Capítulo 3 O emprego dos mestres brasileiros

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Transcrição:

Capítulo 3 O emprego dos mestres brasileiros Eduardo Baumgratz Viotti Consultor legislativo do Senado Federal (licenciado) e pesquisador associado do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (CDS/UnB). Sofia Daher Analista em ciência e tecnologia do CNPq e assessora técnica do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). André Silva de Queiroz Estatístico e profissional técnico especializado do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). Tomáz Back Carrijo Estatístico e profissional técnico especializado do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). Carlos Duarte de Oliveira Jr. Analista de sistemas e profissional técnico especializado do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE).

Capítulo 3 O emprego dos mestres brasileiros Sumário 3.1. Empregados 203 3.1.1. Empregados e vínculos empregatícios 203 3.1.2. Empregados e vínculos empregatícios por área do conhecimento 206 3.1.3. Empregados por região e unidade da Federação 208 3.1.4. Empregados por sexo 209 3.2. Remuneração 211 3.2.1. Remuneração e ano de titulação 211 3.2.2. Remuneração e área do conhecimento 212 3.2.3. Remuneração e região 214 3.2.4. Remuneração e sexo 214 3.3. Emprego e conceito da avaliação da Capes 215 3.3.1. Emprego e conceito 215 3.3.2. Remuneração e conceito 218 3.3.3. Emprego, conceito e região 219 3.4. Emprego por setor ou atividade econômica 221 3.4.1. Setor e ano de titulação 221 3.4.2. Setor e área do conhecimento 225 3.4.3. Setor e unidade da Federação 228 3.4.4. Setor e sexo 230 3.5. Emprego por ocupações 231 3.5.1. Ocupações 231 3.5.2. Ocupações e áreas do conhecimento 235 3.5.3. Ocupações e sexo 237

3.6. Natureza jurídica e tamanho dos estabelecimentos empregadores 239 3.6.1. Natureza jurídica dos empregadores 239 3.6.2. Tamanho dos empregadores 243 3.7. Origem e destino dos mestres 244 3.8. Nacionalidade dos mestres titulados no Brasil: 1996-2009 250 Referências 253 Anexos - Resultados estatísticos 255 A.3.1. Empregados 257 A.3.2. Remuneração 273 A.3.3. Emprego e remuneração por conceitos da avaliação da Capes 291 A.3.4. Emprego por setor ou atividade econômica 300 A.3.5. Ocupações 321 A.3.6. Natureza jurítica e tamanho dos estabelecimentos empregadores 341 A.3.7. Origem e destino 351 A.3.8. Nacionalidade 364

Lista de tabelas Tabela 3.1.1. Tabela 3.4.1. Mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, taxa de emprego formal e número médio de vínculos empregatícios por ano de titulação 204 Número de mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por seção da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) dos estabelecimentos empregadores e grande área do conhecimento 227 Tabela 3.5.1. Distribuição percentual dos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por grande área do conhecimento em cada grande grupo ocupacional da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) 236 Tabela 3.5.2. Número e percentagem de mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por grande grupo da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) e sexo 238 Tabela 3.6.1. Tabela 3.7.1. Distribuição percentual do número de mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, pela natureza jurídica do estabelecimento empregador e grande área do conhecimento 242 Matriz de distribuição do número de mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por unidade da Federação da titulação e do emprego 248 Anexos Tabela A.3.1.1. Tabela A.3.1.2. Tabela A.3.1.3. Mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, taxa de emprego formal e número médio de vínculos empregatícios por ano de titulação 257 Mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, taxa de emprego formal e número médio de vínculos empregatícios por grande área do conhecimento 258 Mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por região e unidade da Federação do emprego e por ano de titulação 259 Tabela A.3.1.4. Distribuição percentual dos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por unidade da Federação em que ocorreu a titulação e por ano de titulação 260

Tabela A.3.1.5. Mestres titulados no Brasil em programas de mestrado acadêmico e profissional no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009 e taxa de emprego por grande área do conhecimento e sexo 261 Tabela A.3.1.6. Número e percentagem de mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por região e unidade da Federação do emprego e sexo 263 Tabela A.3.1.7. Tabela A.3.1.8. Tabela A.3.1.9. Tabela A.3.2.1. Tabela A.3.2.2. Tabela A.3.2.3. Tabela A.3.2.4. Tabela A.3.2.5. Número de mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, número destes que também obtiveram e que não obtiveram título de doutorado no mesmo período, com emprego formal em 31/12/2009, e taxa de emprego por grande área do conhecimento e sexo 264 Mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, número médio de vínculos empregatícios por grande área do conhecimento e por ano de titulação 266 Mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, taxa de emprego formal e número médio de vínculos empregatícios por grande área e área do conhecimento 270 Médias e medianas da remuneração mensal, do tempo de emprego e do número contratual de horas de trabalho semanal, em dezembro de 2009, dos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, por ano de titulação (R$ de 12/2009) 273 Médias e medianas da remuneração mensal, do tempo de emprego e do número contratual de horas de trabalho semanal, em dezembro de 2009, dos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, por grande área do conhecimento (R$ de 12/2009) 275 Médias e medianas da remuneração mensal, do tempo de emprego e do número contratual de horas de trabalho semanal, em dezembro de 2009, dos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, do subconjunto desses mestres que também obtiveram título de doutorado no mesmo período e do subconjunto dos que não obtiveram título de doutorado, por ano de titulação (R$ de 12/2009) 276 Médias e medianas da remuneração mensal, do tempo de emprego e do número contratual de horas de trabalho semanal, em dezembro de 2009, dos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, do subconjunto desses mestres que também obtiveram título de doutorado no mesmo período e do subconjunto dos que não obtiveram título de doutorado, por grande área do conhecimento (R$ de 12/2009) 278 Médias e medianas da remuneração mensal, do tempo de emprego e do número contratual de horas de trabalho semanal, em dezembro de 2009, dos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, por grande área do conhecimento e ano de titulação (R$ de 12/2009) 279

