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Transcrição:

Referências para próxima aula (banco de sementes) Referência 4 - Ikeda, F.S.; Mitja, D.; Carmona, R.; Vilela, L. Caracterização florística de bancos de sementes em sistemas de cultivo lavoura-pastagem. Planta Daninha, Viçosa-MG, v. 25, n. 4, p. 735-745, 2007. Referência 5 - Severino, F. J.; Christoffoleti, P.J. Banco de sementes de plantas daninhas em solo cultivado com adubos verdes. Bragantia, Campinas, v. 60, n. 3, p. 201-204, 2001. Referência 6 - Monquero, P.A.; Christoffoleti, P.J. Banco de sementes de plantas daninhas e herbicidas como fator de seleção. Bragantia, Campinas, v. 64, n. 2, p. 203-209, 2005. Aula - Classificação e Mecanismos de Sobrevivência e Disseminação das Plantas Daninhas Prof. Dr. Pedro J. Christoffoleti 1

Características que as tornam plantas daninhas: Elevada produção de sementes Propágulos de sobrevivência vegetativa (assexuado) sob condições adversas Disseminação efetiva das sementes Sementes e propágulos resistem a condições ambientais adversas Dormência ou germinação descontínuas das sementes Características ocultas: Plantas alelopáticas produzem toxinas Hospedeiras de pragas e doenças de culturas Hospedeiras alternativas de insetos vetores de patógenos de culturas 1. Classificação das Plantas Daninhas 1.1. Classificação científica (taxonômica): Linneaus (1707-1778) - chaves filogenéticas Divisão Subdivisão Classe Família Gênero Espécie 2

- Divisão I - Pteridophyta (Plantas Inferiores) - reproduzem-se por esporos - exemplos: algas, liquens, salvínea, samambaia, Equisetum (cavalinha) - Divisão II - Spermacophyta (Plantas Superiores) - flores verdadeiras e sementes com embrião - Subdivisão I - Pinophyta (Gimnospermae) - óvulo não está inserido em ovário - não tem planta daninha importante Exemplos de Pteridophytas (aquáticas) Chorella spp (algas unicelulares) Pithophora spp (algas pluricelulares) Chara spp (algas com tecidos diferenciados) 3

Exemplos de Pteridophytas Samambaia Pteridium aquilinum Exemplos de Pteridophytas Cavalinha Equisetum spp 4

Esporangióforo (estrutura de reprodução) Cavalinha Equisetum spp Subdivisão II - Magnoliophyta (Angiospermae) Óvulo está inserido em ovário Classe - Liliopsida (Monocotyledoneae) - monocotiledôneas Classe - Magnoliopsida (Dicotyledoneae) dicotiledôneas Monocotiledônea 5

Inflorescência de uma monodicotiledônea Capim-colchão Digitaria ciliaris Capim-rabo-de-gato Setaria viridis 6

Capim-marmelada Brachiaria plantaginea Capim-colchão Digitaria horizontalis 7

Capim-braquiária Brachiaria decumbens Capim-colonião Panicum maximum 8

Avena strigosa Capim-carrapicho Cenchrus echinatus 9

Capim-pé-de-galinha Eleusine indica Capim-massambará Sorghum halepense 10

Capim favorito Rhynchelitrum repens Grama seda Cynodon dactylon 11

Capim amargoso Digitaria insularis Capim oferecido Pennisetum setosum 12

Capim arroz Echinochloa crusgalli Tiririca Cyperus rotundus 13

LEVANTAMENTO DO BANCO DE TUBÉRCULOS 0,25 m 0,25 m 14

1308 tubérculos vivos 20 ton/ha 209.280.000 tubérculos/ha Número de tubérculos vivos e eficácia do sulfentrazone no controle da tiririca - 120 DAT DATA AMOSTRAGEM: 25/03/2001 Doses de sulfentrazone 700 g/l (0,8) (1,0) (1,2) (1,4) (1,6) (1,8) TEST % DE CONTROLE 623 250 233 169 173 123 110 N. de tubérculos vivos Usina São Martinho Bento, 2004 15

Sintomas do herbicida sulfentrazone em tiririca Trapoeraba Commelina benghalensis 16

