DIREITO DO TRABALHO JORNADA DE TRABALHO:

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Transcrição:

DIREITO DO TRABALHO JORNADA DE TRABALHO: Conceito Fundamentos da Limitação. Biológico, social e econômico Composição da jornada de trabalho. Tempo a disposição. Trajeto interno e Trajeto externo TRABALHO EXTRAORDINÁRIO: Conceito. Adicional Hipóteses de prorrogação legal da jornada: Acordo de Prorrogação de horas Acordo de Compensação de horas. Acordo individual x negociação coletiva. Compensação semanal/mensal. Banco de horas semestral e anual. 12 x 36. Força Maior Conclusão de serviço inadiável Compensação de horas paradas Sonia Soares

Jornada de Trabalho: tempo diário em que o empregado tem que se colocar em disponibilidade perante seu empregador, o tempo delimitado que o empregador pode dispor da força do trabalho do empregado. Duração de Trabalho: noção mais ampla = compreende lapso temporal de trabalho/disponibilidade do empregado perante seu empregador em virtude do contrato de trabalho, considerando parâmetros de mensuração: dia, semanas, mês e ano. Horário de Trabalho: indica início e término do horário de trabalho.

Fundamentos, para limitação do tempo de trabalho natureza biológica, uma vez que visa combater os problemas psicofisiológicos oriundos da fadiga e da excessiva racionalização do serviço. caráter social, por isso que possibilita ao trabalhador viver, como ser humano, na coletividade a que pertence, gozando os prazeres materiais e espirituais criados pela civilização, entregando-se à prática de atividades recreativas, culturais ou físicas, aprimorando seus conhecimentos e convivendo, enfim, com sua família; natureza econômica, porquanto restringe o desemprego e acarreta, pelo combate à fadiga, um rendimento superior na execução do trabalho.

Importância do tema Tema importante na atualidade em decorrência de outros significados: Saúde (RT deu nova concepção - Art. 611-B - Parágrafo único. Regras sobre duração do trabalho e intervalos não são consideradas como normas de saúde, higiene e segurança do trabalho para os fins do disposto neste artigo. dicutível em face da CF); Segurança; Política de combate ao desemprego. Tema pode ser estudado sob três significados: jornada e salário; Jornada e saúde do trabalhador e Jornada e emprego.

LIMITAÇÃO LEGAL JORNADA DE TRABALHO: Art. 7º, XIII da CF. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; Jornada ordinária: 8 horas diárias e 44 semanais (Art. 7º, XIII da CF). Jornada diária: 44 horas : 6 dias = 7h20

JORNADA DE TRABALHO: FIXADA NA LEI; NORMA COLETIVA/ACORDO COLETIVO; CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO.

ANTES DA REFORMA TRABALHISTA = Fixação da jornada ERA RELEVANTE a) Tempo à disposição: artigo 4º da CLT b) Horas in itinere art.58, par. 2º., CLT c.c.súmulas 90 TST e 320

TEMPO À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR art. 4º. ALTERAÇÃO: Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada. X INALTERADO Nihil X 1 o Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço militar e por motivo de acidente do trabalho.

Redação anterior Nova redação Nihil X 2 o Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no 1 o do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre outras: I - práticas religiosas; II - descanso; III - lazer; IV - estudo; V - alimentação; VI - atividades de relacionamento social; VII - higiene pessoal; VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa. (NR).

DURAÇÃO JORNADA E MINUTOS RESIDUAIS Redação anterior Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite. X Nova redação INALTERADO 1 o Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. X INALTERADO

HORAS IN ITINERE Redação anterior 2 o O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o empregador fornecer a condução. Nova redação X 2 o O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador..

JORNADA EXTRAORDINÁRIA/LIMITAÇÃO PRORROGAÇÃO JORNADA/ADICIONAL HORAS EXTRAS Redação anterior Art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho. X Nova redação Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. 1º - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar, obrigatoriamente, a importância da remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos, 20% (vinte por cento) superior à da hora normal. X 1 o A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal.

Art. 59, suprimiu do caput a expressão escrito, dando a entender que o acordo pode ser tácito. Substituiu a expressão ultrapassada de contrato coletivo de trabalho por Convenção coletiva ou acordo coletivo, mas, a leitura já era essa, eis que no Brasil jamais existiu contrato coletivo de trabalho. O parágrafo primeiro adequa o percentual de 50% à previsão constitucional neste sentido. Sem novidade. Já era a leitura feita da CLT em consonância com a Constituição Federal.

Redação anterior Art. 59 2 o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. 3º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma do parágrafo anterior, fará o trabalhador jus ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão. Nova redação X INALTERADO X 3 o Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma dos 2 o e 5 o deste artigo, o trabalhador terá direito ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão.

ACORDO DE COMPENSAÇÃO DE HORAS/BANCO DE HORAS Redação anterior Nova redação Art. 59 2 o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. X INALTERADO Banco de Horas anual permaneceu inalterado = mediante Acordo ou Convenção Coletivos

Compensação 4 o Os empregados sob o regime de tempo parcial não poderão prestar horas extras. X REVOGADO. Foi destinado tratamento especial ao regime de tempo parcial será visto posteriormente

Compensação Redação anterior Nova redação Art. 59 NIHIL X NIHIL 5 o O banco de horas de que trata o 2 o deste artigo poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses. 6 o É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês.

