Manual Construindo ARTE



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M a r ia Cr is t ina Z i ll i Um apoio para o desenvolvimento de sua atividade

A quem se destina este material: Este material se destina a dar suporte para os acadêmicos no desenvolvimento de suas atividades do Projeto Comunitário. O presente manual pretende aumentar o potencial criativo e as possibilidades no uso de várias técnicas em diversas linguagens artísticas. Por meio da união da criatividade e de elementos simples e acessíveis, tornase prazeroso criar e brincar com maravilhoso veículo que é ARTE! Maria Cristina Zilli, a autora. Orientações para utilização O manual contém técnicas de artes que podem ser desenvolvidas com crianças, adolescentes e adultos. Deve-se atentar para não serem utilizadas as técnicas que não são indicadas para cada público, em especial, crianças. Em cada atividade apresenta-se a descrição da técnica, quando necessário, e o detalhamento com desenho; tem-se também a descrição do material e o público com quem pode ser utilizada. Antes de propor as atividades, verifique com a instituição parceira quanto à disponibilidade do material para a realização da técnica, bem como escolha um local apropriado para que não ocorram imprevistos. Certifique-se que você sabe desenvolver a técnica antes de utilizá-la com um grupo; para tanto faça um teste antes. Página 2

Sumário 1. TINTAS, PIGMENTOS E AGLUTINANTES 1.1 Extração de pigmentos 1.1.1) Pigmentos líquidos a) Cocção b) Maceração c) Infusão 1.1.2) Pigmentos em pó a) Trituração b) Calcinação c) Decantação d) Lixação 1.2 Aglutinantes 1.3 Tintas 1.4 Técnicas com pigmentos 1.5 Conservação de trabalhos 2. TÉCNICAS DE SUPERFÍCIE 2.1 Preparação de bases a) Estuque b) Afresco c) Base para madeira d) Base para compensados, madeira e papel e) Preparado para tela 3. TÉCNICAS DE PINTURA a) Encáustica b) Têmpera c) Pintura a óleo Página 3 4. TÉCNICAS ALTERNATIVAS a) Pintura a creme b) Pintura com as mãos 5. VITRAIS a) Vitral com papelão b) Vitral com recorte de revista c) Vitral com acetato d) Vitral de flor ou mandala e) Painel f) Recorte positivo e negativo 6. COLAGENS a) Colagem com papéis coloridos e foscos b) Colagem com letras c) Colagem com figuras geométricas d) Colagem com temas e) Colagem com papel sanfonado f) Colagem com estrias g) Colagem com lã h) Colagem dupla i) Colagem em relevo j) Remontagem perfeita k) Canudos de jornal 7. DESENHOS E PINTURAS SOBRE PAPEL a) Carvão b) Desenho esfumado c) Pintura com pó colorido d) Anilina e lápis de cera e) Colagem em papel sanfonado f) Anilina com goma caseira g) Anilina com goma arábica h) Desenho raspado i) Desenho totalmente raspado j) Desenho escorrido k) Desenho sobre lixa l) Desenho sobre papel amassado m) Desenho circular n) Desenho esfregado o) Desenhando o branco sobre o preto p) Pintando e lavando q) Desenho com nanquim r) Aguada de nanquim s) Nanquim sobre papel úmido t) Nanquim pastoso u) Desenho lavado v) Impressão w) Impressão com barbante x) Impressão dobrada y) Monotipia z) Carimbo aa) Pinte assoprando ab) Guache pulverizado ac) Desenho ininterrupto

Sumário ad) Desenho cego ae) Ambidestrismo af) Estilização 8. TÉCNICAS PARA PINTAR TECIDOS 8.1 Pintura em algodão a) Pintura com máscaras b) Pintura com bonecas ou trouxinhas c) Tingimento com nós 8.2 Pintura em seda 8.2.1) Técnicas secas a) Pintura de expansão b) Pintura de flores c) Pintura borrifada 8.2.2) Técnicas molhadas a) Pintura livre b) Flores com sal grosso c) Marmorizado 9. MÁSCARAS a) Máscara de papel b) Máscara de saco de papel c) Máscaras femininas enfeitadas d) Máscaras personalizadas 10. TÉCNICAS DE MODELAGEM 10.1 Trabalhos com argila a) Baixo e alto relevo b) Formas maciças c) Formas ocas d) Massa de Biscuit e) Modelar com arame 11. MONTAGEM EM PAPEL a) Maquetes b) Recorte em papel c) Pipa 12. MÓBILES 13. TRABALHO COM ROLHAS 14. JOGO DE DAMAS 15. TEATRO DE BONECOS 16. FANTOCHES E MARIONETES 17. BICHO DE CONE DE LÃ 18. TEATRO DE SOMBRAS 19. DESENHO ANIMADO Volume 1, edição 1 Página 4

