REVISÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE ARGANIL ESTUDOS DE CARACTERIZAÇÃO CAPÍTULO V ANÁLISE SOCIOECONÓMICA VOLUME 4



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REVISÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE ARGANIL VOLUME 4 CAPÍTULO V ANÁLISE SOCIOECONÓMICA ABRIL 2013

ÍNDICE 1. CARACTERIZAÇÃO GERAL 5 2. SETOR PRIMÁRIO 16 2.1. AGRICULTURA 17 2.2. SETOR AGRO-SILVO-PASTORIL 22 2.3. O ESPAÇO AGRO-SILVO-PASTORIL NO REGULAMENTO DO PDM 26 3. SETOR SECUNDÁRIO 28 3.1. ESPAÇOS DE ATIVIDADES ECONÓMICAS 38 3.1.1. ZONA INDUSTRIAL DE VALE DE ZEBRAS 38 3.1.2. ZONA INDUSTRIAL DA RELVINHA 39 3.1.3. ZONA INDUSTRIAL DE CÔJA 40 3.1.4. ZONA INDUSTRIAL DE VALE DE FÔJO 40 3.1.5. CENTRO EMPRESARIAL E TECNOLÓGICO DE ARGANIL 41 3.2. INDUSTRIA CERÂMICA 43 3.2.1. AS CERÂMICA DA CARRIÇA E DA PROGRESSO 43 3.3. INDUSTRIA EXTRATIVA 44 4. SETOR TERCIÁRIO 46 5. SÍNTESE CONCLUSIVA 48 CAPÍTULO V - SÓCIO ECONÓMICA / ABRIL 2013 1

ÍNDICE DE TABELAS TABELA 1 - EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO ATIVA NO CONCELHO DE ARGANIL POR SETORES DE ATIVIDADE (1950 A 2001) 5 TABELA 2 - POPULAÇÃO ATIVA POR SETORES DE ATIVIDADE (1981 A 2001) 6 TABELA 3 - POPULAÇÃO EMPREGADA POR SETORES DE ATIVIDADE, POR FREGUESIA 7 TABELA 4 - DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE E ECONOMICAMENTE ATIVA, POR FREGUESIA 1991 7 TABELA 5 - DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE E ECONOMICAMENTE ATIVA, POR FREGUESIA 2001 8 TABELA 6 - SITUAÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE ATIVA, DESEMPREGADA (1991 A 2001) 9 TABELA 7 - TAXAS DE ATIVIDADE, POR FREGUESIA E SEXO (1991 A 2001) 9 TABELA 8 - TAXAS DE DESEMPREGO, POR FREGUESIA E SEXO (1991 A 2001) 10 TABELA 9 - EVOLUÇÃO DA TAXA DE ATIVIDADE NO CONCELHO 11 TABELA 10 - SETOR PRIMÁRIO 11 TABELA 11 - SETOR SECUNDÁRIO 11 TABELA 12 - SETOR TERCIÁRIO 11 TABELA 13 - EVOLUÇÃO DOS PEDIDOS DE EMPREGO NO CONCELHO (1994 A 2001) 12 TABELA 14 - PEDIDOS DE EMPREGO 12 TABELA 15 - ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA (>12 ANOS) NO CONCELHO DE ARGANIL 12 TABELA 16 - EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO ATIVA NO CONCELHO DE ARGANIL SEGUNDO O TIPO DE PROFISSÃO (1981/1991/2001) 14 TABELA 17 - EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE EMPREGADA, SEGUNDO A SUA SITUAÇÃO NA PROFISSÃO NO CONCELHO 14 TABELA 18 - SITUAÇÃO DA POPULAÇÃO SEM ATIVIDADE ECONÓMICA NO CONCELHO - 1991 15 TABELA 19 - SITUAÇÃO DA POPULAÇÃO SEM ATIVIDADE ECONÓMICA NO CONCELHO - 2001ERRO! MARCADOR NÃO DEFINIDO. TABELA 20 - EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO ATIVA EMPREGADA POR RAMOS DE ATIVIDADE, SETOR PRIMÁRIO NO CONCELHO DE ARGANIL (1991, 2001) 16 TABELA 21 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DAS EXPLORAÇÕES E ÁREAS (HA) POR FREGUESIA (1989-2009) 18 TABELA 22 - ESTRUTURA E NÚMERO DAS EXPLORAÇÕES COM SAU POR CLASSES DE ÁREA (HA) NO CONCELHO DE ARGANIL 18 TABELA 23 - POPULAÇÃO AGRÍCOLA FAMILIAR SEGUNDO O TEMPO DE ATIVIDADE NA EXPLORAÇÃO 19 TABELA 24 - ORIGEM DO RENDIMENTO DO AGREGADO DOMÉSTICO DO PRODUTOR SINGULAR SEGUNDO A DIMENSÃO ECONÓMICA 20 TABELA 25 - PRODUTORES SINGULARES, POR RAMOS DE ATIVIDADE LUCRATIVA EXTERIOR À EXPLORAÇÃO 20 TABELA 26 - ESTRUTURA ETÁRIA DOS PRODUTORES AGRÍCOLAS, POR CLASSES E SEXO 21 TABELA 27 - MÉDIA DAS EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS NO MUNICÍPIO 22 TABELA 28 - VARIAÇÃO DO NÚMERO DE OVINOS E CAPRINOS POR FREGUESIA 24 TABELA 29 - NÚMERO DE CABEÇAS DE GADO POR FREGUESIA EM 1999 25 TABELA 30 - NÚMERO DE CABEÇAS DE GADO POR FREGUESIA EM 2009 25 TABELA 31 - VARIAÇÃO DO NÚMERO DE CABEÇAS DE GADO POR FREGUESIA EM 1989, 1999 E 2009 25 TABELA 32 - EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO ATIVA EMPREGADA POR RAMOS DE ATIVIDADE, NO SETOR SECUNDÁRIO NO CONCELHO DE ARGANIL (1991, 2001) 28 TABELA 33 - EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO ATIVA EMPREGADA POR RAMOS DE ATIVIDADE, NO SETOR SECUNDÁRIO NO CONCELHO DE ARGANIL (1981, 1991) 30 TABELA 34 - EVOLUÇÃO DA TAXA DE VARIAÇÃO DA POPULAÇÃO ATIVA NO SETOR SECUNDÁRIO 31 TABELA 35 - POPULAÇÃO ATIVA EMPREGADA POR SETORES DE ATIVIDADE DA INDUSTRIA TRANSFORMADORA NO CONCELHO DE ARGANIL (1991 E 2001) 32 TABELA 36 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE UNIDADES INDÚSTRIAS DE 1995 A 2003 35 TABELA 37 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE EMPRESAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL E OBRAS PÚBLICAS DE 1995 A 2003 36 TABELA 38 - VOLUME DE NEGÓCIOS, NÚMERO DE PESSOAS AO SERVIÇO E NÚMERO DE SOCIEDADES NA INDUSTRIA TRANSFORMADORA 36 TABELA 39 - LISTAGEM DE EMPRESAS NO CONCELHO DE ARGANIL NO RAMO DA INDÚSTRIA TRANSFORMADORA 37 TABELA 40 - EMPRESAS EXISTENTES NA ZONA INDUSTRIAL DA RELVINHA 38 TABELA 41 - EMPRESAS EXISTENTES NA ZONA INDUSTRIAL DA RELVINHA 39 2

TABELA 42 - EMPRESAS EXISTENTES NA ZONA INDUSTRIAL DE CÔJA 40 TABELA 43 - EMPRESAS EXISTENTES NA ZONA INDUSTRIAL DO VALE DE FOJO 41 TABELA 44 - EMPRESAS INSTALADAS NO CENTRO EMPRESARIAL E TECNOLÓGICO 42 TABELA 45 - LISTAGEM DAS PEDREIRAS LICENCIADAS 45 TABELA 46 - LISTAGEM DAS PEDREIRAS 45 TABELA 47 - POPULAÇÃO ATIVA POR RAMOS DE ATIVIDADE NO SETOR TERCIÁRIO, NO CONCELHO DE ARGANIL (1991, 2001) 46 ÍNDICE DE GRÁFICOS GRÁFICO 1 - DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO ATIVA POR SETORES DE ATIVIDADE ECONÓMICA 6 GRÁFICO 2 - ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA 13 GRÁFICO 3 - EVOLUÇÃO DO Nº DE EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS NO CONCELHO DE ARGANIL 17 GRÁFICO 4 - VARIAÇÃO DO NÚMERO DE CABEÇAS DE GADO ENTRE 1925 E 1999 23 GRÁFICO 5 - POPULAÇÃO ATIVA POR RAMOS DE ATIVIDADE - 1991 28 GRÁFICO 6 - POPULAÇÃO ATIVA POR RAMO DE ATIVIDADE 2001 29 GRÁFICO 7 - POPULAÇÃO ATIVA POR RAMOS DE ATIVIDADE 30 3