Compensação - RESUMO Banco de horas anual Acordo coletivo ou Convenção coletiva. Limite máximo de duas horas por dia. Compensação em outro dia até um ano da data do contrato. Somente paga horas extras se houver rescisão do contrato antes do término do acordo (um ano) e o saldo for positivo ou, se no término do período o empregado tiver horas não compensadas. Banco de horas semestral Acordo coletivo, Convenção Coletiva ou acordo individual escrito. Limite máximo de duas horas por dia. Compensação em outro dia até seis meses da data do contrato. Somente paga horas extras se houver rescisão do contrato antes do término do acordo (um ano) e o saldo for positivo ou, se no término do período o empregado tiver horas não compensadas. Acordo compensação mensal de Acordo coletivo, Convenção coletiva, acordo individual escrito ou acordo individual tácito Limite máximo de duas horas por dia. Compensação em outro dia no mesmo mês. Somente paga horas extras se houver saldo positivo sem compensação ao término do mês. Jornada 12 x 36 Acordo coletivo, Convenção Coletiva ou acordo individual escrito. Quebra o limite máximo de duas horas por dia. Compensação ilegal semana. Sem requisitos. Compensação dentro da semana remunera apenas o adicional para as horas destinadas á compensação.

DA LIMITAÇÃO LEGAL JORNADA DE TRABALHO: Jornada extraordinária é a que excede a JORNADA PADRÃO, fixada por lei ou cláusula contratual. JORNADA EXTRAORDINÁRIA gera o direito à HORA EXTRA remunerada, com adicional de no mínimo 50% CF Art. 7º, XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal; CLT Art.59 1º A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal. ADICIONAL REMUNERA dano: indeniza a maior fadiga decorrente do trabalho em excesso à jornada normal.

JORNADA ESCALA 12 X 36 INSERIDA COM A REFORMA NA CLT art.59-a Regra anterior Nova redação INEXISTENTE X Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às partes, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação. INEXISTENTE Parágrafo único. A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput deste artigo abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o 5º do art. 73 desta Consolidação.

Derruba a Súmula 444. O regime não é mais excepcional e sim normal. Súmula nº 444 do TST JORNADA DE TRABALHO. NORMA COLETIVA. LEI. ESCALA DE 12 POR 36. VALIDADE. - É valida, em caráter excepcional, a jornada de doze horas de trabalho por trinta e seis de descanso, prevista em lei ou ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados. O empregado não tem direito ao pagamento de adicional referente ao labor prestado na décima primeira e décima segunda horas. Pode ser pactuado individualmente, desde que por escrito. Com a concessão do intervalo ou indenização do período correspondente, ou seja, 12 horas de efetivo trabalho sem descanso algum, remunera: Os DSR s; Os Feriados; A redução da jornada noturna

Do não atendimento das exigências legais para compensação de jornada Redação anterior NIHIL NIHIL Nova redação X Art. 59-B. O não atendimento das exigências legais para compensação de jornada, inclusive quando estabelecida mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária se não ultrapassada a duração máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional. Parágrafo único. A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o acordo de compensação de jornada e o banco de horas..

PRORROGAÇÃO DE JORNADA ATIVIDADE INSALUBRE Redação anterior Art. 60 - Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros mencionados no capítulo "Da Segurança e da Medicina do Trabalho", ou que neles venham a ser incluídas por ato do Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, quaisquer prorrogações só poderão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à verificação dos métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por intermédio de autoridades sanitárias federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento para tal fim. X Nova redação INALTERADA

Redação anterior Nova redação Art. 60 parágrafo único NIHIL X Parágrafo único. Excetuam-se da exigência de licença prévia as jornadas de doze horas de trabalho por trinta e seis horas ininterruptas de descanso. (NR)

HORAS EXTRAS NECESSIDADE IMPERIOSA Redação anterior Art. 61 - Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto. 1º - O excesso, nos casos deste artigo, poderá ser exigido independentemente de acordo ou contrato coletivo e deverá ser comunicado, dentro de 10 (dez) dias, à autoridade competente em matéria de trabalho, ou, antes desse prazo, justificado no momento da fiscalização sem prejuízo dessa comunicação. X Nova redação INALTERADO. X 1 o O excesso, nos casos deste artigo, pode ser exigido independentemente de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.

Horas extras decorrentes de necessidade imperiosa de serviços (art.61 CLT): 1 - motivo de força maior; 2- para realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto. Nova redação 1º, art. 61 da CLT, não é mais necessário que o empregador comunique o fato à autoridade local do Ministério do Trabalho e Emprego. A lei é omissa no que se refere à quantidade de horas extraordinárias que se pode exigir do empregado nos casos de força maior; limitando, no entanto, 4 horas em se tratando de realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto.

Alice Monteiro de Barros: empregado não poderá laborar mais de doze horas por dia, mesmo nos casos de necessidade imperiosa por força maior, tendo em vista que deve ser obedecido o intervalo intrajornada de no mínimo uma hora e, interjornada, de no mínimo 11 horas, completando, assim, 24 horas do dia (citado por José Cairo Júnior).

3º - Sempre que ocorrer interrupção do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de força maior, que determinem a impossibilidade de sua realização, a duração do trabalho poderá ser prorrogada pelo tempo necessário até o máximo de 2 (duas) horas, durante o número de dias indispensáveis à recuperação do tempo perdido, desde que não exceda de 10 (dez) horas diárias, em período não superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeita essa recuperação à prévia autorização da autoridade competente. Em caso de interrupção do trabalho, decorrente de causas acidentais ou de força maior, que determinem a impossibilidade de sua realização, a jornada de trabalho poderá ser delongada pelo tempo necessário até o máximo de duas horas, durante o número de dias indispensáveis à recuperação do tempo perdido. A jornada diária total não poderá exceder de dez horas e o período de prorrogação não poderá ultrapassar quarenta e cinco dias por ano, sujeita essa recuperação à prévia autorização do Ministério do Trabalho e Emprego (art. 61, 3º, da CLT).