1. TINTAS, PIGMENTOS E AGLUTINANTES (Público: Adultos) A EXTRAÇÃO DE PIGMENTOS: polpa vermelha, mistura de marcela e beterraba, pau-brasil. Os pigmentos são substâncias que CARMINS - beterraba, cascas de jabuticaba. dão coloração aos materiais que os contêm. VERDES - erva mate, folhas diversas, couve, espinafre. De acordo com sua origem, os pigmentos podem ser naturais ou produzidos em laboratório mediante processos AZUIS - feijão preto (água), campainha (flor), anil (corante doméstico usado químicos. Os naturais são extraídos da natureza vegetal (flores, frutos, sementes, para roupas). raízes, troncos, etc.) ou de minerais e terras, produzindo tintas mais resistentes e de uva. ROXOS - pétalas de rosa e cascas com maior cobertura. BRANCOS - giz (carbonato de cálcio), gesso, cascas brancas de ovos moí- A coloração dos pigmentos depende basicamente dos produtos que lhe dão origem. Vejamos os principais e sua fonte de das. PRETOS - carvão, fuligem, sementes obtenção: e ossos queimados. AMARELOS - marcela, cravo de defunto ou cravina, girassol e outras flores de MARRONS - café, madeiras como cedro, cajarana, louro, pinho, caviúna, imbuia e outras. cor amarela. LARANJAS - urucum, flor do campo, OCRAS - vários tipos e tonalidades flores de cor laranja. de terra. VERMELHOS - tomate, sementes de Importante: São diversos os métodos de extração de pigmentos. Dos processos de extração podem resultar os pigmentos líquidos ou os pigmentos em pó. Página 5

1.1 Pigmentos líquidos 1.2 Pigmentos em pó Para a extração de pigmentos líquidos utilizam-se os seguintes processos: a) Cocção - cascas de uva, café, erva, erva-mate, tomate e marcela são misturados e submetidos à fervura até a redução da água, concentrando a cor. Os pigmentos naturais resultantes da cocção requerem um bactericida. b) Maceração - feijão preto, café, erva mate, sementes coloridas são colocadas separadamente em recipientes com água, durante 12 horas ou mais, até soltar a cor. Para que haja concentração da cor, podemos colocar esses produtos num recipiente raso para que a água evapore mais facilmente. c) Infusão - pétalas de rosa e flores diversas, fuligem, semente de urucum, cascas de jabuticaba, cedro, cajarana, folhas diversas são submersos num recipiente com álcool, que poderá ser usado puro ou com cola plástica, adquirindo a consistência de gel. A seleção dos materiais deverá ser feita com antecedência, principalmente com os pigmentos em infusão no álcool. Para obtermos pigmentos em pó, podem-se usar os seguintes processos: a) Trituração - giz, carvão, cascas de ovos, urucum e café são moídos até ficarem reduzidos a um pó muito fino. b) Calcinação - ossos, sementes e madeira serão queimados e triturados. c) Decantação - os pigmentos terrosos são peneirados várias vezes, lavados e colocados para decantar. Após a secagem estarão prontos para uso. d) Lixação - as madeiras como cedro, pessegueiro, louro e outras serão lixadas e transformadas em pó muito fino que será misturado à cola ou a aglutinantes. Para avivar os tons de verde obtidos da fervura da erva mate, poderemos acrescentar um pouco de cinza proveniente da combustão da madeira, a fim de obter um verde mais luminoso. Volume 1, edição 1 Página 6

