por Gustavo Mamão e Euler Santos

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Transcrição:

Onde está a Inovação no Brasil? por Gustavo Mamão e Euler Santos Julho, 2004

ONDE ESTÁ A INOVAÇÃO NO BRASIL? Em recente estudo realizado, sob o tema Mapeamento da Inovação no Brasil, o Instituto Inovação avaliou o potencial inovativo das cidades brasileiras. Conforme é observado em muitos países desenvolvidos (1), onde a chamada inovação radical (2) é em sua maioria gerada, o potencial inovativo é função da formação científica da população, ou seja, quanto maior o nível educacional das pessoas de uma região maior é o potencial inovativo daquele lugar. Utilizando dados do ano de 2000 do IBGE, podemos avaliar a quantidade e a densidade de mestres e doutores das cidades brasileiras. Encabeçam a lista de cidades com maior número de mestres e doutores 5 capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte e Brasília. Estas cidades são seguidas por Campinas, Curitiba, Florianópolis, Salvador e Fortaleza. Ver figura abaixo: Figura 1 Número de Doutores e Mestres (Absoluto) Cidades (1-25) Ranking i.i. (26-50) São Paulo-SP Porto Alegre-RS Brasília-DF Florianópolis-SC Salvador-BA Fortaleza-CE Niterói-RJ Goiania-GO Ribeirão Preto-SP Belém-PA Uberlândia-MG Natal-RN Santos-SP Santo André-SP Manaus-AM S. J. d. Campos-SP S. J. d. Rio Preto-SP 3646 3400 2872 2727 2277 1965 1712 1709 1607 1251 1233 1188 1129 1119 1103 1087 1068 1030 6517 6381 5511 5072 4764 22354 16763 Joao Pessoa-PB Londrina-PR Vitoria-ES Juiz de Fora-MG Campo Grande-MS Pelotas-RS S. B. do Campo-SP Bauru-SP Cuiaba-MT Joinville-SC Guarulhos-SP Campina Grande-PB Sao Caetano do Sul- Teresina-PI Osasco-SP Aracaju-SE Jundiai-SP Campos-RJ Marilia-SP Sao Luis-MA Blumenau-SC Vila Velha-ES 1019 1017 1002 990 950 905 904 884 857 836 812 766 744 738 692 670 650 621 586 572 559 555 540 527 527 Fonte: IBGE 2000; Análise Instituto Inovação. Quando analisada a densidade de mestres e doutores pela população ativa (3) das cidades brasileiras, surge daí um novo ranking. Liderando a lista aparece Viçosa, seguida por Florianópolis, São Carlos, Campinas e Porto Alegre. Completando as 10 primeiras aparecem Lavras, São Caetano do Sul, Niterói, Santa Maria e Araraquara. Ver figura abaixo: Instituto Inovação Pág. 2

Figura 2 Número de Doutores e Mestres (Relativo) Cidades (1-25) Ranking i.i. (26-50) Florianopolis-SC Porto Alegre-RS Lavras-MG S. Caetano-SP Niteroi-RJ Botucatu-SP Ribeirao Preto-SP Jaboticabal-SP S.J. Rio Preto-SP Tubarao-SC Pelotas-RS Santos-SP Vitoria-ES Rio Claro-SP Marilia-SP 17.9 16.6 16.6 16.6 16.5 13.8 13.7 13.0 12.0 11.7 11.6 10.7 10.1 10.0 9.9 9.8 9.8 9.7 9.7 9.6 9.0 9.0 39,6 Bauru-SP 31,4 Santa Cruz do Sul-RS 28,6 Itajuba-MG Uberlandia-MG Brasilia-DF Sao Paulo-SP Londrina-PR Sao Jose-SC Presidente Prudente-SP Juiz de Fora-MG Guaratingueta-SP Sao Leopoldo-RS Blumenau-SC Passo Fundo-RS Sao Jose dos Campos-SP Jundiai-SP Parnamirim-RN Aracatuba-SP Santo Andre-SP Joinville-SC Campina Grande-PB Goiania-GO Rio Grande-RS Uberaba-MG 8,8 8,5 8,2 7,8 7,6 7,5 7,4 7,1 7,1 6,9 6,8 6,8 6,4 6,2 6,2 6,1 6,0 6,0 5,9 5,8 5,6 5,5 5,4 5,2 5,1 Fonte: IBGE 2000; Análise Instituto Inovação. A análise seguinte consistiu no cruzamento dessas duas informações, considerando as primeiras 50 cidades que fazem parte de cada um dos rankings. O resultado foi a identificação de 3 grupos de cidades, possível de serem separadas das demais, que foram chamados de: Centros Econômicos: com grande quantidade de mestres e doutores, devido, sobretudo ao tamanho da população dessas localidades; Centros Universitários: com grande quantidade relativa de mestres e doutores; e Centros Econômicos Diferenciados: cidades que conseguem conjugar quantidade e qualidade na formação de suas populações. Ver figura abaixo: Figura 3 Classificação dos Centros de Inovação + Centros Econômicos São Paulo Centros Econômicos Diferenciados Rio de Janeiro Quantidade de mestres e doutores Salvador Fortaleza Recife Belo Horizonte Brasília Curitiba Porto Alegre Campinas Florianópolis Niterói Ribeirão Preto São Carlos Piracicaba São José do Rio Preto Santa Maria Maringá Viçosa Araraquara São Caetano do Sul Botucatu Lavras Rio Claro Jaboticabal - Centros Universitários Densidade de Mestres e Doutores + Fonte: Análise Instituto Inovação. Fazendo um cruzamento com as principais instituições do Brasil em termos de quantidade de cursos e alunos de mestrado e doutorado, além dos investimentos em pesquisa repassados pelo CNPq, observa-se que as cidades de São Caetano do Sul e Niterói não possuem centros de referência científica, estando na verdade Instituto Inovação Pág. 3

