ECOFISIOLOGIA APLICADA À PRODUÇÃO DE SOJA

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Transcrição:

ECOFISIOLOGIA APLICADA À PRODUÇÃO DE SOJA Prof. Dr. Gil Miguel de Sousa Câmara Professor Associado ESALQ / USP

APRESENTAÇÃO LINHAS DE TRABALHO NA CULTURA DA SOJA C O M P L E X I D A D E Ambientes de Produção de Soja (ECOSOJA) Manejo nutricional de soja em sistemas de produção Manejo fisiológico para alta produtividade Fenologia e nutrição vegetal Tecnologia de inoculação e FBN Arranjos espaciais e produtividade Avaliação de cultivares através de ensaios de VCU

INTRODUÇÃO F = G + A + (G x A) Câmara (2017).

INTRODUÇÃO Variável (naturalmente) Fixo Alterável (ação humana) F = G + A + G x A PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA CULTIVARES = DE + SOJA AMBIENTES DE PRODUÇÃO + INTERAÇÃO DOS CULTIVARES COM OS AMBIENTES Câmara (2017).

Fonte: Nasyrov (1978) INTRODUÇÃO

Fonte: Nasyrov (1978) INTRODUÇÃO

Fonte: Nasyrov (1978) INTRODUÇÃO

Fonte: Nasyrov (1978) INTRODUÇÃO

Fonte: Nasyrov (1978) INTRODUÇÃO

Fonte: Nasyrov (1978) INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO ECOFISIOLOGIA: É a parte da Ecologia Vegetal que estuda a fisiologia da planta à medida que esta é afetada pelos fatores externos flutuantes. Procura explicar os mecanismos básicos e as interações no interior do sistema planta x ambiente, que resultam na capacidade de adaptação da planta a esses fatores (Larcher, 2006). E C O F I S I O L O G I A IMPORTÂNCIA DA ECOFISIOLOGIA DA PRODUÇÃO: Refere-se à aplicação dos conhecimentos da Ecofisiologia Vegetal às espécies cultivadas, de maneira a compreender melhor as interações existentes no trinômio planta x ambiente x manejo, visando auxiliar a maximização racional da produtividade agrícola.

LUZ E FOTOSSÍNTESE CO 2 + H 2 O CH 2 O + O 2 ALONGAMENTO DA HASTE PRINCIPAL C3 ALONGAMENTO DAS RAMIFICAÇÕES EXPANSÃO FOLIAR PEGAMENTO DE FLORES E DE VAGENS NODULAÇÃO E FIXAÇÃO DE NITROGÊNIO FOTORRESPIRAÇÃO ALTA = f (genótipo; temperatura) PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA

LUZ E FOTOSSÍNTESE H 2 O CO 2 Pontos de Produção

Taxa de Incremento de MS (kg ha -1 dia -1 ) LUZ E FOTOSSÍNTESE Fonte: Müller (1981) Intercepção de Luz (%)

Taxa de crescimento (g m -2 solo dia -1 ) LUZ E FOTOSSÍNTESE Fonte: Müller (1981) I. A. F.

Intercepção de Luz (%) LUZ E FOTOSSÍNTESE I A F Crítico = 95% de absorção 3,8 a 4,3 Fonte: Müller (1981) I. A. F.

LUZ E FOTOSSÍNTESE R4 R5.1 R4 R5.1 20 31 10 20 31 10 20 28 10 20 Dez Jan Fev Mar Fonte: Müller (1981)

LUZ E FOTOSSÍNTESE R4 R5.1 R4 3,8 4,5 R5.1 20 31 10 20 31 10 20 28 10 20 Dez Jan Fev Mar Fonte: Müller (1981)

LUZ E FOTOSSÍNTESE IAF = 3,5 a 4,5 R4 R5.1 R4 R5.1 Fonte: Müller (1981); adaptado por Câmara (2014) 20 31 10 20 31 10 20 28 10 20 Dez Jan Fev Mar

LUZ E FOTOSSÍNTESE 75 200 dias 105 135 dias

LUZ E FOTOSSÍNTESE T C D 25 % 45 % 30 % T C I 15 % 60 % 25 % Fonte: Câmara (2014)

TEMPERATURA SOJA x TEMPERATURA DO SOLO 10ºC... Mínima para germinação - emergência 30ºC... Ótima para germinação-emergência 30ºC... Ótima para alongamento do hipocótilo 27ºC... Ótima para nodulação das raízes 27ºC... Ótima para fixação simbiótica do N 2 Fonte: Castro et al., (1987); Câmara (2000); Barros e Sediyama (2009)

TEMPERATURA TEMPERATURA DO AR FASE VEGETATIVA 15ºC... Basal 15ºC... Mínima noturna 35ºC... Máxima diurna 27ºC... Ótima para atividade fotossintética 30ºC... Ótima para desenvolvimento vegetativo 30ºC... Ótima para assimilação de nutrientes Fonte: Castro et al., (1987); Câmara (2000); Barros e Sediyama (2009)