1.3 Aglutinantes 1.4 Tintas Os aglutinantes são substâncias que irão ligar ou aglutinar o pigmento formando uma massa. Podem ser colas, óleos, clara de ovo, goma arábica, goma de polvilho e outros. A gema de ovo, usada como aglutinante, atua como e- mulsão e dá excelente resultado nos pigmentos terrosos, mas torna-se necessário o uso de um bactericida como lisoform para evitar a incidência de fungos ou bolores. Para pós de madeira, argila queimada, erva mate, café, fuligem ou cinza pode ser usado qualquer tipo de aglutinante. As tintas com pigmentos podem ser transparentes ou opacas. a) Tintas transparentes - semelhantes a anilinas, compostas por aglutinantes mantendo a transparência, em geral com maior diluição. b) Tintas opacas - em geral formadas por pós, compostas por aglutinantes com maior quantidade de pigmentos, o que as torna mais espessas ou encorpadas. Página 7

1.5 Técnicas com Pigmentos Naturais Existem diversas técnicas de aplicação no uso das tintas à base de pigmentos naturais: a) Tintas diluídas em água: podem ser aplicadas em papel. b) Tintas diluídas em álcool: poderão ser usadas em papel artesanal, papel sulfite ou canson. c) Pigmentos em pó: podem ser usados tendo como aglutinante a clara de ovo ou cola plástica. Sua aplicação pode ser feita em suportes como papel ou madeira. Para garantir sua durabilidade é aplicado algum impermeabilizante, como, por exemplo, cola, cera ou verniz. d) Tintas obtidas por infusão: podem ser misturadas à cola plástica incolor; e as demais, cola plástica leitosa ou clara de ovo. Veja as opções para produzir texturas: Opção 1: Tintas: pó de tijolo, cajarana, erva-mate, carvão e flor-do-campo. Aglutinante - cola plástica ou cola branca e pó de mármore. Suporte - papel sulfite, madeira, papel cartão ou artesanal. Impermeabilizante - verniz fosco ou brilhante. Opção 2: Tintas: carvão, flor-do-campo, urucum e cimento. Diluente - água ou álcool. Dicas: Suporte - tela branca preparada com uma demão de PVA, ou seja, tinta látex. Aglutinante - cola plástica. Suporte - papel sulfite, lona (preparada com PVA), cartão e madeira. Impermeabilizante - cera de abelha, verniz. Suporte - papel sulfite, papel duplex ou cartão. Impermeabilizante - verniz brilhante. Volume 1, edição 1 Página 8

1.6 Conservação de trabalhos As tintas naturais podem ser utilizadas em papel, tecidos e outros materiais. As bases plásticas ou sintéticas podem ser preparadas com gesso ou tinta látex. Após a realização e secagem dos trabalhos, eles podem receber uma camada de verniz sintético, ou uma mão de parafina ou cera de abelha diluída em solvente na consistência de pasta. Obs.: O lisoform é um bactericida encontrado facilmente em qualquer supermercado para uso doméstico. Página 9

2. TÉCNICAS DE SUPERFÍCIE (Público: Todos) Muitas obras das artes plásticas são produzidas em superfícies previamente preparadas para essa finalidade. As bases podem ser usadas por qualquer faixa etária, pois são suportes para várias técnicas e pinturas artesanais ou artísticas. Na sequência serão apresentadas as diversas possibilidades de se preparar as bases, levando em consideração as modalidades: estuque, afresco e base de madeira. Modo de preparar: 1º. Passe três demãos de tinta látex sobre a madeira, deixando secar bem. 2º. Em seguida, deve lixar em vários sentidos, ficando pronta para receber a pintura à têmpera, óleo, guache, acrílica, pastel oleoso ou seco. d) Base para compensados, madeira e papel Folhas de gelatina branca, alvaiade. 2. 1 Como preparar as bases a) Estuque - massa preparada com gesso, cola e água. Suporte - madeira, parede normal. b) Afresco - pintura feita em parede sobre reboco úmido - pigmento diluído em água para ser ligado à argamassa. c) Base para madeira Material: MDF ou compensado Tinta látex branca ou creme Lixa grossa Modo de preparar: 1º. Deixe a gelatina de molho (100 g por litro de água) até amolecer. *2º. Leve-a ao fogo, mexendo até sua completa dissolução. 3º. Deixe esfriar e misture o branco de alvaiade formando uma pasta. 4º. Passe sobre o papelão ou madeira. Quando a superfície estiver lisa, deixe secar. Use-a normalmente para técnicas variadas. * Obs.: quando o público for crianças, faz-se necessário o a- companhamento de adultos. Volume 1, edição 1 Página 10