4

1. CARACTERIZAÇÃO GERAL A localização do Concelho de Arganil, em pleno interior do Distrito de Coimbra, associado a uma morfologia caracterizada pelas montanhas e vales profundos, são por si, determinantes da estrutura socioeconómica. A análise da evolução da população ativa do Concelho de Arganil (tabela 1), permite concluir, que a agricultura e pastorícia foram em tempos, as atividades mais importantes no concelho, sendo responsáveis, em 1950, por 80,68% do total de ativos do Concelho. À semelhança do que aconteceu no país e muito especificamente, na região, a população ativa no setor primário diminuiu nas últimas décadas com o consequente aumento da população ativa nos setores secundário e terciário, sendo, o setor terciário, segundo os censos de 2011, a dominar a população ativa. TABELA 1 - EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO EMPREGADA NO CONCELHO DE ARGANIL POR SETORES DE ATIVIDADE (1950 A 2011) Setor Primário Setor Secundário Setor Terciário Anos Total Total % Total % Total % 1950 7401 5971 80,68 721 9,74 709 9,58 1960 5918 3574 60,39 913 15,43 1431 24,18 1970 5040 2555 50,69 1520 30,16 965 19,15 1981 4360 1199 27,50 1811 41,54 1350 30,96 1991 4601 751 16,32 2236 48,60 1614 35,08 2001 5589 905 16,19 2305 41,24 2379 42,57 2011 4287 181 4,22 1665 38,84 2441 56,94 FONTE INE RECENSEAMENTO GERAL DA POPULAÇÃO A partir de 1970, assiste-se à quebra contínua do peso do setor primário, constatando-se que em 1981 a percentagem de ativos no setor secundário, supera a do setor primário, tendência reforçada com os dados de 1991. Com efeito, a partir de 1981, o setor primário ocupa o último lugar (27,50%) em termos do seu contributo para o total de ativos, sendo o setor secundário (41,54%) e terciário (30,96%) a dominar. À diminuição da população ativa no setor primário não é alheio ao boom da industrialização a partir dos anos 50. A partir do ano de 2001 o setor terciário é o que maior representatividade tem ao nível concelhio, aumentando este valor relativo com a publicação dos Censos de 2011. Neste ano a proporção que o setor primário assume é quase diminuta em relação aos restantes com cerca de 4%. 5

GRÁFICO 1 - DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO EMPREGADA POR SETORES DE ATIVIDADE ECONÓMICA FONTE: CENSOS 2001 E 2011 Na evolução recente da distribuição da população ativa por setores de atividade no período de 1991 a 2001 podemos, ainda, verificar que segundo os Censos de 91, 48% da população residente empregada, com 12 e mais anos trabalhava no setor secundário, ao passo que 35% da população se encontrava no setor terciário. Relativamente ao setor primário e, tal como foi referido acima, este é pouco significativo, absorvendo apenas 17% da população ativa residente. É importante referir que este valor não contemplava a população assalariada que exercia a pluriatividade, especialmente, com a agricultura de subsistência. Em 2001, continua-se a observar que no setor primário, a população ativa é pouca significativa, mantendo sensivelmente o mesmo valor, comparando com 1991. O setor terciário e o setor secundário eram os setores dominantes, cerca de 43% e 41%, respetivamente, da população ativa encontra-se nestes setores. É em 2001 que o setor terciário ocupa uma posição superior ao setor secundário. Isto poderá dever-se à crise vivida na última década no setor secundário e à terciarização. Esta ideia é reforçada se compararmos os valores obtidos para o concelho de Arganil com os do Pinhal Interior Norte e da Região Centro, pois o cenário de aumento no setor terciário e a diminuição no setor secundário também se verifica. (tabela 2). Segundo os Censos de 2011 o setor terciário assume a maior representatividade, nas três unidades geográficas analisadas. TABELA 2 - POPULAÇÃO EMPREGADA POR SETORES DE ATIVIDADE (1981 A 2011) Área Geográfica Setor Primário Setor Secundário Setor Terciário 1981 1991 2001 2011 1981 1991 2001 2011 1981 1991 2001 2011 Arganil 27,5 16,32 16,19 4,22 41,54 48,6 41,24 38,84 30,96 35,08 42,57 56,94 Pinhal Interior Norte 35,0 16,94 7,24 3,30 37,76 43,45 40,77 32,75 27,24 39,61 52,00 63,95 Região Centro 32,16 17,1 6,80 3,72 36,30 38,80 38,11 30,08 31,54 44,15 55,08 66,2 FONTE INE, CENSOS 1991, 2001 E 2011 No que diz respeito à análise dos setores de atividade pelas diferentes freguesias do concelho (tabela 3), constata-se que é no setor secundário e no setor terciário, onde se encontra a grande percentagem da população ativa. Estes setores absorvem a maioria da mão-de-obra que anteriormente se encontrava no setor primário. 6

No ano de 2001 o setor primário dominava nas freguesias de Benfeita (53,3%), Moura da Serra (60,2%) e Piodão (61%), sendo o setor que empregava mais ativos. Para o total de ativos no setor secundário contribui significativamente a mão de obra de Celavisa, Pomares e Sarzedo. No que diz respeito ao setor terciário, este é bastante significativo, canalizando mais de 60% da população ativa, nas freguesias de Arganil, Cepos, Côja e Folques. TABELA 3 - POPULAÇÃO EMPREGADA POR SETORES DE ATIVIDADE, POR FREGUESIA Unidade Geográfica Total Sector primário Sector secundário Sector terciário Nº Nº % Nº % Nº % Concelho 4287 181 4,22 1665 38,84 2441 56,94 Anceriz 33 1 3,03 16 48,48 16 48,48 Arganil 1659 29 1,75 576 34,72 1054 63,53 Barril de Alva 87 8 9,20 36 41,38 43 49,43 Benfeita 90 8 8,89 30 33,33 52 57,78 Celavisa 46 1 2,17 24 52,17 21 45,65 Cepos 23 0 0,00 8 34,78 15 65,22 Cerdeira 92 3 3,26 41 44,57 48 52,17 Coja 552 8 1,45 201 36,41 343 62,14 Folques 103 3 2,91 31 30,10 69 66,99 Moura da Serra 20 5 25,00 9 45,00 6 30,00 Piódão 42 4 9,52 13 30,95 25 59,52 Pomares 117 5 4,27 79 67,52 33 28,21 Pombeiro da Beira 318 40 12,58 118 37,11 160 50,31 São Martinho da Cortiça 509 40 7,86 208 40,86 261 51,28 Sarzedo 256 8 3,13 129 50,39 119 46,48 Secarias 170 4 2,35 66 38,82 100 58,82 Teixeira 23 3 13,04 10 43,48 10 43,48 Vila Cova de Alva 147 11 7,48 70 47,62 66 44,90 FONTE INE, 2011 No que diz respeito à distribuição da população economicamente ativa (total de empregados e desempregados) pelas freguesias do concelho elaboraram-se dois quadros, um referente aos censos de 1991 e outro referente aos censos 2001. Com esta comparação pretende-se analisar como é que numa década a população ativa evoluiu. (tabela 4 e 5) TABELA 4 - DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE E ECONOMICAMENTE ATIVA, POR FREGUESIA 1991 Unidade Geográfica População com Atividade Económica, por freguesia (1991) Total <25 anos Empregada Desempregada Anseriz 71 16 68 3 Arganil 1333 282 1277 56 Barril de Alva 117 29 107 10 Benfeita 201 44 192 9 Celavisa 76 22 75 1 Cepos 38 13 30 8 Cerdeira 106 24 100 6 7