DIREITO DO TRABALHO Jornadas Especiais: Turnos ininterruptos de revezamento Trabalho em Regime de Tempo Parcial Bancários e outros Descanso Semanal Remunerado (DSR s): Fundamentos: Histórico, biológico, social e econômico Labor em domingos e feriados. Possibilidade e legalidade Remuneração do labor em DSR s e feriados.

Turnos ininterruptos de revezamento- Art. 14, XIV da CF Art. 7º, XIV- jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; O turno ininterrupto de revezamento pressupõe trabalho em horários com sucessivas modificações, em atividade empresarial contínua Justificativa: a alternância de horários prejudica a saúde Turno: divisão de trabalho dentro da jornada Ininterrupto = Empregador que funciona 24 hs Revezamento = troca contínua de horários de trabalho, de forma que um empregado trabalhe todos os horários de um dia em períodos diferentes. TST vem entendendo que o trabalho em dois turnos caracteriza -Escalas fixas

OJ-SDI1-395. TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. HORA NOTURNA REDUZIDA. INCIDÊNCIA. (DEJT divulgado em 09, 10 e 11.06.2010) O trabalho em regime de turnos ininterruptos de revezamento não retira o direito à hora noturna reduzida, não havendo incompatibilidade entre as disposições contidas nos arts. 73, 1º, da CLT e 7º, XIV, da Constituição Federal.

Súmula 360 - Turnos ininterruptos de revezamento. Intervalos intrajornada e semanal (Res. 79/1997, DJ 13.01.1998) A interrupção do trabalho destinada a repouso e alimentação, dentro de cada turno, ou o intervalo para repouso semanal, não descaracteriza o turno de revezamento com jornada de 6 (seis) horas previsto no art. 7º, XIV, da CF/1988. Súmula 423 - Turno ininterrupto de revezamento. Fixação de jornada de trabalho mediante negociação coletiva. Validade. (Conversão da Orientação Jurisprudencial nº 169 da SBDI-1- Res. 139/2006, DJ 10/10/2006) Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento não têm direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras.

Tese Jurídica Prevalecente 11 do TRT da Segunda Região: 11 Turnos ininterruptos de revezamento. Caracterização. Validade da jornada de oito horas prorrogada por acordo coletivo. Pagamento de horas extras. (Res. TP nº 06/2016 - DOEletrônico 31/05/2016) I) O labor em apenas dois turnos de trabalho, não abarcando totalmente o ciclo de vinte e quatro horas do dia, não descaracteriza o turno ininterrupto de revezamento. II) A prestação habitual de horas extras além da 8ª diária invalida a negociação coletiva que instituiu turno ininterrupto de revezamento de 8 horas diárias.

RECURSO DE REVISTA. TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO. NORMA COLETIVA. FIXAÇÃO DE JORNADA SUPERIOR A OITO HORAS. SÚMULA Nº 423 DO TST 1. A jornada especial reduzida de seis horas para os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento é ditada por razões de higiene, saúde e segurança. 2. Apenas excepcionalmente, em observância à parte final da norma do inciso XIV do art. 7º da Constituição Federal e à autonomia privada coletiva dos sindicatos, é válida norma coletiva que estipule, para tais empregados, jornada diária de oito horas. Incidência da Súmula nº 423 do TST. 3. Não se revela válida, portanto, por frustrar a proteção constitucional (inciso XIV do art. 7º), norma coletiva que fixa jornada diária em turnos ininterruptos de revezamento superior a oito horas. Precedente da SbDI-1 do TST. 4. Recurso de revista do Reclamante de que se conhece e a que se dá provimento. (TST - RR: 9478420115030026, Relator: João Oreste Dalazen, Data de Julgamento: 09/03/2016, 4ª Turma, Data de Publicação: DEJT 22/03/2016)

RECURSO DE REVISTA. HORAS EXTRAS. TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO. I. A Orientação Jurisprudencial nº 360 da SBDI-1 desta Corte consagra o entendimento de que faz jus à jornada especial prevista no art. 7º, XIV, da Constituição Federal, o trabalhador que exerce suas atividades em sistema de alternância de turnos, ainda que em dois turnos de trabalho, desde que compreendam, no todo ou em parte, o horário diurno e o noturno. II. No caso dos autos, o Reclamante trabalhava em turnos ininterruptos de revezamento com jornada superior a 8 horas diárias. Extrai-se do acórdão regional que o Autor laborou em dois turnos distintos, um essencialmente diurno e outro parcialmente noturno. Nesse contexto, o trabalho em turnos ininterruptos de revezamento está caracterizado, pois incontroverso que o Reclamante exerceu suas atividades em sistema de alternância de turnos entre os horários diurno e noturno. III. Por outro lado, esta Corte Superior firmou jurisprudência no sentido de que o elastecimento da jornada de trabalho além da 6ª diária no trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento somente é permitido quando previsto em negociação coletiva e desde que não seja ultrapassada a jornada de oito horas diárias (Súmula nº 423 do TST). IV. Recurso de revista de que se conhece, por contrariedade à Súmula nº 423 do TST e à OJ/SBDI-1 nº 360 desta Corte, e a que se dá provimento.(tst - RR: 102123920135030027, Data de Julgamento: 17/02/2016, Data de Publicação: DEJT 19/02/2016)