e) Preparado para tela 300 gramas de alvaiade ou óxido de zinco 50 gramas de goma coqueiro (goma usada na fabricação de flores de tecido) ou cola animal 1 litro de água 500 ml de tinta látex branca, de preferência marca Suvinil. Modo de preparar: 1º. Dissolva a cola em banho-maria usando uma lata. 2º. Misture a água, o alvaiade e por último a tinta látex. 3º. Aplique sobre o pano já esticado sobre a estrutura de madeira chanfrada, com trincha de cerda curta. Passar três demãos em sentidos diferentes, deixando secar bem entre as aplicações. 4º. Use a tela após uma semana de preparada. 3. TÉCNICAS DE PINTURAS (Público: Todos) a) Encáustica - pigmento misturado à cera virgem. Suporte - madeira, tela, papel. b) Têmpera - pigmento misturado à clara de ovo. Suporte - madeira, tela, papel. c) Pintura a óleo - pigmento macerado e misturado a óleo de linho ou cravo. Suporte - madeira, tela, papelão. d) Aguada - tipo de pintura em que a tinta é aplicada diluída em água. Exemplos: aguada de nanquim, ecoline, aquarela, guache, etc. Suporte papel canson, sulfite ou papéis feitos de algodão. e) Carvão - madeira queimada usada para o estudo do desenho. Suporte - papel, tela, madeira, papelão, papel de embrulho poroso. f) Giz pastel - pigmento misturado à goma arábica, moldado em forma de bastão e usado como giz. Suporte - papel áspero ou madeira com uma demão de tinta látex. Página 11

4. TÉCNICAS ALTERNATIVAS (Público: Adultos) a) Pintura a creme Massa: 500 ml de água 1 xícara de farinha de trigo 1/4 de xícara de açúcar 1 colher de sopa de sal Modo de preparar: 1º. Misture tudo e deixe a massa ferver de 5 a 10 minutos, mexendo sempre até empelotar. (Esse primeiro passo deve ser feito por um adulto) 2º. Separe em pequenos potes ou fôrmas de gelo até amornar. 3º. Em seguida, adicione o corante conforme a cor desejada. 4º. Coloque um pouco de detergente de cozinha. Não guarde a tinta. Só prepare o que for utilizar. Corantes naturais: em pó ou corantes como café, chá, etc. Corantes líquidos: corantes comestíveis de várias cores ou anilinas. Corantes artificiais: pó xadrez, corantes de tinta látex. b) Pintura com as mãos Ingredientes: 1/2 copo de polvilho 1/2 copo de água fria 1/2 copo de água quente (a água quente deve ser manipulada por um adulto) 1/2 copo de sabão em pó 1 colher pequena de glicerina 1 colher de (lisoform), corantes diversos (produto tóxico, deve ser manipulado por um adulto) Modo de preparar: 1º. Prepare a goma misturando o polvilho e a água fria, e coloque de uma só vez numa vasilha de água quente, mexendo sempre e, devagar, acrescente o sabão previamente diluído. 2º. Adicione a glicerina e o lisoform. 3º. Divida a massa conforme as cores de sua preferência e adicione os corantes. ATENÇÃO: Só prepare o que for utilizar no dia. Volume 1, edição 1 Página 12

5. VITRAIS Originalmente, vitral é uma composição plástica figurativa, feita com pedaços de vidros coloridos, unidos por armação de chumbo. Os vitrais foram muito usados no período gótico nas igrejas com a finalidade de decorar e iluminar. a) Vitral com papelão (Público: Adolescentes e Jovens) Também podemos fazer vitrais com cartolina e papel celofane. Cartolina, papel cartão ou papelão grosso de caixas de camisa, sapato ou embalagens Papel celofane ou de seda Cola branca Estilete ou tesoura sem ponta. Tinta preta, guache, acrílica ou látex 1º. Elabore o desenho e corte a parte vazada no papel mais grosso. 2 Cole pedaços de papel transparente coloridos na parte anterior do papel grosso com cola branca, tomando o cuidado de não sujar o celofane, e deixe secar. b) Vitral com recorte de revista (Público: Crianças de 07 a 12 anos) Cartolina Revista Tesoura sem ponta. Cola branca Pincel Tinta 1º. Escolha uma foto bem colorida em uma revista e corte-a em pedaços. 2º. Cole os pedaços sobre uma cartolina, deixando um espaço entre eles. 3º. Pinte os espaços com uma cor escura ou de sua preferência. 3º. Pinte o contorno do recorte e o fundo com tinta preta. Página 13