Coja 636 139 601 35 Folques 185 29 181 4 Moura da Serra 72 17 72 0 Piodão 64 27 52 12 Pomares 161 44 150 11 Pombeiro da Beira 505 148 462 43 S. Martinho Da Cortiça 600 164 578 22 Sarzedo 288 78 275 13 Secarias 141 42 138 3 Teixeira 68 17 63 5 Vila Cova do Alva 187 36 180 7 Total 4849 1171 4601 248 FONTE - INE, 91 - RECENSEAMENTO GERAL DA POPULAÇÃO (QUADRO 6,11) Em 1991, tínhamos, como era de esperar mais de metade da população ativa concentrada nas Freguesias de Arganil, Coja, Pombeiro da Beira e S. Martinho da Cortiça, que detêm igualmente o maior número de população empregada com idade inferior a 25 anos e maiores quantitativos ao nível de desemprego. TABELA 5 - DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE E ECONOMICAMENTE ATIVA, POR FREGUESIA 2001 Unidade Geográfica População com Atividade Económica, por freguesia (2001) Total <25 anos Empregada Desempregada Anseriz 54 8 51 3 Arganil 2016 256 1919 97 Barril de Alva 138 27 124 14 Benfeita 233 19 225 8 Celavisa 81 18 78 3 Cepos 58 11 53 5 Cerdeira 113 19 105 8 Coja 776 95 742 34 Folques 151 17 147 4 Moura da Serra 91 7 88 3 Piodão 106 4 105 1 Pomares 171 35 162 9 Pombeiro da Beira 536 81 508 28 S. Martinho da Cortiça 585 121 545 40 Sarzedo 303 42 290 13 Secarias 220 30 213 7 Teixeira 47 10 40 7 Vila Cova do Alva 200 39 194 6 Total 5879 839 5589 290 FONTE - INE, 2001 - RECENSEAMENTO GERAL DA POPULAÇÃO Em 2001 a situação descrita para o quadro 4 é idêntica à situação para o ano de 1991 (ver tabela 5). São novamente as freguesias de Arganil, Coja, Pombeiro da Beira e S. Martinho da Cortiça, que detêm o maior número de população economicamente ativa, sendo novamente, as freguesias que detêm o maior número de população empregada com idade inferior a 25 anos e maiores quantitativos ao nível do desemprego. No que diz respeito à população residente ativa desempregada (tabela 6), mais de 50% dos ativos desempregados, tanto em 1991 como em 2001, encontram-se à procura de novo emprego. Em 1991 apenas fogem à regra as Freguesias de Anseriz, Benfeita, Celavisa, 8

Piodão, Teixeira e Vila Cova de Alva. Em 2001, todas as freguesias têm maior percentagem de ativos desempregados na situação de procura de novo emprego. Das 18 freguesias do concelho de Arganil, apenas Moura da Serra em 1991, apresentava zero ativos desempregados, situação esta que não se mantêm em 2001, apresentado apenas um ativo desempregado. TABELA 6 - SITUAÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE ATIVA, DESEMPREGADA (2001 A 2011) Unidade Geográfica Total População Desempregada (2001) População Desempregada (2011) Procura 1º Emprego % Procura novo Emprego % Total Procura 1º Emprego % Procura novo Emprego Anseriz 3 0 0,0 3 100,0 6 2 33,3 4 66,7 Arganil 97 19 19,6 78 80,4 169 41 24,3 128 75,7 Barril de Alva 14 2 14,3 12 85,7 11 4 36,4 7 63,6 Benfeita 8 1 12,5 7 87,5 7 2 28,6 5 71,4 Celavisa 3 1 33,3 2 66,7 8 1 12,5 7 87,5 Cepos 5 0 0,0 5 100,0 5 0 0,0 5 100,0 Cerdeira 8 4 50,0 4 50,0 17 6 35,3 11 64,7 Coja 34 6 17,6 28 82,4 56 9 16,1 47 83,9 Folques 4 1 25,0 3 75,0 6 2 33,3 4 66,7 Moura da Serra 3 1 33,3 2 66,7 2 0 0,0 2 100,0 Piodão 1 0 0,0 1 100,0 6 0 0,0 6 100,0 Pomares 9 3 33,3 6 66,7 19 6 31,6 13 68,4 Pombeiro da Beira S. Mart. Da Cortiça 28 3 10,7 25 89,3 40 5 12,5 35 87,5 40 12 30,0 28 70,0 47 9 19,1 38 80,9 Sarzedo 13 1 7,7 12 92,3 33 10 30,3 23 69,7 Secarias 7 1 14,3 6 85,7 21 5 23,8 16 76,2 Teixeira 7 1 14,3 6 85,7 6 1 16,7 5 83,3 Vila Cova do Alva 6 2 33,3 4 66,7 12 1 8,3 11 91,7 Total 290 58 20,0 232 80,0 471 104 22,1 367 77,9 FONTE - INE, 2001 E 2011 % Relativamente à taxa de atividade (tabela 7), pode-se concluir que nos anos analisados é a população masculina que mais contribui para a produção em todas as freguesias. TABELA 7 - TAXAS DE ATIVIDADE, POR FREGUESIA E SEXO (1991, 2001 E 2011) Unidade Geográfica Taxa de Atividade (1991) Taxa de Atividade (2001) Taxa de Atividade (2011) Total H M Total H M Total H M Concelho 34,8 45 25,6 43,2 52,3 34,8 39,2 44,7 34,2 Anseriz 31,1 32,4 30 28,7 38,2 20,2 26,7 34,4 20,7 Arganil 42 48,8 35,7 50,6 56,2 45,7 45,7 48,0 43,6 Barril de Alva 30,5 46,7 16,3 35,8 50 22,2 34,9 39,6 29,6 Benfeita 30,2 38,4 23,6 46,3 57,5 37,1 24,6 30,2 19,8 9

Celavisa 22,9 35,7 11,8 28,6 44,5 15,5 29,7 41,0 20,2 Cepos 18,9 24 14,3 33,3 40 27 20,7 24,2 17,8 Cerdeira 27,5 43,2 12,9 34,2 43,5 24,4 33,6 41,0 26,8 Coja 37,3 48,6 27 47 55 39,7 42,6 48,5 37,2 Folques 35,7 38,7 33 33 40,5 26,3 30,6 37,4 24,7 Moura da Serra 30 34,6 26,5 54,2 65,5 42,9 19,1 25,9 12,3 Piodão 16,8 29,8 5,4 47,3 56,5 38,8 27,0 37,6 15,3 Pomares 23 27,6 19,4 29,1 42 18,6 26,5 33,5 20 Pombeiro da Beira S. Mart. Da Cortiça 36,9 48,1 26,2 42,8 51,5 34,3 35,5 44,6 27,3 35,5 50,5 21,5 38,1 52,4 24,7 42,2 51,6 33,1 Sarzedo 39 49,3 29,6 41,5 52 32,1 42,2 45,6 39,2 Secarias 35,4 44 27,5 48,8 53,3 44,1 44,4 49,5 40 Teixeira 27,2 43,8 11,6 25 34,4 15,8 21,5 25,4 17,2 Vila Cova do Alva FONTE INE, 1991, 2001 E 2011 32,9 49,3 17,8 37,5 53,1 22,7 31,0 39,7 22,6 Do que se afirma acima e se pode retirar da leitura da tabela 8, são as mulheres que possuem as maiores taxas de desemprego, com exceção das freguesias de Anseriz e Piodão. TABELA 8 - TAXAS DE DESEMPREGO, POR FREGUESIA E SEXO (1991, 2001 E 2011) Unidade Geográfica Taxa de Desemprego (1991) Taxa de Desemprego (2001) Taxa de Desemprego (2011) Total H M Total H M Total H M Concelho 5,1 4,1 6,7 4,9 3,1 7,5 9,9 9,7 10,1 Anseriz 4,2 8,6 0 5,6 5,9 5 15,4 22,7 5,9 Arganil 4,2 3,2 5,4 4,8 2,5 7,3 9,3 8,0 10,5 Barril de Alva 8,5 8,3 9,1 10,1 6,4 18,2 11,2 11,9 10,3 Benfeita 4,5 3,5 5,7 3,4 3,1 3,9 7,2 5,5 9,5 Celavisa 1,3 1,8 0 3,7 1,8 8,3 14,8 17,7 10,0 Cepos 21,1 8,7 40 8,6 5,9 12,5 17,9 20,0 15,4 Cerdeira 5,7 2,5 15,4 7,1 5,4 10,3 15,6 18,8 11,1 Coja 5,5 3,5 8,8 4,4 2,3 7 9,2 9,7 8,6 Folques 2,2 2,1 2,2 2,6 2,3 3,1 5,5 8,1 2,1 Moura da Serra 0 0 0 3,3 3,6 2,8 9,1 13,3 0,0 Piodão 18,8 9,4 63,6 0,9 1,6 0 12,5 14,3 7,7 Pomares 6,8 7,1 6,5 5,3 2,7 10 14,0 15,7 11,3 Pombeiro da Beira S. Mart. Da Cortiça 8,5 7,1 10,9 5,2 4,1 6,9 11,2 11,3 11,0 3,7 3,6 3,7 6,8 4,9 10,7 8,5 8,4 8,5 Sarzedo 4,5 5,7 2,6 4,3 1,7 8 11,4 10,3 12,5 Secarias 2,1 2,4 1,8 3,2 0 7,1 11,0 10,1 12,0 Teixeira 7,4 3,8 20 14,9 12,5 20 20,7 22,2 18,2 Vila Cova do Alva FONTE INE 1991, 2001 E 2011 3,7 0,7 11,3 3 2,2 4,8 7,6 6,0 10,2 Em termos evolutivos, é importante referir, que apesar do cenário descrito a taxa de atividade para o sexo feminino, tem vindo a aumentar substancialmente. (tabela 9) 10