sofrendo a influência das cidades vizinhas São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente. A partir desses agrupamentos, excluindo então essas duas cidades, buscou-se encontrar comportamentos de desenvolvimento local comuns a esses grupos. A melhor métrica encontrada para responder se a qualidade da população refletia no desenvolvimento da localidade foi a análise do indicador de renda per capita. Para facilitar a comparação optou-se por criar o indicador de renda per capita da cidade pela renda per capita média do Brasil. Ver figura abaixo: Figura 4 PIB/Habitante nos Centros de Inovação Índice - PIB/hab por cidade pelo PIB/hab do Brasil Porto Alegre-RS Florianopolis-SC 1.9 2.2 2.1 Sao Paulo-SP Brasilia-DF Salvador-BA Fortaleza-CE 1.0 1.3 1.2 1.6 1.8 1.8 2.0 Ribeirao Preto-SP S. J. do Rio Preto-SP Botucatu-SP Rio Claro-SP Jaboticabal-SP Lavras-MG 1.1 1.1 1.7 1.7 1.6 1.6 1.4 1.4 PIB/capita do Brasil R$5.052 Fonte: Target 2003; Análise Instituto Inovação. Como era de se esperar os Centros Econômicos Diferenciados possuem PIB per capita cerca de 2 vezes a média do PIB per capita Brasileiro. Já os Centros Econômicos refletem os problemas da distribuição de renda nacional, variando de acordo com o grau de desenvolvimento regional. Apesar de todas as cidades classificadas como Centros Universitários apresentarem renda per capita superior à média brasileira, houve significativa diferença (negativa) entre as cidades mineiras e as demais cidades brasileiras pertencentes aos Estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Se fizermos uma análise com o IDH das cidades encontraremos uma relação muito próxima, com destaques positivos para Florianópolis, Brasília e Santa Maria, conforme figura abaixo: Instituto Inovação Pág. 4

Figura 6 IDH dos Centros de Inovação Índice - IDH por cidade por IDH do Brasil Porto Alegre Florianópolis 1,13 1,14 1,16 Sao Paulo-SP Brasilia-DF Salvador-BA Fortaleza-CE 1,04 1,05 1,06 1,13 1,12 Ribeirao Preto-SP S. J. do Rio Preto-SP Botucatu-SP Rio Claro-SP Jaboticabal-SP Lavras-MG 1,13 1.10 1,12 1.10 1.09 1.10 1.09 1,08 1,08 IDH Brasil (2000) 1,07 0,7570 Fonte: Programa das Nações Unidas Para o Desenvolvimento (2000); Análise Instituto Inovação. Conclusões Fica claro com a análise, o efeito positivo da qualidade da formação acadêmica no desenvolvimento das cidades brasileiras. O fortalecimento dos Centros Universitários brasileiros e o maior investimento para criação de novos, sobretudo em regiões diferentes das atuais, capacitando ainda a estrutura empresarial dessas localidades para geração de empresas de base tecnológica, apresenta-se como uma excelente alavanca de crescimento sustentável para o país. O PIB per capita dos Centros Econômicos Diferenciados demonstra o caminho para geração de riquezas. Cidades como Porto Alegre, Florianópolis e Campinas são casos de sucesso a serem seguidos por outras cidades brasileiras. Notas: (1) Países como EUA, França, Inglaterra e Alemanha tem grande parte de seu potencial de exportação criado através de empresas surgidas a partir de centros de pesquisa e universidades o Vale do Silício, na Califórnia, e o Technopole da região de Toulouse na França, são alguns desses exemplos. (2) Inovações radicais são aquelas que criam novos nichos de mercado e novas demandas, substituindo necessidades anteriores de clientes de mercados outrora consolidados. Essas inovações, por definição, possuem maior valor agregado do que as dos produtos já disponíveis no mercado. (adaptado de Christensen, Clayton M.,1997 The Innovator s Dilemma). (3) Segundo o IBGE, a população ativa > 25 anos de idade. Instituto Inovação Pág. 5

Instituto Inovação Pág. 6