Acessibilidade. Cartilha de Orientação. Atitudinal

Documentos relacionados
O presente documento fundamenta-se nos textos da legislação federal pertinente, a saber: CF/88, Art. 205, 206 e 208, NBR 9050/2004, da ABNT, Lei n.

Acessibilidade. Cartilha de Orientação. Atitudinal

SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA NACIONAL DE PROMOÇÃO DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Indicado para professores, alunos e f uncionários.

Orientações e Apoio para Contatos às Pessoas com Deficiência

A FEA e a inclusão: alunos, professores, funcionários e visitantes com deficiência

ADV-VALE Taubaté Associação dos Deficientes Visuais de Taubaté e Vale do Paraíba.

DEFICIÊNCIAS DICAS QUANDO VOCÊ ENCONTRAR UMA PESSOA COM DEFICIÊNCIA. Prof. Luzimar Teixeira 2009

EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA I. Faça isso e você verá o quanto é importante e enriquecedor aprendermos a conviver com a diversidade!

PROGRAMA DE PROMOÇÃO DA ACESSIBILIDADE Campus Universitário de Tubarão AS BARREIRAS ATITUDINAIS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA.

Como Lidar com Pessoas com Deficiência. 10/04/ Prodam-SP.

PROGRAMA DE INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

INCLUSÃO DE PcD NO MERCADO DE TRABALHO

As pessoas com deficiência têm o direito, podem e querem tomar suas próprias decisões e assumir a responsabilidade por suas escolhas.

COMO AGIR COM PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Ingresso de Alunos com NEE na UFRN

G9. Em geral, em que grau a deficiência física limita as atividades habituais de?

COMPORTAMENTOS INCLUSIVOS DIANTE DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Como tornar o seu Museu ou Monumento mais acessível

FACULDADES NETWORK Guia Prático de Relacionamento e Convivência com Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais: Manual Informativo

CARTILHA DA INCLUSÃO. Dos Diretos das Pessoas com Deficiência

Serviin MANUAL DE UTILIZAÇÃO. gestos que valem palavras. Serviço de Vídeo Intérprete

Cartilha para multiplicação do treinamento. Eliminação de barreiras atitudinais com pessoas com deficiência: relacionamento, comunicação e orientação

Secretaria Municipal de Educação

A FEA e a inclusão: alunos, professores, funcionários e visitantes com deficiência

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE ATENDIMENTO E ACOMPANHAMENTO ÀS PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECÍFICAS DA FACULDADE DO NORTE GOIANO (FNG)

POLÍTICAS DE ACESSIBILIDADE PEDAGÓGICA, ATITUDINAL E DAS COMUNICAÇÕES - FINOM

PROFISSIONAL DE APOIO ESCOLAR DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Clientes Especiais, Necessidades Especiais

Profa. Dra. VANESSA H. SANTANA DALLA DÉA

Técnicas de Relaxamento

COMO LIDAR COM AS CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA?

dicas para falar melhor

3. SENTADO SEM SUPORTE PARA AS COSTAS MAS COM OS PÉS APOIADOS SOBRE O CHÃO OU SOBRE UM BANCO

TM Rio EY Able. Incluir para potencializar resultados

Comunicando-se com a imprensa

REVENDO O QUE VOCÊ DEVE E NÃO DEVE FAZER AO ADESTRAR SEU CÃO

7ª Conferência da Qualidade de Software e Serviços

COMO SE COMPORTAR EM UMA DINÂMICA DE GRUPO?

INFORMAÇÃO 1. A deficiência visual pode ser congênita ou adquirida ao longo da vida. Fonte: AÇÃO 2

13 soluções para melhorar a comunicação

Envelhecimento ativo Que exercícios posso fazer em casa?

Prevenção de queda de idosos

Curso de Comunicação Oratória Básico. Começar falando para uma audiência. Identificar seus pontos fortes e aqueles que precisam melhorar.

CRIANDO UMA APRESENTAÇÃO DE PÔSTER EFICAZ

REGULAMENTO CATEGORIAS

Francisco Ricardo Lins Vieira de Melo Prof. Departamento de Fisioterapia da UFRN

Caderno 2 de Prova AE02. Educação Especial. Auxiliar de Ensino de. Prefeitura Municipal de Florianópolis Secretaria Municipal de Educação

Q UA N TO CUSTA? VALORIZE e APROVEITE.

Manual de Atendimento à Pessoa com Deficiência ANOREG/SP

DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Apresentações Orais - Dicas para melhorar -

Formas de Vendas e Inícios

Transporte Escolar Se é legal, é bom para você. É bom para o seu filho.