TABELA 9 - EVOLUÇÃO DA TAXA DE ATIVIDADE NO CONCELHO 1991 2001 2011 Total H M Total H M Total H M 34,8 45,0 25,6 43,2 52,3 34,8 39,2 44,7 34,2 FONTE INE, 1991, 2001 E 2011 Isto deve-se à crescente importância que a mão-de-obra feminina tem vindo a assumir, e que se verifica em todos os setores de atividade (tabela 10, 11 e 12), com particular destaque no setor terciário. Contudo, é no setor primário que corresponde a mais de metade do total de ativos. TABELA 10 - SETOR PRIMÁRIO Setor Primário 1981 % 1991 % 2001 % 2011 % H 803 66,97 410 54,59 449 49,61 140 77,35 M 396 33,03 341 45,41 456 50,39 41 22,65 Total 1199 100 751 100 905 100 181 100 FONTE INE TABELA 11 - SETOR SECUNDÁRIO Setor Secundário 1981 % 1991 % 2001 % 2011 % H 1721 95,03 1571 70,26 1628 70,63 1130 67,87 M 90 4,97 665 29,74 677 29,37 535 32,13 Total 1811 100 2236 100 2305 100 1665 100 FONTE INE TABELA 12 - SETOR TERCIÁRIO Setor Terciário 1981 % 1991 % 2001 % 2011 % H 863 63,93 874 54,15 1227 51,58 1064 43,59 M 487 36,07 740 45,85 1152 48,42 1377 56,41 Total 1350 100 1614 100 2379 100 2441 100 FONTE INE Dos quadros acima é possível destacar: O número de pessoas afetas ao setor primário aumenta no ano de 2001, para voltar a decrescer drasticamente em 2011; Em 2001 o número de ativos do sexo feminino, no setor primário, é mais de metade do total de ativos, contudo o mesmo já não se passa no ano de 2011 com 77% do total de ativos a representarem o sexo masculino; A presença de ativos no setor secundário, do sexo feminino, ao longo dos anos têm vindo a aumentar; O aumento de ativos do sexo feminino é notório também no setor terciário, aproximando-se bastante do número de ativos do sexo masculino, no entanto a publicação do Censos 2011 veio contradizer este facto, uma vez que neste último ano é o sexo masculino que assume maior expressão no total dos ativos. 11

Relativamente aos dados do desemprego fornecidos pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional de Arganil (ver tabela 13), obtivemos algumas discrepâncias ao compararmos estes com os fornecidos pelo INE. (Os dados referentes aos anos de 1991, 1992 e 1993, foram pedidos mas o I.E.F.P. não dispunha dos dados referidos). TABELA 13 - EVOLUÇÃO DOS PEDIDOS DE EMPREGO NO CONCELHO (1994 A 2001) Pedidos de Emprego 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2004 1º Emprego 71 101 86 74 57 37 34 27 41 Novo Emprego 357 451 457 426 391 360 335 326 443 Total de Desempregados FONTE INSTITUTO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL 428 552 543 500 448 397 369 353 443 TABELA 14 - PEDIDOS DE EMPREGO Pedidos de Variação Emprego 94/95 (%) Variação 95/96 (%) Variação 96/97 (%) Variação 97/98 (%) Variação 98/99 (%) Variação 99/00 (%) Variação 00/01 (%) Variação 94/01 (%) 1º Emprego 42,25-14,85-13,95-22,97-35,09-8,11-20,59-162.96 Novo Emprego 26,33 1,33-6,78-8,22-7,93-6,94-2,69-9.51 Total de Desempregados 28,97-1,63-7,92-10,40-11,38-7,05-4,34-21.25 FONTE INSTITUTO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL Da leitura das tabelas acima, podemos concluir que o desemprego até ao ano de 2001 no concelho de Arganil diminuiu cerca de 20%, o que em termos absolutos representa menos 75 pessoas desempregadas. Relativamente aos dados fornecidos pelo I.E.F.P. para o ano de 2001, 353 pessoas encontravam-se desempregadas, o que não vai ao encontro dos dados adquiridos no INE (290 pessoas). Isto pode justificar-se através do facto, de que no período de elaboração dos inquéritos do INE, as 63 pessoas responderam que não se encontravam desempregadas, pois poderiam estar a exercer outras atividades (por ex. agricultura, considerando-se não desempregadas). Em termos evolutivos o ano mais crítico, foi em 1994/95, em que houve um acréscimo de desempregados na ordem dos 29%, atingindo 552 pessoas. A partir de 1995 até ao ano de 2001, este valor tende a diminuir. TABELA 15 - ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA (>12 ANOS) NO CONCELHO DE ARGANIL Classes Etárias 1991 2001 Variação 2011 Variação Total % Total % (%) Total % (%) 15-19 *525 10,8 *250 4,3-110 46 1,1-81,6 20-24 646 13,3 589 10-9,7 292 6,8-50,4 25-29 688 14,2 642 10,9-7,2 464 10,8-27,7 30-34 670 13,8 701 11,9 4,4 531 12,4-24,3 35-39 513 10,6 818 13,9 37,3 549 12,8-32,9 40-44 422 8,7 726 12,3 41,9 609 14,2-16,1 12

45-49 407 8,4 576 9,8 29,3 632 14,7 9,7 50-54 441 9,1 453 7,7 2,6 552 12,9 21,9 55-59 298 6,1 413 7 27,8 363 8,5-12,1 60-64 182 3,8 307 5,2 40,7 181 4,2-41,0 65-69 39 0,8 193 3,3 79,8 40 0,9-79,3 70-74 13 0,3 118 2 89 18 0,4-84,7 75 ou + 5 0,1 93 1,6 94,6 10 0,2-89,2 Total 4849 100 5879 100 17,5 4287 100-27,1 *Está incluída a faixa etária dos 12 a 14 anos. Inclui a população desempregada. FONTE INE, 1991, 2001 E 2011 Por motivos das desagregações de 1991 para 2001 serem diferentes, o grupo etário 12-14 desaparece, começando no grupo etário dos 15-19. GRÁFICO 2 - ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA Da leitura da tabela 15 e do gráfico 2, facilmente se conclui que em 1991, é nas faixas etárias dos 15-39, que se encontra mais de metade da população ativa, contudo em 2001 este cenário não se mantém, uma vez que é na faixa etária dos 20-44 que se encontra mais de metade da população ativa, podendo mesmo afirmar-se que estamos perante uma população ativa mais rejuvenescida. Relativamente às faixas etárias dos [12-14] e dos [15-19], esta diminuiu consideravelmente de 1991 para 2001, podendo dever-se a dois factos: o primeiro com a diminuição da taxa de natalidade; o segundo com a continuidade dos estudos pelo que são considerados ativos mais tarde. No ano de 2011 a população ativa concentra-se nas faixas etárias dos [40-49] 13