TRABALHO EM REGIME DE TEMPO PARCIAL Redação anterior Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a vinte e cinco horas semanais 1 o O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral. 2 o Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante opção manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociação coletiva.. X X X Nova redação Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais. INALTERADO. INALTERADO

Redação anterior Nova redação NIHIL X 3 o As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal serão pagas com o acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o salário-hora normal. NIHIL X 4 o Na hipótese de o contrato de trabalho em regime de tempo parcial ser estabelecido em número inferior a vinte e seis horas semanais, as horas suplementares a este quantitativo serão consideradas horas extras para fins do pagamento estipulado no 3 o, estando também limitadas a seis horas suplementares semanais. NIHIL.. X 5 o As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão ser compensadas diretamente até a semana imediatamente posterior à da sua execução, devendo ser feita a sua quitação na folha de pagamento do mês subsequente, caso não sejam compensadas.

Redação anterior Nova redação NIHIL.. X 6 o É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial converter um terço do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário. NIHIL.. X 7 o As férias do regime de tempo parcial são regidas pelo disposto no art. 130 desta Consolidação. (NR). ANTES DA RT, as férias eram disciplinadas pelo art. 130-A; consideravam a jornada para estabelecer os dias de gozo: I - 18 dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte e duas horas, até vinte e cinco horas; II - 16 dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte horas, até vinte e duas horas; etc Art. 130-A FOI REVOGADO

RESUMO TRABALHO EM REGIME DE TEMPO PARCIAL Não exceda de 30 horas na semana Não pode laborar em horário extra Não exceda de 26 horas na semana Pode laborar até 6 horas extras semanais Podem ser compensadas diretamente até a semana imediatamente posterior à da sua execução, devendo a quitação na folha de pagamento ocorrer no mês subsequente

JORNADAS ESPECIAIS: Há categorias profissionais que possuem previsão legal de jornada de trabalho inferior a 8 (oito) horas diárias. Bancário: Art 24 - A duração normal do trabalho dos empregados em bancos, casas bancárias e Caixa Econômica Federal será de 6 (seis) horas continuas nos dias úteis, com exceção dos sábados, perfazendo um total de 30 (trinta) horas de trabalho por semana; 1º - A duração normal do trabalho estabelecida neste artigo ficará compreendida entre 7 (sete) e 22 (vinte e duas) horas, assegurando-se ao empregado, no horário diário, um intervalo de 15 (quinze) minutos para alimentação. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

2º - As disposições deste artigo não se aplicam aos que exercem funções de direção, gerência, fiscalização, chefia e equivalentes, ou que desempenhem outros cargos de confiança, desde que o valor da gratificação não seja inferior a 1/3 (um terço) do salário do cargo efetivo. Art. 225 - A duração normal de trabalho dos bancários poderá ser excepcionalmente prorrogada até 8 (oito) horas diárias, não excedendo de 40 (quarenta) horas semanais, observados os preceitos gerais sobre a duração do trabalho.

Art. 226 - O regime especial de 6 (seis) horas de trabalho também se aplica aos empregados de portaria e de limpeza, tais como porteiros, telefonistas de mesa, contínuos e serventes, empregados em bancos e casas bancárias Parágrafo único - A direção de cada banco organizará a escala de serviço do estabelecimento de maneira a haver empregados do quadro da portaria em função, meia hora antes e até meia hora após o encerramento dos trabalhos, respeitado o limite de 6 (seis) horas diárias

Art. 224 - A duração normal do trabalho dos empregados em bancos, casas bancárias e Caixa Econômica Federal será de 6 (seis) horas continuas nos dias úteis, com exceção dos sábados, perfazendo um total de 30 (trinta) horas de trabalho por semana. Súmula nº 109 do TST GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O bancário não enquadrado no 2º do art. 224 da CLT, que receba gratificação de função, não pode ter o salário relativo a horas extraordinárias compensado com o valor daquela vantagem.

Súmula nº 113 do TST BANCÁRIO. SÁBADO. DIA ÚTIL (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O sábado do bancário é dia útil não trabalhado, não dia de repouso remunerado. Não cabe a repercussão do pagamento de horas extras habituais em sua remuneração.

Súmula nº 102 do TST BANCÁRIO. CARGO DE CONFIANÇA (mantida) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 I - A configuração, ou não, do exercício da função de confiança a que se refere o art. 224, 2º, da CLT, dependente da prova das reais atribuições do empregado, é insuscetível de exame mediante recurso de revista ou de embargos. (ex-súmula nº 204 - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003) II - O bancário que exerce a função a que se refere o 2º do art. 224 da CLT e recebe gratificação não inferior a um terço de seu salário já tem remuneradas as duas horas extraordinárias excedentes de seis. (ex-súmula nº 166 - RA 102/1982, DJ 11.10.1982 e DJ 15.10.1982) III - Ao bancário exercente de cargo de confiança previsto no artigo 224, 2º, da CLT são devidas as 7ª e 8ª horas, como extras, no período em que se verificar o pagamento a menor da gratificação de 1/3. (ex-oj nº 288 da SBDI-1 - DJ 11.08.2003) IV - O bancário sujeito à regra do art. 224, 2º, da CLT cumpre jornada de trabalho de 8 (oito) horas, sendo extraordinárias as trabalhadas além da oitava. (ex-súmula nº 232- RA 14/1985, DJ 19.09.1985)