TEMPERATURA TEMPERATURA DO AR FASE REPRODUTIVA 13ºC... Mínima para indução floral 20ºC... Ótima para maturação final 25ºC... Ótima para florescimento 25ºC... Ótima para frutificação 25ºC... Ótima para granação Fonte: Castro et al., (1987); Câmara (2000); Barros e Sediyama (2009)

TEMPERATURA < 10ºC (solo) atraso de emergência (VE) > risco de infecção da semente por fungos de solo < taxa de crescimento (fase vegetativa) < 15ºC (ar) < vigor de planta < porte de planta < produtividade < 20ºC < fecundidade de flores (ar) > abortamento de vagens Fonte: Castro et al., (1987); Câmara (2000); Barros e Sediyama (2009)

TEMPERATURA > 45ºC Queimadura do hipocótilo ( solo seco e nú ) Tombamento de plântula > 35ºC (ar) < fotossíntese > fotorrespiração > respiração < produtividade > 30ºC (ar) < acúmulo de MS florescimento antecipado > abortamento de vagens Fonte: Castro et al., (1987); Câmara (2000); Barros e Sediyama (2009)

UMIDADE 500 800 mm Fonte: Câmara (2000); Barros e Sediyama (2009)

UMIDADE Embebição 35 a 50% Emergência Epígea (VE) Respiração celular Crescimento do embrião Germinação 1º momento CRÍTICO na vida da soja Digestão das reservas

UMIDADE SUBPERÍODOS EVAPOTRANSPIRAÇÃO DIÁRIA (mm) Semeadura - Emergência 2,2

UMIDADE SUBPERÍODOS Semeadura - Emergência EVAPOTRANSPIRAÇÃO DIÁRIA (mm) 2,2 VE R1 5,1

UMIDADE SUBPERÍODOS Semeadura - Emergência EVAPOTRANSPIRAÇÃO DIÁRIA (mm) 2,2 VE R1 5,1 R1 R3 7,4

UMIDADE SUBPERÍODOS Semeadura - Emergência EVAPOTRANSPIRAÇÃO DIÁRIA (mm) 2,2 VE R1 5,1 R1 R3 7,4 R3 R7 6,6

UMIDADE SUBPERÍODOS Semeadura - Emergência EVAPOTRANSPIRAÇÃO DIÁRIA (mm) 2,2 VE R1 5,1 R1 R3 7,4 R3 R7 6,6 R7 R8 3,7

UMIDADE SUBPERÍODOS EVAPOTRANSPIRAÇÃO DIÁRIA (mm) Semeadura - Emergência 2,2 VE R1 5,1 R1 R3 7,4 R3 R7 6,6 R7 R8 3,7 MÉDIA DO CICLO 5,8 Fonte: Berlato e Bergamaschi (1978)

UMIDADE FASE VEGETATIVA DEFICIÊNCIA ou EXCESSO HÍDRICO VE Menor altura de planta Menor número de nós Entrenós mais curtos Menor turgescência foliar (seca) Taxa de crescimento Atividade fotossintética Vn Fixação biológica do N 2 Metabolismo da planta Fonte: Câmara (2000); Barros e Sediyama (2009)

UMIDADE FASE REPRODUTIVA DEFICIÊNCIA HÍDRICA (veranico) R1 R4 A B O R T A M E N T O!!! R5.1 PERDA DE PRODUTIVIDADE!!!

UMIDADE CO 2 + H 2 O CH 2 O + O 2 ALONGAMENTO DA HASTE PRINCIPAL ALONGAMENTO DAS RAMIFICAÇÕES EXPANSÃO FOLIAR PEGAMENTO DE FLORES E DE VAGENS NODULAÇÃO E FIXAÇÃO DE NITROGÊNIO PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA

UMIDADE FASE REPRODUTIVA EXCESSO HÍDRICO (encharcamento) SOJA Luz difusa (R1 a R6) devido a: < O 2 nas raízes < crescimento radicular < absorção de nutrientes < fixação CO 2 < absorção de Ca e B < fixação do N 2 Chuva em excesso Céu nublado Insolação deficiente Umidade Relativa alta Evapotranspiração baixa Fonte: Câmara (2000) < formação de grão de pólen < crescimento tubo polínico < fecundação de flores < pegamento de vagens > nº de vagens chochas > nº frutos partenocárpicos > nº de sementes verdes < produtividade

UMIDADE R4 ENCHARCAMENTO E PRODUTIVIDADE DA SOJA Nodulação das raízes MS dos nódulos Fixação biológica do N 2 MS da parte aérea Produtividade

