OS REFLEXOS DA REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL NO SISTEMA CARCERÁRIO BRASILEIRO À LUZ DOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

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Transcrição:

OS REFLEXOS DA REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL NO SISTEMA CARCERÁRIO BRASILEIRO À LUZ DOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS GT VIII Educação, Violência Social e Sistema Penal Latino-americano. Luiza Éllena de Souza 1 Maria Cristina Alves Delgado de Ávila 2 RESUMO O que se busca discutir através da presente pesquisa são as consequências da redução da maioridade penal, com ênfase no problema da lotação carcerária, em vista, inclusive, do Brasil se encontrar em 4º lugar no ranking mundial de maior população carcerária, considerando que o fato da diminuição da maioridade penal só servirá para aumentar esse percentual, tendo em vista que somente com a ressocialização do preso e através de uma política pública de nova cultura será possível proporcionar ao menor uma nova perspectiva de vida, de modo a concederlhe dignidade atendendo assim os preceitos ditados pela Constituição Federal em relação aos direitos fundamentais a que o cidadão, que cometeu uma infração, deve ter. O assunto será desenvolvido através de revisão bibliográfica e comparativos de estatísticas que envolvem o tema, buscando demonstrar que a mudança da lei visando a diminuição da maioridade penal apenas irá criar novos e sérios problemas ao sistema carcerário hoje vigente. Palavras-chave: Sistema carcerário. Maioridade penal. Direitos fundamentais. ABSTRACT 1 Advogada. Aluna da pós graduação do UBM. luiza_ellena@hotmail.com ² Mestre em Biodireito, Ética e Cidadania. Professora do Centro Universitário de Barra Mansa - UBM. Pesquisadora do NUPED Núcleo de pesquisa do curso de Direito. email:cristina.delgado@uol.com.br. 1

What discusses through this research are the consequences of the reduction of legal age, with emphasis on the problem of prison capacity in view inclusive of Brazil is in 4th place in the world ranking of largest prison population, considering the fact the reduction of the legal age will only serve to increase this percentage, given that only with the rehabilitation of the prisoner and through a public policy of the new culture will be possible to provide the lowest a new perspective on life, to give him dignity meeting so the precepts dictated by the Constitution in relation to fundamental rights to the citizen who committed an infringement must have. The subject will be developed through literature and comparative review of statistics involving the issue, seeking to show that the change of the law aiming to reduce the penal age will only create new and serious problems today current prison system. Key words: Prison system. Criminal majority. Fundamental rights. 1. INTRODUÇÃO Na atual conjectura do Estado brasileiro, verifica-se uma intensa preocupação em modificar o quadro de crimes praticados por menores, o que em certa medida fez reacender a discussão legal acerca da redução da maioridade penal. Se observa diversos defensores em ambos os lados, alguns buscando o maior rigor nas leis penais a fim de desestimular a prática de crimes por menores, e outros, que destacando as inúmeras deficiências do sistema carcerário do país, rejeitam tal proposta em virtude dos direitos constitucionais já alcançados em nossa carta maior. Ocorre que há necessidade de análise de todo o contexto que o tema envolve, principalmente a interferência no sistema carcerário existente, que é a proposta que se pretende desenvolver na presente pesquisa, pois se hoje já não se consegue dar dignidade ao preso, muito menos será possível se atender a esse princípio quando do aumento da população carcerária. 2. OBJETIVOS 2