V - O advogado empregado de banco, pelo simples exercício da advocacia, não exerce cargo de confiança, não se enquadrando, portanto, na hipótese do 2º do art. 224 da CLT. (ex-oj nº 222 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001) VI - O caixa bancário, ainda que caixa executivo, não exerce cargo de confiança. Se perceber gratificação igual ou superior a um terço do salário do posto efetivo, essa remunera apenas a maior responsabilidade do cargo e não as duas horas extraordinárias além da sexta. (ex-súmula nº 102 - RA 66/1980, DJ 18.06.1980 e republicada DJ 14.07.1980) VII - O bancário exercente de função de confiança, que percebe a gratificação não inferior ao terço legal, ainda que norma coletiva contemple percentual superior, não tem direito às sétima e oitava horas como extras, mas tão somente às diferenças de gratificação de função, se postuladas. (ex-oj nº 15 da SBDI-1 - inserida em 14.03.1994)

Súmula nº 119 do TST JORNADA DE TRABALHO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Os empregados de empresas distribuidoras e corretoras de títulos e valores mobiliários não têm direito à jornada especial dos bancários. SUM-55 FINANCEIRAS (mantida) Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 As empresas de crédito, financiamento ou investimento, também denominadas financeiras, equiparam-se aos estabelecimentos bancários para os efeitos do art.224 da CLT.

Súmula nº 239 do TST BANCÁRIO. EMPREGADO DE EMPRESA DE PROCESSAMENTO DE DADOS (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 64 e 126 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 É bancário o empregado de empresa de processamento de dados que presta serviço a banco integrante do mesmo grupo econômico, exceto quando a empresa de processamento de dados presta serviços a banco e a empresas não bancárias do mesmo grupo econômico ou a terceiros. (primeira parte - ex-súmula nº 239 - Res. 15/1985, DJ 09.12.1985; segunda parte - ex- OJs n ºs 64 e 126 da SBDI-1 - inseridas, respectivamente, em 13.09.1994 e 20.04.1998)

Súmula 199 do TST - Bancário. Pré-contratação de horas extras. (Res. 5/1985, DJ 10.05.1985. Redação alterada pela Res 41/1995, DJ 17.02.1995. Nova redação em decorrência da incorporação das Orientações Jurisprudenciais nºs 48 e 63 da SDI-1 - Res. 129/2005, DJ. 20.04.2005) I - A contratação do serviço suplementar, quando da admissão do trabalhador bancário, é nula. Os valores assim ajustados apenas remuneram a jornada normal, sendo devidas as horas extras com o adicional de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento), as quais não configuram pré-contratação, se pactuadas após a admissão do bancário. (ex-súmula nº 199, Res 41/1995, DJ 17.02.1995 e ex-oj 48 - Inserida em 25.11.1996) II - Em se tratando de horas extras pré-contratadas, opera-se a prescrição total se a ação não for ajuizada no prazo de cinco anos, a partir da data em que foram suprimidas. (ex-oj nº 63 Inserida em 14.03.1994)

Súmula nº 257 do TST VIGILANTE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O vigilante, contratado diretamente por banco ou por intermédio de empresas especializadas, não é bancário.

ENGENHEIRO Não tem jornada reduzida, mas deve ser observado que para uma jornada de 6 (seis) horas é pago pelo menos o salário mínimo da categoria. Súmula 370 do TST (abaixo transcrita): Súmula nº 370 TST Res. 129/2005 DJ 20, 22 e 25.04.2005 Conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 39 e 53 da SDI-1 Médico e Engenheiro Jornada de Trabalho Tendo em vista que as Leis nº 3999/1961 e 4950/1966 não estipulam a jornada reduzida, mas apenas estabelecem o salário mínimo da categoria para uma jornada de 4 horas para os médicos e de 6 horas para os engenheiros, não há que se falar em horas extras, salvo as excedentes à oitava, desde que seja respeitado o salário mínimo/horário das categorias. (ex-ojs nºs 39 e 53 Inseridas respectivamente em 07.11.1994 e 29.04.1994).

MÉDICO Não tem jornada reduzida, mas deve ser observado que para uma jornada de 4 (quatro) horas é pago pelo menos o salário mínimo da categoria. Súmula 370 do TST, Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 Conversão das Orientações Jurisprudenciais n.º. 39 e nº. 53 da SDI-1. No caso de médico que for SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL a jornada é de 20 (vinte) horas semanais, conforme Lei nº. 9.436/97, art. 1º.

TELEGRAFISTAS E TELEFONISTAS 6 (seis) horas diárias ou 36 (trinta e seis) horas semanais. Pode ocorrer 7 (sete) horas diárias de trabalho e 17 (dezessete) horas de folga, deduzindo-se desse tempo 20 (vinte) minutos para descanso, de cada um dos empregados, sempre que se verificar um esforço contínuo de mais de 3 (três) horas. Art. 227 e 229 da CLT. TÉCNICO EM RADIOLOGIA 24 (vinte e quatro) horas semanais. Art. 30 do Decreto nº. 92.790/1986.