c) Vitral com acetato (Público: Crianças de 07 a 12 anos e Adolescentes) Papelão ou base de prato de isopor 1 folha de acetato transparente (pode utilizar garrafa pet recortada) Diversos tons de tinta acrílica Caneta permanente de retroprojetor em tom escuro: preto, cinza ou marrom 1º. Coloque o acetato sobre o seu modelo e desenhe decalcando-o com a caneta permanente. 2º. Após a transferência do desenho, prepare a tinta acrílica mais aguada e pinte as partes, trabalhando com o pincel e em leves batidas com uma cor em cada espaço. 3º. Deixe secar. D) Vitral de flor ou mandala (Público: Adolescentes e Jovens Cartolina ou pratos de isopor (embalagem de supermercado) Papel celofane colorido Cola Estilete ou tesoura sem ponta 1º. Escolha um tema circular como uma flor ou mandala. 2º. Dobre o papel ao meio,desenhe a flor ou mandala pela metade, traçando o contorno e miolo. 3º. Recorte as linhas e desdobre a flor conforme desenho. 4º. Remonte o desenho e cole sobre celofane. Este motivo po- derá ser um lindo móbile ou janela de maquete de casa ou igreja Volume 1, edição 1 Página 14

lescentes) Tesoura sem ponta ou estilete (com a ajuda de um adulto) e) Painel (Público: Crianças de 07 a 12 anos e Ado- Papelão, cartolina ou prato de isopor Cola Papel celofane em várias cores 1º. Desenhe sobre o papel ou isopor uma árvore ou outro motivo de sua preferência. 2º. Recorte as peças deixando o cartão todo vazado. 3º. Cole pedaços de celofane colorido sob os espaços vazados pela parte de trás da peça, conseguindo efeito de vitral. f) Recorte positivo e negativo (Público: Crianças de 07 a 12 anos e Adolescentes) O recorte em positivo ou negativo pode ser usado como máscara para várias técnicas e como suporte para o vitral. Papel Tesoura sem ponta Recorte positivo - corresponde à forma tirada. Recorte negativo - o vazado que fica no papel. Sugestões: O desenho em positivo pode ser usado para móbiles, decorações de caixas, cadernos, etc. O recorte em negativo pode ser usado para máscaras, aproveitando o vazado como motivo na pintura esponjada, pintura de tecidos, etc. Página 15

6. COLAGENS a) Colagens com papéis coloridos e foscos (Público: Crianças de 07 a 12 anos) nos) b) Colagem com letras (Público: Crianças de 07 a 12 a- Papéis diversos, lisos, texturados, transparentes, opacos, impressos Cartolina Cola plástica Tesoura sem ponta Revistas, jornais, etc. Cartolina, isopor ou papelão Cola Tesoura sem ponta Canetinha ou tinta colorida guache, acrílica 1º. Combinando papéis transparentes e opacos e usando sua criatividade na escolha das cores e texturas, você poderá obter diversos efeitos interessantes. 2º. Para obter melhores resultados, você poderá aplicar tintas ou desenhar linhas para completar o desenho. 3º. Selecione uma gravura em cores claras e cole em cima dela um papel transparente em cores contrastantes. 1º. Recorte de jornais e revistas letras de várias cores e tamanhos. 2º. Utilize o suporte de sua escolha e cole as letras criando mensagens, palavras bonitas ou simplesmente criando imagens. 3º. Depois de colar as letras, complete com canetinha ou tinta colorida fazendo um belo quadro. Volume 1, edição 1 Página 16

c) Colagem com figuras geométricas (Público: Crianças de 07 a 12 anos) anos) d) Colagem com tema (Público: Crianças de 07 a 12 Papéis de várias cores Cola Tesoura sem ponta Cartolina Papel sulfite Revistas Cola Tesoura sem ponta Canetinha 1º. Recorte figuras geométricas, em várias cores e formas. 2º. Cole as figuras na cartolina formando uma composição harmônica, procurando combinar as formas e cores. 1º. Escolha um tema de sua preferência. 2º. Recorte figuras de revistas; 3º. Cole as figuras no papel sulfite compondo o motivo. Sugestões: faça flores compostas de pessoas, casas feitas de flores, um avental feito com legumes, etc. Página 17

