SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE HOSPITAL INFANTIL JOANA DE GUSMÃO RESPONSÁVEL: DRA MARIA CRISTINA DE SOUZA NETO ALTERADA: 10/07/2013



Documentos relacionados
Otite Pediatria. Definições

Otite média aguda em crianças Resumo de diretriz NHG M09 (segunda revisão, fevereiro 2013)

Introdução. ATB na infância. ( Schappert, 1992 ). Primeiros anos de vida. ( Alho; Koivu; Sorri, 1991). Aleitamento materno. Creches e berçários.

SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE HOSPITAL INFANTIL JOANA DE GUSMÃO RESPONSÁVEL: DRA MARIA CRISTINA DE SOUZA NETO

Otite externa Resumo de diretriz NHG M49 (primeira revisão, dezembro 2005)

Otite média aguda em adultos

Faringoamigdalites na Criança. Thaís Fontes de Magalhães Monitoria de Pediatria 17/03/2014

INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS AGUDAS EPIDEMIOLOGIA

NOVEMBRO DOURADO VIVA ESTA IDEIA! VENHA PARTICIPAR!

OTITE MÉDIA COM EFUSÃO (OME) NAS CRIANÇAS. Filipa de Carvalho Moreira Serviço de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial

OTITES MÉDIAS AGUDAS. Prof. Pedro Serafim DISCIPLINA DE OTORRINOLARINGOLOGIA Universidade Federal do Maranhão - UFMA

CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALEIAS (IHS 2004)

Otite Média Aguda: Porque Precisamos de Atualizações?

Pneumonia na Pediatria

ANTIBIOTICOTERAPIA NA NCIA. Dulce Emilia Moreira

Dor de Ouvido e OTITE MÉDIA AGUDA. Angel Mar Roman MFC Universidade Positivo Curitiba (PR)

Fique atento ao abuso de antibióticos na pediatria

Paralisia facial periférica Resumo de diretriz NHG M93 (agosto 2010)

TEXTO BÁSICO PARA SUBSIDIAR TRABALHOS EDUCATIVOS NA SEMANA DE COMBATE À DENGUE 1

FACULDADE CATÓLICA SALESIANA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DISCIPLINA DE DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS MENINGITES. Prof. Ma. Júlia Arêas Garbois

Diretrizes Assistenciais

IMUNOBIOLÓGICOS UTILIZADOS NA UNIDADE NEONATAL

Vertigem na emergência. Dra. Cristiana Borges Pereira

Mitos e Verdades sobre Alergia Alimentar e Otites e Sinusites

REAÇÃO ALÉRGICA AO CONTRASTE IODADO

Anatomia da orelha media e interna

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS

Lesões inflamatorias otite media aguda

Gripe Proteja-se! Faça Chuva ou faça Sol, vacine-se a partir de Outubro e até ao final do Inverno. Consulte o seu médico

de nódulos axilares e sintomas como desconforto e dor, são importantes para o diagnóstico e conduta a serem tomados em cada caso. Há exames de imagem

RELATÓRIO PARA A. SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS

30/03/2010 a 30/03/2011

BRONCHO VAXOM. Takeda Pharma Ltda. Cápsula. 3,5 e 7,0 mg

ESTUDO DIRIGIDO - PNEUMONIA

Deficiência Auditiva. Definição. Definição, Classificação, Características e Causas

03/07/2012 PNEUMONIA POR INFLUENZA: PREVENÇÃO, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO, ONDE ESTAMOS? Encontro Nacional de Infecções Respiratórias e Tuberculose

BRONCHO VAXOM. Takeda Pharma Ltda. Granulado. 3,5 mg/sachê

Diagnóstico do câncer de mama Resumo de diretriz NHG M07 (segunda revisão, novembro 2008)

Pneumonia e Derrame Pleural Protocolo Clínico de Pediatria

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias

A pneumonia é uma doença inflamatória do pulmão que afecta os alvéolos pulmonares (sacos de ar) que são preenchidos por líquido resultante da

Intestino Delgado. Bárbara Andrade Silva Allyson Cândido de Abreu

Guia do sistema de implante coclear Nucleus para educadores

Universidade Federal do Ceará - UFC Faculdade de Medicina Programa de Ensino Tutorial - PET. Condutas Infecções de Vias Aéreas Superioes

DEPRESSÃO - Segundo a Classificação Internacional das Doenças (CID) 10ª revisão

Informe Técnico - SARAMPO nº2 /2010 Atualização da Situação Epidemiológica

Cefaleia crónica diária

Meningite Bacteriana

Graças a ele, podemos perceber melhor o mundo e nosso corpo.