Tabela A.3.2.6. Tabela A.3.2.7. Tabela A.3.2.8. Tabela A.3.2.9. Tabela A.3.3.1. Tabela A.3.3.2. Tabela A.3.3.3. Tabela A.3.4.1. Médias e medianas da remuneração mensal, do tempo de emprego e do número contratual de horas de trabalho semanal, em dezembro de 2009, dos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, por grande área e área do conhecimento (R$ de 12/2009) 283 Médias e medianas da remuneração mensal, do tempo de emprego e do número contratual de horas de trabalho semanal, em dezembro de 2009, dos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, por grande região e unidade da Federação (R$ de 12/2009) 286 Médias e medianas da remuneração mensal, do tempo de emprego e do número contratual de horas de trabalho semanal, em dezembro de 2009, dos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, por grande área do conhecimento e sexo (R$ de 12/2009) 287 Médias e medianas da remuneração mensal, do tempo de emprego e do número contratual de horas de trabalho semanal, em dezembro de 2009, dos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, por grande região, unidade da Federação e sexo (R$ de 12/2009) 288 Mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, taxa de emprego formal e número de vínculos empregatícios, por conceito atribuído pela avaliação da Capes ao programa no qual os mestres obtiveram seus títulos e por grande área do conhecimento 291 Número de mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por unidade da Federação e região do emprego e por conceito atribuído pela avaliação da Capes ao programa no qual os mestres obtiveram seus títulos 295 Médias e medianas da remuneração mensal, do tempo de emprego e do número contratual de horas de trabalho semanal, em dezembro de 2009, dos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, por conceito atribuído pela avaliação da Capes aos programas nos quais os mestres obtiveram seus títulos e por grande área do conhecimento (R$ de 12/2009) 296 Mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por seção da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) dos estabelecimentos empregadores e ano da titulação 300 Tabela A.3.4.2. Distribuição percentual dos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por seção da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) dos estabelecimentos empregadores e ano da titulação 302 Tabela A.3.4.3. Taxa de crescimento percentual do número de mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por seção da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) dos estabelecimentos empregadores e ano da titulação 304

Tabela A.3.4.4. Tabela A.3.4.5. Número de mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por seção e divisão da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) dos estabelecimentos empregadores e ano da titulação 305 Número de mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por seção da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) dos estabelecimentos empregadores e grande área do conhecimento 313 Tabela A.3.4.6. Distribuição percentual dos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, nas seções da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) dos estabelecimentos empregadores por grande área do conhecimento da titulação 314 Tabela A.3.4.7. Distribuição percentual dos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, titulados nas grandes áreas do conhecimento por seções da Classificação Nacionalde Atividades Econômicas (CNAE) dos estabelecimentos empregadores 315 Tabela A.3.4.8. Tabela A.3.4.9. Tabela A.3.4.10. Tabela A.3.5.1. Tabela A.3.5.2. Tabela A.3.5.3. Tabela A.3.5.4. Mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por seção da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) dos estabelecimentos empregadores e unidade da Federação onde ocorreu a titulação 316 Mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por seção da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) dos estabelecimentos empregadores e unidade da Federação do emprego 318 Mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por seção da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) dos estabelecimentos empregadores e sexo 320 Mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por grande grupo da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) e ano da titulação 321 Mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por grande grupo e subgrupo principal da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) e ano da titulação 322 Mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, classificados no grande grupo ocupacional profissionais das ciências e das artes por subgrupo principal e subgrupo da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) e ano da titulação 326 Mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por grande grupo ocupacional da classificação brasileira de ocupações (CBO) e grande área do conhecimento 329

Tabela A.3.5.5. Distribuição percentual dos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por grande grupo ocupacional da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) em cada grande área do conhecimento 330 Tabela A.3.5.6. Distribuição percentual dos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por grande área do conhecimento em cada grande grupo ocupacional da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) 331 Tabela A.3.5.7. Tabela A.3.5.8. Tabela A.3.5.9. Número de mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, classificados no grande grupo ocupacional Profissionais das ciências e das artes por subgrupo principal e subgrupo da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) e grande área do conhecimento 332 Distribuição percentual do número de mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, classificados no grande grupo ocupacional Profissionais das ciências e das artes por subgrupo principal e subgrupo da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) dos titulados em cada grande área do conhecimento 334 Distribuição percentual do número de mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, em cada grande área do conhecimento, classificados no grande grupo ocupacional Profissionais das ciências e das artes, por subgrupo principal e subgrupo da Classificação Brasileirade Ocupações (CBO) 336 Tabela A.3.5.10. Número e percentagem de mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por grande grupo da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) e sexo 338 Tabela A.3.5.11. Tabela A.3.6.1. Mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, classificados no grande grupo ocupacional profissionais das ciências e das artes por subgrupo principal e subgrupo da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) e sexo 339 Número de mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por natureza jurídica do estabelecimento empregador e ano da titulação 341 Tabela A.3.6.2. Distribuição percentual dos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por natureza jurídica do estabelecimento empregador e ano da titulação 342 Tabela A.3.6.3. Tabela A.3.6.4. Número de mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, pela natureza jurídica do estabelecimento empregador e grande área do conhecimento 343 Distribuição percentual do número de mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, pela natureza jurídica do estabelecimento empregador e grande área do conhecimento 344