e) Colagem em papel sanfonado (Público: Crianças de 07 a 12 anos) nos) f) Colagem com estrias (Público: Crianças de 07 a 12 a- Papelão sanfonado de embalagem Revistas Cola Tesoura sem ponta 1º. Escolha uma figura. 2º. Passe cola no papelão e cole a figura cuidadosamente com a ajuda de uma régua acompanhando os contornos do papelão. Papel sulfite Revistas Cola Régua Tesoura sem ponta 1º. Escolha uma figura de revista. 2º. Utilizando uma régua, recorte em tiras a figura escolhida. 3º. Cole as tiras sobre o papel, com intervalos de 0,5 cm, esticando a figura. Sugestões: as tiras podem ser cortadas na vertical ou horizontal e coladas de forma regular ou desencontrada criando divertidas figuras e efeito de venezianas. Volume 1, edição 1 Página 18

anos) g) Colagem com lã (Público: Crianças de 04 a 07 nos) h) Colagem dupla (Público: Crianças de 06 a 08 a- Cartolina ou pratos de isopor Lãs de diferentes cores Cola branca Tesoura sem ponta Papel sulfite Revistas Cola Tesoura sem ponta 1º. Desenhe o motivo escolhido na cartolina ou isopor. 2º.Cole a lã até cobrir todo o desenho. Tome cuidado para definir bem o desenho e o fundo do quadrinho. 1º. Escolha duas figuras que lhe agradem. 2º. Corte-as em tiras 3º. Cole as tiras livremente de forma que componham uma terceira figura. Sugestão: o desenho pode ser trabalhado nos dois lados, recortado e amarrado por um fio, tornando-se um belo móbile para decoração. *Para crianças de 04 a 06 anos levar figura impressa. Página 19

nos) i) Colagem em relevo (Público: Crianças de 07 a 12 a- anos) j) Remontagem perfeita (Público: Crianças de 06 a 08 Sementes, pedaços de plástico, folhas secas, cascas de árvore, tampas de garrafa pet, pedaços de garrafas pet coloridas, etc. Papelão, isopor ou madeira 1º. Use papelão, isopor ou madeira como suporte. 2º. Selecione os materiais que vai usar 3º. Faça um quadro colando os objetos em relevo. Pode ser um desenho figurativo ou abstrato. Sugestão: seja criativo, combine materiais com texturas diferentes, eles podem dar excelentes resultados. Papel sulfite Revistas Cola Tesoura sem ponta 1º. Utilize uma foto como base. 2º. Cole sobre ela os elementos que venham a compô-la e enriquecê-la de forma harmônica. 3º. Os elementos devem complementar-se perfeitamente. Ex: um belo campo sendo complementado com várias raças de cães. Sugestão: tenha cuidado com o tamanho e a quantidade de elementos. Volume 1, edição 1 Página 20

k) Canudos de jornal (Público: Todos) Jornais Cola branca diluída em água Pincel 1º. Corte o jornal em quadrados; 2º. Passe a cola no jornal com pincel. 3º. Faça pequenos rolos no sentido vertical, obtendo maiores extensões; 4º. Deixe secar; 5º. Depois de secos, os rolinhos poderão cobrir caixas, vasos de cerâmica e outros materiais. 6º. Se preferir, pode pintar a peça com tinta guache ou anilina colorida. Sugestão: Para obter cor e textura de madeira, aplique u- ma demão de betume. Página 21

7. DESENHOS E PINTURAS SOBRE PAPEL a) Carvão (Público: Adolescentes) b) Desenho Esfumado (Público: Adolescentes) Carvão Papel sulfite Fixador (goma laca branca) Papel sulfite Pó de carvão obtido com a lixa Lixa 1º. Desenhe livremente sobre o papel. Aos poucos irá descobrindo os efeitos do carvão. 2º. Para impermeabilizar aplique sobre o papel uma camada de goma laca. 1º. Escolha um motivo de sua preferência. Desenhe uma folha, flor, desenho geométrico ou abstrato. 2º. Recorte ou rasgue o material do motivo escolhido. 3º. Coloque o motivo sobre o papel, segure o desenho com u- ma mão e com a outra esfumace ao redor do papel com o pó de carvão. 4º. Após esfumaçar todo o contorno, retire o papel que funcionou como máscara e componha com outras figuras. Volume 1, edição 1 Página 22