Infecções das vias aéreas superiores

VACINE-SE A PARTIR DE 1 DE OUTUBRO CONSULTE O SEU MÉDICO

RESPOSTA RÁPIDA 435/2014

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO

Otosporin hidrocortisona sulfato de neomicina sulfato de polimixina B. Forma farmacêutica e apresentação Suspensão otológica Embalagem contendo 10 ml

Identifique-se na parte inferior desta capa. Caso se identifique em qualquer outro local deste Caderno, você será excluído do Processo Seletivo.

Ouvir melhor é viver melhor. Descobrindo sua audição

Hemoglobinopatias. Dra. Débora Silva Carmo

Grupo de Rastreio e Intervenção da Surdez Infantil GRISI Documento de Trabalho

As principais causas das perdas condutivas são:

Polimialgia reumática e arterite temporal Resumo de diretriz NHG M92 (fevereirio 2010)

Otite e Sinusite. Clínica, diagnóstico e tratamento. Diana Moreira. Curso de Verão da SPP

OTO-XILODASE. Apsen Farmacêutica S.A. Solução Otológica 100 UTR + 50 mg + 5 mg / 1 ml

Evidências em Otorrinolaringologia. Índice Temático 2014

TEMA 003 CONHEÇA E PREVINA AS DOENÇAS DO INVERNO

ESTUDO DE CASOS DAS DOENÇAS EXANTEMÁTICAS

CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE MATO GROSSO

PARECER TÉCNICO Nº 16/GEAS/GGRAS/DIPRO/2016 COBERTURA: IMPLANTE COCLEAR

Dra. Fabiana Hauser Fisiatra e Acupunturista Serviço de Dor e Cuidados Paliativos Hospital Nossa Senhora da Conceição Porto Alegre

Protocolos Não Gerenciados

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Palácio dos Bandeirantes Av. Morumbi, Morumbi - CEP Fone: Nº 223 DOE de 28/11/07. Saúde GABINETE DO SECRETÁRIO

Disfunção erétil Resumo de diretriz NHG M87 (julho 2008)

DENGUE AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE SINAIS/SINTOMAS CLÁSSICOS SINAIS/SINTOMAS CLÁSSICOS MANIFESTAÇÕES HEMORRÁGICAS MANIFESTAÇÕES HEMORRÁGICAS

Alergia e Pneumologia Pediátrica Hospital Infantil João Paulo II Hospital Felício Rocho Wilson Rocha Filho

Atendimento de retorno

Diretrizes Assistenciais PREVENÇÃO DA DOENÇA ESTREPTOCÓCICA NEONATAL

APROVADO EM INFARMED FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR. Ottoflox 3 mg/ml Gotas auriculares, solução Ofloxacina

Otofoxin cloridrato de ciprofloxacino SOLUÇÃO OTOLÓGICA

A surdez é uma deficiência que fisicamente não é visível, e atinge uma pequena parte da anatomia do indivíduo.

Como controlar a mastite por Prototheca spp.?

Cefaleia Cefaleia tipo tensão tipo tensão

TEMA: Seretide, para Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).

Protocolo de Atendimento de Reação Adversa a Medicações

DISTÚRBIOS DA ATM. Dra.SUSANA C. FOGAÇA Prof. Faculdade Medicina da Universidade de Passo Fundo

Protocolo de atendimento inicial ao trauma. José Marques de Oliveira Neto Secretário do CREMESE

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

RASTREIO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS

HIV/AIDS Pediatria Sessão Clínica do Internato Revisão Teórica. Orientadora: Dra Lícia Moreira Acadêmico: Pedro Castro (6 Ano)

Rautakorpi UM, Klaukka T, Honkanen P, Makela M, Nikkarinen T, Palva E, et al, 2001.

Dilemas Diagnósticos entre Tonsilite Viral e Bacteriana

Infecções de Vias Aéreas Superiores

Pneumonias como quando e porque referenciar? Cecilia Longo longo.cecilia@gmail.com

URO-VAXOM. Lisado bacteriano de Escherichia coli APSEN

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

TERAPÊUTICA ANTIBIÓTICA EMPÍRICA DA FEBRE NEUTROPÉNICA

Otite média aguda e secretora

Tylemax Gotas. Natulab Laboratório SA. Solução Oral. 200 mg/ml

Pela equipa da Unidade de Cuidados de Saúde do Centro de Saúde de Torres Vedras (Enfª Patrícia Santos Serrano).