Tabela A.3.6.5. Tabela A.3.6.6. Número e distribuição percentual de mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, pela natureza jurídica do estabelecimento empregador e sexo 345 Número de mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, pelo tamanho do estabelecimento empregador e ano da titulação 346 Tabela A.3.6.7. Distribuição percentual dos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, pelo tamanho do estabelecimento empregador e ano da titulação 347 Tabela A.3.6.8. Tabela A.3.6.9. Tabela A.3.6.10. Tabela A.3.7.1 Tabela A.3.7.2. Número de mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, pelo tamanho do estabelecimento empregador e grande área do conhecimento 348 Distribuição percentual do número de mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, pelo tamanho do estabelecimento empregador e grande área do conhecimento 349 Número e distribuição percentual de mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, pelo tamanho do estabelecimento empregador e sexo 350 Mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por unidades da Federação da titulação e do emprego 351 Matriz de distribuição do número de mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por unidade da Federação da titulação e do emprego 352 Tabela A.3.7.3. Matriz da distribuição do número de mestres titulados no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por grande área do conhecimento e unidade da Federação da titulação e do emprego 354 Tabela A.3.8.1. Tabela A.3.8.2. Tabela A.3.8.3. Número de mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por nacionalidade e ano de titulação 364 Mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por nacionalidade e grande área do conhecimento 365 Mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por nacionalidade e sexo 366

Lista de gráficos Gráfico 3.1.1 Gráfico 3.1.2 Gráfico 3.1.3 Percentagem dos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, que possuíam emprego formal no dia 31/12/2009 da acordo com a RAIS 205 Percentagem dos mestres titulados entre 1996 e 2009, que também obtiveram título de doutorado no período, por ano da titulação no mestrado 206 Percentagem dos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, que possuíam emprego formal no dia 31/12/2009 de acordo com a RAIS, por grande área do conhecimento 207 Gráfico 3.1.4 Número médio de vínculos empregatícios formais mantidos no dia 31/12/2009 de acordo com RAIS pelos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, por grande área do conhecimento 207 Gráfico 3.1.5 Gráfico 3.1.6 Gráfico 3.1.7 Gráfico 3.1.8 Gráfico 3.2.1 Gráfico 3.2.2 Gráfico 3.2.3 Gráfico 3.2.4 Percentagem de mestres titulados no Brasil em 1996 e 2009, que possuíam emprego formal no dia 31/12/2009 de acordo com RAIS, por região do estabelecimento empregador 208 Percentagem de mestres titulados em 1996 e 2009, que possuíam emprego formal no dia 31/12/2009 de acordo com a RAIS, nas cinco unidades da Federação com maior número de mestres empregados 209 Participação percentual das mulheres no total de mestres que possuíam emprego formal no dia 31/12/2009, por grande área do conhecimento 210 Taxa de emprego formal em 31/12/2009 de homens e de mulheres, que obtiveram título de mestrado no Brasil entre 1996 e 2009, por grande área do conhecimento 211 Remuneração média recebida em dezembro de 2009 pelos mestres titulados no Brasil entre 1996-2009, que possuíam emprego formal no dia 31/12/2009 de acordo com a RAIS, por ano da titulação 212 Remuneração média recebida em dezembro de 2009 pelos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, que possuíam empregado formal no dia 31/12/2009 de acordo com a RAIS, por grande área do conhecimento 213 Remuneração média recebida em dezembro de 2009 pelos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, por ano da titulação e por grande área do conhecimento 213 Remuneração média recebida em dezembro de 2009 pelos mestres titulados no Brasil no Período 1996-2009, que possuíam emprego formal no dia 31/12/2009, por região do estabelecimento empregador 214

Gráfico 3.2.5 Gráfico 3.3.1 Gráfico 3.3.2 Gráfico 3.3.3 Gráfico 3.3.4 Gráfico 3.3.5 Remuneração recebida em dezembro de 2009 pelos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, que possuíam emprego formal no dia 31/12/2009, por sexo 215 Número de mestres titulados no Brasil no período 1998-2009 e número desses possuíam emprego formal no dia 31/12/2009 de acordo com a RAIS, por conceito atribuído pela avaliação da Capes aos programas nos quais obtiveram seus títulos 217 Percentagem de mestres titulados no Brasil no período 1998-2009 que possuíam emprego formal no dia 31/12/2009 de acordo com a RAIS, por conceito atribuído pela avaliação da Capes aos programas no quais obtiveram seus títulos 218 Remuneração média em dezembro de 2009 dos mestres titulados no Brasil no período 1998-2009, que possuíam emprego formal no dia 31/12/2009 de acordo com a RAIS, por conceito atribuído pela avaliação da Capes aos programas nos quais obtiveram seus títulos 219 Distribuição percentual do emprego dos mestres titulados no Brasil no período 1998-2009 em programas com conceitos 3,4, 5, 6 e 7, e dos que titularam apenas em programas com conceito 7, por região do emprego 220 Distribuição percentual do emprego dos mestres titulados no Brasil no período 1998-2009 programas com conceitos 3, 4, 5, 6 e 7 e dos que titularam apenas em programas com conceito 7, nas cinco unidades da Federação que mais empregavam mestres 221 Gráfico 3.4.1 Distribuição percentual dos mestres titulados no Brasil entre 1996 e 2009, empregados em 31/12/2009, por seção da classificação nacional de atividades econômicas (CNAE) dos estabelecimentos empregadores 223 Gráfico 3.4.2 Gráfico 3.4.3 Gráfico 3.4.4 Gráfico 3.4.5 Percentagem dos mestres titulados no Brasil em 1996 e em 2009, que estavam empregados em 31/12/2009, nas cinco seções da classificação nacional de atividades econômicas (CNAE) que mais empregam mestres 224 Percentagem dos mestres titulados no Brasil em 1996 e em 2009, que estavam empregados em 31/12/2009, nas cinco seções da classificação nacional de atividades econômicas (CNAE) que correspondem da 6a. à 10a. seções que mais empregam mestres. 225 Percentagem dos empregados em todo o Brasil, que obtiveram seus títulos e que estavam empregados em unidades da Federação selecionadas 229 Percentagem dos mestres empregados em todo o Brasil em setores selecionados, que estavam empregados em unidades da Federação selecionadas 230 Gráfico 3.4.6 Percentagem de mulheres entre os mestres titulados no Brasil em 1996 e em 2009, que estavam empregados em 31/12/2009, nas dez seções da classificação nacional de atividades econômicas (CNAE) que mais empregaram mestres 231