Ao nível do comportamento da população ativa por profissões (ver tabela 16), entre 1981,1991 e 2001, podemos concluir o seguinte: Em 1981 a população ativa encontrava-se centrada nas profissões relacionadas com o comércio e a agricultura, sendo que neste último setor, a tendência inverte-se de 81 para 91, onde se constata um decréscimo na ordem dos 53%, mas em 2001, assistese a um crescimento, de cerca de 83%. Este facto deve-se à falta de emprego para trabalhadores com menos qualificações; O aumento verificado nas profissões ligadas à indústria transformadora e extrativa, duplicando o seu número entre 81/91 e sofrendo novamente um acréscimo menos acentuado de 22%, deve-se à crescente renovação de indústrias no concelho e ao facto de a Câmara Municipal estar atenta a estas pretensões; O aumento gradual de ativos no setor terciário; Um crescimento de cerca de 63%, entre 91/01, nas profissões científicas, diretores e quadros superiores. TABELA 16 - POPULAÇÃO EMPREGADA NO CONCELHO DE ARGANIL SEGUNDO O TIPO DE PROFISSÃO Total 4287 100 Profissões das Forças Armadas 9 0 Representantes do poder legislativo e de órgãos executivos, dirigentes, directores e gestores executivos 229 5 Especialistas das actividades intelectuais e científicas 271 6 Técnicos e profissões de nível intermédio 302 7 Pessoal administrativo 330 8 Trabalhadores dos serviços pessoais, de protecção e segurança e vendedores 803 19 Agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura, da pesca e da floresta 163 4 Trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices 1089 25 Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem 350 8 Trabalhadores não qualificados 741 17 FONTE INE, CENSOS 2011 TABELA 17 - EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE EMPREGADA, SEGUNDO A SUA SITUAÇÃO NA PROFISSÃO NO CONCELHO 1981 1991 2001 2011 Total % Total % Total % Total % Empregador 137 3,14 261 5,67 668 11,95 496 11,57 Trabalhador por conta própria Trabalhador familiar não remunerado Trabalhador por conta de outrem 763 17,5 841 18,28 897 16,05 374 8,72 77 1,77 148 3,22 97 1,74 36 0,84 3362 77,11 3307 71,88 3898 69,74 3351 78,17 Membro ativo cooperativo 13 0,3 - - 2 0,04 2 0,05 Outra situação 8 0,18 44 0,96 27 0,48 28 0,65 Total 4360 100 4601 100 5589 100 4287 100 FONTE INE, 1981, 1991, 2001 E 2011 14

No que diz respeito à situação na profissão, para os anos de 1981/1991/2001/2011, é a categoria trabalhador por conta de outrém, a principal situação na profissão dos empregados, atingindo o seu máximo em 2011 (78%). Imediatamente a seguir surge a categoria trabalhador por conta própria, com cerca de 18% do total em 1991, podendo estar relacionada com a importância da atividade agrícola já referida. Por fim é de evidenciar, no ano de 2001, do crescimento em mais do dobro da categoria de empregador, no entanto com os Censos de 2011, esta categoria sofre uma diminuição de cerca de 26% no período intercensitário 01/11. TABELA 18 POPULAÇÃO DESEMPREGADA E PRINCIPAL MEIO DE VIDA Total 471 100 Trabalho 64 14 Reforma/ Pensão 4 1 Subsídio de desemprego 120 25 Subsidio por acidente de trabalho ou doença profissional 2 0 Rendimento social de inserção 46 10 Outro subsídio temporário (doença, maternidade, etc.) 3 1 Rendimento da propriedade ou da empresa 1 0 Apoio social 12 3 A cargo da família 189 40 Outro 30 6 FONTE INE, CENSOS 2011 Analisando a população residente segundo o seu principal meio de vida constata-se que a população a cargo da família é a que tem maior representatividade, com 40%, seguindo-se a população a receber subsídio de desemprego com um peso de 25%. A percentagem sobrante cabe à situação de rendimento social de inserção, com 10%. 15

2. SETOR PRIMÁRIO Como já foi referido o setor primário, está a dar lugar ao setor secundário e terciário. Hoje e cada vez mais, são menos as pessoas que trabalham no campo, procurando fonte de rendimento noutros setores de atividade. Para alguns o setor agrícola é encarado como uma atividade economicamente rentável. TABELA 19 - EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO ATIVA EMPREGADA POR RAMOS DE ATIVIDADE, SETOR PRIMÁRIO NO CONCELHO DE ARGANIL (1991, 2001) Ramos de Atividade 1991 % 2001 % 91/01 Agricultura, Produção Animal, Silvicultura e Caça 751 100 905 100 17,0 Agricultura geral 579 77,1 845 93,4 31,5 Produção Animal 14 1,9 - - - Produção agrícola e animal associada 3 0,4 - - - Atividade dos serviços relacionados com a agricultura e criação de animais, exceto veterinária Caça, Repovoamento Cinegético e atividades dos serviços relacionados Silvicultura, exploração florestal e atividades dos serviços associados Pesca, Explorações de Viveiros Piscícolas Atividades dos Serviços relacionados com a Pesca 0 - - - - 0 - - - - 155 20,6 60 6,6-158,3 0 0 0 0 0 Total 751 16,32 905 16,19 17,0 FONTE INE, 91 E 2001 Da tabela 20 ressalta que no ano de 2001, 905 de ativos encontram na agricultura, produção animal, silvicultura e caça a sua atividade principal, correspondendo a 100%, (na secção da pesca, exploração de viveiros piscícolas, não há presenças de ativos). Apesar de ser um concelho com uma grande mancha florestal é na atividade agricultura em geral, que há mais concentração de ativos (93%), sendo que os restantes 7% de ativos se encontrarem ligados à silvicultura, exploração florestal e atividades dos serviços associados. Apesar do decréscimo verificado no setor primário desde os anos 50, entre 1991 e 2001 o número de ativos aumenta em cerca de 21%, contudo volta a decrescer drasticamente (-80%) no último período intercensitário 01/11. De seguida será abordada esta situação com algum detalhe, de forma a saber a importância e o estado das explorações agrícolas existentes no concelho. 16

2.1. AGRICULTURA Em meados do séc. XX a agricultura e a sociedade rural em Portugal ganha expressão demográfica, onde a vida das aldeias e lugares assentava na população agrícola que se havia apropriado de todo o espaço disponível. Passados 40 anos, constata-se o abandono dos territórios por parte da agricultura, tendência que continua a verificar-se no concelho (ver gráfico 3 e quadro 21), uma vez que em 1989 existiam 1807 explorações e passados 10 anos temos 910 explorações (com uma variação de -50%), ocupando também menos área agrícola. No ano de 2009 o número de explorações volta a decrescer para 645, (o que se traduz numa variação de -29%), bem como a área ocupada por estas. Com estes dados é possível afirmar que continua a verificar-se o abandono da atividade agrícola em detrimento de outras setores de atividade. Este abandono vem muitas vezes associado ao abandono por parte das pessoas da própria aldeia e vila, procurando outras fontes de riqueza. GRÁFICO 3 - EVOLUÇÃO DO Nº DE EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS NO CONCELHO DE ARGANIL 17