Transcrição:

SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE HOSPITAL INFANTIL JOANA DE GUSMÃO PROTOCOLO DE ATENDIMENTO ROTINA: NUMERO 02 2013 TÍTULO: OTITE MÉDIA AGUDA FLUXOGRAMA IMPLANTAÇÃO: SETOR: EMERGÊNCIA EXTERNA HIJG VERSÃO: 02 RESPONSÁVEL: DRA MARIA CRISTINA DE SOUZA NETO ALTERADA: 10/07/2013 PÚBLICO ALVO: MÉDICOS, EQUIPE DE ENFERMAGEM, FISIOTERAPEUTAS OBJETIVO: Diagnóstico de otite media aguda e padronização de medidas terapêuticas objetivando administração de antibioticoterapia racional REFERÊNCIA: 1. Bates B. Propedêutica Médica. 4a. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A.;1990. 2. American Academy of Pediatrics, American Academy of Family Physicians. Diagnosis and Manegement of Acute Otitis Media. Clinical Practice Guideline. 2004. 3. Duncan BB, Schmidt M, Giugliani ER. Medicina Ambulatorial: Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências. Terceira ed. São Paulo: Artmed S.A;2004. 4. de Oliveira RG. Black Book Pediatria Medicamentos e Rotinas Médicas. 3a. ed. Belo Horizonte Black Book;2005. 5. Sakano E, Weckx LLM, Bernardo WM, Saffer M. Otite Média Aguda na Infância: Tratamento. Projeto Diretrizes Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina 2005. 6. Sakano E, Weckx LLM, Bernardo WM, Saffer M. Otite Média Aguda na Infância: Diagnóstico. Projeto Diretrizes Associação Médica Brasileira e Conselho

Federal de Medicina 2005. 7. Otitis Media: Review of the 2004 Treatment Guidelines. Ann. Pharmacother., November 1, 2005; 39(11): 1879-1887. 8. Watchful Waiting for Acute Otitis Media: Are Parents and Physicians Ready? Pediatrics, August 1, 2006; 118(2): 849-850. 9. Diagnosis and Management of Acute Otitis Media. ClinicalPractice Guidelines - PEDIATRICS Vol. 113 No. 5 May 2004, pp. 1451-1465. 10. Sih T, Moura R, Caldas S, Schwartz B. Prophylaxis for recurrent acute otitis media: a Brazilian study. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. Jan 1993; 25(1-3):19-24 11. Pereira MBR, Ramos BD. Otite média aguda e secretora. J Pediatr (Rio J) 1998; 74 (supl.1): S21-S30. DEFINIÇÕES: 1) Otite Média Aguda (OMA): presença de secreção no ouvido médio associada ao início rápido de um ou mais sinais ou sintomas de inflamação. 2) Otite Média Recorrente (OMR): ocorrência de 3 episódio de OMA em seis meses ou quatro episódios em 1 ano 3) Otite Média com efusão (OME): inflamação do ouvido médio em que há uma coleção líquida no seu espaço e a membrana timpânica está intacta. Não há sinais e sintomas de uma infecção aguda. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS: Os principais elementos para diagnostico são provenientes da otoscopia*. O diagnostico de certeza da OMA é estabelecido na presença de: início súbito; efusão em orelha média; sinais e sintomas de inflamação de orelha média. *A membrana timpânica pode estar: abaulada, hiperemiada, opaca, com aumento da vascularização, presença de otorreia purulenta. ** Técnica adequada para otoscopia: a criança deve ser examinada preferencialmente sentada ou em pé para possibilitar a identificação do líquido no ouvido médio. Segure o pavilhão auricular firme enquanto o puxa para cima, para trás e um pouco para fora. Deve ser usado o maior espéculo otológico que o canal permitir.