Carrapicho-rasteiro - Acanthospermum australi Acanthospermum hispidum 17

Mentrasto Ageratum conyzoides Caruru Amaranthus retroflexus 18

Caruru-de-mancha Amaranthus viridis Althernanthera ficoidea 19

Picão-preto Bidens pilosa Buva Conyza bonariensis 20

Carrapicho-beiço-de-boi Desmodium tortuosum Cambará Eupathorium paucifolorum 21

Falsa-serralha Emilia sonchifolia Amendoim-bravo Euphorbia heterophylla 22

Macela Gnophalium spicatum Corda-de-viola Ipomoea triloba 23

Corda-de-viola Ipomoea hederifolia Joá-de-capote Nicandra physaloides 24

Quebra-pedra Phyllanthus niruri Poaia-branca Richardia brasiliensis 25

Fedegoso Senna obtusifolia Guanxuma-branca Sida cordifolia 26

Maria-pretinha Solanum americanum Erva-de-touro Tridax procumbens 27

Corda-de-viola Ipomoea nill Caruru 28

Picão-preto Beldroega Portulaca oleracea 29

1.2. Classificação quanto ao tipo de planta: - Classificação com finalidade prática - Folha estreita (monocotiledôneas): - gramíneas (Poaceae) - ciperáceas (Cyperaceae) - Folha larga (dicotiledôneas) 1.3. Classificação quanto ao ciclo de vida: Anuais: Ciclo de vida menor que um ano Tipicamente tem crescimento rápido e produzem sementes rapidamente anuais de verão inverno primavera verão outono Germinam na primavera, atingem a maturidade no verão e completam o ciclo no outono. As sementes então permanecem dormentes até a primavera 30

anuais de inverno inverno primavera verão outono Germinam no outono, atingem a maturidade no inverno e completam o ciclo no final da primavera/início do verão. As sementes então permanecem dormentes até o outono florescimento planta madura crescimento e captura de recursos do meio planta vegetando CICLO DE VIDA DAS PLANTAS DANINHAS ANUAIS produção de semente dispersão emergência dos seedlings mortalidade banco de sementes germinação dormência 31

Ciclo de vida das plantas daninhas anuais chuva de sementes 11 sementes/m 2 germinação 14 sementes/m 2 Profundidade (cm) 0 3 componente ativo componente inativo Banco de sementes Solo orgânico 30 Eriophorum vaginatum (McGraw, 1980, citado por McGraw & Vavrek, 1989) - Bianuais Vegetam no primeiro ano, e florescem/produzem sementes no segundo ano Requerem vernalização antes do florescimento (exposição ao frio) Não são tão importantes quantos as anuais e perenes - Perenes Simples Sobrevivem no inverno através de estruturas vegetativas radiculares Produzem sementes, sem estruturas vegetativas especializadas de propagação Podem produzir novas plantas quando cortadas 32

-complexas ou arrastadoras (problemas) Reproduzem por estruturas especializadas como: Caules subterrâneos (rizomas) e aéreos (estolões), bulbos, cormos, tubérculos e raízes gemíferas. Geralmente também reproduzem-se por sementes, portanto de difícil controle inverno primavera verão outono Capim massambará - rizomas Grama-seda - estolhos Thistle raízes gemíferas Alho-bravo - bulbos Cyperaceae - tubérculos 33

TIRIRICA Cyperus rotundus L. Holm et al., 1977: razões da alta dispersão e importância Características biológicas de reprodução vegetativa: - tubérculos - bulbos basais - rizomas Rizoma Tubérculo Bulbo basal FOLHA INFLORESCÊNCIA FASCÍCULO BULBO BASAL TUBÉRCULO RIZOMA MADURO RIZ. NOVO Magalhães (1965) taxa de multiplicação - 10 x em 60 dias; Condições favoráveis = 30 a 40 milhões tub./ha/ciclo; Bhardwaj & Verma (1968) absorve 95,6 kg de N/ha, 11,6 kg P 2 O 5 /ha e 49,3 kg K 2 O/ha. 34

Ciclo de vida das plantas daninhas perenes seedlings semente fase sexuada planta florescida perenização crescimento perenização formação do propágulo vegetativo estabelecimento planta vegetativa fase assexuada propágulo vegetativo dispersão dormência brotação 35

1.4. Classificação quanto ao habitat: - Terrestres: - áreas agrícolas - sincronismo com culturas: - tratos culturais - época de maturação semelhante - semelhança tamanho sementes - uso repetitivo do mesmo herbicida - áreas de pastagens - áreas florestais Seleção de plantas daninhas tolerantes ao glyphosate Corda-de-viola Trapoeraba 36

Plantas daninhas de áreas florestais Resistência de plantas daninhas ao glyphosate 37