Descanso Semanal Remunerado Origem histórica: o Historicamente o descanso semanal tem origem religiosa. o repouso semanal remunerado é encontrado na Bíblia, a palavra sábado (sabbath), possuindo o significado de descanso. De acordo com a Bíblia, Deus, ao criar o mundo, trabalhou seis dias e no sétimo o abençoou e repousou (Gênesis). o descanso semanal foi substituído do sábado para o domingo, do latim dies domini, que significa celebrar o dia do Senhor, recordando a ressurreição de Jesus Cristo, que ocorreu em um Domingo. O Imperador Constantino, proibiu o trabalho aos domingos, no ano de 321 d.c.

No estado moderno, foi instituído pela Convenção 14 da OIT em 1.921. É regulado no direito brasileiro pela Lei 605/49. Está também garantido no art. 7º, inciso XIV da Constituição Federal e é de 24 horas consecutivas.

Conceito: É o período de tempo, de vinte e quatro horas consecutivas, preferencialmente coincidente com o domingo, em que o empregado deixa de prestar serviços ao empregador, bem como de se colocar à disposição deste. Ricardo Resende (g.n.) Repouso semanal Periodicidade deve coincidir com a semana 24 horas podendo iniciar a qualquer hora( não um dia) Ex: Gema sujeita a TIR trabalhou sábado até 8h; usufrui do dsr de 8h de sábado até 8 de domingo, mais o intervalo interjornada até 19h de domingo para iniciar nova jornada. Gema usufruiu de 24 horas de d.s.r. e não um dia inteiro

OJ 410 SDI1 TST REPOUSO SEMANAL REMUNERADO. CONCESSÃO APÓS O SÉTIMO DIA CONSECUTIVO DE TRABALHO. ART. 7º, XV, DA CF. VIOLAÇÃO. (DEJT divulgado em 22, 25 e 26.10.2010) Viola o art. 7º, XV, da CF a concessão de repouso semanal remunerado após o sétimo dia consecutivo de trabalho, importando no seu pagamento em dobro. DSR tem por objetivo a reconstituição das energias físicas e mentais do trabalhador, despendidas no curso de uma semana. Tem ainda, importante objetivo de possibilitar a inserção social, política, familiar e comunitária do trabalhador empregado. Amauri Cesar Alves.

A cada 6 dias de trabalho, intervalo intersemanal de 24 horas consecutivas, respeitado o intervalo de interjornadas; Se Gema encerra atividade às 20h do sábado, somente será exigível novo serviço a partir das 7h de 2ª. Feira (intervalo total de 35 horas)

Fontes Normativas: art.7º., XV XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; art. 67 CLT: Art. 67 - Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte. Parágrafo único - Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos elencos teatrais, será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e constando de quadro sujeito à fiscalização.

Lei 605/49: Art. 1º Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de vinte e quatro horas consecutivas, preferentemente aos domingos e, nos limites das exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local. D.s.r. = coincidência com o domingo, salvo se a atividade explorada pelo empregador estiver autorizada a funcionar aos domingos.

Empregadores autorizados a funcionar aos domingos: Em regra, o trabalho aos domingos e feriados não é permitido Contudo, existem empresas que, em razão do interesse público, ou pelas condições peculiares às suas atividades ou ao local onde se estabeleceram, são legalmente autorizadas a funcionar nesses dias. Nessa hipótese, o empregador deverá elaborar escala de revezamento, de forma que o d.s.r. coincida com o domingo, observando o disposto: o Art.386 CLT: em se tratando de mulheres, será organizada escala de revezamento quinzenal, que favoreça o repouso dominical ;

o para o comércio em geral, a Lei 10.101/2000 anuncia: Art. 6 o Fica autorizado o trabalho aos domingos nas atividades do comércio em geral, observada a legislação municipal, nos termos do art. 30, inciso I, da Constituição Parágrafo único. O repouso semanal remunerado deverá coincidir, pelo menos uma vez no período máximo de três semanas, com o domingo, respeitadas as demais normas de proteção ao trabalho e outras a serem estipuladas em negociação coletiva. Art. 6 o -A. É permitido o trabalho em feriados nas atividades do comércio em geral, desde que autorizado em convenção coletiva de trabalho e observada a legislação municipal, nos termos do art. 30, inciso I, da Constituição. Autoriza trabalho aos domingos e feriados nas atividades do comércio em geral. PARA OS FERIADOS deve haver convenção coletiva

o Portaria 417, 10/06/1966 folga deve coincidir no domingo a cada 7 semanas: Art. 2º - Os agentes da Fiscalização do Trabalho, no tocante ao repouso semanal limitar-se-ão a exigir: b) das empresas legalmente autorizadas a funcionar, nesses dias, a organização de escala de revezamento ou folga, como estatuído no parágrafo único do mesmo artigo, a fim de que, pelo menos em um período máximo de 7 (sete) semanas de trabalho, cada empregado usufrua um domingo de folga. Críticas sobre a admissibilidade da Portaria, com a edição da Lei 10.101/2000, muito embora se destine ao comércio em geral

o Art. 68 CLT: Art. 68 - O trabalho em domingo, seja total ou parcial, na forma do art. 67, será sempre subordinado à permissão prévia da autoridade competente em matéria de trabalho. Parágrafo único - A permissão será concedida a título permanente nas atividades que, por sua natureza ou pela conveniência pública, devem ser exercidas aos domingos, cabendo ao Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, expedir instruções em que sejam especificadas tais atividades. Nos demais casos, ela será dada sob forma transitória, com discriminação do período autorizado, o qual, de cada vez, não excederá de 60 (sessenta) dias. Permissão permanente: Encontram-se listadas Decreto 27.048/49 atividades autorizadas a funcionar de forma permanente aos domingos e feriados vide exemplos adiante:

