R. Periodontia - Março 2008 - Volume 18 - Número 01 RELAÇÃO ENTRE DOENÇA PERIODONTAL E DOENÇA CARDIOVASCULAR. HÁ UMA PREOCUPAÇÃO POR PARTE DOS QUE FAZEM CLÍNICA MÉDICA E ODONTOLÓGICA? Relationship between periodontal disease and cardiovascular disease. Is there a worry by clinicians and dentistry? Alexandre Pinto Maia 1, Eduardo Gomes Seabra 2 RESUMO A doença periodontal (DP) vem sendo considerada um fator de risco putativo para as doenças cardiovasculares (DCV). O conhecimento dessa relação por parte dos cirurgiões-dentistas e médicos é muito importante para se tentar eliminar esse possível fator de risco. O objetivo deste trabalho foi investigar, por meio de um questionário, se médicos e dentistas têm conhecimento sobre tal relação e se a consideram importante. Os questionários foram distribuídos em quatro grupos: cardiologistas (n=90), médicos de outras especialidades (MOE) (n=110), periodontistas (n=35) e cirurgiões-dentistas de outras especialidades (CDOE) (n=85). Houve uma perda de 32,4% da amostra total por falta de resposta dos profissionais. Os resultados mostraram que todos os cardiologistas, todos os CDs e 68,2% dos MOE já tinham obtido informação sobre a relação DP e DCV e apenas seis MOE não acreditam que essa relação possa existir. Quando questionados se, mesmo ao ser diagnosticada a DP, existia o hábito de tratar ou encaminhar os pacientes para tratamento periodontal, 29,5% dos cardiologistas e 25,5% dos MOE responderam que não, e 4% dos CDOE responderam não tratar nem encaminhar. Os médicos parecem não creditar muita importância à relação DP e a DCV e os CDs mostraram ter um bom conhecimento sobre a relação. UNITERMOS: doenças cardiovasculares; doenças periodontais; questionário. R Periodontia 2008; 18:73-77. 1 Mestre em Periodontia pela UFRN e Doutorando em Patologia Oral pela UFRN 2 Prof. Dr. da Disciplina de Periodontia e do Programa de Pós-Graduação em Odontologia da UFRN Recebimento: 08/10/07 - Correção: 09/10/07 - Aceite: 02/01/08 INTRODUÇÃO A doença periodontal vem sendo alvo de várias pesquisas devido a possível relação com outras patologias. Vem se tentando provar uma relação entre essa enfermidade e doenças de caráter sistêmico, em que a doença periodontal se comportaria como um fator de risco para tais doenças (HERZBERG & MEYER, 1996; BECK et al., 1998; KINANE & LOWE, 2000; JANSSON et al., 2001; BUHLIN et al., 2003; D AIUTO et al., 2004; CUETO et al., 2005). Partos prematuros, bebês que nascem com baixo peso, diabetes, doenças pulmonares e cardiovasculares são algumas das patologias que estão sendo correlacionadas com a doença periodontal (SCANNAPIECO et al., 1998). Uma das relações mais estudadas entre essas patologias é a que ocorre entre a doença periodontal e a cardiovascular. Inúmeros estudos tentam mostrar a existência dessa relação e apontam para o papel da doença periodontal como um fator de risco putativo para doenças cardiovasculares (KINANE & LOWE, 2000; PERSSON et al., 2003; CUETO et al., 2005). O conhecimento dessa relação, principalmente por parte dos profissionais que atuam na área da saúde, é importante devido à alta prevalência de ambas as patologias em todo o mundo (LOTUFO et 73
al., 1996; ALBANDAR & RAMS, 2002; GUIMARÃES et al., 2006). Para KINANE e colaboradores (2005) as doenças periodontais podem ser um importante fator de risco para doenças cardiovasculares. Segundo HERZBERG & MEYER (1996) várias espécies de microrganismos dentais como o Streptococcus sanguis mostraram-se indutores de tromboses e, em adição, eventos tromboembólicos muitas vezes precedem o infarto agudo do miocárdio. JANSSON et al. (2001) em seu estudo constataram que a perda óssea alveolar era um indicador de risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares em homens jovens. Da mesma forma, LOPEZ et al. (2002), BUHLIN et al. (2003), PERSSON et al. (2003), D AIUTO et al. (2004), SEINOST et al. (2005), YAMAZAKI et al. (2005) e PADILLA et al. (2006) encontraram em seus estudos dados que apontam para a existência da relação entre a doença periodontal e a doença cardiovascular. Entretanto, é importante ressaltar que a associação entre essas doenças, observada em vários estudos, pode resultar do acaso e que essas patologias podem ocorrer concomitantemente, porém, sem que uma afete ou seja fator de risco para a outra e vice-versa (SCANNAPIECO et al., 1998). Além disso, existe a dificuldade de mensurar o quanto a doença periodontal estaria relacionada a essas doenças, pois muitos dos fatores de risco para ambas são comuns e o risco que é atribuído em alguns estudos à doença periodontal pode estar superestimado. Alguns estudos com o