2Utilização de. computadores, tablets e telemóveis. Adote uma postura adequada. Trabalha com um computador?

Massagem Shantala Método de massagem para o bebé

Diretrizes para apresentação de trabalho aprovado

Coleção Paraná Inclusivo. Conhecendo a pessoa com deficiência

Acessibilidade & Mobilidade para todos! Acessibilidade em edificações e mobilidade urbana, uma questão mais que social.

Dicas gerais para elaboração do discurso

INSTRUMENTO DE COLHEITA DE DADOS

1º PASSO 2º PASSO 3º PASSO 4º PASSO

Acessibilidade. Dicas ANAC

falar em público FALAR EM PÚBLICO -1-

Dicas de relacionamento com as pessoas com deficiência

Dicas de relacionamento com as pessoas com deficiência

Capacitação na Operação de Plataformas Elevatórias Veiculares para. Acessibilidade

Discipulado passo a passo

NÚCLEO DE ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO NACI REGULAMENTO

Excelência no atendimento à pessoa com deficiência

Como pode ajudar o desenvolvimento do seu filho?

EA 2015 ENEM EM REVISTA ACESSIBILIDADE. Tema 1

1º PASSO 2º PASSO 3º PASSO 4º PASSO

Dicas para uma boa apresentação

Evento social e caminhada com a família

Quadro I - Protocolo de Reabilitação Vestibular VertiGO!.

CURSOS EAD DIRETRIZES: METODOLOGIA DA PESQUISA

ESCALA DE AVALIAÇÃO DAS DEFICIENCIAS MOTORAS E DA INCAPACIDADE (SCOPA-Motor) A. Avaliação Motora

10 exercícios para treinar sua capacidade de concentração. Concentração é essencial para as atividades do dia a dia

Orientações para Pacientes e Acompanhantes Prevenção de Quedas

INTRODUÇÃO. Segundo o assistente social e consultor de inclusão Romeu Sassaki, inclusão social é

Constituição de 88, artigo 205 Nota técnca 4/2014 do MEC LEI Nº , DE 6 DE JULHO DE 2015.

APRESENTAÇÃO ORAL. Prof. Sérgio Crisóstomo dos Reis

FACULDADE ATENEU - FATE REGULAMENTO DO NÚCLEO DE ACESSIBILIDADE

TESTE DAS 5 LINGUAGENS DE AMOR

REGULAMENTO DO NÚCLEO PERMAMENTE DE ACESSIBILILDADE E INCLUSÃO NAC


NETWORKING: DESENVOLVA SUA CARREIRA CRIANDO BONS RELACIONAMENTOS

RESOLUÇÃO Nº 004/2016. Regulamento do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão Avantis RESOLVE

Cartilha Ergonômica. para micro e pequenas facções

REDE NACIONAL DE OPERADORES DE SEGURANÇA PÚBLICA LGBTI

Acessibilidade como Prática na Educação Superior

O método é simples. 1. Entender o movimento (mentalmente), assimilá-lo. 2. Executar o movimento.

INSTRUTIVO CARRINHO. As imagens utilizadas neste manual de instruções são meramente ilustrativas e podem variar em seus acessórios, cores, e estampa.

Dra. h.c. Isabel Regina Depiné Poffo Presidente

POLÍTICA DE ACESSIBILIDADE. Mantenedora INSTITUTO DE ENSINO SANTA NATALIA LTDA. ME. Mantida FACULDADE FASIPE CUIABÁ POLÍTICA DE ACESSIBILIDADE

Abordagem fria. Por que fazer abordagem fria? Onde fazer abordagem fria?

Passe Livre Intermunicipal. Manual do Beneficiário

Checklist Preparativos para Gravar Vídeos. Por Pamela Albuquerque

FORMULÁRIO DO REQUERENTE DA CADEIRA DE RODAS

Transcrição:

Acessibilidade Cartilha de Orientação Atitudinal

C389a Centro Universitário Salesiano de São Paulo UNISAL. Comissão de Acessibilidade Acessibilidade: Cartilha de Orientação Atitudinal / Centro Universitário Salesiano de São Paulo UNISAL. Comissão de Acessibilidade. São Paulo: Gráfica Coktail, 2017. 12 p. 1. Acessibilidade 2. Acessibilidade Atitudinal 3. Acessibilidade Pedagógica 4. Acessibilidade Arquitetônica 5. Acessibilidade nas Comunicações e Digital I. Título. CDD 658.408