UMIDADE FASE REPRODUTIVA EXCESSO HÍDRICO (encharcamento) CONDIÇÃO DO SOLO MASSA SECA (g) PA RAÍZES NODULAÇÃO (10 PLANTAS) NÚMERO MS (g) PROD. (kg/ha) Normal 141,3 36,5 226 1,450 3.947 Encharcado 86,4 17,5 36 0,390 2.827 V.R. (%) 61,1 47,9 15,9 26,9 71,6 Perdas (%) 38,9 52,1 84,1 73,1 28,4 Fonte: Câmara (2002), não publicado. - 18,7 sc ha -1

UMIDADE Compactação 0 MPa 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Compactação Média 0 MPa 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Média 5 Repetição 1 Repetição 10 2 Repetição 3 15 Repetição 4 Profundidade (cm) Repetição 5 20 Repetição 6 Repetição 25 7 Repetição 8 Repetição 30 9 Repetição 1 Repetição 2 Repetição 3 Repetição 4 Repetição 5 Repetição 6 Repetição 7 Repetição 8 Repetição 9 Repetição 10 Profundidade (cm) 5 10 15 20 25 30 Repetição 10 35 Repetição 11 Repetição 12 40 Repetição 13 Repetição 14 45 Repetição 15 Repetição 50 16 Repetição 11 Repetição 12 Repetição 13 Repetição 14 Repetição 15 Repetição 16 35 40 45 50 Fonte: Câmara (2009) 34,8 sc ha -1 43,2 sc ha -1 de 8,4 sacas = 504 kg Encharcada Não encharcada

CONSIDERAÇÕES FINAIS POTENCIAL DE PRODUTIVIDADE? KIP CULLERS (2007) = 176,5 sc = 10.600 kg ha -1 200 sc = 12.000 kg ha -1 250 sc = 15.000 kg ha -1 MÉDIA BRASIL 2.820 a 3.060 Kg ha -1 47 a 51 sacas ha -1 2009/10 = 6.420 Kg = 107,0 sc ha -1 2014/15 = 8.507 Kg = 141,8 sc ha -1 PR - Mamborê PR Ponta Grossa 100 sc ha -1

CONSIDERAÇÕES FINAIS Campeões de produtividade 2016/17 Temperaturas e Fatores Básicos de Manejo (1/2) Cultivar TC GM Ciclo VE V3 V3 R1 R1 R5 R5 R6 R7 R8 Msoy 8349 Ipro D 8.3 120 24,3 24,6 22,7 22,8 23,7 859 m 18/11/16 180.000 Esp. 50 cm LAd L E M - BA 31,5 32,1 28,8 29,1 29,7 MAP no sulco 19,7 19,1 18,6 18,2 19,7 95,76 sc ha -1 TMG 7062 SD 6.2 153 20,0 21,1 22,5 22,9 22,4 730 m 20/10/16 444.000 Cruzado LVm Capão Bonito - SP 25,0 MAP Sulco 15,2 Ureia = 80 kg ha -1 108,25 sc ha -1 Fonte: CESB (2017) 26,3 27,2 28,2 26,1 16,7 18,1 18,2 16,1

CONSIDERAÇÕES FINAIS Campeões de produtividade 2016/17 Temperaturas e Fatores Básicos de Manejo (2/2) Cultivar TC GM Ciclo VE V3 V3 R1 R1 R5 R5 R6 R7 R8 BMX Desafio RR 715 m 28/10/16 392.444 Esp. 45 cm LVm BMX Ativa RR I 7.4 127 22,2 Campos de Júlio-MT 29,3 MAP no sulco 17,0 122,20 sc ha -1 D 5.6 126 19,6 23,3 22,7 22,6 22,5 27,5 27,5 28,1 27,6 20,0 19,7 20,1 19,8 20,4 21,2 21,4 19,0 1.100 m 28/10/16 550.000 Esp. 22,5 cm LVm Guarapuava PR 28,1 26,5 27,0 28,4 25,8 MAP + Inoc. - Sulco 12,3 15,8 16,4 16,9 14,7 149,08 sc ha -1 288 605 626 711 168 Fonte: CESB (2017)

CONSIDERAÇÕES FINAIS Atentar para as interações entre os nutrientes e as respostas ecofisiológicas da planta (cultivar); Atentar para as interações entre os fatores de produção do ambiente e a planta (cultivar); Conhecer em detalhes os ambientes de produção da propriedade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS C O M P L E X I D A D E Sistemas de Produção (exemplos): Soja monocultura Soja monocultura + cultura de cobertura Soja monocultura + milho monocultura Soja monocultura + algodão monocultura Soja monocultura +... Soja em sistema ILP O sistema de produção está inserido no ambiente de produção, sujeito às influências de fatores abióticos, bióticos e de ações antrópicas (manejo). (Câmara, 2013 V SIMPÓSIO DA CULTURA DA SOJA; RIO VERDE - GO).

OBRIGADO Prof. Gil Miguel de Sousa Câmara gil.camara@usp.br