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Transcrição:

EXAME DE INGRESSO 2 Semestre/2007 Parte 1 17/04/2007 Instruções Verifique se a folha de respostas que você recebeu corresponde ao código que identifica o seu nome na lista afixada na porta de entrada da sala. NÃO ESCREVA O SEU NOME NA PROVA. Ela deverá ser identificada apenas através do código. Destaque o tíquete grampeado e verifique se ele corresponde ao seu nome e ao código de identificação. Guarde-o como comprovante. Esta prova constitui a primeira parte do exame de ingresso à pós-graduação do IFUSP. Ela contém problemas de Mecânica Clássica (C), Física Moderna (M) e Termodinâmica e Mecânica Estatística (T). As cinco disciplinas têm o mesmo peso na nota final. A nota final de Física Moderna será obtida a partir dos resultados das questões de hoje e de amanhã. O tempo de duração dessa prova será de 4 horas. O tempo mínimo de permanência na sala é de 90 minutos. Procure fazer todos os problemas. Resolva cada questão na página correspondente da folha de respostas. As páginas serão reorganizadas para a correção. Se precisar de mais espaço, fale com o professor responsável pela aplicação do exame, que lhe dará uma folha extra. Não esqueça de escrever, na folha extra, o número da questão e o seu código. Use uma folha extra diferente para cada questão. Boa prova!

T1. Um mol de um gás ideal, desde um estado inicial a temperatura T 0 e pressão [4,0] P 0, é submetido a (i) uma compressão adiabática, seguida de (ii) um resfriamento isocórico (volume constante). Ao final das transformações, a temperatura é a mesma do estado inicial, T f = T 0, e a pressão foi aumentada por um fator f > 1, P f = fp 0. Trate os dois processos como quase estáticos e considere conhecidos os parâmetros e relações do gás ideal dados no formulário. a) Represente esquematicamente as transformações num diagrama P V. Determine os valores da pressão, volume e temperatura do gás nos pontos terminais dos processos (i) e (ii). b) Calcule o calor trocado e o trabalho realizado sobre gás no processo. c) Determine a variação da entropia do gás. Represente as transformações num diagrama T S. T2. Para os três sistemas listados a seguir o termo dominante da capacidade térmica [3,0] molar, em torno da temperatura ambiente, tem a forma C = AT b. Para cada um dos três sistemas seguintes: a) um gás ideal diatômico (clássico), b) um sólido isolante e c) um metal, i. explique sucintamente a origem física desta capacidade térmica e dê os valores da constante A e do expoente b; ii. indique a forma que o termo dominante da capacidade térmica assume no limite de baixas temperaturas, explicando as alterações, se houver. T3. Um sistema é constituído de N partículas localizadas e não interagentes. [3,0] Cada partícula pode ser encontrada em três estados 1, 2 e 3, com energias ɛ 1 = 0, ɛ 2 = ɛ 3 = > 0. O sistema está em equilíbrio a uma temperatura absoluta T. a) Determine a função de partição do sistema de N partículas. b) Calcule a energia do sistema por partícula. Faça um gráfico do resultado em função da temperatura indicando os valores limites para T 0 e T. c) Obtenha a entropia do sistema por partícula. Faça um gráfico do resultado em função da temperatura indicando os valores limites para T 0 e T. d) Interprete os resultados limite dos ítens b e c em termos das probabilidades de ocupação dos estados. 1

C1. A massa m de um pêndulo está presa por um fio ideal de comprimento l a um [3,5] ponto de sustentação. Esse ponto se move para a frente e para trás ao longo de um eixo horizontal, de acordo com a equação x = a cos ωt. Suponha que o pêndulo só oscile no plano vertical que contém o eixo x. Considere que a posição do pêndulo seja descrita por um ângulo θ que o fio faz com uma linha vertical. a) Escreva a Lagrangeana e obtenha as equações de Lagrange. b) Mostre que, para valores pequenos de θ, a equação de movimento se reduz à equação de movimento de um oscilador harmônico forçado. c) Determine o movimento para o estado estacionário correspondente ao ítem (b) encontrando a amplitude de oscilações do estado estacionário. C2. Uma partícula de massa m se move num poço de potencial U(x) = a ln(x) + b/x 2, [3,5] onde x é a distância da partícula ao centro de forças e a e b são constantes positivas. Considere apenas x > 0. a) Qual a força que age sobre a partícula? Esboce os gráficos de F (x) e de U(x). b) Quais os pontos de equilíbrio e quais as características desses pontos? Quais os possíveis movimentos da partícula? c) Se houver pontos de equilíbrio estável, calcule o período de pequenas oscilações em torno desses pontos. C3. Um cometa de massa m descreve uma órbita hiperbólica em torno do Sol (massa [3,0] M) e quando está a uma distância r 0 se aproximando do Sol, a sua velocidade é v 0 e faz um ângulo de 30 com o raio vetor ao Sol. a) Calcule o momento angular e a energia desse cometa. b) Determine a distância r p de máxima aproximação do cometa ao Sol. c) Quando o cometa atinge a distância r p de máxima aproximação, sofre um choque com um pequeno asteróide de tal maneira que sua massa não varia porém ele passa a descrever órbita circular de raio r p no mesmo plano da órbita anterior. Calcule a nova energia e o novo momento angular após a colisão. 2

