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Transcrição:

www.sindicomis.com.br Ano 31 - nº 280 - São Paulo/SP - Fevereiro/17 Publicação Mensal do Sindicomis/ACTC M SINDICOMIS/ACTC inicia 2017 com vitórias jurídicas Entidade volta a utilizar o meio jurídico para reverter situações que dificultam em excesso o trabalho de seus associados antendo sua tradição de luta pelos interesses de seus associados, o SINDI- COMIS/ACTC propôs um Mandado de Segurança contra a greve dos auditores da Receita Federal, no final de 2016, e uma Ação Ordinária pelo não recolhimento da contribuição previdenciária sobre um terço das férias, aviso-prévio indenizado verbas pagas nos primeiros 15 dias de afastamento, já no começo deste ano. O comércio exterior, que deveria ser uma das principais estratégias governamentais para consolidar a economia, ainda é muito vulnerável a alterações de procedimentos, mudanças operacionais e outros detalhes que dificultam uma continuidade no trabalho das empresas do setor. Em 2015, por exemplo, o SINDICO- MIS/ACTC conseguiu uma importante vitória em Ação Coletiva referente às multas do SISCOMEX-Carga, quando a Justiça Federal deferiu a tutela antecipada para afastar a exigência de quaisquer penalidades. O processo aguarda sentença final. Essa e outras vitórias, como o histórico adiamento da própria implantação do Siscomex, nos ensinaram que quando o diálogo direto se rompe é o momento de usar o campo de batalha jurídico para preservar nossos direitos. O Comitê Técnico de Comércio Exterior e Fiscal do SINDICOMIS/ ACTC recebeu, ainda em 2016, várias queixas de seus associados sobre os efeitos danosos da greve dos Auditores da Receita Federal no desempenho de suas atividades, causando problemas financeiros em um ano com a economia já tão reprimida. Assim, a Diretoria apoiou a iniciativa do Vice-Presidente da entidade, Luiz Ramos, e decidiu por instalar um Mandado Segurança de Caráter Coletivo contra a greve dos Auditores da Receita Federal. Esta Ação já foi distribuída e o juiz determinou que a Receita Federal se manifestasse em 72 horas, sob pena de concessão de ordem com determinação de imediata cessação da greve. Como o Judiciário estava em recesso de 20/12/2016 a 20/01/2017, seus efeitos jurídicos ainda não estão em pauta. Porém, parece que após a notícia do Mandado de Segurança, os Auditores e a COANA já estão se reunindo para negociar e resolver o final da greve. Em outra área, a Trabalhista, o SIN- DICOMIS/ACTC propôs uma Ação Ordinária de Caráter Coletivo para afastar o pagamento da contribuição previdenciária incidente sobre 1/3 das férias, sobre o aviso prévio indenizado e sobre as verbas pagas nos primeiros 15 dias de afastamento. A chance de convencimento é grande, pois diversos tribunais do País já se manifestaram, concordando com o não recolhimento daquela contribuição nos três casos acima citados. Neste momento de crise econômica e política que o Brasil atravessa, há o risco diário de empresas encerrarem suas atividades por problemas de diversos tipos. Leve-se em conta também que o governo atual ainda está preocupado em frear a queda das atividades econômicas, temos uma série de contratempos que afetam diretamente as empresas do comércio exterior, que precisam de uma entidade de classe unida e forte na defesa de seus interesses, como o SINDICOMIS/ACTC tem mostrado em seus quase 70 anos de história. Governo estuda mudanças em regras para portos >> pág. 3 Sindicomis/actc se reuniram em Brasilia com a antaq e o mapa >> pág. 6 Questões mais frequentes sobre a Contribuição Sindical Patronal >> pág. 10

Palavra do Presidente Palavra do Presidente Destravando a máquina O governo Temer segue ainda tentando contornar a crise ou minimizar seus efeitos. Parece que algumas coisas já estão se ajustando. O arrocho no crédito e o corte nos gastos está minando lentamente a inflação, que desceu abaixo do esperado. Outras dão a impressão que ainda estão longe de reverter, como a taxa de desemprego, com um perverso valor de 12% e continua aumentando, sem que ninguém ouse palpitar sobre seu destino. A escassez do dinheiro teve um resultado inesperado que é a queda do endividamento das famílias, mas que também significa comércio parado. Sabíamos que seria assim, que entraríamos em 2017 ainda sem grandes perspectivas. Ao governo, fora da condução econômica, cabe fazer o que dele estamos cobrando insistentemente: as reformas. Já que não depende de popularidade para manter-se no cargo, o presidente Temer poderá ao menos iniciar um trabalho forte com a previdência, com os impostos e taxas, com a