DIAGNOSTICO DIFERENCIAL: OMA OMS QUEIXA DOR Diminuição audição, sensação de orelha entupida, ouvido com zumbido OUTROS SINTOMAS Febre, irritação, cefaleia, anorexia, náuseas e vômitos Indolor e afebril MEMBRANA TIMPANICA Abaulada/hiperemiada/opaca/com aumento da vascularização Membrana timpânica retraída, opaca e pode ter aumento da vascularização PERFURAÇÃO DA MT Pequena e de difícil visualização devido a inflamação e a secreção purulenta contra-indica lavagem otológica ausente TRATAMENTO Quanto ao manejo adequado e tratamento, a Academia Americana de Pediatria recomenda um período de observação clínica dependendo da idade do paciente, da certeza diagnóstica e da gravidade dos sintomas (Tabela abaixo). Recomendam que todas as crianças menores de 6 meses devem ser tratadas com antibiótico, entre 6 meses e 2 anos devem ser tratadas com antimicrobianos quando o diagnóstico de OMA é de certeza ou quando duvidoso na presença de sintomas severos (moderada a severa otalgia ou febre >39.C). Em crianças maiores de 2 anos o uso de antimicrobiano está indicado na certeza diagnóstica associada a doença severa. Idade Certeza do diagnóstico Incerteza do diagnóstico < 6 meses tratar tratar 6 meses a 2 anos tratar Grave: tratar Não grave: observar >2 anos Grave: tratar Observar Não grave: observar Critérios para tratamento da OMA, segundo a Academia Americana de Pediatria. ANTIBIOTICOTERAPIA ( para cobertura de Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenza e Moraxella catarrhalis alguns estudos brasileiros mostram também a presença de Staphilococcus aureus): 1 Amoxacilina: 45 a 50mg/kg/dia dividida em 2 a 3 tomadas por 10. Em caso de falha terapêutica em 48hs deve ser aumentada a dose de amoxacilina para 90mg/kg/dia. 2 Amoxacilina + Acido Clavulânico: 90mg/kg/dia de amoxacilina e 50 mg/kg/dia de clavulonato. Na presença de falha terapêutica deve ser usada para eliminar Haemophilus influenza e Moraxella catarrhalis resistentes.

3 Azitromicina(para crianças alérgicas): 10mg/kg/dia no primeiro dia seguida por 5mg/kg/dia por mais 4. 4 Ceftriaxone: 50mg/kg/dia por 3 consecutivos endovenoso ou intra-muscular em casos de vômitos persistentes ou em outras situações que não possa receber medicação oral. Paciente sem resposta a amoxacilina com acido clavulânico devem receber 3 de ceftriaxone endovenoso. OTITE MÉDIA RECORRENTES: Critérios de risco para recorrência: primeiro episódio de OMA antes de 6 meses de idade, história familiar de otite média aguda recorrente, usuários de creches ou berçários com mais de dez crianças na sala, utilização de antibiótico no ultimo mês, mais do que três episódios de OMA nos últimos seis meses idade inferior a dois anos. Na maioria dos casos de otite de repetição basta tratar cada um dos casos isoladamente. ENCAMINHAMENTO PARA ESPECIALISTA: Paciente com mastoidite Otite média crônica assintomática que não melhora com tratamento clinico e que persiste por mais de 3 meses quando bilateral e por mais de 6 meses quando unilateral Crianças com deficiência auditiva de qualquer etiologia e que tem piora da audição devido a otite media secretora Crianças com indicação de colocação de tubo de ventilação devido ao número excessivo de episódios de Otite Média Aguda (mínimo 3 episódios em seis meses ou quatro ou mais episódios em um ano) Paciente com efusão persistentes nos quais esteja indicada a colocação de tubo de ventilação (unilateral em menos que 6 meses e bilateral em menos que 3 meses) A Membrana Timpânica na reavaliação do décimo dia pode ainda estar opaca, porém a criança está assintomática, sem sintomas clínicos; isto traduz uma otite média secretora residual (pode levar até 2-3 meses para resolver totalmente = NÃO É FALHA TERAPÊUTICA O Maior questionamento na orientação terapêutica não deve ser qual o antibiótico mais

apropriado par aquele determinado paciente, mas sim se realmente ele necessita tratamento Em crianças menores de 2 anos a terapêutica antibiótica deve ser sempre de 10 sendo que nos maiores pode ser reavaliada até 7 A diferenciação entre a OMA e a OME é muito importante. A diferenciação entre OMA e otite média com efusão (OME) é muito importante. A OMA pode ser definida como uma doença aguda, acompanhada de inflamação da membrana timpânica e efusão da orelha média. A OME é a presença de líquido na orelha média sem sinais e sintomas de infecção. A OME é mais comum do que a OMA e na maioria das vezes é tratada com antibióticos (ATB) sem necessidade. FLUXOGRAMA TRATAMENTO DE OTITE MÉDIA Otalgia com alteração de MT Febre > 39 Febre < 39 Idade < 2 anos Idade > 2 anos e Idade > 2 anos e Idade < 2 anos ou Idade > 2 anos ou Dor leve Dor intensa Otite recorrente ou Otite recorrente Down/ malformação Amoxa 60mg/kg - 10 Reavaliar 48h Amoxacilina 90mg/kg Melhora clinica em 48hs Reavaliar em 7 a 10 Amoxacilina 90 + Acido Clavulânico 50mg/kg Cefalosporina de segunda ou terceira Reavaliar em 7 a 10 Sem melhora clinica Encaminhar ao otorrino