M1. A figura abaixo corresponde à radiância espectral de dois corpos mantidos a tem- [2,5] peraturas T 1 e T 2. Vamos supor que a emissão de radiação desses corpos é igual a de corpos negros nessas temperaturas. a) Sabendo que a temperatura do corpo 1 é T 1 = 2898 K, determine a temperatura do corpo 2. b) Qual é a razão entre as potências totais irradiadas pelos corpos, ou seja, quanto vale R 2 /R 1, onde R é a radiância total? c) Segundo a teoria clássica da emissão de radiação do corpo negro, que aspectos das curvas ao lado não podem ser explicados? Como Planck resolveu esse problema? Radiância (unidades arbitrárias) 5 4 3 2 1 T 2 T 1 0 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 comprimento de onda (nm) M2. Uma espaçonave de comprimento próprio L = 300 m está passando por uma estação [2,5] transmissora fixa na Terra, a uma velocidade v = 0,6c. No instante em que o nariz da espaçonave passa pelo transmissor, dois relógios, um no transmissor e outro no nariz da espaçonave são sincronizados para t = t = 0. No momento em que a cauda da espaçonave passa pelo transmissor, um sinal é enviado pelo transmissor e subsequentemente detectado por um receptor no nariz da espaçonave. a) Em que instante o sinal foi enviado, segundo o relógio no nariz da espaçonave? b) Em que instante o sinal foi recebido, segundo o relógio de bordo? c) Em que instante o sinal foi recebido na espaçonave, segundo o relógio do transmissor? d) Onde estava o nariz da espaçonave, no instante em que o sinal foi recebido, do ponto de vista de um observador fixo na posição do transmissor. 3

EXAME DE INGRESSO 2 Semestre/2007 Parte 2 18/04/2007 Instruções Verifique se a folha de respostas que você recebeu corresponde ao código que identifica o seu nome na lista afixada na porta de entrada da sala. NÃO ESCREVA O SEU NOME NA PROVA. Ela deverá ser identificada apenas através do código. Destaque o tíquete grampeado e verifique se ele corresponde ao seu nome e ao código de identificação. Guarde-o como comprovante. Esta prova constitui a segunda parte do exame de ingresso à pós-graduação do IFUSP. Ela contém problemas de Eletromagnetismo (E), Mecânica Quântica (Q) e Física Moderna (M). As cinco disciplinas têm o mesmo peso na nota final. A nota final de Física Moderna será obtida a partir dos resultados das questões de ontem e hoje. O tempo de duração dessa prova será de 4 horas. O tempo mínimo de permanência na sala é de 90 minutos. Procure fazer todos os problemas. Resolva cada questão na página correspondente da folha de respostas. As páginas serão reorganizadas para a correção. Se precisar de mais espaço, fale com o professor responsável pela aplicação do exame, que lhe dará uma folha extra. Não esqueça de escrever, na folha extra, o número da questão e o seu código. Use uma folha extra diferente para cada questão. Boa prova!

M3. Um átomo de hidrogênio que se encontra no estado fundamental (isto é, de menor [2,5] energia) é excitado até o estado com n = 4. a) Calcule a energia absorvida pelo átomo. b) Calcule as energias dos diferentes fótons que podem ser emitidos quando o átomo voltar para o estado fundamental. Faça um diagrama de níveis de energia, indicando essas transições. c) Calcule a velocidade de recuo do átomo de hidrogênio, ao fazer a transição do estado n = 4 diretamente para o estado fundamental. Suponha o átomo em repouso, antes da transição ocorrer. M4. A função de distribuição de velocidades de um grupo de N partículas é dada por [2,5] dn v = av dv onde dn v é o número de partículas que tem velocidades entre v e v + dv, e a é uma constante. Nenhuma partícula tem velocidade maior que V, sendo que as velocidades podem variar entre 0 e esse valor máximo, V. a) Esboce o gráfico da função de distribuição, ou seja g(v) = dn v /dv em função de v. b) Calcule o valor da constante a em termos de N e V. c) Calcule a velocidade média, a velocidade quadrática média e a velocidade mais provável em termos de V. d) Qual porcentagem das partículas tem velocidades entre a velocidade média e V? E entre a velocidade quadrática média e V? Q1. Uma partícula de massa m sujeita a um potencial unidimensional [3,0] V (x) = { 0, 0 < x < L, outros pontos está no instante t = 0 no estado {( 1+i ) 2 πx sen ψ(x) = + 1 2 2πx 2 L L 2 sen, 0 < x < L L L 0, outros pontos. a) Determine o estado ψ(x,t) no instante de tempo t. b) Determine o valor médio da energia E. c) Determine a freqüência de variação do valor médio da coordenada x. Q2. Considere a perturbação Ĥ1 = bx 4 ao oscilador harmônico simples, cujo hamilto- [4,0] niano não perturbado é Ĥ 0 = ˆp2 x 2m + 1 2 mω2 x 2. O hamiltoniano Ĥ0 + Ĥ1 descreve um oscilador com uma força restauradora não linear. a) Expresse Ĥ1 em termos dos operadores â e â. b) Use as propriedades dos operadores â e â para obter a correção de primeira ordem para o n-ésimo nível de energia, E n (1). c) Calcule E n (1) /E n (0) no limite n. 1