Sumário Plano de Ações para Acessibilidade I ORIENTAÇÕES ATITUDINAIS A. Pessoa com dificuldade de locomoção B. Pessoa cega ou com baixa visão C. Pessoa surda ou de baixa audição D. Pessoa com dificuldade de comunicação oral E. Pessoa com deficiência intelectual F. Pessoa com paralisia cerebral G. Pessoa com transtornos de espectro autista II ORIENTAÇÕES GERAIS 03 04 04 05 05 06 06 06 07 07 O presente documento fundamenta-se nos textos da legislação federal pertinente, a saber: CF/88, Art. 205, 206 e 208; NBR 9050/2004 e NBR 9050/2015, ambas da ABNT; Lei n. 10.098/2000; Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência/Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146, de julho de 2015) e nos Decretos n. 5.296/2004, n. 6.949/2009, n. 7.611/2011 e Portaria n. 3.284/2003, entre outros, assim como nas cartilhas Direitos da Pessoa com Deficiência (OAB, 2011) e Dicas de Relacionamento com as Pessoas com Deficiência (Prefeitura Municipal de São Paulo, 2008), além das diretrizes e políticas das Instituições Salesianas de Ensino Superior (IUS) e no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do Centro Universitário Salesiano de São Paulo UNISAL. Os termos técnicos aqui empregados baseiam-se nas definições constantes da ABNT NBR 9050/2015.

03 Plano de Ações para Acessibilidade Este plano de ações visa promover a defesa, a valorização e a promoção da pessoa humana, particularmente aquela em estado de vulnerabilidade. Integra-se, dessa forma, ao método educativo salesiano que, pautado também na inclusão social, busca promover, incessantemente, condições que proporcionem às pessoas oportunidades equânimes de formação integral, em qualquer situação em que elas se encontrem. Para esse fim, há uma Comissão de Trabalho, com representantes de todas as Unidades, que buscam material e experiências para o contínuo aperfeiçoamento da Política e plano de ações, com o objetivo geral de implementar, com base nos documentos regulatórios, ações de acessibilidade no UNISAL, oferecendo a toda a comunidade acadêmica e público externo condições plenas de circulação e acesso aos meios existentes para a formação da pessoa. Para isso, foram determinados os objetivos específicos de: promoção e difusão da acessibilidade na comunidade acadêmica; promoção de melhorias em todo o espaço físico e em veículos de comunicação, com orientação à acessibilidade; disponibilização dos meios necessários para a: - Acessibilidade Atitudinal; - Acessibilidade Pedagógica; - Acessibilidade Arquitetônica; - Acessibilidade nas Comunicações e Inclusão Digital.

04 Acessibilidade Cartilha de Orientação Atitudinal I Orientações Atitudinais Ao atender uma pessoa com deficiência: dê-lhe prioridade de atendimento; não a considere inapta e desamparada; lembre-se de que ela tem capacidade e direitos; seja sensível, mas não exagere na preocupação; comporte-se naturalmente; jamais atenda de longe; aproxime-se e dê-lhe a atenção necessária; ofereça ajuda, sempre que necessário; no entanto, ajude somente com a permissão da pessoa; não insista. considere também o tipo de deficiência da pessoa para oferecer o suporte adequado em cada caso. A. Pessoa com dificuldade de locomoção 1. Ao ajudar uma pessoa em cadeira de rodas: a) procure, em conversas mais demoradas, sentar-se ou acomodar-se de forma que seus olhos fiquem no mesmo nível do olhar do cadeirante (para ele, é um incômodo ficar olhando para cima o tempo todo); b) posicione a cadeira, na descida de rampas, de forma que o cadeirante fique de costas para você (marcha à ré) e sempre verifique se ele está seguro na cadeira; c) ajuste sua velocidade àquela da cadeira de rodas, ou seja, ajuste sua velocidade ao andar ao lado de um cadeirante; d) observe que não se deve debruçar ou apoiar o peso do corpo na cadeira de rodas, nem apoiar os pés na roda. 2. Ao ajudar uma pessoa com muletas, bengalas ou andadores: a) deixe-as ao alcance dessa pessoa;