TABELA 20 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DAS EXPLORAÇÕES E ÁREAS (HA) POR FREGUESIA (1989-2009) Freguesias N.º de Explorações 1989 1999 2009 Área (ha) N.º de Explorações Área (ha) N.º de Explorações Área (ha) Anseriz 43 84 30 50 13 19 Arganil 284 384 100 182 84 156 Barril de Alva 41 55 25 42 11 22 Benfeita 120 149 45 72 39 67 Celavisa 48 47 22 28 14 20 Cepos 27 17 12 26 11 10 Cerdeira 55 89 31 53 24 45 Coja 145 237 62 122 43 100 Folques 76 123 42 74 11 43 Moura da Serra 19 9 2 2 2 Piodão 62 31 38 27 15 46 Pomares 86 104 57 73 29 77 Pombeiro da Beira 219 319 129 195 93 152 S. Martinho da Cortiça 245 497 146 318 135 388 Sarzedo 115 181 47 95 35 97 Secarias 41 49 20 22 15 20 Teixeira 62 57 35 41 23 29 Vila Cova de Alva 119 196 67 129 48 105 Concelho 1807 2629 910 1549 645 1396 FONTE INE, 1989, 1999 E 2009 RECENSEAMENTO GERAL DA AGRICULTURA A tabela 21 reforça o que se afirmou anteriormente. A diminuição do número de explorações agrícolas é visível em todas as freguesias pertencentes ao concelho. Em muitas freguesias esta diminuição é muito acentuada, como é o caso das freguesias de Côja, Folques e Pomares. TABELA 21 - ESTRUTURA E NÚMERO DAS EXPLORAÇÕES COM SAU POR CLASSES DE ÁREA (HA) NO CONCELHO DE ARGANIL Classes de área (ha) N.º de Explorações % Área (ha) % 0 - < 1 ha 89 14 63 5 1 ha - < 5 ha 523 81 902 65 5 ha - < 20 ha 27 4 257 18 20 ha - < 50 ha 3 0 69 5 50 ha - < 100 ha 1 0 >= 100 ha 106 8 Total 643 100 1396 100 FONTE INE, 2009 RECENSEAMENTO GERAL AGRÍCOLA As explorações de média dimensão - 1 a 5ha - predominam no concelho ocupando mais de metade da área total (65%) e cerca de 81% das explorações existentes. Comparativamente com as explorações de média dimensão, as pequenas explorações - 0 a 1ha - e as de maior dimensão - 5 a 20ha - ocupam áreas residuais, 5% e 18%, respetivamente, da área total e representam 14% e 4% do quantitativo de explorações existentes. 18

O número de explorações de média dimensão é em maior número. Este facto é explicado com base no acentuado desfragmento das explorações. De facto o concelho é caracterizado por explorações de dimensões reduzidas, o que traduz a natureza minifundiária das explorações. Relativamente à população agrícola familiar e à forma como se organizam, é possível ler na tabela 23. TABELA 22 - POPULAÇÃO AGRÍCOLA FAMILIAR SEGUNDO O TEMPO DE ATIVIDADE NA EXPLORAÇÃO População agrícola % Sem atividade % Tempo parcial Tempo de atividade agrícola % < 50% % >= 50% % Tempo completo % H 878 50,2 47 38,8 693 47,4 481 53,4 212 37,9 138 82,6 M 871 49,8 74 61,2 768 52,6 420 46,6 348 62,1 29 17,4 Total 1749 100,0 121 100,0 1461 100,0 901 100,0 560 100,0 167 100,0 FONTE: R.G.A, 2009 A população familiar agrícola ocupa 15% da população existente no concelho, sendo constituída por 878 indivíduos do sexo masculino e 871 do sexo feminino, perfazendo 1749 indivíduos. Constata-se uma diminuição de 32% da população agrícola familiar na década 99-09. Do total de Indivíduos, 121 não possuem atividade na exploração, sendo que 61% são do sexo feminino. No que respeita ao tempo de atividade agrícola verifica-se que a maioria da população agrícola familiar trabalha em regime de tempo parcial, e dedicam menos de metade do seu tempo à atividade na exploração (<50%). Quanto ao regime de tempo completo, é o que obtém menor expressão na atividade agrícola, sendo que os indivíduos do sexo masculino representam 83%. Da tabela conclui-se que a população familiar encara a exploração agrícola como uma atividade secundária à sua atividade principal, isto é, as explorações agrícolas são encaradas não como a única forma de subsistência, tendo que recorrer a outras atividades para subsistir. A tabela 24 reforça a pluriatividade referida acima. 19

TABELA 23 - ORIGEM DO RENDIMENTO DO AGREGADO DOMÉSTICO DO PRODUTOR SINGULAR SEGUNDO A DIMENSÃO ECONÓMICA Classes Muito pequenas < 8 000 euros Pequenas 8 000 - < 25 000 euros Médias 25 000 - < 100 000 euros Grandes > 100 000 euros Exclusiva/ da atividade da exploração % Origem do rendimento Principal/ da atividade da exploração % Principal/ de origem exterior à exploração % Total % 9 75,0 80 85,1 522 97,9 611 95,6 2 16,7 12 12,8 10 1,9 24 3,8 1 8,3 2 2,1 1 0,2 4 0,6 Total 12 1,9 94 14,7 533 83,4 639 100,0 FONTE: R.G.A, 2009 É possível concluir que os rendimentos do agregado doméstico dos produtores singulares têm a sua origem principal em atividades exteriores à exploração, com 83%, sendo que apenas 2% destes agregados têm como origem exclusiva do seu rendimento, a exploração. Quanto à dimensão económica constata-se que 96%, do total de 639 produtores singulares, encontram-se na classe económica muito pequena. Assim, podemos concluir, que as práticas agrícolas são para estes produtores encaradas como uma segunda atividade, complementar a uma principal, que nada tem a ver com o setor primário, tal como se verifica na tabela seguinte. TABELA 24 - PRODUTORES SINGULARES, POR RAMOS DE ATIVIDADE LUCRATIVA EXTERIOR À EXPLORAÇÃO Principalmente de origem exterior à exploração Classes Total % Salários do setor primário % Salários do setor secundário % Salários do setor terciário % Atividade empresarial % Pensões rurais/ reformas % Outras % MP (Muito pequenas) < 8 000 euros P (Pequenas) 8 000 - < 25 000 euros M (Médias) 25 000 - < 100 000 euros G (Grandes) > 100 000 euros 522 97,9 8 1,5 78 14,9 132 25,3 48 9,2 392 75,1 35 6,7 10 1,9 3 30,0 4 40,0 5 50,0 1 10,0 1 0,2 1 100,0 1 100,0 Total 533 100,0 8 1,5 78 14,6 135 25,3 53 9,9 398 74,7 36 6,8 FONTE: R.G.A, 2009 Constata-se que dos 1749 produtores, 533, encontram-se em situação de pluriatividade. Quanto aos setores de atividade fora da exploração, a ocupação no setor terciário é a principal atividade lucrativa com 25,3%. De facto é no setor terciário que os produtores encontram a sua atividade principal, seguido do secundário com 14,6%. 20

Contudo, como origem lucrativa dominante assinalam-se as pensões e as reformas, com grande expressividade, 74,7%. No concelho de Arganil estamos perante uma população agrícola de produtores envelhecida (tabela 26). TABELA 25 - ESTRUTURA ETÁRIA DOS PRODUTORES AGRÍCOLAS, POR CLASSES E SEXO Classes de idade Sexo HM % H % M % 15 24 1 0 1 100 0 25 34 8 1 7 88 1 13 35 44 35 5 19 54 16 46 45 54 107 17 81 76 26 24 55 64 156 24 115 74 41 26 >=65 332 52 256 77 76 23 Total 639 100 479 75 160 25 Var. 99-09 -29-40 44 FONTE: R.G.A, 2009 Dos 639 produtores agrícolas, 52% tem idade superior a 65 anos, sendo o produtor maioritariamente do sexo masculino, representando 75% do total dos produtores agrícolas. Na década 99-09 os produtores agrícolas diminuíram 29%, facto que comprova a queda do setor primário em detrimento do setor secundário e terciário. No que respeita ao género, os indivíduos do sexo masculino também viram diminuir a sua população em 40%, no entanto, no mesmo período, os indivíduos do sexo feminino aumentaram 44%. Daqui podemos concluir que a agricultura não é encarada como uma atividade economicamente rentável, o que se não forem introduzidas medidas para incentivar esta população e os jovens a médio prazo esta prática terá o seu fim, podendo apenas subsistir de uma forma reduzida, na perspetiva de agricultura de subsistência. 21