- Aquáticas: - Algas: - microscópicas - filamentosas - chara fitoplâncton - Macrófitas: - flutuantes livres - flutuantes ancoradas - emergentes - Submersas Algas filamentosas Chara Algas microscópicas 38

Plantas emergentes Plantas flutuantes ancoradas Plantas flutuantes livres Plantas submersas Infestação de aguapé flutuante livre 39

Alface-d água Lírio-aquático Chapéu-de-couro Sagittaria montevidensis Taboa 40

Coletor de plantas aquáticas 41

- Parasitas (fanerógamas): - 3000 spp - 17 famílias - plantas daninhas - 8 famílias importantes - Parasitas da parte aérea: - erva de passarinho - cipó-chumbo (cuscuta) - Parasitas do sistema radicular: - Striga - (erva de bruxa) (Striga spp) - Orobanche (Orobanche spp) Cuscuta parasitando planta ornamental 42

Cuscuta parasitando a cultura da cebola Orobanque parasitando a cultura do tomate 43

Orobanque parasitando a cultura de ervilha 2. MECANISMOS DE SOBREVIVÊNCIA DAS PLANTAS DANINHAS 2.1. Sementes - Característica de sobrevivência das pl. daninhas anuais. Produção média de sementes de plantas daninhas/planta: 109 espécies anuais - 20.833 sementes/planta 19 espécies bianuais - 26.600 sementes/planta 61 espécies perenes - 16.626 sementes/planta 44

Wilson (1988) Características das sementes de nove espécies de plantas daninhas Plantas daninhas Sementes produzidas/planta Sementes/kg Capim arroz 7.160 714.928 Cuscuta 16.000 1.291.418 Erva de Sta. Maria 72.450 1.429852 Tiriricão 2.450 5.267.910 Aveia brava 250 57.128 Caruru 117.400 2.633.944 Beldroega 52.300 3.033.025 Capim carrapicho 1.100 148.280 Picão preto 3.450 331.310 2.2. Banco de sementes "Reservatório de sementes e órgãos de reprodução vegetativa viáveis, porém dormentes, presentes no solo ou restos vegetais" - Varia de 300 milhões a 3,5 bilhões de sementes/ha - Influenciado pelas práticas culturais (Martel et al. 1998) Tipo de preparo de solo Profundidade Arado de aiveca Grade pesada 0 5 cm 20% 63% 5 10 cm 27% 20% 10 15 cm 53% 17% 45

2.3. Dormência das sementes no solo - Dispersão das sementes no tempo Toole & Brown (1946) estudaram 107 spp: Anos enterradas Sementes viáveis que germinaram 1 ano 71 espécies germinaram 6 anos 68 espécies germinaram 10 anos 57 espécies germinaram 20 anos 57 espécies germinaram 30 anos 44 espécies germinaram 38 anos 36 espécies germinaram a. Tipos de dormência - Primária dormência antes da liberação da planta mãe - Secundária ocorre em função das condições climáticas b. Causas da dormência - Interna (inerente ou propriamente dita) - Impermeabilidade dos tegumentos - Polimorfismo somático - Imaturidade do embrião - Polimorfismo genético - Inibidores bioquímicos - Externa (ambiental ou quiescência) - Temperatura e umidade - Luz: Kienzel - estudou 964 spp pl. selvagens - 674 favorecida pela luz - 258 inibidas pela luz - 32 indiferentes luz 46

Polimorfismo somático Sementes de Quenopódio (Chenopodium album) Cor da semente Espessura do Tegumento ( ) Tamanho da semente % na planta resposta à quebra de dormência Preta 60 1,13-1,33 97 sim Marrom 16 1,55-1,59 3 não Dormência/quebra de dormência de sementes pela luz solar fitocromos (P 660 e P 710 ) Luz solar rica em 660 nm P660 Ambiente sombreado Luz rica em 710 nm P710 Semente dormente Escuro Semente não dormente Ω = P660 P660 + P710 Fotoblástica positiva Ω próximo de zero Fotoblástica negativa Ω próximo de um 47

Efeito do sombreamento pela palhada sobre a germinação/emergência das plantas daninhas em áreas de plantio direto Efeito do sombreamento pela palhada sobre a germinação/emergência das plantas daninhas em áreas de colheita de cana-de-açúcar sem queima ( cana-crua ) 48

Espécie de planta daninha adaptada em área com palhada de cana-de-açúcar Buva Espécie de planta daninha adaptada em área com palhada de cana-de-açúcar Amendoim-bravo 49