objetivo de estabelecer relação entre essas enfermidades não mostraram qualquer associação entre ambas. Além do mais, falhas metodológicas e fatores de confundimento não-controlados são evidenciados em alguns trabalhos e podem mostrar conclusões precipitadas. A relação entre doenças cardiovasculares e periodontais, segundo SCANNAPIECO & GENCO (1999), pode ocorrer de quatro formas diferentes. A primeira seria o efeito direto dos agentes infecciosos presentes no biofilme periodontal atuando na formação da placa de ateroma. Outra forma seria por meio dos efeitos indiretos ou mediados pelo hospedeiro, acionados pela infecção periodontal. A terceira maneira partiria de uma predisposição genética comum para ambas as doenças e, por fim, a quarta maneira ocorreria devido aos fatores de risco serem comuns para tais patologias. O presente trabalho tem por escopo verificar o conhecimento da relação entre a doença periodontal e a doença cardiovascular pelos médicos e cirurgiões-dentistas da cidade de Natal, bem como se existe preocupação com a saúde periodontal/bucal dos pacientes por parte desses profissionais. MATERIAL E MÉTODOS O presente estudo é do tipo seccional que buscou verificar o conhecimento sobre a relação entre a doença periodontal e a doença cardiovascular por parte da classe médica e odontológica da cidade de Natal/RN. Devido ao envolvimento de seres humanos na pesquisa, o projeto foi encaminhado para o Comitê de Ética em Pesquisa da UFRN conforme a resolução 196/96 do CNS, que emitiu parecer favorável. A amostra foi constituída por 320 profissionais, entre os quais 90 cardiologistas, 110 médicos de outras especialidades (MOEs), 35 periodontistas e 85 cirurgiões-dentistas de outras especialidades (CDOEs) da cidade de Natal. Foram distribuídos questionários entre os grupos e aqueles não respondidos e entregues no prazo de um mês foram considerados perda. A população de Natal é de aproximadamente 800 mil habitantes. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia Secção RN, há 118 cardiologistas atuando na cidade de Natal, e segundo o CRO/RN há 2.237 cirurgiõesdentistas, dos quais 51 eram Periodontistas na cidade de Natal/RN. Tais questionários foram distribuídos em clínicas particulares, hospitais, universidades e eventos científicos objetivando coletar o maior número de profissionais possível. O pesquisador responsável passou uma vez por semana nos locais de entrega para reaver os questionários e foi estipulado o prazo máximo de um mês para resposta e devolução dos mesmos. Os questionários não respondidos no prazo foram considerados perdas. Os questionários continham perguntas fechadas com o objetivo de colher dados sobre atualização profissional (com perguntas sobre o número de eventos científicos que participavam por ano, assinatura de revistas e periódicos, utilização da internet para aquisição de conhecimento científico), conhecimento geral da doença periodontal (com perguntas que objetivavam checar o conhecimento ou não das doenças periodontais, bem como a fonte de conhecimento), conhecimento sobre a relação entre a doença periodontal e cardiovascular (perguntas sobre o conhecimento de informações sobre essa possível relação, se acreditavam que ela pudesse ocorrer, qual seria a fonte onde tal informação foi adquirida), bem como a atenção dispensada aos pacientes em relação a doença periodontal como um fator de risco para doenças cardiovasculares (se havia o hábito de examinar as condições bucais dos pacientes, se existia o hábito de 74
Tabela 1 RESULTADOS MAIS EXPRESSIVOS DOS GRUPOS DA PESQUISA QUANTO AOS ITENS QUESTIONADOS Itens Cardiologistas (n,%)moes (n, %)Periodontistas (n,%)cdoes (n,%) 1 90 110 35 85 2 61 (67,8%) 51 (46,4%) 25 (71,5%) 72 (84,8%) 3 29 (32,2%) 59 (53,6%) 10 (28,5%) 13 (15,2%) 4 46 (75,4%) 48 (94,1%) 25 (100%) 72 (100%) 5 61 (100%) 35 (68,6%) 25 (100%) 72 (100%) 6 61 (100%) 45 (88,2%) 25 (100%) 72 (100%) 7 25 (41%) 13 (25,5%) 25 (100%) 71 (98,6%) 8 43 (70,5%) 38 (74,5%) 25 (100%) 71 (98,6%) 9 61 (100%) 45 (74,5%) 25 (100%) 72 (100%) 1. Total de questionários entregues; 2. Total de questionários respondidos; 3. Total das perdas; 4. Relatam saber o que é a doença periodontal; 5. Receberam informação sobre a relação DP e DCV; 6. Acreditam que a relação DP e DCV possa realmente ocorrer; 7. Preocupam-se com a saúde bucal / periodontal dos pacientes no exame inicial; 8. Tratam ou encaminham para tratamento quando constatada a DP; 9. Acham importante a ação conjunta de médicos e dentistas tratar ou encaminhar pacientes para tratamento periodontal quando necessário). Foi realizada uma análise descritiva dos dados, com percentuais