Gráfico 3.5.1 Distribuição dos mestres titulados no Brasil entre 1996 e 2009, empregados em 21/12/2009, por grandes grupos da classificação brasileira de ocupação 232 Gráfico 3.5.2 Distribuição percentual dos mestres titulados no Brasil entre 1996 e 2009, empregados em 21/12/2009, classificados no grande grupo profissionais das ciências e das artes, por subgrupo principal da classificação brasileira de ocupações (CBO) 235 Gráfico 3.6.1 Distribuição percentual dos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, empregados em 31/12/2009, por natureza jurídica do estabelecimento empregador 240 Gráfico 3.6.2 Distribuição percentual dos mestres titulados no Brasil em 1996 e em 2009, empregados em 31/12/2009, por natureza jurídica do estabelecimento empregador 240 Gráfico 3.6.3 Distribuição percentual dos mestres titulados no Brasil entre 1996 e 2009, empregados em 31/12/2009, por tamanho do estabelecimento empregador definido em termos do número de seus empregados 243 Gráfico 3.6.4 Distribuição percentual dos mestres titulados no Brasil em 1996 e 2009, empregados em 31/12/2009, por tamanho do estabelecimento empregador definido em termos do número de seus empregados 244 Gráfico 3.7.1 Gráfico 3.7.2 Gráfico 3.7.3 Gráfico 3.8.1 Gráfico 3.8.2 Gráfico 3.8.3 Mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por UF da titulação e do emprego (1) 246 Mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por UF da titulação e do emprego (2) 247 Mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, por UF da titulação e do emprego (3) 247 Número e percentagem de cidadãos estrangeiros que obtiveram título de mestrado no Brasil no período 1996-2009, que estavam empregados em 31/12/2009, por ano da titulação 250 Distribuição percentual de mestres estrangeiros e brasileiros, titulados no Brasil entre 1996 e 2009, empregados em 31/12/2009, por grande área do conhecimento 251 Número de mestres estrangeiros titulados no Brasil entre 1996 e 2009, com emprego formal em 31/12/2009, por nacionalidade 252

Mestres 2012: Estudos da demografia da base técnico-científica brasileira O emprego dos mestres brasileiros 3. O emprego dos mestres brasileiros 3.1. Empregados 1 3.1.1. Empregados e vínculos empregatícios Esta seção, assim como todas as demais seções deste capítulo, trata essencialmente do emprego dos indivíduos que obtiveram um ou mais títulos de mestrado no período 1996-2009 e que, até o ano de 2009, não haviam também obtido título de doutorado, como foi anunciado no final do capítulo anterior. Nesse sentido, é preciso ter em mente, primeiro, que não faria sentido buscar a situação de emprego correspondente aos 332.823 títulos de mestrado concedidos no período, dado que 3.239 (aproximadamente 1%) desses títulos foram concedidos a pessoas que já haviam obtido títulos de mestrado no mesmo período. Assim sendo, o número de indivíduos que obteve título de mestrado no período é de 329.584. Em segundo lugar, é preciso ter em mente o fato de que 54.139 indivíduos, cerca de 16% dos que obtiveram título de mestrado no período, também já tinham obtido título de doutorado até o dia 31 de dezembro de 2009. Por isso, a análise desenvolvida aqui vai concentrar-se essencialmente no tratamento da situação de emprego dos 275.445 mestres que ainda não haviam obtido título de doutorado no final do período. Tal opção é decorrente, por um lado, do fato de que não seria metodologicamente correto tratar indistintamente a situação de emprego de mestres e doutores e, por outro, do fato de já ter sido feita recentemente uma análise específica da situação de emprego dos doutores (CGEE, Doutores 2010: Estudos da demografia da base técnico-científica brasileira, 2010). 1 Essa seção é uma análise dos principais resultados estatísticos gerados por este trabalho, que aparecem com enorme riqueza de detalhes nos tabelas do anexo estatístico. 203

Tabela 3.1.1. Mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, com emprego formal em 31/12/2009, taxa de emprego formal e número médio de vínculos empregatícios por ano de titulação Ano da titulação Titulados (A) Empregados (B) Taxa de Emprego Formal (B/A)% Número médio de Vínculos Total 275.445 182.529 66,27 1,51 1996 5.494 3.527 64,20 1,37 1997 6.538 4.348 66,50 1,42 1998 7.179 4.893 68,16 1,43 1999 8.931 6.113 68,45 1,46 2000 11.309 7.962 70,40 1,47 2001 12.937 9.264 71,61 1,47 2002 16.564 11.934 72,05 1,50 2003 19.633 14.189 72,27 1,52 2004 22.052 15.908 72,14 1,52 2005 27.305 19.155 70,15 1,52 2006 31.061 20.550 66,16 1,54 2007 32.442 20.760 63,99 1,57 2008 35.632 22.205 62,32 1,57 2009 38.368 21.721 56,61 1,49 Fontes: Coleta Capes (Capes, MEC) e RAIS 2009 (MTE), elaboração CGEE. Notas: O número de mestres corresponde à soma de titulados em programas de mestrado acadêmico ou profissional. Indivíduos que obtiveram mais de um título no período são considerados apenas uma vez. Nesses casos, a primeira titulação é a que foi tomada em consideração. Não são considerados nessa tabela os mestres titulados entre 1996 e 2009, que também obtiveram títulos de doutorado no mesmo período. De acordo com a RAIS, 182.529 mestres (66,3% dos 275.445 mestres titulados entre 1996 e 2009) estavam empregados no dia 31 de dezembro de 2009. Cada um desses mestres com emprego formal no final de 2009 tinha 1,5 vínculos empregatícios em média. Curiosamente, o número médio de vínculos empregatícios aumenta nas coortes mais recentes, com a exceção dos titulados em 2009. Uma explicação para isso pode estar relacionada com o fato de que muitos mestres precisem complementar as remunerações relativamente baixas obtidas em seus primeiros empregos ou no início de seus empregos como mestres com um segundo emprego, que provavelmente seria de professor em tempo parcial. A remuneração dos mestres em seus vínculos empregatícios principais geralmente cresce com o passar dos anos de experiência adquirida após a titulação, fazendo com que a pressão pela manutenção de um segundo vínculo empregatício diminua. (O gráfico 3.2.1, da próxima seção, mostra de maneira clara como as coortes mais antigas de mestres recebe remuneração significativamente superior às coortes mais recentes.) 204