c) Pintura com pó colorido (Público: Crianças de 06 a 08 anos) Papel sulfite Pó de lápis de cor (obtido com lixa). Cola d) Anilina e lápis de cera (Público: Todos) Papel sulfite Anilina Lápis de cera Pincel chato ou trincha 1º. Crie um desenho sobre o papel branco. 2º. Cubra o traçado do desenho com cola. 3º. Espalhe cuidadosamente o pó colorido sobre o papel. 1º. Com o pincel e anilina de uma ou mais cores, manche o papel em listras e deixe secar. 2º. Pinte com giz de cera colorido, obtendo efeitos interessantes como texturas abstratas e desenhos figurativos diversos. Página 23

e) Colagem em papel sanfonado (Público: Crianças de 07 a 12 anos) Papelão sanfonado de embalagem Revistas Cola Tesoura sem ponta 1º. Escolha uma figura. 2º. Passe cola no papelão e cole a figura cuidadosamente com a ajuda de uma régua acompanhando os contornos do papelão. Volume 1, edição 1 Página 24

f) Anilina com goma caseira (Público: Adultos) g) Anilina com goma arábica (Público: Adultos) Papel sulfite ou cartolina Goma caseira (colher de farinha de trigo) Materiais que façam texturas como pentes, palitos, garfos ou dedos Papel sulfite ou cartolina branca Goma arábica Anilina 1º. Cubra o papel com bastante goma arábica. 1º. Prepare a goma caseira: 1 colher de sopa de farinha de trigo para um copo de água cozinhando até engrossar. 2º. Aplique a goma sobre o papel e em seguida, passe um garfo, palito, pente ou mesmo os dedos, para criar a textura. 2º. Pingue ou desenhe com anilina em cores variadas. A anilina se fundirá na goma formando manchas. 3º. Deixe secar e envernize. 3º. Depois de secar, passe verniz. Sugestão: a goma aplicada pode ser previamente colorida com anilina ou usada sobre o papel e depois colorida com pingos de anilina sobre a massa ainda mole. Página 25

h) Desenho Raspado (Público: Adolescentes) i) Desenho totalmente raspado (Público: Adolescentes) Papel sulfite Giz de cera de várias cores Nanquim Pincel Palito de sorvete Papel sulfite Giz de cera Nanquim Pincel Palito de sorvete. 1º. Desenhe fortemente toda a superfície do papel com giz de cera branco e colorido. 2º. Cubra toda a folha com nanquim. 3º. Depois de seco, raspe com o palito de sorvete O DESE- NHO DE SUA PREFERÊNCIA, deixando aparecer as cores colocadas inicialmente. 1º. Crie um desenho bem colorido com giz de cera. 2º. Cubra-o com nanquim. 3º. Depois de seco, raspe TODO o desenho com o palito de sorvete. Sugestão: trabalhe bem a composição feita na base do processo, para obter uma composição forte e colorida. Volume 1, edição 1 Página 26

j) Desenho escorrido (Público: Adultos) Papel sulfite Nanquim colorido Ecoline ou guache diluído em diversas cores 1º. Pingue a tinta e movimente o papel conduzindo a tinta para formar figuras ou formas abstratas. 2º. Pode complementar posteriormente os desenhos obtidos com outras técnicas. Sugestões: Aproveitar as linhas como galhos e desenhar flores coloridas. k) Desenho sobre lixa ((Público: Crianças de 07 a 12 anos) Lápis de cor ou de cera Lixa Desenhe livremente sobre a lixa, inclusive com a cor branca. l) Desenho sobre papel amassado (Público: Crianças de 04 a 08 anos) Papel sulfite Giz de cera ou tinta guache em várias cores 1º. Amasse o papel. 2º. Pinte sobre o papel amassado. Página 27

nos) m) Desenho circular (Público: Crianças de 07 a 12 a- nos) n) Desenho esfregado (Público: Crianças de 04 a 08 a- Papel sulfite Lápis grafite, lápis de cor ou giz de cera colorido 1º. Com lápis colorido ou grafite, faça traços circulares sobre o papel até cobrir toda superfície. 2º. Procure figuras no meio dos traços dando continuidade a elas, formando novas composições figurativas ou abstratas. Papel sulfite Lápis de cor ou de cera colorido Algodão 1º. Lixe as pontas dos lápis de colorir de diversas cores. 2º.Elabore um desenho sobre papel branco. 2º. Com as mechas de algodão ou mesmo usando o dedo esfregue o pó colorido, compondo sua figura em várias cores. Sugestão: o desenho pode ser valorizado com traços coloridos. Volume 1, edição 1 Página 28