05 b) ajuste a velocidade do seu caminhar para ficar igual à dela; c) sempre verifique se não há obstáculos que possam significar risco: cestos de lixo, tapetes, panos ou outros materiais ou resíduos que possam fazê-la escorregar ou tropeçar. B. Pessoa cega ou com baixa visão a) identifique-se prontamente e cumprimente-a tocando levemente nas mãos; b) deixe que ela segure seu braço e, se ela precisar, e, se o lugar for estreito, coloque a mão dela em seu ombro; c) pergunte se ela deseja que você a auxilie durante a refeição; d) avise-a quando se afastar; e) coloque a mão dela no braço ou encosto da cadeira ou sofá para auxiliá-la a se sentar; f) verifique se as portas estão completamente abertas para ela passar e se não há obstáculos no caminho que ela percorrerá; g) procure fornecer informações sobre distâncias aproximadas em metros e utilize informações precisas ao orientá-la, como para frente, para trás, para a direita, para a esquerda e nunca frases do tipo para lá ou para cá ; h) utilize palavras como veja e olhe sem acanhamento, pois são expressões também usadas por pessoas que não podem ver; i) permita o acesso incondicional do cão-guia à Instituição e evite distrair o cão-guia que acompanha a pessoa cega ou de baixa visão. C. Pessoa surda ou de baixa audição a) tente a comunicação por meio da língua de sinais, usando tradutores virtuais (podem ser usados em celulares, por exemplo) e, na falta deles, empregue mímica ou escreva; b) mantenha contato visual, de modo que ela possa ver a sua boca para ler os seus lábios e, principalmente, suas expressões faciais;

06 Acessibilidade Cartilha de Orientação Atitudinal c) sinalize com a mão ou tocando no braço dela e, enquanto estiverem conversando, fique de frente para ela. Nunca fale com ela de costas; d) aumente o tom da voz somente se ela pedir e evite gritar; e) peça que ela repita, sinalize com mímicas, desenhe ou escreva o que deseja, caso você não entenda o que ela quis dizer; f) fale olhando para ela, mesmo que esteja acompanhada de um intérprete da língua de sinais. D. Pessoa com dificuldade de comunicação oral a) mantenha a calma, não tente adivinhar, nem antecipe o que ela pretende dizer; b) dê tempo para ela se expressar e, caso não entenda, não tenha receio de pedir que ela repita (ou até escreva) o que deseja; c) fale pausadamente, mas apenas depois que tiver certeza de que ela terminou o que tinha a dizer. E. Pessoa com deficiência intelectual a) ofereça informações com frases curtas e objetivas; b) não utilize a terminologia deficiente mental, excepcional ou retardado ; c) não tenha atitudes nem falas infantis, nem use diminutivos (bonitinho, lindinho etc.); d) trate-a de acordo com sua maturidade, quer dizer, trate crianças como crianças, adolescentes como adolescentes e adultos como adultos. F. Pessoa com paralisia cerebral a) Considere que ela pode encontrar dificuldade para andar ou para falar e apresentar movimentos involuntários de pernas e braços, bem como expressões faciais estranhas; b) a paralisia cerebral é uma deficiência neuromotora e, em geral, não afeta a inteligência. Assim, converse normalmente, respeitando as dificuldades que possam surgir na expressão da fala.

07 G. Pessoa com transtornos de espectro autista a) Considere que ela pode apresentar diversos níveis de comprometimento na linguagem, nas habilidades sociais e no comportamento; b) também pode manifestar incômodo com ruídos, luzes e cheiros forte e contato físico; c) fale com calma e pausadamente, evite tocar a pessoa, a não ser que seja necessário ou que a pessoa mostre que aceita o contato. Seja sintético nas informações e anote instruções de forma clara, ordenada e resumidamente; d) controle as condições do ambiente em relação a estímulos que possam ser perturbadores para ela. II Orientações gerais Caso você perceba alguma situação relativa ao atendimento à pessoa com deficiência, com a qual não se tenha sentido confortável e que não tenha sido mencionada aqui, entre em contato com seu superior imediato ou envie um e-mail para: acessibilidade@unisal.br. Nosso objetivo é melhorar cada vez mais este documento e, para tanto, sua colaboração será de grande valia. Procure desenvolver um olhar crítico sobre a acessibilidade no seu local de trabalho. Faça a si mesmo perguntas como: uma pessoa com deficiência física utilizaria todos os benefícios e recursos do local? Há barreiras que atrapalhariam o movimento de uma pessoa cega? Há lugares de difícil acesso para um cadeirante? E caso você presencie ou tenha notícia de alguma situação que seja desfavorável ao atendimento ou ao convívio de uma pessoa com deficiência em nossas Unidades, informe ao seu superior imediato ou envie um e-mail para: acessibilidade@unisal.br.

08 Acessibilidade Cartilha de Orientação Atitudinal Formatação e Produção Técnica Departamento de Comunicação e Marketing Contribuição João Padoveze e Roberto Polezi (Unidade Americana)

Americana Campinas Lorena São Paulo