Mestres 2012: Estudos da demografia da base técnico-científica brasileira O emprego dos mestres brasileiros O gráfico 3.1.1 apresenta a taxa de emprego formal no dia 31/12/2009 das coortes de mestres titulados em cada um dos anos do período. 2 Nesse gráfico é excepcionalmente incluída, para fins de comparação, uma curva adicional representando a evolução da taxa de emprego formal do total dos mestres, isto é, da soma dos mestres que obtiveram o título de doutorado no período com os que não obtiveram. Tal curva apresenta um comportamento esperado na medida em que permanece em um patamar relativamente elevado (acima de 70%) para as coortes de mestres titulados entre 1996 e 2004, caindo de maneira progressivamente mais acentuada a partir de então. Essa tendência parece esperada porque uma grande proporção dos indivíduos realizam o curso de mestrado sem emprego e, ao buscar emprego após a obtenção do título, acabam demorando algum tempo para se empregarem. Gráfico 3.1.1 Percentagem dos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, que possuíam emprego formal no dia 31/12/2009 da acordo com a RAIS 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 73,0 73,2 73,6 73,0 73,0 73,3 72,2 71,4 70,6 68,4 65,8 64,0 63,3 64,2 66,5 68,2 70,4 71,6 72,0 72,3 72,1 70,2 70,2 56,6 66,2 64,0 62,3 56,6 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Ano da titulação no mestrado Mestres com e sem doutorado em 2009 Mestres sem doutorado em 2009 Fonte: Coleta Capes (Capes, MEC). Elaboração CGEE. A outra curva, que representa a evolução das taxas de emprego dos mestres, que não obtiveram doutorado, parece, no entanto, evoluir de maneira contra intuitiva porque também apresenta taxas de emprego formal reduzidas para as coortes de mestres mais antigas. A explicação para tal comportamento parece estar relacionada com a evolução ao longo do período da proporção dos mestres que vieram a obter título de doutorado, como apresentado no gráfico 3.1.2. Contudo, esse fato sozinho não parece ser suficiente para explicar aquele comportamento. 2 As coortes correspondem ao conjunto de indivíduos que obtiveram título em um mesmo ano. O ano considerado é aquele no qual o indivíduo obteve o seu primeiro ou único título de mestrado. 205

Gráfico 3.1.2 Percentagem dos mestres titulados entre 1996 e 2009, que também obtiveram título de doutorado no período, por ano da titulação no mestrado 60 50 40 30 20 10 0 47,1 44,0 42,6 40,4 36,3 31,4 26,7 22,1 16,9 10,2 2,9 0,7 0,1 0,0 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Fonte: Coleta Capes (Capes, MEC). Elaboração CGEE. 3.1.2. Empregados e vínculos empregatícios por área do conhecimento As taxas de emprego formal dos mestres por grande área do conhecimento aparecem dispersas em torno da média de todas as áreas, que é de 66,3%. As taxas de emprego formal das ciências da saúde, das engenharias e de linguística, letras e artes é similar à média de todas as áreas. As ciências exatas e da terra, assim como as ciências agrárias e as biológicas, apresentam taxas de emprego formal significativamente inferiores à média. Uma provável razão para as taxas de emprego formal relativamente reduzidas dessas três áreas é o fato dessas serem áreas nas quais uma proporção maior dos indivíduos seguem programas de doutorado ou permanecem trabalhando em projetos de P&D com bolsas e outras formas de trabalho não detectadas pela RAIS. As áreas de ciências humanas, ciências sociais aplicadas e a área multidisciplinar apresentam taxas de emprego formal significativamente mais elevadas do que a média.. As ciências biológicas e as ciências sociais aplicadas apresentam número médio de vínculo empregatício similar à média de todas as áreas, que é de 1,51. As engenharias, que apresentavam taxa de emprego similar à média, têm número de médio de vínculos empregatícios bem menor do que a média. No entanto, as ciências agrárias e as ciências exatas e da terra que apresentam baixas taxas de emprego formal, também apresentam baixos números de vínculos empregatícios. As ciências da saúde, em razão das características estruturais da profissão, constituem a área do conhecimento que apresenta 206

Mestres 2012: Estudos da demografia da base técnico-científica brasileira O emprego dos mestres brasileiros a mais elevado número médio de vínculos empregatícios. As demais áreas, isto é as áreas das ciências humanas, a área multidisciplinar e a de linguística, letras e artes, apresentam números médios de vínculos empregatícios elevados, assim como apresentaram taxas de emprego formal elevadas. Gráfico 3.1.3 Percentagem dos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, que possuíam emprego formal no dia 31/12/2009 de acordo com a RAIS, por grande área do conhecimento Biológicas Agrárias Exatas e da terra Saúde Engenharias Ling. letras e artes Humanas Sociais aplicadas Multidisciplinar 51,19 53,11 60,52 67,31 67,59 68,85 69,53 72,45 73,76 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Fonte: Coleta Capes (Capes, MEC). Elaboração CGEE Gráfico 3.1.4 Número médio de vínculos empregatícios formais mantidos no dia 31/12/2009 de acordo com RAIS pelos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, por grande área do conhecimento Agrárias Engenharias Exatas e da terra Biológicas Sociais aplicadas Humanas Multidisciplinar Ling. letras e artes Saúde 0 0,2 1,29 1,34 1,44 1,49 1,52 1,58 1,59 1,63 1,67 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 Fonte: Coleta Capes (Capes, MEC). Elaboração CGEE. 207