burocracia de estado. As eleições para a presidência do Legislativo mostraram que o PMDB está finalmente consolidando um maior apoio a Temer, além de iniciar uma aproximação real com o PSDB, podendo resultar até uma chapa importante para 2018. Com as duas casas nas mãos, Temer pode costurar as reformas. Chegar a este ponto foi claramente obra de suas articulações po- líticas nos últimos meses. O problema maior é a Lava Jato, com um festival infinito de delações que atingem toda a estrutura republicana, sem que ninguém escape: prefeitos, governadores, deputados, senadores, juízes e desembargadores. Penso que está na hora do remédio amargo, das medidas pesadas, das intervenções que nossa combalida economia tanto precisa para deixar de patinar. A partir já de fevereiro o governo deve enviar as reformas ao Congresso, que deve avaliá-las até o meio do ano. Muito que tenho lido sobre as perspectivas aponta para uma recuperação já neste ano, ao contrário do que se pensava em 2016. Isso mostra que os caminhos até aqui estão corretos, a queda da inflação e dos juros é um grande triunfo, nos permitiu respirar um pouco. Não será um ano fácil, ainda. Há muita coisa para arrumar na casa. Para nós, do setor de comércio exterior há ainda a grande incógnita Trump e o que será da economia mundial. É importante notar que alguns países cresceram mais do que o esperado e o excesso de protecionismo, pregado pelo presidente norte-americano, pode resultar em isolamento econômico do país, abrindo a possibilidade de sermos procurados por novos parceiros comerciais. As perspectivas exigem que as empresas continuem cautelosas e sejam criativas para sobreviverem. Quando houver a retomada seremos muito exigidos, porque trabalhamos com o comércio exterior que pode ajudar muito o Brasil a sair da crise. Estamos aguardando ansiosos por este momento. Presidente: Haroldo Silveira Piccina; Vice-Presidente: Luiz Antonio Silva Ramos; 1º Diretor Tesoureiro: Regynaldo Mollica; 2º Diretor Tesoureiro: Sérgio Ricardo Giraldo; 1º Diretor Secretário: José Emygdio Costa; 2º Diretor Secretário: Laércio Anjos Fernandes; Diretores Suplentes: Milton Lourenço Dias Filho, Mauris Gabriel, Fernando Manuel Ferreira Gomes dos Reis, Ricardo Messias Sapag, Marco Antonio Guerra, Nelson Masaaki Yamamoto. Membros do Conselho Fiscal: André Gobersztejn, Francisco Catharino Uceda; Suplente do Conselho Fiscal: Reinaldo Braz Postigo; Representantes Junto à FECOMERCIO SP: 1º Delegado Efetivo: Haroldo Silveira Piccina; 2º Delegado Efetivo: Luiz Antonio Silva Ramos; 1º Delegado Suplente: Regynaldo Mollica; 2º Delegado Suplente: José Emygdio Costa; Diretor Executivo: Aguinaldo Rodrigues; Assessora Jurídica e Parlamentar: Maristela Noronha Gonçalves Moreira. SINDICOMIS ACONTECE: Publicação Mensal Órgão do Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de Carga e Logística do Estado de São Paulo e da Associação Nacional das Empresas Transitárias, Agentes de Carga Aérea, Comissárias de Despachos e Operadores Intermodais. Sede: Rua Avanhandava, 126, 6º andar - Conj. 60 e 61 - Bela Vista - São Paulo - CEP 01306-901 - Tel.: (11) 3255-2599 / Fax: (11) 3255-2310. Internet: www.sindicomis.com.br - e-mail: actc@sindicomis.com.br. Jornalista Responsável Álvaro C. Prado - MTb nº 26.269. Reportagens Álvaro C. Prado. Revisão Gisele E. Prado. Impressão Gráfica Sag. As opiniões expressas nos artigos dos articulistas convidados podem não coincidir com as opiniões do SINDICOMIS/ACTC. 2 Fevereiro/17

O O governo estuda mudanças no setor de portos a pedido de empresas que operam terminais portuários de carga no país. Entre elas, a redução da burocracia para liberar investimentos em terminais públicos e privados e o aumento no prazo de concessões públicas para até 70 anos. Nesse último ponto, a medida visa estimular investimentos nos terminais públicos, que estão perdendo competitividade devido à diferença de regras em relação aos terminais privados. Os terminais privados ocupam áreas construídas por empresas, com autorização do governo, que operam sob suas próprias regras e sem prazo final de contrato. Governo estuda novas mudanças em regras para portos Essa regra foi importada da União Europeia e, segundo Mantelli, dá mais segurança a quem vai investir em terminais públicos de que terá tempo para conseguir o retorno do que foi gasto. As propostas das empresas foram levadas ao Ministério dos Transportes, que encaminhou o projeto à Casa Civil. Há ainda uma questão que também travou a MP dos Portos de 2012: o que fazer com cerca de 30 terminais que têm contratos anteriores à Lei dos Portos