TABELA 26 - MÉDIA DAS EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS NO MUNICÍPIO Unidade Geográfica 2009 % Concelho 645 100 Anceriz 13 2 Arganil 84 13 Barril de Alva 11 2 Benfeita 39 6 Celavisa 14 2 Cepos 11 2 Cerdeira 24 4 Coja 43 7 Folques 11 2 Moura da Serra 2 0 Piódão 15 2 Pomares 29 4 Pombeiro da Beira 93 14 São Martinho da Cortiça 135 21 Sarzedo 35 5 Secarias 15 2 Teixeira 23 4 Vila Cova de Alva 48 7 FONTE: R.G.A, 2009 Segundo o PROT Centro, norma TG 10, nº5, iv), onde consta o regime de excecionalidade para o Pinhal Interior Norte, na qual se inclui o município de Arganil, constata-se o seguinte: onde a área média de exploração agrícola é inferior a 2ha a excepção pode aplicar-se às freguesias cuja área média de exploração agrícola seja em pelo menos 5% inferior à área média de exploração do respectivo município. No município de Arganil as freguesias em que o valor da média de exploração agrícola é inferior a 5% estão assinaladas na tabela. 2.2. SETOR AGRO-SILVO-PASTORIL O sistema Agro-Silvo-Pastoril é constituído por áreas territoriais que, não tendo elevado potencial agrícola e possuindo atualmente um uso agrícola, florestal ou inculto, podem vir a ser ocupados por pastagens, sistemas silvopastoris ou mesmo floresta. As alterações de uso do solo estão intimamente associadas às variações da população, mostrando diferenças muito significativas nas práticas agrícolas e pecuárias. Para o estudo do efetivo pecuário baseamo-nos no Arrolamento Geral de Gados do Continente, produzido em 1925 e em 1935 pelo Ministério da Agricultura, em 1940 pelo Ministério da Economia e em 1955 pelo Instituto Nacional de Estatística. 22

A partir dos anos 50, os arrolamentos são incorporados nos Inquéritos às Explorações Agrícolas produzidos pelo instituto Nacional de Estatística, e o documento mais antigo encontrado refere-se a 1953, mas a unidade administrativa considerada é o Concelho, ao passo que os arrolamentos continham informação ao nível da freguesia, com exceção do de 1925. Após esta fase, evoluiu-se para os Recenseamentos Agrícolas, sendo ainda possível encontrar um arrolamento em 1972. O primeiro recenseamento data de 1979, seguindo-se os de 1989, 1999 e 2009. Os três últimos possuem informação desagregada ao nível das freguesias. A observação da variação do efetivo pecuário, gráfico 4, apresenta a mesma tendência para todas as espécies analisadas ao longo do período em avaliação. GRÁFICO 4 - VARIAÇÃO DO NÚMERO DE CABEÇAS DE GADO ENTRE 1925 E 1999 No caso dos ovinos, esta variação é drástica até 1989 e a partir daí existe uma tendência de menor variação. O facto de parte do concelho estar incluída na Região Demarcada do Queijo da Serra da Estrela e na Região de produção do Borrego da Serra da Estrela podem ter introduzido uma mais-valia nos produtos originados a partir dos ovinos e tornando a atividade economicamente interessante, diminuindo desta forma o processo de abandono. No caso dos caprinos, a situação é diferente e a diminuição do número de cabeças e de explorações mantém a tendência de redução, apresentando em 1999 um valor efetivo inferior a 80% ao de 1935, com variações mais acentuadas precisamente nas áreas onde o efeito do pastoreio poderia ser mais interessante. A variação dos bovinos também foi significativa e demonstra bem a diminuição da sua utilização, como animais de trabalho, e uma nova utilização na produção de leite, não assumindo no entanto importância significativa na região. 23

É a variação do efetivo de ovinos e caprinos, que são aqueles que tem uma maior capacidade de controlo da vegetação e, por outro lado, também utilizam mais vegetação arbustiva, nomeadamente matos nas suas camas, que permite verificar uma diminuição drástica nos 40 anos em análise. Uma variação desta magnitude deve ter tido consequências na gestão dos matos e mesmo dos povoamentos. Pala além disso, esta diminuição contribuiu para uma menor diversificação do rendimento das explorações e inviabilizou um modelo agrossilvo-pastoril que desde que cumprisse determinadas regras poderia ter criado uma situação de ocupação do solo e económica muito mais favorável do que a atual. TABELA 27 - VARIAÇÃO DO NÚMERO DE OVINOS E CAPRINOS POR FREGUESIA Freguesia Ovinos Caprinos 1935 1955 1972 1989 1999 2009 Var % 1935 1955 1972 1989 1999 2009 Var % Anseriz 452 354 185 92 94 46-89,8 138 127 50 40 3-97,8 Arganil 1592 1131 825 441 532 417-73,8 558 618 328 483 249 377-32,4 Barril de Alva 264 269 167 38 63 79-70,1 138 101 56 42 36 30-78,3 Benfeita 1870 2058 855 304 138 42-97,8 672 1521 489 191 40 63-90,6 Celavisa 907 627 224 98 69 43-95,3 754 281 201 197 65 51-93,2 Cepos 560 243 41 0 4-99,3 701 392 448 283 90 32-95,4 Cerdeira 485 441 446 166 73 108-77,7 279 132 180 44 19 54-80,6 Coja 964 894 750 462 352 254-73,7 486 493 268 199 172 208-57,2 Folques 514 870 526 142 235 149-71,0 465 495 327 373 72 5-98,9 Moura da Serra 0 0 433 102 5 0,0 0 0 309 74 8 Piodão 948 792 351 39 49-94,8 1987 1504 858 551 211 272-86,3 Pomares 2141 1719 999 336 161 56-97,4 1152 839 555 272 68 120-89,6 Pombeiro da Beira 2332 1068 968 697 403 199-91,5 242 342 452 549 292 273 12,8 S. Martinho da Cortiça 2122 1441 1042 806 1080 764-64,0 707 429 382 306 238 497-29,7 Sarzedo 689 644 217 247 420 97-85,9 143 168 110 185 114 324 126,6 Secarias 356 269 97 10 15 15-95,8 96 97 54 48 30 29-69,8 Teixeira 856 689 295 215 52 5-99,4 1171 738 580 533 236 203-82,7 Vila Cova de Alva 762 602 367 443 377 397-47,9 273 199 193 70 26 62-77,3 Concelho 17814 14111 8788 4638 4084 2729-84,7 9962 8476 5840 4440 1969 2611-73,8 FONTE: R.G.A, 1999, R.G.A. 2009 A análise da variação dos efetivos por freguesia entre 1989 e 2009, revela um aumento do número de aves, coelhos e colmeias/cortiços, na década 89-99, o aumento das aves deve-se a um extraordinário aumento do número de galinhas poedeiras na freguesia de Barril do Alva e está associado a unidades de produção intensiva. O maior aumento das colmeias/cortiços aconteceu na freguesia de Pomares, revelando este facto uma melhoria significativa das explorações e provavelmente um incremento significativo na quantidade de mel produzida e consequentemente do rendimento dos produtores. Contudo, a maior variação fez-se sentir nos coelhos com um aumento de cerca de 72%. Na década 99-09, apenas se verificou um aumento continuado no número de cabeças de aves. 24