3.1.3. Empregados por região e unidade da Federação Quase metade dos 182.529 mestres titulados no período 1996-2009, que tinham emprego formal no dia 31 de dezembro de 2009, trabalhavam na região Sudeste do Brasil. A análise da evolução do emprego em 2009 das diferentes coortes de mestres indica, no entanto, que existiu um significativo processo de desconcentração entre 1996 e 2009. Entre os mestres titulados em 1996, 52,8% trabalhavam na região Sudeste no ano de 2009. No coorte de 2009, apenas 47,5% dos mestres trabalhavam nessa região. Essa perda de mais de 5 pontos percentuais na participação relativa da região Sudeste distribuiu-se pelas demais regiões. A região Sul cresceu sua participação muito pouco mantendo-a próxima a 18%. A região Nordeste, que saiu de participação de 15,6% na coorte de 1996, atingiu participação similar à da região Sul na coorte de 2009. A participação relativa da região Centro-Oeste cresceu pouco mantendo-se no entorno de 10%. A região Norte, apesar de ainda ser a de menor participação relativa, teve ganho excepcional ao crescer cerca de 80% no período, passando de 2,8% na coorte de 1996 para 5,0% na coorte de 2009. Gráfico 3.1.5 Percentagem de mestres titulados no Brasil em 1996 e 2009, que possuíam emprego formal no dia 31/12/2009 de acordo com RAIS, por região do estabelecimento empregador Norte Centro Oeste Nordeste Sul Sudeste 2,81 5,05 10,26 10,67 15,57 17,95 18,60 18,82 47,51 1996 2009 52,76 0 10 20 30 40 50 60 Fonte: Coleta Capes (Capes, MEC). Elaboração CGEE. Apesar de o número absoluto de mestres empregados em cada uma das 27 unidades da Federação brasileira haver crescido significativamente, a participação relativa dessas unidades no emprego de cada uma das coortes apresentou crescimento variável. O gráfico 3.1.6 apresenta como essa evolução ocorreu nas cinco unidades da Federação que mais empregam mestres. O Rio de Janeiro apresentou perda muito expressiva, caindo de 29,5% na coorte de 1996 para apenas 20,3% na de 2009. O Rio Grande do Sul perdeu muito pouca participação relativa, mantendo-a um pouco acima de 13%. 208

Mestres 2012: Estudos da demografia da base técnico-científica brasileira O emprego dos mestres brasileiros São Paulo, Minas Gerais e Paraná ganharam participação relativa no emprego dos mestres, sendo o Paraná a unidade que teve crescimento mais expressivo entre as cinco que mais empregam mestres. Gráfico 3.1.6 Percentagem de mestres titulados em 1996 e 2009, que possuíam emprego formal no dia 31/12/2009 de acordo com a RAIS, nas cinco unidades da Federação com maior número de mestres empregados Paraná Rio Grande do Sul Minas Gerais Rio de Janeiro São Paulo 0 5 7,48 11,43 13,64 13,28 13,47 16,25 1996 2009 29,49 20,31 35,92 38,72 10 15 20 25 30 35 40 45 Fonte: Coleta Capes (Capes, MEC). Elaboração CGEE. 3.1.4. Empregados por sexo O gráfico 3.1.7 apresenta a proporção de mulheres entre os mestres que titularam no período 1996-2009 e que possuíam emprego formal no dia 31 de dezembro de 2009, por grande área do conhecimento. A amplitude da variação destas proporções nas diversas áreas do conhecimento é extremamente elevada. A participação das mulheres no total de mestres empregados varia de 71,1% na área de linguística, letras e artes, que é a mais elevada, até a participação de apenas 27,9 nas engenharias, que é a mais baixa. Contudo, tal amplitude está profundamente relacionada com o fato de a proporção de mulheres entre os titulados em cada uma das grandes áreas também variar muito. A análise do gráfico 2.1.18, do capítulo anterior, indica que a proporção de mulheres no total dos titulados de cada área segue distribuição de padrão muito similar ao do gráfico 3.1.7. A título de exemplo vale a pena lembrar que a proporção de mulheres entre o total de titulados na área das engenharias é a mais baixa e variou entre 27.9%, em 1996, para 32,1%, em 2009. A proporção de mulheres entre os titulados na área de linguística, letras e artes foi de aproximadamente 70%. Esses exemplos dão claras indicações da similitude existente entre as distribuições da participação das mulheres entre os titulados e a da participação das mulheres no total dos empregados em cada grande área, como é apresentado no gráfico 3.1.7. 209

Gráfico 3.1.7 Participação percentual das mulheres no total de mestres que possuíam emprego formal no dia 31/12/2009, por grande área do conhecimento Engenharias Exatas aplicadas Sociais aplicadas Agrárias Multidisciplinar Biológicas Humanas Saúde Ling., letras e artes 0 10 27,91 34,74 43,18 47,04 54,79 61,82 64,01 66,69 71,11 20 30 40 50 60 70 80 Fonte: Coleta Capes (Capes, MEC). Elaboração CGEE. Contudo, quando a análise refere-se às taxas de emprego de homens e de mulheres, como ocorre no gráfico 3.1.8, a amplitude das variações é bem menor. Na média de todas as áreas do conhecimento, os mestres homens apresentam uma taxa de emprego formal de 67,6%, que é apenas ligeiramente superior à das mulheres, que é de 65,1%. Apesar de a proporção de mulheres entre mestres das áreas de engenharias empregados em 2009 ser de apenas 27, 9%, a taxa de emprego das mulheres, que são mestres engenheiras, é de 62,8%. Apenas nas áreas da saúde e da linguística, letras e artes as taxas de emprego das mulheres é superior à dos homens. Em todas as demais áreas, as taxas de emprego formal dos homens é superior. 210