EXEMPLOS: Art 7º É concedida, em caráter permanente e de acordo com o disposto no 1º do art. 6º, permissão para o trabalho nos dias de repouso a que se refere o art. 1º, nas atividades constantes da relação anexa ao presente regulamento. I - INDÚSTRIA 1) Laticínios (excluídos os serviços de escritório). 2) Frio industrial, fabricação e distribuição de gêlo (excluídos os serviços de escritório). 3) Purificação e distribuição de água (usinas e filtros) (excluídos os serviços de escritório). 4) Produção e distribuição de energia elétrica (excluídos os serviços de escritório). 5) Produção e distribuição de gás (excluídos os serviços de escritório). 6) Serviços de esgotos (excluídos os serviços de escritório). 7) Confecção de coroas de flores naturais. 8) Pastelaria, confeitaria e panificação em geral. Etc...

II COMÉRCIO 1) Varejistas de peixe. 2) Varejistas de carnes frescas e caça. 3) Venda de pão e biscoitos. 4) Varejistas de frutas e verduras. 5) Varejistas de aves e ovos. 6) Varejistas de produtos farmacêuticos (farmácias, inclusive manipulação de receituário). 7) Flores e coroas. 8) Barbearias (quando funcionando em recinto fechado ou fazendo parte do complexo do estabelecimento ou atividade, mediante acôrdo expresso com os empregados). 9) Entrepostos de combustíveis, lubrificantes e acessórios para automóveis (postos de gasolina). 10) Locadores de bicicletas e similares. Etc...

III - TRANSPORTES 1) Serviços portuários. 2) Navegação (inclusive escritório, unicamente para atender a serviço de navios). 3) Trânsito marítimo de passageiros (exceto de escritório). 4) Serviço propriamente de transportes (excluídos os transportes de carga urbanos e os escritórios e oficinas, salvo as de emergência). 5) Serviço de transportes aéreos (excluídos os departamentos não ligados diretamente ao tráfego aéreo). 6) Transporte interestadual (rodoviário), inclusive limpeza e lubrificação dos veículos. 7) Transporte de passageiros por elevadores e cabos aéreos. Etc... IV - COMUNICAÇÕES E PUBLICIDADE... V EDUCAÇÃO E CULTURA... VI - SERVIÇOS FUNERÁRIOS... VII - AGRICULTURA E PECUÁRIA...

Casos excepcionais trabalho aos domingos e feriados atividade do empregador: o Além das empresas legalmente autorizadas, de forma permanente, excepcionalmente, admitir-se-á o trabalho em dia de repouso nos seguintes casos: a) quando ocorrer motivo de força maior, cumprindo à empresa justificar a ocorrência perante a autoridade regional do trabalho no prazo de 10 dias; b) quando, para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto, a empresa obtiver da autoridade regional do trabalho autorização prévia, com discriminação do período autorizado, o qual, de cada vez, não excederá de 60 dias. Nos dias de repouso, em que for permitido o trabalho, não é permitida a execução de serviços que não se enquadrem nos motivos determinantes da permissão.

Requisitos para pagamento do d.s.r.: frequência e pontualidade: Lei 605/49: Art. 6º Não será devida a remuneração quando, sem motivo justificado, o empregado não tiver trabalhado durante toda a semana anterior, cumprindo integralmente o seu horário de trabalho. Pode ser descontado se o empregado faltar injustificadamente durante a semana; Faltas justificadas art. 473 CLT e outras abonadas Perde a remuneração, mas o repouso é mantido.

Feriados: Lei 9093, de 12/09/1995: Art. 1º São feriados civis: I - os declarados em lei federal; II - a data magna do Estado fixada em lei estadual. III - os dias do início e do término do ano do centenário de fundação do Município, fixados em lei municipal. Art. 2º São feriados religiosos os dias de guarda, declarados em lei municipal, de acordo com a tradição local e em número não superior a quatro, neste incluída a Sexta-Feira da Paixão.

Lei 662/49: Art. 1 o São feriados nacionais os dias 1 o de janeiro, 21 de abril, 1 o de maio, 7 de setembro, 2 de novembro, 15 de novembro e 25 de dezembro. (Redação dada pela Lei nº 10.607, de 19.12.2002) Art. 2º Só serão permitidas, nos feriados nacionais, atividades privadas e administrativas absolutamente indispensáveis. Art. 3º Os chamados pontos facultativos, que os Estados, Distrito Federal ou os Municípios decretarem, não suspenderão as horas normais do ensino, nem prejudicarão os atos da vida forense, dos tabeliães e dos cartórios de registro.

Lei 6.802, 30/06/1980 feriado nacional o dia 12 de outubro, para culto público e oficial a Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil Particularidades: o Carnaval não é feriado, salvo se declarado por lei municipal por exemplo; o Caso o feriado coincida com o descanso semanal remunerado, as remunerações não se cumulam

Trabalho realizado descanso semanal remunerado/feriados: O trabalho em domingos e feriados sem folga compensatória na mesma semana deve ser remunerado com adicional de 100% (em dobro) - Lei 605/49, art. 9º. Súmula nº 146 do TST TRABALHO EM DOMINGOS E FERIADOS, NÃO COMPENSADO (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 93 da SBDI-1) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal.