TABELA 28 - NÚMERO DE CABEÇAS DE GADO POR FREGUESIA EM 1999 Freguesia Bovinos Ovinos Caprinos Suínos Equídeos Aves Coelhos Colmeias Cortiços Anseriz 94 5 238 22 Arganil 126 532 249 57 14 1436 175 374 75 Barril de Alva 63 36 12 4 40278 Benfeita 138 40 53 557 250 173 46 Celavisa 69 65 14 361 50 148 113 Cepos 90 9 91 60 43 Cerdeira 4 73 19 110 312 51 24 Coja 5 352 172 20 6 686 151 59 4 Folques 235 72 5 13 490 124 147 49 Moura da Serra Piodão 211 182 137 254 31 Pomares 40 161 68 5 271 81 227 444 Pombeiro da Beira 11 403 292 235 14 1773 188 119 52 S. Martinho da Cortiça 63 1080 238 167 30 2413 252 419 7 Sarzedo 420 114 10 5 642 63 20 Secarias 15 30 20 3 260 21 6 Teixeira 52 236 17 225 142 232 165 Vila Cova de Alva 377 26 71 4 797 247 46 Concelho 249 4064 1958 805 98 51012 2014 2291 986 FONTE: R.G.A, 1999 (QUADRO 18) TABELA 29 - NÚMERO DE CABEÇAS DE GADO POR FREGUESIA EM 2009 Colmeias Freguesia Bovinos Ovinos Caprinos Suínos Equídeos Aves Coelhos e Cortiços Anseriz 46 3 1 3 161 14 2 Arganil 28 417 377 27 4 1273 136 448 Barril de Alva 1 79 30 8 1 50026 20 Benfeita 42 63 1 344 147 51 Celavisa 43 51 1 164 43 79 Cepos 4 32 3 1 78 40 278 Cerdeira 4 108 54 9 306 18 4 Coja 254 208 4 2 568 149 54 Folques 149 5 1 157 6 55 Moura da Serra 5 8 1 42 Piodão 49 272 91 54 Pomares 10 56 120 7 250 93 64 Pombeiro da Beira 16 199 273 48 5 1376 272 87 S. Martinho da Cortiça 28 764 497 93 12 1721 180 299 Sarzedo 97 324 1 1 529 96 29 Secarias 15 29 8 1 274 28 13 Teixeira 5 203 2 146 725 Vila Cova de Alva 2 397 62 15 1 709 158 7 Concelho 89 2729 2611 230 31 58215 1400 2249 FONTE: R.G.A, 2009 TABELA 30 - VARIAÇÃO DO NÚMERO DE CABEÇAS DE GADO POR FREGUESIA EM 1989, 1999 E 2009 Bovinos Suínos Ovinos Caprinos Equídeos Aves Coelhos Colmeias e cortiços povoados 1989 452 4940 4638 4440 214 38229 1180 2376 1999 268 811 4084 1969 102 51025 2026 3300 Var. 89-99 -40,7-83,6-11,9-55,7-52,3 33,5 71,7 38,9 2009 89 230 2729 2611 31 58215 1400 2249 Var. 99-09 -66,8-71,6-33,2 32,6-69,6 14,1-30,9-31,8 25

2.3. O ESPAÇO AGRO-SILVO-PASTORIL NO REGULAMENTO DO PDM O regulamento do PDM de Arganil permite a edificabilidade nesta classe de solo em parcelas de área igual ou superior a 3500m 2. Pretendendo saber se esta área mínima é um valor compatível com a realidade vivida no concelho, a equipa de revisão do PDM, elaborou um estudo cujo objetivo final é o cálculo médio das áreas dos terrenos do concelho de Arganil. RECOLHA DOS DADOS Para a recolha da amostra, deslocamo-nos aos licenciamentos e dos processos que lá se encontram, retiramos todas as áreas que se encontravam nesta classe de espaço, perfazendo um total de 150. Esta amostra contém valores acima dos 3500m 2 e abaixo deste valor. (ver anexo A). TRATAMENTO DOS DADOS RECOLHIDOS Numa primeira fase e uma vez que não conseguimos valores para todas as freguesias, foi calculada uma média aritmética com a amostra recolhida para o concelho, obtendo o seguinte resultado: Média 3270.30m 2 Analisando o resultado e os valores da amostra, é notório que a média calculada, pode estar falseada, isto porque, existem dados nas amostras que são ou muito baixos ou muito elevados, prejudicando a média. É necessário voltar, novamente ao tratamento dos dados tentando assim conseguir uma média mais real. Através de um método mais expedito Outliers (valores estranhos), conseguiu-se eliminar na amostra valores que possivelmente estariam a falsear a média, que provavelmente seriam ou os mais elevados ou os mais baixos. Estes outliers foram calculados da seguinte forma: a) Cálculo do 1º e 3ºquartil, que forneceram respetivamente valores sobre 25% das observações mais baixas e 25% das observações mais altas; b) Cálculo da amplitude inter quartil,que é a diferença entre o 1º quartil e o 3º, obtendose assim 50% das observações centrais das amostras, não intervindo neste cálculo, o referido acima; c) Cálculo de inner fances e outer fences, isto é barreiras internas, inferior e exterior e barreiras externas inferior e superior, obtendo assim os valores estranhos da amostra; d) Finalmente foram retirados estes valores, calculando uma média para os restantes. Desta forma obtivemos a seguinte média 2116.91m 2. 26

Este método, segundo Hogg e Tanis, é um método mais eficaz, quando utilizado com amostras superiores ou iguais a 500, contudo na impossibilidade de os obter, julgamos que o erro é mínimo. Julga-se desta forma que as médias obtidas, nesta 2º fase, apesar de o valor ter diminuído, aproxima-se mais da realidade do concelho, contudo a eliminação destes valores estranhos é muito subjetiva uma vez que se retira valores que na realidade existem. 27

3. SETOR SECUNDÁRIO TABELA 31 - EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO ATIVA EMPREGADA POR RAMOS DE ATIVIDADE, NO SETOR SECUNDÁRIO NO CONCELHO DE ARGANIL (1991, 2001) Ramos de Atividade 1991 % 2001 % 91/01 Indústria Extrativa 16 0,7 7 0,3-128,6 Indústria Transformadora 1516 67,8 1313 57,0-15,5 Industrias alimentares de bebidas e tabaco 46 2,1 80 3,5 42,5 Indústria têxtil, vestuário e couro 503 22,5 481 20,9-4,6 Indústria da madeira e da cortiça e suas obras 350 15,7 164 7,1-113,4 Indústria pasta de papel e cartão e seus artigos, edição e impressão 22 1,0 40 1,7 45 Indústrias químicas, dos derivados petróleo, carvão, borracha e plásticos 41 1,8 4 0,2-925 Indústria de outros produtos minerais não metálicos 399 17,8 180 7,8-121,7 Indústrias metalúrgicas de base e fabricação produtos metálicos 21 0,9 122 5,3 82,8 Material de transporte, equipamentos e máquinas 81 3,6 99 4,3 18,2 Outras Indústrias Transformadoras 53 2,4 143 6,2 62,9 Produção e Distribuição de Eletricidade, Gás e Água 24 1,1 21 0,91-14,3 Construção Civil e Obras Públicas 680 30,4 964 41,8 29,5 Total 2236 48,6 2305 41,2 3,0 FONTE INE, 1991 E 2001 Como já tinha sido referido no ponto 1 do capítulo anterior, o setor secundário representava em 2001, 41,24% da população ativa deste concelho, sendo por isso um setor que se equipara ao setor terciário que representava em 2001, 42,57% da população ativa. O setor secundário desde 1981 apresenta um cenário de evolução, embora este tenha sido mais acentuado na década 1981/1991 que na década 1991/2001. A análise dos seguintes gráficos com a tabela 32, permite identificar quais os ramos de atividade responsáveis por esta evolução. GRÁFICO 5 - POPULAÇÃO ATIVA POR RAMOS DE ATIVIDADE - 1991 28

GRÁFICO 6 - POPULAÇÃO ATIVA POR RAMO DE ATIVIDADE 2001 Dos gráficos 5 e 6, o ramo de atividade responsável pelo aumento de ativos, entre 1991 e 2001, no setor secundário foi a construção civil e obras públicas. Apesar de se verificar uma diminuição de ativos ligados à indústria transformadora, este é o ramo que mais ativos emprega. Ao analisarmos com mais detalhe os diversos tipos de indústria transformadora, poderemos também afirmar que a evolução deste setor é também sustentada pelas diversas indústrias transformadoras existentes, destacando-se a indústria metalúrgica de base e fabricação de produtos metálicos, com uma variação positiva, isto é, um aumento de cerca de 82,8%, nesta última década. Para esta evolução contribuem também as indústrias alimentares de bebida e tabaco (42,5%), a indústria de pasta de papel e cartão (45%), a indústria de material de transporte, equipamentos e máquinas (18,2%), construção civil e obras públicas (29,5%) e outras indústrias transformadoras (62,9%). Há que destacar um forte decréscimo nas industrias químicas, dos derivados petróleo, carvão, borracha e plásticos (925%), menos 37 ativos, na indústria extrativa, menos 9 ativos (128,6%) e na indústria da madeira e da cortiça menos 186 ativos (113,4%). Na tabela 33 podemos observar que o setor secundário tem vindo a aumentar ao longo dos anos, mas o aumento ou decréscimo dos ativos pelos diversos ramos de atividade é idêntico ao verificado no ano de 2001. 29