Mestres 2012: Estudos da demografia da base técnico-científica brasileira O emprego dos mestres brasileiros Gráfico 3.1.8 Taxa de emprego formal em 31/12/2009 de homens e de mulheres, que obtiveram título de mestrado no Brasil entre 1996 e 2009, por grande área do conhecimento Agrárias Biológicas Exatas e da terra Engenharia Média Saúde Ling. letras e artes Humanas Sociais aplicadas Multidisciplinar 0 10 49,0 57,4 50,0 53,2 60,0 60,8 62,8 Mulheres Homens 20 30 40 50 60 70 80 69,6 65,1 67,6 67,9 66,2 69,0 68,6 69,4 69,7 70,1 74,3 72,8 75,0 Fonte: Coleta Capes (Capes, MEC). Elaboração CGEE. 3.2. Remuneração 3 3.2.1. Remuneração e ano de titulação Os mestres titulados no Brasil no período 1996-2009 receberam remuneração média de R$ 6.468,16 em dezembro de 2009. Tal remuneração é o resultado do somatório das remunerações recebidos pelos mestres em todos os seus vínculos empregatícios, mas não inclui a parte do adicional do 13 o salário geralmente paga durante o mês de dezembro. Certamente, uma parte importante daquela remuneração é decorrente do fato de um grande número de mestres terem mais de um vínculo empregatício. Em média, cada mestre tem 1,5 vínculos empregatícios. As coortes de mestres titulados no início do período receberam em dezembro de 2009 remuneração significativamente mais elevada do que as coortes de mestres tituladas no últimos anos do período. A título de exemplo, vale a pena chamar atenção para o fato de que a remuneração dos mes- 3 Essa seção é uma análise dos principais resultados estatísticos gerados por este trabalho, que aparecem com maior riqueza de detalhes nas tabelas do anexo estatístico. 211

tres titulados em 1996 R$ 8.689,55 era 77,5% superior à dos titulados no próprio ano de 2009 R$ 4.894,52. É importante ter em mente também o fato de que, mesmo os mestres titulados no ano de 2009, apresentam média de tempo de emprego no principal vínculo empregatício (i.e., naquele que paga a remuneração mais elevada nos casos nos quais o indivíduo tem mais de um vínculo empregatício) superior a cinco anos. Esse é um indicativo de que uma boa proporção dos mestres tem vínculos empregatícios que antecedem à sua titulação nos programas de mestrado. Certamente, o tempo de emprego desses indivíduos influencia sua remuneração, mesmo que ele seja anterior à obtenção do título de mestrado. Essa pode ser uma das razões para o fato de os mestres profissionais terem recebido, em dezembro de 2009, uma remuneração média R$ 8.628,20 muito superior à dos mestres acadêmicos R$ 6.309,33. O tempo de emprego dos mestres profissionais era, em média, mais de dois anos maior do que o dos mestres acadêmicos. 4 Gráfico 3.2.1 Remuneração média recebida em dezembro de 2009 pelos mestres titulados no Brasil entre 1996-2009, que possuíam emprego formal no dia 31/12/2009 de acordo com a RAIS, por ano da titulação 10000 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 8.689 8.218 8.143 7.878 7.644 7.499 7.493 7.177 6.942 Media do periodo = 6.468,16 6.540 6.074 5.759 5.326 4.895 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Fonte: Coleta Capes (Capes, MEC). Elaboração CGEE. 3.2.2. Remuneração e área do conhecimento A remuneração no mês de dezembro de 2009 dos mestres das ciências sociais aplicadas R$ 9.106,46 e das engenharias R$ 7.789,20 são muito superiores à média de todas as áreas R$ 6.468,16. To- 4 A tabela A.3.2.1 do anexo estatístico apresenta as médias e as medianas da remuneração mensal, do tempo de emprego e do número contratual de horas de trabalho semanal, em dezembro de 2009, dos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, por natureza do curso de mestrado e por ano de titulação. 212

Mestres 2012: Estudos da demografia da base técnico-científica brasileira O emprego dos mestres brasileiros das as demais sete grandes áreas do conhecimento receberam remuneração inferior à média. A área de linguística, letras e artes recebeu a menor remuneração média de todas as grandes áreas R$ 4.200,00. Tal remuneração correspondeu a menos da metade da remuneração média dos mestres das ciências sociais aplicadas. Como foi possível observar no caso da média de todos os mestres, a remuneração também decresce significativamente e de maneira mais ou menos consistente nas coortes de mestres titulados nos anos mais recentes em todas as grandes áreas do conhecimento, como mostra o gráfico 3.2.3. Gráfico 3.2.2 Remuneração média recebida em dezembro de 2009 pelos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, que possuíam empregado formal no dia 31/12/2009 de acordo com a RAIS, por grande área do conhecimento Ling., letras e artes Biológicas Humanas Agrárias Multidisciplinar Saúde Exatas e da terra Engenharias Sociais aplicadas 4.200,06 4.732,93 4.903,46 5.146,66 5.903,59 6.321,55 6.367,08 7.789,20 9.106,46 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000 Fonte: Coleta Capes (Capes, MEC) e Rais 2009. Elaboração CGEE. Gráfico 3.2.3 Remuneração média recebida em dezembro de 2009 pelos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, por ano da titulação e por grande área do conhecimento 12000 11000 10000 9000 8000 7000 6000 5000 4000 3000 Sociais aplicadas Engenharias Exatas e da terra Agrárias Humanas Ling., letras e artes Multidisciplinar Saúde Biológicas 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Fonte: Coleta Capes (Capes, MEC). Elaboração CGEE. 213