de 1993. Os arrendatários dessas áreas dizem ter direito a uma renovação. No governo Dilma, esse direito não foi reconhecido e a decisão foi por relicitá-los. O governo atual também resiste ao pedido. A solução só deve sair em fevereiro. Os terminais públicos são aqueles que funcionam dentro das Companhias Docas, que são estatais. Seguem regras mais rígidas, que aumentam seus custos, e funcionam como concessões por prazo limitado, de até 50 anos. A expectativa é que a redução da burocracia e o prazo mais longo ajudem a reduzir essas diferenças. A nova configuração portuária do país começou há cinco anos, com a edição de uma medida provisória que mudou a Lei de Portos de 1993. A MP de 2012 tinha o intuito de ser uma nova abertura dos portos, conforme disse a ex- -presidente Dilma Rousseff em seu lançamento, fazendo uma referência histórica à Abertura dos Portos de 1808. Cinco anos depois, o resultado é que os terminais privados, autorizados na época a explorar qualquer tipo de carga (e não apenas um tipo como antes), ganharam força. Willen Mantelli, presidente da ABTP (Associação Brasileira de Terminais Portuários), diz que os decretos e regulamentos feitos após a edição da lei tornaram ainda mais complicadas as regras, colocando pontos que, segundo ele, restringiam os investimentos, inclusive de terminais privados. Por isso, as associações do setor foram ao novo governo pedir as mudanças. Uma das sugestões é dar um prazo de até 70 anos para os terminais públicos, sendo 35 anos numa primeira perna e uma segunda com prazos variáveis. RENOVAÇÕES Segundo a Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviário), após a sanção da Lei dos Portos, em 2012, foram feitos 122 pedidos para novos terminais privados. Cerca de 60 já estão autorizados, com previsão de investimentos de R$ 24 bilhões. Também autorizados a renovar contratos antecipadamente em troca de obras, 11 terminais licitados após 1993 que tinham direito à renovação já ganharam autorização para investir mais R$ 8 bilhões. No caso dos terminais em portos públicos sem possibilidade de renovação (anteriores a 1993) e novos terminais, o governo anterior chegou a prever 150 licitações. O número caiu para 97 na atual gestão, com previsão de R$ 16 bilhões em investimentos. Apenas 4 concorrências foram realizadas, com previsão de investimentos ainda não iniciados de cerca de R$ 700 milhões. Outras três estão marcadas para ocorrer até o meio do ano. Especialistas dizem que, em Santos (SP) e Itajaí (SC), os terminais de contêineres públicos estão operando muito abaixo dos terminais privados do mesmo tipo, que ficam próximos. Os terminais privados já fazem 32% da movimentação de contêineres no país contra 25% em 2014. Fonte: UOL Fevereiro/17 3

Notícias da Fecomercio Notícias da Fecomercio Empregador é quem define período de férias, mas pode negociar com colaborador Para não correr o risco de sofrer punições, empresários devem ficar atentos à legislação que rege o assunto Q uem determina o período de férias do trabalhador é o empregador, segundo dispõe a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Mas, para não criar insatisfação ou minorar o desgaste entre as duas partes, o empresário pode adotar algumas estratégias. Uma sugestão é circular entre os colaboradores, em dezembro ou janeiro, uma lista com escala para to- dos informarem o período desejado. Assim ele consegue provisionar, ou seja, já deixa combinado quando serão as férias de cada um. Essa previsão traz certo conforto para o empregado, porque ele já pode comprar pacotes e organizar a programação das suas férias. Cuidados Se a empresa quiser, por liberalidade, poderá consultar o empregado para avaliar sua conveniência, aponta a assessoria técnica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FECOMERCIO SP). O que não pode deixar de fazer é avisar formalmente o funcionário com antecedência mínima de 30 dias, conforme a legislação exige. continua 4 Fevereiro/17