Q3. A função de onda de uma partícula sujeita a um potencial com simetria esférica é [3,0] dada por ψ( r) = (x + y + 3z)f(r). a) Expresse ψ(r) em termos de harmônicos esféricos. b) ψ é auto-função de L 2? Em caso afirmativo, qual é o valor de l? Em caso negativo, quais são os possíveis valores de l quando L 2 é medido? c) Quais são as probabilidades de se encontrar a partícula com os possíveis valores de m l? E1. Considere uma distribuição esférica cargas, com densidade volumétrica de cargas [3,0] constante, de raio R e e carga total e. a) Determine o vetor campo elétrico E em todo o espaço (dentro e fora da distribuição esférica). b) Calcule a energia total associada a esta distribuição de cargas e mostre que: e 2 U = 3. 5 4πɛ 0 R e c) Supor que a energia calculada no ítem anterior corresponde à massa (m e ) de repouso do elétron. Calcule a expressão que fornece o raio do elétron e faça uma estimativa do seu valor, em metros. E2. Considere um fio reto e infinito, pelo qual flui uma corrente I constante. Calcule [3,0] o vetor campo magnético B em um ponto P, à distância ρ do fio: a) utilizando a lei de Ampère: B d l = µ 0 I; b) utilizando a lei de Biot-Savart: z db = µ 0I 4π d l ê r r 2 ; I ρ P c) através do cálculo do potencial vetor: A = µ 0 JdV 4π r. Lembre-se que JdV Id l. Sugestão: Suponha um fio de comprimento L muito grande, de forma que L ρ. 2

E3. Foi idealizado um experimento para o estudo da polarização de ondas eletro- [4,0] magnéticas por reflexão em uma superfície dielétrica plana. Uma onda não polarizada pode ser considerada como tendo componentes do campo elétrico paralela (componente p) e não paralela (componente s) à superfície do dielétrico, de forma que os coeficientes de Fresnel correspondentes são: r 12p = n 1 cos θ 1 n 2 cos θ 2 n 1 cos θ 1 + n 2 cos θ 2 = sen(θ 2 θ 1 ) sen(θ 2 + θ 1 ) ; r 12s = n 2 cos θ 1 n 1 cos θ 2 n 2 cos θ 1 + n 1 cos θ 2 = tg(θ 1 θ 2 ) tg(θ 1 + θ 2 ). a) Notando que a polarização ocorre quando θ 1 (θ 1 = θ B ) satisfaz a condição θ 1 + θ 2 = π/2, mostre que tg θ B = n 2 /n 1 e que, nesta condição, o coeficiente de Fresnel da componente da onda que não se anula pode ser escrito como: r 12 = 1 n2 2. 1 + n 2 2 b) No experimento, um painel de polietileno e um conjunto emissor/receptor de micro-ondas foi utilizado, conforme mostrado na figura ao lado. O ângulo de incidência foi sendo variado e as intensidades relativas I p /I 0 e I s /I 0 da onda correspondentes às componentes p e s, foram registradas na tabela abaixo. Ângulo Leituras dos medidores Ângulo Leituras dos medidores (θ 1 ) I s /I 0 I p /I 0 (θ 1 ) I s /I 0 I p /I 0 20 0,41 ± 0,04 0,36 ± 0,04 50 0,10 ± 0,04 0,17 ± 0,04 25 0,28 ± 0,04 0,34 ± 0,04 55 0,05 ± 0,04 0,14 ± 0,04 30 0,26 ± 0,04 0,28 ± 0,04 60 0,03 ± 0,04 0,19 ± 0,04 35 0,24 ± 0,04 0,21 ± 0,04 65 0,04 ± 0,04 0,23 ± 0,04 40 0,15 ± 0,04 0,19 ± 0,04 70 0,19 ± 0,04 0,48 ± 0,04 45 0,11 ± 0,04 0,20 ± 0,04 75 0,44 ± 0,04 0,65 ± 0,04 Com os dados da tabela construa o gráfico adequado e, a partir deste, determine o ângulo de Brewster θ B. c) Determine o índice de refração do painel de polietileno utilizado no experimento. Calcule a refletância R da onda quando o ângulo de incidência da onda corresponde ao ângulo de Brewster e compare com o valor experimental. d) Como você relaciona este fenômeno de polarização com a utilização de óculos específicos por pessoas que vão à praia, que esquiam na neve, etc.? Explique! 3