Empregados excluídos da proteção da jornada: Trabalhadores Externos Sonia Soares

CONSIDERAÇÕES PRÉVIAS: Jornada de trabalho é o lapso temporal diário em que o trabalhador presta serviços ou se coloca à disposição total ou parcial do empregador, incluídos ainda nesse lapso os chamados intervalos remunerados. (Maurício Godinho Delgado) Para se aferir a jornada de trabalho, é necessário controle/fiscalização pelo empregador, que decorre do poder diretivo. As jornadas podem ser controladas e não controladas.

JORNADAS NÃO CONTROLADAS: Redação anterior Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados; II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. X X X Nova redação INALTERADO INALTERADO INALTERADO NIHIL X III - os empregados em regime de teletrabalho.

Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados; O caput refere-se ao regime previsto neste Capítulo. ÂMBITO DA EXCLUSÃO: CAPÍTULO DURAÇÃO DO TRABALHO = Art. 57 a 75 da CLT Jornada de trabalho Períodos de descanso (intrajornada e interjornada) Trabalho noturno Controle de horário Penalidades Lei 605/49 : repouso semanal remunerado = fora do capítulo

Logo, os empregados que estão, efetivamente, inseridos nas exceções legais, não tem nenhuma destas proteções. E, por serem exceções, devem ser analisadas cuidadosamente.

Exceção inserida, art. 62, I da CLT dois requisitos são exigíveis: 1º) Material: Trabalho externo incompatível com o controle de horário. A atividade externa, significa fora do estabelecimento e, portanto, longe da fiscalização do empregador. Incompatível com a fixação de horário, no sentido de que o empregador não tem condições de exercer a fiscalização. Portanto, não basta exercer a função externa. Se for possível ao empregador o exercício do controle de horário, este deve ser feito.

ARNALDO SÜSSEKIND:...não basta ser o empregado designado para executar serviço externo e declarado que se não encontrava subordinado a horário, para que pudesse executar os serviços do empregador durante o período superior a oito horas diárias, sem que a autoridade fiscalizadora pudesse cumprir com evidência a sua missão. Assim, a exceção tem aplicação aos empregados que, executando serviços externos, em razão da própria natureza, não podem estar submetidos a horários... (ARNALDO SÜSSEKIND, Instituições do Direito do Trabalho, Ltr, 1.991).

A ausência de submissão ao controle de horário, portanto, está diretamente ligada à situação fática de impossibilidade do efetivo controle. Em outras palavras, somente se aplica a exceção legal quando o controle é impossível, e não apenas quando o empregador não deseja fazê-lo. É obrigação legal do empregador controlar o horário de trabalho do seu empregado. (art. 74, 2º, CLT). Desta obrigação o empregador se exime somente quando for impossível o controle efetivo do horário e não quando for "conveniente" ao empregador.

2º) Requisito formal: a anotação explicitamente referida na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados. Esta condição estava inserida na alínea a (redação antiga) e foi repetida pela redação do inciso I. A anotação desta condição na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado destina-se a dar a este inequívoca ciência de que está inserido na exceção legal. Como vimos, normalmente as condições restritivas de direito são formais, contrariando a natureza do contrato de trabalho, que é informal.

Há previsão de anotação da condição de trabalho externo na CTPS. Qual será a consequência se esta condição não for cumprida?

Questão controvertida Essa formalidade de anotação na CTPS e no registro tem sido superada em nome do princípio da primazia da realidade, mas não se trata de entendimento pacífico. A anotação na CTPS é um componente formal. Sua inexistência não afasta o enquadramento. Sua finalidade é dar ciência ao empregado de sua condição.

RECURSO DE REVISTA. HORAS EXTRAS - TRABALHO EXTERNO INCOMPATÍVEL COM CONTROLE DE JORNADA - AUSÊNCIA DA ANOTAÇÃO DE TAL CONDIÇÃO NA CTPS E NO REGISTRO DE EMPREGADOS. O fato de não haver anotação na CTPS, bem como no registro de empregados, da condição de trabalho externo incompatível com o controle de jornada não é razão suficiente para, por si só, afastar a exceção do artigo 62, I, da CLT, ou promover a inversão do ônus da prova, a fim de condenar o empregador ao pagamento de horas extras, notadamente quando incontroversas as premissas fáticas da prestação de serviço externo e da falta de fiscalização da jornada. Precedentes da SBDI-1 e da 2ª Turma. Recurso de revista conhecido e provido. Prejudicado o exame do tema remanescente. (TST - RR: 9733020125010050, Relator: Renato de Lacerda Paiva, Data de Julgamento: 05/08/2015, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT 14/08/2015)

TRABALHO EXTERNO. AUSÊNCIA DE ANOTAÇÃO DA CONDIÇÃO NA CTPS DO TRABALHADOR. HORAS EXTRAS DEVIDAS. A exigência legal prevista na norma do artigo 62, I, da CLT, deve ser levada a efeito nos seus exatos termos. A norma, ao expressar que a condição de trabalho externo deve estar anotada na ficha de registro do empregado, estabelece o requisito de validade à configuração da exceção a regra geral da limitação da jornada de trabalho. Não se trata de mera formalidade punível unicamente com sanções administrativas. Trata-se de exigência de maior alcance que se transfere para o processo e reverte o ônus da prova ao empregador quanto ao horário de trabalho ou mesmo da inexistência de controle de horário. No caso em tela, a recorrente reconhece que não observou o comando legal, deixando de anotar a condição de trabalho na externo na CTPS da autora. Correta a sentença. (TRT-4 - RO: 00201970320155040781, Data de Julgamento: 16/02/2017, 4ª Turma)