O empregador deve ainda pagar ao colaborador, pelo menos dois dias antes da saída dele para as férias, o valor correspondente ao período mais um terço. Outra regra que exige atenção é em relação ao tempo que o trabalhador deve usufruir do descanso. A legislação define que devem ser 30 dias corridos e seguidos, com início da contagem dos dias sempre em dia útil nunca em fins de semana. A legislação determina que seja um período único, mas abre exceções para dividir em dois períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 dias corridos. Mas precisa ser documentado e comprovado. As férias podem ser parceladas caso a empresa entre em férias coletivas no final do ano, por exemplo. Aos menores de 18 e aos maiores de 50 anos de idade, as férias serão sempre concedidas de uma só vez, Notícias da Fecomercio Notícias da Fecomercio lembra ainda a assessoria técnica da FECOMERCIO SP. O colaborador pode optar por ter menos dias de descanso e vender até 10 dos 30 dias a que tem direito (o chamado abono pecuniário). Aqui, o cuidado do empresário deve ser em aguardar o próprio funcionário manifestar esse interesse e nunca forçar a venda. Vale dizer que ele tem um prazo de 15 dias antes do vencimento das férias para informar que decide vender os 10 dias. Algo que muitos empresários acabam esquecendo também, é a possibilidade de o empregado pedir em janeiro para que a primeira parcela do 13º salário seja paga junto com as férias - mesmo que os dias de descanso forem acontecer em qualquer outro mês daquele ano. Se o colaborador fizer a carta com esse pedido em janeiro, o empregador não tem como recusar. Ele só pode negar se essa carta for enviada em outro mês que não seja o primeiro do ano. Problemas mais comuns Outros cuidados que o empresário deve ter incluem evitar que vençam duas férias consecutivas sem que o funcionário usufrua do período de descanso e não pedir para ele (ou ela) voltar a trabalhar antes desse intervalo de tempo acabar, correndo o risco de descaracterizar as férias. Se voltar a trabalhar um dia antes do previsto, já descaracteriza e pode gerar uma punição se houver fiscalização. A possível punição é pagar ao funcionário novamente o valor correspondente às férias mais um terço. Já no primeiro caso, é remunerar o colaborador com o valor correspondente a 30 dias de descanso somado ao equivalente a um terço de 60 dias. Fonte: FECOMERCIO SP Fevereiro/17 5

SINDICOMIS/ACTC SE REUNIRAM EM BRASIíLIA COM A ANTAQ E O MAPA Luiz Ramos, Vice-Presidente, e Aguinaldo Rodrigues, Diretor Executivo da entidade retornaram à agência reguladora e ao ministério para darem continuidade às discussões iniciadas em 2016 Antaq No segundo semestre de 2016, o SINDICOMIS/ACTC mostrou grande preocupação com a redação final da Resolução 5032/16, que trata da regulação das atividades prestadoras de serviços na navegação marítima. Foi realizada Consulta Pública, na Fiesp, em São Paulo, a qual teve as contribuições apresentadas posteriormente ratificadas por escrito com o envio do formulário à Antaq, em dezembro de 2016. Como o tema é de grande importância, porque envolve a participação do Agente de Carga e do NVOCC no transporte marítimo internacional, o SINDICOMIS/ ACTC solicitou esta nova reunião para propor à Diretoria da Antaq que mantenha a Consulta Pública aberta, mesmo após a entrega das contribuições à minuta da Resolução. Estavam presentes na reunião Adalberto Torkarski, Diretor Geral da Antaq; Edmundo Gomes de Miranda, Assessor Técnico da Diretoria; Pedro Batista Neto, Assessor da Diretoria Geral; e Sergio de Oliveira, Gerente de Regulação da Navegação Marítima. Na reunião, o SINDICOMIS/ACTC mostrou exemplos práticos e reais de fatos e ocorrências verificadas no relacionamento diário entre usuários e transportadores físicos das mercadorias embarcadas, na importação e exportação, em portos brasileiros. Com essa estratégia, a equipe da Antaq pôde entender as Aguinaldo Rodrigues (esq.) e Luiz Ramos (dir.) apresentaram a Adalberto Torkarski, Diretor Geral da Antaq, as ocorrências levantadas por associados ao SINDICOMIS/ACTC particularidades e peculiaridades das atividades representadas pela entidade. Simultaneamente como usuários e transportadores, em uma mesma viagem, em um mesmo embarque, para o mesmo usuário final, e também para o armador, o Agente de Carga e o NVOCC não se enquadrariam adequadamente nos termos e colocações como propostos na resolução 5032/16 da Antaq. Certamente, pela sobreposição com os demais envolvidos, algumas rotinas e procedimentos, perderiam a visão das fronteiras de limitação dos direitos e responsabilidades. Sem que estes aspectos fiquem bem claros e definidos em norma reguladora das várias categorias econômicas nestes processos, não seria prudente atuarem sob regras gerais, sem que sejam observados os dispositivos peculiares de cada uma destas atividades. Durante a reunião, foram apresentados exemplos de várias situações que já ocorrem, que fortaleciam as colocações do SINDICOMIS/ ACTC, facilitando o perfeito entendimento do objetivo da reunião. Ao final, convencidos de que se faz realmente necessária uma reavaliação e reformulação da resolução proposta, a Antaq solicitou que o SINDICOMIS/ACTC lhes