o) Desenhando o branco sobre o preto (Público: Crianças de 07 a 12 anos) Papel branco Lápis grafite ou lápis de cor preto Borracha Lápis de cor branco Lápis de cera branco Guache branco e preto Nanquim preto Pincel redondo escolar Opção 2 1º. Faça um desenho com lápis de cera branco. Firme bastante o lápis para que fique nítido. 2º. Dilua o guache preto com água e passe sobre o desenho com pincel. O lápis cera isolará o papel revelando o desenho. 3º. Deixe secar. Sugestão: se quiser, raspe o desenho ou complemente com guache branco, criando mais opções. Opção 1 1º. Cubra toda a superfície do papel com lápis de cor preta. 2º. Esfume com algodão ou com um pano até que a superfície fique lisa e escura. 3º. Usando a borracha, vá apagando e formando composições nas formas que desejar. Sugestão: você pode usar lápis de cor branco ou guache branco para conseguir efeitos diferenciados. Página 29

p) Pintando e lavando (Público: Adolescentes) q) Desenho com nanquim (Público: Adolescentes) Pincéis Papel canson Lápis de cera Papel sulfite Tinta nanquim preta ou de outra cor Pena, palito, espeto de madeira ou pincel Tinta guache Nanquim preto Opção 1 1º. Desenhe e pinte o motivo com tinta guache branca e deixe secar. Desenhe livremente com o palito, espeto ou pincel descobrindo as possibilidades do material. Sugestão: o nanquim permite um bom resultado linear, podendo ser usado como base para trabalhos coloridos. 2º. Cubra toda a superfície com nanquim preto e deixe secar. 3º. Em seguida, lave o desenho em baixo da torneira obtendo efeito de transparência. Volume 1, edição 1 Página 30

r) Aguada de nanquim (Público: Adolescentes) Papel sulfite Nanquim preto Tinta gauche branca Pincel 1º. Faça um desenho a lápis. 2º. Umedeça o papel com o pincel e água. 3º. Dilua o nanquim em água e espalhe sobre o papel com pincel enriquecendo o desenho. Comece pelas tonalidades claras, acentuando à medida que for necessário. s) Nanquim sobre papel úmido (Público: Adolescentes) Papel sulfite Nanquim Anilina Palito ou pincel Esponja 1º. Umedeça o papel com uma esponja. 2º. Desenhe palito ou pincel, ou pingue o nanquim formando manchas. 3º. Deixe secar e cubra com anilina colorida conseguindo efeito de transparência. 4º. Deixe as tonalidades claras do nanquim secarem podendo acentuar com tinta guache os detalhes se assim o preferir. Página 31

t) Nanquim pastoso (Público: Crianças de 04 a 08 anos) Papel sulfite Nanquim Pasta de dente Palito ou pincel 1º. Coloque a pasta de dente sobre o papel. 2º. Pingue o nanquim e misture com os dedos, pincel ou palito, criando texturas diversas e relevos. u) Desenho lavado (Público: Adolescentes) Papel sulfite Guache branco ou em cores Nanquim Pincéis Esponja e água 1º. Com guache espesso, crie um desenho no papel. 2º. Depois de seco, cubra-o com nanquim e deixe secar novamente. 3º. Lave com esponja umedecida delicadamente, em movimentos circulares obtendo relevos e texturas esfumaçadas. Volume 1, edição 1 Página 32

v) Impressão (Público: Crianças de 07 a 12 anos) Papel sulfite Giz de cera Folhas secas da natureza Rendas Moedas Texturas variadas 1º. Monte uma composição com as moedas, folhas, etc. 2º. Coloque o papel em cima e passe o lápis de cor ou cera deitado, de maneira que as figuras que estão em baixo a- pareçam impressas no papel. w) Impressão com barbante (Público: Crianças de 07 a 12 anos) Várias folhas de papel sulfite Nanquim ou guache colorido diluído Pedaços de barbante de algodão 1º. Molhe o barbante na tinta, coloque-o sobre a superfície do papel e cubra com outra folha. 2º. Depois, pressione e deslize o barbante formando traços ou manchas. 3º. Deixe secar e se quiser, complemente com tinta na cor da sua preferência. Sugestão: faça uma cor de cada vez. 3º. Se preferir, você pode destacar os desenhos com outras cores ou com anilina. Página 33