3.2.3. Remuneração e região A remuneração dos mestres também varia em função da região na qual se localiza o estabelecimento empregador do mestre. A remuneração média no mês de dezembro de 2009 (medida a preços correntes) dos mestres que trabalhavam na região Centro Oeste do Brasil R$ 7.983,40 era a mais elevada. Esse valor é claramente puxado para cima pela remuneração média do Distrito Federal, onde se localiza a sede do governo federal, que é um grande empregador de mestres em geral e, em particular, de mestres titulados na área de ciências sociais aplicadas, a mais bem remunerada das áreas. O Distrito Federal apresentou em 2009 a mais elevada remuneração de mestres entre todas as unidades da Federação: R$ 10.085,06. Na região Sul, a remuneração média dos mestres no mês de dezembro de 2009 foi a mais reduzida: R$ 5.424,07. Gráfico 3.2.4 Remuneração média recebida em dezembro de 2009 pelos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, que possuíam emprego formal no dia 31/12/2009, por região do estabelecimento empregador Sul Nordeste Norte Sudeste 5.424,07 5.884,62 6.107,56 6.756,54 Centro-Oeste 7.983,40 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 Fonte: Coleta Capes (Capes, MEC). Elaboração CGEE. 3.2.4. Remuneração e sexo As mulheres com título de mestrado obtidos no Brasil no período 1996-2009 receberam, em dezembro de 2009, remuneração média 28,0% menor do que a dos homens que obtiveram título de mestrado no mesmo período. Parte desse desnível das remunerações de mestres mulheres e homens se deve às diferentes participações dos sexos no estoque de mestres de cada grande área do conhecimento, como pode ser percebido pela comparação do gráfico 3.1.7, da seção anterior, que apresenta a partici- 214

Mestres 2012: Estudos da demografia da base técnico-científica brasileira O emprego dos mestres brasileiros pação de mulheres no estoque de mestres de cada área do conhecimento empregados em dezembro de 2009, com o gráfico 3.2.2 que apresenta a remuneração média dos mestres de cada área. Na comparação dos dois gráficos, é possível perceber, por exemplo, que a área na qual as mulheres têm participação maior no emprego (71,1%) é exatamente a de linguística, letras e artes, que é a remuneração mais reduzida. Na área de ciências sociais aplicadas, onde a remuneração é maior, as mulheres representam apenas 43,2% dos empregados. Na segunda área de maior remuneração, as engenharias, as mulheres têm a menor participação relativa entre os empregados, apenas 27,9%. Gráfico 3.2.5 Remuneração recebida em dezembro de 2009 pelos mestres titulados no Brasil no período 1996-2009, que possuíam emprego formal no dia 31/12/2009, por sexo 8000 7000 6000 5000 4000 3000 2000 1000 0 5.438,41 Mulher 7.557,31 Homem Fonte: Coleta Capes (Capes, MEC). Elaboração CGEE. 3.3. Emprego e conceito da avaliação da Capes 5 3.3.1. Emprego e conceito Como foi visto na seção 2.2.3 do capítulo anterior, os programas de mestrado são periodicamente avaliados pela Capes. A metodologia de avaliação hoje empregada está vigente desde o ano de 1998. Por isso, esta seção trata de dados desde 1998 e não desde 1996, como as demais. De acordo 5 Essa seção é uma análise dos principais resultados estatísticos gerados por este trabalho, os quais aparecem com maior riqueza de detalhes nas tabelas do anexo estatístico. 215

com aquela metodologia, apenas os programas que receberam conceitos de 3 a 7 podem manter o seu credenciamento e é essa a razão que faz com que a análise concentre-se apenas nos mestres que titularam em programas que receberam conceitos naquele intervalo. O gráfico 3.3.1 apresenta o número de mestres titulados no período 1998-2009, de acordo com o conceito da avaliação da Capes vigente no momento da titulação, e o número desses que se encontravam em uma relação de emprego formal no dia 31 de dezembro de 2009, de acordo com a RAIS. Surpreendentemente, é inversa a relação entre, por um lado, o conceito da avalição do programa de mestrado no qual o mestre obteve o seu título e, por outro, a taxa de emprego formal dos mestres que titularam de acordo com tais conceitos, como pode ser observado no gráfico 3.3.2. Essa relação entre conceito e taxa de emprego formal não só é inversa (isto é, quanto maior o conceito, menor é a taxa de emprego), como é muito acentuada. Exemplo disso é o fato de que os mestres titulados em programas de mestrado que receberam o conceito 3 (a avaliação mais baixa) apresentam a taxa média de emprego formal mais elevada (73,5%), enquanto os mestres titulados em programas conceito 7 (os mais bem avaliados) apresentavam a mais baixa taxa de emprego formal no final do ano de 2009, que foi de apenas 46,5%. Em princípio, pareceria lógico supor que o contrário seria o mais provável de acontecer, i.e., que mestres titulados em programas mais bem avaliados deveriam ter maior probabilidade de obter empregos formais e, por isso, as taxas de emprego formal desses deveriam ser mais elevadas. Uma provável explicação para esse aparente paradoxo estaria relacionada com a natureza acadêmica, que ainda domina tanto a formação de mestres, quanto o mercado de trabalho destes profissionais, assim como o próprio processo de avaliação da Capes. Cerca de 92% dos titulados no período 1996-2009 obtiveram seus títulos em programas de mestrado acadêmico. A educação ainda é o setor que mais emprega mestres. Cerca de 43% dos mestres titulados entre 1996 e 2009 estavam empregados no setor de educação no final de 2009, como será visto na próxima seção deste capítulo. A avaliação dos programas de mestrado parece ter tido um claro viés favorável à natureza acadêmica dos mestrados brasileiros mesmo depois que foram criados os programas de natureza profissional. A própria Capes parece ter reconhecido esse problema, ao menos parcialmente, quando, em fins de 2009, redefiniu os parâmetros que regulamentam os mestrados profissionais na Portaria Normativa MEC N 17, de 28 de dezembro de 2009. Essa portaria introduziu, em seu artigo 9, novos critérios para a avaliação de programas de mestrado profissional, entre os quais passaram a figurar critérios não acadêmicos tais como indicadores referentes à empregabilidade e à trajetória profissional dos mestres egressos dos programas em análise e também indicadores da qualidade da interação desses 216