apresentasse as novas propostas, em complemento às contribuições já enviadas. O objetivo foi alcançado, e o próximo passo será a redação, técnica, com segurança jurídica e, acima de tudo, com todos os resguardos necessários para a categoria representada. Mapa O objetivo de Luiz Ramos e Aguinaldo Rodrigues no Mapa foi mostrar ocorrências que têm provocado a retenção de mercadorias nos portos e aeroportos, mesmo com o desembaraço aduaneiro já efetivado pela Receita Federal. Como consequência direta, há um aumento significativo dos custos logísticos com a armazenagem e, no caso do marítimo, com a incidência em demurrage. As ocorrências apresentadas, bem como exemplos, foram relatadas 6 Fevereiro/17

por uma grande quantidade de associados, empresas Comissárias de Despachos Aduaneiros e Agentes de Carga. Com esta demonstração ficou claro não se tratar, portanto, de atendimento pontual, com um grande impacto causado especialmente a importadores e aos respectivos prestadores de serviços aduaneiros e logísticos. A reunião contou coma presença de Débora Cruz, Chefe de Divisão de Tratamento e Certificação Fitossanitário/Coordenação de Fiscalização e Certificação Internacional/Departamento de Sanidade Vegetal; Francisco Sadi Pontos, Chefe do Serviço de Vigilância e Fiscalização Vegetal/ Coordenação Geral do Vigiagro; Eduardo Henrique Porto Magalhães, Coordenação de Fiscalização e Certificação Internacional/ Departamento de Sanidade Vegetal; Marian Woeltje Gonçalves, Coordenação de Fiscalização e Certificação Internacional/Departamento de Sanidade Vegetal; e, Rafael Ribas Otoni, Coordenador Geral do Vigiagro. Utilizando uma série de gráficos, Ramos e Rodrigues demonstraram uma acentuada queda das não conformidades, verificadas na importação, apesar do aumento do volume de cargas embarcadas para o Brasil. Este resultado comprova o No Mapa, Luiz Ramos e Aguinaldo Rodrigues pediram mais flexibilização da IN 32 esforço dos agentes de carga, junto aos seus agentes embarcadores no exterior, para o cumprimento do disposto na IN 32. Baseado neste argumento, o SIN- DICOMIS/ACTC apresentou duas propostas aos representantes do Mapa: a primeira, a possibilidade de implantação de Despachos Executivos para a análise de casos pontuais com interpretações distintas entre o serviço e a comissária ou o agente de carga; a segunda, considerando a queda das não conformidades, seria a flexibilização da aplicação da IN 32, permitindo, por exemplo, que as mercadorias possam ter o prosseguimento do despacho aduaneiro e consequente entrega ao importador, sem prejuízo de eventuais obrigações exigidas pelos serviços nos portos e aeroportos. O Mapa recebeu bem as propostas e solicitou o envio, por escrito, para análise, enfatizando, que também estão estudando a possibilidade de flexibilização da referida Instrução. Estas visitas mostraram um saudável amadurecimento das relações do SINDICOMIS/ACTC com a Antaq e o Mapa, as quais devem se estender às outras agências reguladoras e demais intervenientes. O trabalho planejado e iniciado em 2016 começa a apresentar resultados amplamente favoráveis à entidade e a seus associados. Fevereiro/17 7

Notícias da Fecomercio Notícias da Fecomercio Evite multa por atraso na homologação S egundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com a grave crise do mercado de trabalho, a taxa de desemprego nacional no trimestre encerrado em julho foi de 11,6%, atingindo quase 12 milhões de pessoas. Com isso, os sindicatos estão com um fluxo cada vez maior de solicitações para realizar homologação da rescisão do contrato de trabalho. Nesse cenário, o artigo 477 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) está cada vez mais em foco por suscitar divergências de interpretações nos tribunais pelo País. A rigor, ele estabelece prazo para o pagamento das verbas rescisórias: no dia útil seguinte ao aviso prévio trabalhado e em até dez dias no caso de aviso prévio indenizado. Ocorre que tem sido comum as empresas efetuarem o pagamento das verbas rescisórias no prazo legal mediante depósito bancário, deixando a formalização da homologação para momento posterior, mesmo porque, em muitos casos, não conseguem agendá-la no sindicato profissional dentro do prazo legal fixado para o pagamento. Alguns tribunais passaram a entender que o prazo se estende também à realização da homologação, aplicando a multa prevista no artigo 477. Muitos empregadores culpam os sindicatos de empregados pelos atrasos, alegando que os agendamentos perante estes muitas vezes passam de 40 dias. O advogado Antonio Jorge Farah, atuante na área