sinais que o material tenha transposto à rodovia. Verifica-se arraste de material em erosão laminar pontual localizada ao lado do bueiro e em terreno de terceiros. Criticidade: Baixa. Grau de Risco: 1 Medidas de Controle: Monitoramento e instalação de régua de monitoramento. Fotos: FOTO 4.21 PONTO 5. VISTA DA DRENAGEM À MONTANTE DO BUEIRO. FOTO 4.22 VISTA GERAL DO PONTO DE MONITORAMENTO. NOTA-SE UMA FEIÇÃO EROSIVA LAMINAR AO FUNDO. 5º Relatório Técnico. Monitoramento de Focos Erosivos. FCTY-RTC-FER-005-01-13. Janeiro/2014, Pág. 11

4.4.1.6 P06 Localização: 23K 604560/7829524. Fazenda Lapa Vermelha Relevo: Ondulado Vegetação: Pastagem Classe de Solo: Latossolo Vermelho Situação: Não foi liberada a entrada da equipe na propriedade, portanto as fotos apresentadas referem-se a última campanha. Criticidade: Baixa Grau de Risco: 1 Medidas de Controle: Embora tenha sido observado um grande acúmulo de material no local, o entorno imediato da gruta não apresenta riscos erosivos, portanto sua criticidade e seu grau de risco permanecem como baixos. Mesmo assim. A região em questão trata-se de um importante ponto de monitoramento, pois recebe todo o fluxo hídrico das vertentes imediatas. Sugere-se então a instalação de uma régua de monitoramento. Fotos: FOTO 4.23 PONTO DE ACUMULO DE SEDIMENTOS FOTO 4.24 VISTA GERAL DA FAZENDA FOTO 4.25 INTERIOR DA GRUTA DA LAPA VERMELHA FOTO 4.26 DETALHE DOS SEDIMENTOS DISPOSTOS EM CAMADAS. 5º Relatório Técnico. Monitoramento de Focos Erosivos. FCTY-RTC-FER-005-01-13. Janeiro/2014, Pág. 12

4.4.1.7 P07 Localização: 23K 604766/7829184. Acesso Relevo: Ondulado Vegetação: Pastagem Classe de Solo: Latossolo Vermelho Situação: Não foram identificadas feições erosivas nas proximidades do acesso. Criticidade: Baixa. Grau de Risco: 1 Medidas de Controle: Instalação de sistema de drenagem e umidificação diária. Fotos: FOTO 4.27 PONTO 07. VISTA GERAL DO ACESSO SEM FEIÇÕES EROSIVAS APARENTES FOTO 4.28 PONTO 07. DETALHE NA UMECTAÇÃO DO ACESSO. CONTROLE DE MATERIAL PARTICULADO E EROSÃO LAMINAR. 4.4.2 COMENTÁRIOS O mês de janeiro apresentou um acumulado de chuvas na ordem de 83 mm, distribuídos em 05 precipitações, conforme pode ser visto na Figura 4.2. Essa média de chuvas encontra-se abaixo do esperado para o período. Em função da ínfima precipitação e das ações de controle implantadas, a ocorrência de feições erosivas também foi considerada baixa para o período. Sendo assim, não houve reclassificação de riscos. Os pontos 01, 02, 05, 06 e 07 não apresentaram riscos significativos de formação ou evolução de processos erosivos, sendo mantidos na mesma classificação anterior. Estes pontos são influenciados pelo andamento das obras, e, ainda na fase de implantação ou na fase de operação, poderão apresentar alterações. Os pontos 03 e 04 mantiveram sua classificação de risco em média e alta, respectivamente. 5º Relatório Técnico. Monitoramento de Focos Erosivos. FCTY-RTC-FER-005-01-13. Janeiro/2014, Pág. 13

FIGURA 4.2 GRÁFICO DE CHUVAS DO MÊS DE JANEIRO/2014. FONTE: CONSTRUTORA POROS. As réguas de monitoramento foram produzidas e serão instaladas no empreendimento no próximo mês, como informado pela equipe de obras. FOTO 4.29 RÉGUAS DE MONITORAMENTO 5º Relatório Técnico. Monitoramento de Focos Erosivos. FCTY-RTC-FER-005-01-13. Janeiro/2014, Pág. 14

5 EQUIPE TÉCNICA ENVOLVIDA Equipe Técnica Formação Responsabilidade Empresa Daniel Duarte Eng. Agrônomo CREA 102008 Coordenação FCTY 6 BIBLIOGRAFIA AUGUSTO FILHO, O. Escorregamentos em encostas naturais e ocupadas: análise e controle. São Paulo: IPT, 1992. p. 96-115. Apostila do curso de geologia de engenharia aplicada a problemas ambientais. BAHIA, V. G. CURI, N.; CARMO, D. N. Fundamentos da erosão do solo. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v. 16, n. 176, p. 25-31, 1992. Consultado em 23 de junho de 2009. Disponível em http://www.cnpab.embrapa.br/publicacoes/sistemasdeproducao/vocoroca/index.htm. SILVA, A. M.; SCHULZ, H. E.; CAMARGO, P. B. Erosão e hidrossedimentologia em bacias hidrográficas. São Carlos: Rima, 2003. 138p. 5º Relatório Técnico. Monitoramento de Focos Erosivos. FCTY-RTC-FER-005-01-13. Janeiro/2014, Pág. 15