A pesquisa tem como objeto central de estudo a redução da maioridade penal, tendo como enfoque principal a superlotação do sistema carcerário brasileiro. E a partir daí vai se buscar: (i) responder se o sistema carcerário em vigor no Brasil contribui para a redução da criminalidade por menores; (ii) se com essa redução se possibilita a inserção do menor na sociedade, reabilitando-o a uma melhor condição de vida; (iii) ou se essa redução irá prejudicar mais ainda o quadro carcerário do país. 3. METODOLOGIA A metodologia a ser utilizada será a revisão bibliográfica através de doutrinas, obras literárias e artigos científicos, além da comparação de dados que possam ser utilizados visando objetivar a conclusão da pesquisa e seu resultado. 4. DISCUSSÕES / RESULTADO Alguns estudiosos defendem que a prisão é a melhor forma de desestimular um individuo, ou seja, evitar que após a sua inserção no meio social, pratiquem novos crimes. Porém, no Estado brasileiro verifica-se que a superlotação dos presídios impede a ressocialização dos detentos, tendo em vista que presos de alta periculosidade e primários se misturam em celas contribuindo consideravelmente para eliminar qualquer tentativa de recuperação. É dentro desse contexto social de violência, superlotação carcerária e políticas públicas ineficientes que a sociedade, em grande parte, objetiva reduzir a maioridade penal, a fim de punir menores infratores, que praticam atos infracionais análogos a crimes considerados bárbaros. É aqui que se insere a problemática da atualidade, ou seja, até que ponto reduzir a maioridade penal irá influenciar para a redução da criminalidade, visto que o próprio sistema carcerário que nasceu para ressocializar o preso funciona como 3

verdadeiras escolas do crime, e atinge em essência a dignidade daqueles que por várias questões se vêem à margem da sociedade. Assim, como garantir direitos fundamentais, tais como a dignidade da pessoa humana, em um quadro social de verdadeiro descaso do próprio Estado, visto que aqueles indivíduos que cumprem pena no atual sistema carcerário brasileiro, em muitos dos casos, retornam a criminalidade, pois não conseguem a inserção no meio social, sofrendo retaliações em todos os âmbitos. Interessante inclusive o quadro abaixo onde se torna possível fazer uma análise das maiores populações carcerárias. Figura 1 Ranking mundial com as maiores populações carcerárias Fonte: Ministério da Justiça, com dados do Infopen, cedido ao site UOL 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS A superlotação dos presídios é um grande problema no sistema carcerário brasileiro e que possui dados assustadores, visto que o país é o 4º colocado no ranking mundial de população carcerária. Tais dados atrelados ao enfoque da redução da maioridade penal tornam-se problemas sociais graves e que merecem muita atenção por parte do Estado. As condições das carceragens são precárias. Falta higiene, saneamento básico, assistência médica. Por outro lado, crimes praticados por menores vêm aumentando em proporções drásticas, em função de diversos fatores, tais como a 4

falta de perspectiva de vida, o envolvimento de familiares com a criminalidade, a falta de educação escolar, a impunidade e outros fatores que interferem diretamente nesse resultado. Numa análise geral do sistema carcerário brasileiro se pode admitir que ele se encontra falido. Os presídios não possuem estrutura para atender ao número de detentos existentes, que dirá aos futuros jovens que ali ingressarão, os quais, a principio, só servirão para ampliar os números hoje existentes nos presídios, sem porém, atingir o seu principal objetivo, a ressocialização junto à sociedade. Assim, por ora se conclui que com o cenário atual, a redução da maioridade penal somente irá contribuir para que os menores acabem por engrossar ainda mais os gráficos e estatísticas de criminalidade no país, demonstrando assim, que sem uma política de verdadeira ressocialização e reinserção dos mesmos no meio social, em nada altera a realidade dos fatos, e que modificar a legislação existente não irá reduzir os índices de criminalidade, ao contrário, as consequências para o sistema prisional serão ainda maiores. Figura 2: Charge por Rico, cedido ao Humor Político 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal 1988. Disponível em: 5

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 28.Jun.2015.. Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8.069/90. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm>. Acesso em: 28.Jun.2015. CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 7ª ed. Coimbra: Livraria Almedina, 2003. p. 1255. DALLARI, Dalmo de Abreu. Direitos humanos e cidadania. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004. SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade da pessoa humana e direitos fundamentais na Constituição Federal de 1988. 2. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2002. ZAFFARONI, Raul Eugênio. Em busca das penas perdidas: a perda da legitimidade do sistema penal. 5 ed. Rio de Janeiro: Revan, 2001. 6