trabalhista desde 1982 e que representa atualmente o Sincamesp, o Sincoelétrico e o Sindilojas-Campinas, apresentou sugestões para evitar a multa: A assessoria técnica da FECOMERCIO SP organizou as seguintes recomendações às empresas: Solicitar por escrito ao sindicato profissional (e-mail, telegrama etc.) o agendamento das homologações imediatamente após a dispensa ou o pedido de demissão do empregado, de modo a poder comprovar, caso necessário, que não foi responsável pela demora na formalização do ato; Comunicar ao empregado com a maior antecedência possível e por escrito (e-mail, telegrama etc.) a data, a hora e o local onde se dará o ato de homologação; Requerer ao sindicato profissional uma declaração de não comparecimento do empregado ao ato, quando ausente, apesar de previamente ciente. Tomando esses cuidados, a FECO- MERCIO SP entende que as empresas estarão livres do risco de condenações a multas ou indenizações por atraso na formalização das homologações. A Entidade irá propor a elaboração de um projeto de lei tornando obrigatória a emissão da declaração de não comparecimento de quaisquer das partes ao ato de homologação. Fonte: MIX LEGAL FECOMERCIO SP 8 Fevereiro/17

ministro Marcos Pereira foi recebido em Davos, na Suíça, pelo fundador do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab. Ministro Marcos Pereira esteve com o fundador do Fórum Econômico Mundial Klaus Schwab disse que o Fórum está à disposição para ajudar na retomada do crescimento do Brasil O Fui recebido pelo fundador e presidente do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, representando a delegação do governo brasileiro e integrantes do setor privado nacional. Fizemos uma avaliação da participação do Brasil e projetamos passos futuros importantes. Schwab colocou o fórum à disposição do Brasil para ajudar na retomada de crescimento do país, disse Marcos Pereira. Ministro Marcos Pereira falou sobre os Acordos de Cooperação e Facilitação com Klaus Schwab Durante o encontro, o ministro reforçou o interesse do Brasil em fazer parte da Aliança Global de Facilitação de Comércio. Ele mencionou ainda que o tema facilitação de comércio continua sendo prioridade para o governo brasileiro. Entendemos que poderíamos contribuir da perspectiva de um país em desenvolvimento com os esforços do Fórum no âmbito da Aliança Global, disse o ministro a Klaus Schwab. O ministro lembrou que o Brasil iniciou um processo de abertura comercial e que está empenhado em buscar novas parcerias com Canadá, Japão e Coréia do Sul. No âmbito do Mercosul, disse ele, há negociação de acordos com União Europeia, Índia, Líbano e Tunísia. Marcos Pereira citou ainda a conclusão do Diálogo Exploratório com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), bloco formado por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein. Além dos acordos de comércio, Marcos Pereira mencionou durante o encontro os avanços nas negociações dos Acordos de Cooperação e Facilitação de Investimentos os ACFIs. Ele explicou que o governo brasileiro desenvolveu uma abordagem iné- dita para acordos de investimentos, focada no conceito de facilitação do fluxo de capitais, mitigação de riscos e na prevenção das controvérsias. Temos 8 ACFIs concluídos e seguimos negociando com diversos parceiros de interesse, disse. Por fim, o ministro destacou o Portal Único de Comércio Exterior, que está contribuindo para o redesenho completo dos fluxos de exportação e de importação no Brasil, com a consequente redução de prazos e custos em ambos os processos. Fonte: MDIC Fevereiro/17 9

A QUESTÕES MAIS FREQUENTES SOBRE A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL PATRONAL seguir, esclarecemos alguns pontos sobre a Contribuição Sindical Patronal: P. Quem deve recolher a contribuição sindical? Resp. Ela é obrigatória a todos os integrantes da categoria representada pelos sindicatos, independentemente de filiação como associado. O valor arrecadado é dividido automaticamente entre o Ministério do Trabalho (20%), a confederação (5%), a federação (15%) e o sindicato (60%). Fundamento legal: artigos 579 e 589 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). expressa para empresas optantes por esse regime. Entretanto, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) registrou o entendimento de que essa lei traria em seu bojo, genericamente, o tratamento diferenciado para ME e EPP, que implicaria isenção da contribuição sindical. Contudo, é preciso considerar que essa isenção pode representar um golpe letal contra o sindicalismo brasileiro, já que fulmina a principal