Espécie de planta daninha adaptada em área com palhada de cana-de-açúcar Corda-de-viola 2.4. Reprodução assexuada propagação vegetativa - Estolões ou estolhos ou corredores - caules aéreos - crescem na superfície do solo - produzem raízes adventícias - grama-seda, capim-fino, etc - Rizomas - caules subterrâneas - nós e entrenós curtos - folhas rudimentares - Capim-massambará, tiririca, etc 50

Sementes estolões Grama-seda Cynodon dactylon Sementes Rizomas Capim-massambará Sorghum halepense 51

- Tubérculos - porção terminal do rizoma - entumecimento tuberoso do rizoma - gemas axilares com dominância apical - tiririca - Bulbos - gema subterrânea modificada - caules e folhas modificadas com reserva - alho-bravo e trevo 20 cm 8 10 1 2 3 4 5 6 9 Cadeia de plantas de tiririca 60 dias após o plantio de um tubérculo isolado Tiririca Cyperus rotundus L. 52

Cyperus rotundus L Cynodon dactylon Tiririca Cyperus rotundus L. Tubérculo de tiririca Gema 53

- Raízes gemíferas (Xilopódio) - raízes longas e horizontais com gemas - leiteiro e assa-peixe - Caules - Rebrota à partir de caule recortado - Perenes simples - Guanxuma, dente-de-leão Rebrota através do caule Parte aérea controlada por herbicidas de contato Spermacoce capitata vassourinha-de-botão 54

2.5. Emergência das plântulas - Conhecimento das partes da plântula que absorvem os herbicidas aplicados no solo. - Profundidade de emergência é responsável pela seletividade a herbicidas Emergência das plantas daninhas Região de absorção dos herbicidas durante a emergência 55

Estrutura de uma plântula de gramínea Superfície do solo mesocótilo Região de absorção de herbicidas aplicados ao solo raízes do nó de transição raiz primária seminal e definitiva Coleoptilo Superfície do solo Nó coleoptilar Lixiviação do herbicida Absorção de herbicidas Nó coleoptilar Aveia-brava Trigo 56

3. Dispersão das Plantas Daninhas - Característica importante de agressividade das plantas daninhas 3.1. Dispersão mecânica - Adaptações nos frutos espinhosa - Desenvolvimento do Velcro por George Mestral) 3.2. Dispersão pelo vento - modificações estruturais que permitem transporte pelo vento ( papus das Asteraceae) - Dispersão do grão de pólen (fluxo de genes) - Dispersão de biótipos resistentes de plantas daninhas 3.3. Dispersão pela água Wilson (1980): (estudou canais de irrigação) - Sementes de 77 spp de plantas daninhas em três canais principais de irrigação. - coletou 30.346 sementes - 30% viáveis - 26 x mais sementes no final do canal - disseminação de 300.000 sementes/ha Comes (1978) - estudou várias spp de plantas daninhas: - 24 perderam viabilidade 12 meses - 27 viáveis por mais de 12 meses - 12 viáveis por mais de 60 meses 57

Germinação de sementes de plantas daninhas depois de estocada na água de irrigação (Hill, 1977) Espécies Convolvulus arvensis Cirsium arvensis Centaurea repens Amaranthus retroflexus Eltrigia repens Echinochloa cruss galli Período de armaz. na água (meses) 54 36 30 33 27 12 % germinação 55 50 14 9 0 0 3.4. Dispersão pelo homem Número de espécies de plantas daninhas introduzidas à partir da Europa para os Estados Unidos da América Norte Família Asteraceae Poaceae Brassicaceae Labiateae Fabaceae Caryophyllaceae Scrophulariaceae Número de espécies introduzidas 112 65 62 60 54 37 30 58

3.5. Dispersão pelos animais - Algumas sementes que atravessam o trato digestivo dos animais Espécies % germinação antes % germinação após Caruru 98 36 Quenopódio 70 58 Alfafa 86 17 Plantago sp 94 16 Rumex crispus 95 58 Setaria faberii 21 19 Aveia-brava 74 10 3.6. Dispersão por equipamentos agrícolas - Utilização de sementes de culturas infestadas de sementes de plantas daninhas - Transporte através de colhedoras e equipamentos de preparo de solo e cultivo 59

Dispersão de plantas daninhas por colhedeiras 3.7. Outras formas de dispersão - Mudas de frutíferas e árvores - Substratos e solos usado em viveiros - Mimetização das culturas pelas plantas daninhas 60