fonte de custeio das entidades sindicais, justamente em prejuízo das empresas que mais precisam dela. P. Qual é o valor devido? Resp. A contribuição é calculada de acordo com o Capital Social da empresa, conforme tabela progressiva divulgada anualmente pela confederação que representa a respectiva categoria. Confira as tabelas divulgadas pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (CNC) para o ano de 2017. Nos casos das empresas que possuem o Capital Social enquadrado nas classes 3 a 5 da tabela «Pessoas jurídicas em geral», para calcular o valor da contribuição a recolher siga as instruções: Passo 1: multiplicar o capital social da empresa pela alíquota correspondente (0,2%, 0,1% ou 0,02%). Passo 2: somar o valor obtido no passo 1 ao valor da parcela a adicionar. Exemplo: Capital Social: R$ 60.000,00. Cálculo: R$ 60.000,00 x 0,2% = R$ 120,00 + R$ 322,25 = R$ 442,25 (valor da contribuição a recolher). Fundamento legal: artigo 580 da CLT. P. Qual o prazo para recolhimento? Resp. O vencimento da contribuição sindical patronal é em 31 de janeiro para pessoas jurídicas em geral, e 28 de fevereiro para autônomos. Para os que venham a se estabelecer após esses meses, a contribuição sindical deverá ser recolhida na ocasião em que pedirem o registro às repartições ou a licença para o exercício da respectiva atividade. Fundamento legal: artigos 583 e 587 da CLT. P. Em caso de recolhimento atrasado, quais serão os acréscimos legais? Resp. O recolhimento da contribuição sindical fora do prazo será acrescido de: multa de 10%, nos 30 primeiros dias, com adicional de 2% por mês subsequente; juros: 1% ao mês e correção monetária. Fundamento legal: artigo 600 da CLT. P. A Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP) optante pelo Simples Nacional deve recolher a contribuição sindical? Resp. A Lei do Simples Nacional (LC 123/06) não criou isenção específica da contribuição sindical de forma P. Se a contribuição sindical tem por objetivo exatamente o fortalecimento da categoria e, levando em conta que mais de 90% das empresas brasileiras são de micro e pequeno porte, como o sindicalismo brasileiro poderá cumprir sua função diante do entendimento do STF? Resp. Como são justamente as menores empresas as que mais demandam o suporte técnico das entidades sindicais, caberá exclusivamente ao empresário a decisão sobre efetuar ou não o recolhimento da contribuição, ponderando sua decisão com base no interesse de toda a categoria representada. Finalmente, vale lembrar que a isenção reconhecida pelo STF se refere apenas aos optantes pelo Simples Nacional (e não às micros e pequenas empresas em geral), cabendo ao empresário, na hipótese de não pagamento, comprovar ao sindicato que estava regularmente inscrito no Simples Nacional. P. As filiais são obrigadas a recolher contribuição sindical? Resp. Depende da situação, somente a filial situada na mesma base da entidade sindical que representa a matriz e sem capital social atribuído é que está desobrigada do recolhimento das contribuições. Para as demais situações, (i) filial localizada na mesma base da matriz, com capital social atribuído; (ii) filial localizada fora da base da matriz, com capital social atribuído; e (iii) filial localizada fora da base da matriz e sem capital atribuído, o recolhimento é obrigatório. No último caso, será necessário definir um capital social fictício, da seguinte forma: com base no porcentual de faturamento da filial, estima-se o porcentual sobre o capital social da matriz. Exemplo: filial cujos resultados representem 15% do faturamento total do grupo de empresas (matriz + filiais) terá como capital social «fictício», para fins desse recolhimento, 15% do capital social atribuído à matriz. Então, com essa base de cálculo, poderá conferir pelas tabelas dos sindicatos qual o valor correspondente da contribuição devida. Fundamento legal: artigo 581 da CLT. 10 Fevereiro/17

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A Artigo Artigo THC 2 - Terminal Handling Charge A THC-Terminal Handling Charge (despesa de manuseio de terminal) com A inicial mesmo, como todos sabem, é aquela despesa portuária referente a movimentação do container no terminal portuário. Ela é cobrada tanto na exportação quanto na importação. A sua abrangência na exportação dá-se a partir do momento em que o container adentra o terminal portuário e estende-se até a sua colocação ao lado do navio, pronto para ser içado pelo guindaste de pórtico, nos terminais mais modernos a partir de um portainer. Na importação ocorre o movimento inverso, isto é, a THC refere-se à despesa com a movimentação da unidade de carga a partir da sua colocação ao lado do navio estendendo-se até o momento em que deixa o terminal portuário. Samir Keedi* O que significa esta nova taxa e qual a sua validade e por que ela foi criada? Por que o mercado não a aceita? Esta nova THC é cobrada apenas dos terminais alfandegados externos na retirada do container de importação e, naturalmente, é repassada por estes ao importador que paga duas THC, sendo uma, aquela já explicada acima, cobrada pelo armador, e esta outra cobrada diretamente pelo terminal portuário. Esta despesa incide na retirada do container quando este é deslocado do terminal portuário para que o despacho e nacionalização da carga ocorra neste terminal externo e não no próprio terminal de desembarque da carga. Desde o momento em que ela deixou de ser a capatazia, que era cobrada pelo operador portuário estatal, a Cia. Docas, diretamente do comerciante usuário, e transformou-se na internacional THC, ela passou a ser cobrado do comerciante pelo armador e não mais pelo operador portuário, agora privado. A razão para isto é que o cliente do terminal não é mais o embarcador ou consignatário, mas o armador, e deste é cobrado a despesa de atracação, permanência, movimentação da carga, enfim, todos os serviços prestados pelo operador portuário. Como todos também têm pleno conhecimento, a THC é uma taxa que provoca arrepios, paixões, etc., com muitos embarcadores e consignatários julgando-a injusta ou inadequada, visto que já pagam ao armador o frete para o devido transporte da carga. O que ocorre é que a despesa do armador originada no terminal portuário é dividida em duas parcelas, sendo uma incorporada ao frete e outra cobrada separadamente, justamente aquela que representa a movimentação na área do terminal conforme mencionado no início deste artigo. Isto ocorre justamente para não encarecer o frete, que é sempre aquele valor bastante combatido e que os embarcadores sempre acreditam que está muito alto e que poderia ser mais baixo. Obviamente que se trata de uma maneira de esconder este frete já que a despesa ocorre da mesma forma e há que ser paga, encarecendo o custo do transporte e da mercadoria. Quando se houve que determinado armador não cobra a tal THC, obviamente ele não deve estar fazendo filantropia, já que não existe almoço grátis e alguém paga a conta. Naturalmente ele deverá estar embutido no frete já que o capitalismo vive do capital e do lucro. Há algum tempo temos visto uma grita no mercado contra uma despesa portuária nova, apelidada de THC 2, adequada ou inadequadamente não importa, sendo fato que representa mais uma despesa a encarecer os nossos custos portuários e de nossas exportações e importações. Os terminais alfandegados externos protestam contra ela em face de a julgarem uma dupla cobrança, e que não se justifica, já que esta movimentação da carga no terminal, e sua colocação a bordo do veículo terrestre, para saída do terminal portuário, já está embutida na THC cobrada do armador e por este repassada ao importador. Portanto, encaram como sendo a mesma operação de movimentação do container no próprio terminal, e sua permanência nesse recinto, pois leva-la a qualquer outro espaço interno ou colocá-la sobre o veículo terrestre nada muda. Os terminais portuários, por sua vez, argumentam que não é assim e que a operação de movimentação deste container para a sua colocação no veículo terrestre é uma operação à parte e que muda toda a sua logística de movimentação e armazenagem da carga, já que esta poderia ser feita de modo diferente e em espaço de tempo mais adequado às suas operações. Deste modo, por obrigar a uma mudança no modus operandi do terminal, esta nova despesa se justifica e não pode deixar de ser cobrada, sob pena de provocar prejuízos à operação deste container específico. Não se pretende aqui polemizar e nem entrar no mérito da razão de quem quer que seja, mas tão somente, conforme de hábito, levantar aqueles problemas de fundamental importância para nosso comércio exterior, principalmente em razão de que nem sempre temos visto muita disposição para se escrever e colocar à discussão assuntos polêmicos como este, e coloque polêmico nisto. Com a palavra as partes envolvidas para fazerem sua defesa e justificarem seus argumentos, com a certeza de que o editor abrirá espaço para as devidas réplicas e tréplicas de modo a que este assunto possa ser discutido e, quiçá, até ajustado da melhor forma. * Samir Keedi - Ske Consultoria Ltda. blogdosamirkeedi.com.br - twitter.com/ samirkeedi. 12 Fevereiro/17