das respostas emitidas pelos grupos. RESULTADOS E DISCUSSÃO Dos 90 cardiologistas, 61 entregaram o questionário e 29, não. Dos 110 MOEs restantes, 51 responderam e os demais, não. Dos 120 questionários distribuídos para os CDs, 35 (10,9% do total da amostra) foram para periodontistas e 85 para CDOEs (26,5% do total da amostra). Dos 35 periodontistas, 25 entregaram o questionário respondido e 10, não. Dos 85 CDOEs, 72 entregaram o questionário respondido. Os questionários que não foram respondidos foram considerados perdas. Como não foi possível realizar o cálculo do tamanho da amostra com uma posterior randomização, um viés de seleção da amostra pode ter ocorrido. Sabe-se que o ideal para os estudos seccionais é realizálo de forma aleatória, porém, como no estudo piloto (MAIA & MAIA, 2004) observou-se uma perda de 50% da amostra devido a uma não resposta, optou-se pela tentativa de se realizar um censo entre cardiologistas e periodontistas. A maioria dos cardiologistas (55,7%) e dos MOEs (60,8%) atuam tanto em serviço público como em serviço privado. Os periodontistas também na sua maioria atuam nos dois serviços, ao passo que os CDOEs na maior parte (50%) atuam somente no serviço privado. Em relação ao conhecimento sobre a doença periodontal, a maioria dos cardiologistas (75,4%) e dos MOEs (94,1%) relatou saber do que se trata tal enfermidade e todos os CDs também afirmaram saber do que se tratava a doença periodontal, como era esperado. Os resultados mostrados estão de acordo com os dados do estudo piloto MAIA & MAIA (2004), onde 80,8% dos cardiologistas relataram conhecer o que é a doença periodontal, e dos MOEs, 100% afirmaram saber do que se trata a doença periodontal. Dos 61 cardiologistas que responderam o questionário, todos já haviam recebido informação sobre uma possível relação entre a doença periodontal e a cardiovascular. Dos MOEs, 16 (31,4%) ainda não tinham tido informação sobre essa relação, ao passo que o restante já havia recebido tal informação. Todos os CDs já haviam tido informação sobre uma possível relação entre as doenças. Todos os cardiologistas relataram acreditar que a relação entre a doença periodontal e a doença cardiovascular possa realmente ocorrer, sendo observado, no estudo piloto (MAIA & MAIA, 2004) o mesmo resultado. Seis MOEs não acreditam que a relação exista, diferindo um pouco quando comparado ao estudo piloto, onde apenas 1 MOE (4,2% da amostra) não acreditava que essa relação pudesse ocorrer. Todos os CDs que responderam ao questionário acreditam que a relação entre a doença periodontal e a cardiovascular possa ocorrer. Apesar da grande maioria dos médicos acreditar que a relação entre a doença periodontal e a cardiovascular possa ocorrer, uma grande parte deles (59% dos cardiologistas e 74,5% dos MOEs) não tem preocupação com a saúde bucal dos pacientes durante o exame inicial. Dos CDs, apenas 1 CDOE relatou não se preocupar com a saúde periodontal 75
de seus pacientes durante o exame inicial. Seria bastante importante que os profissionais da área médica e odontológica atentassem para a prevenção desse fator de risco, pois se a consciência e a crença de que essa relação entre as doenças fosse realmente formada, poderíamos diminuir a incidência e prevalência de casos de doenças cardiovasculares, inclusive com os CDs atentando para outros fatores de risco e não somente a doença periodontal. Mesmo quando constatada a presença da doença periodontal, ainda há cardiologistas (29,5%), MOEs (25,5%) e 1 CDOE que não encaminham o paciente para tratamento. É de se estranhar que mesmo acreditando que a doença periodontal possa ser fator de risco para as doenças cardiovasculares, alguns profissionais ainda não encaminhem para tratamento seus pacientes mesmo quando a doença periodontal é detectada. Todos os cardiologistas, periodontistas e CDOEs acham importante a ação conjunta de médicos e CDs no sentido de tentar diminuir o percentual de pacientes portadores deste fator de risco para doenças cardiovasculares que é a doença periodontal. Dos MOEs, seis não acham importante a ação conjunta entre esses profissionais para esse fim, o que era de se esperar já que os médicos que fizeram esse relato são os mesmos que disseram não acreditar na relação entre as doenças. No estudo piloto, todos os médicos (cardiologistas e MOEs) achavam importante a ação conjunta entre médicos e CDs para diminuir esse fator de risco, que é a doença periodontal. Segundo PERSSON et al. (2003) é mais comum que pacientes adultos visitem o CD para exame bucal do que procurem cardiologistas para consultas cardiológicas e que seria importante que os CDs atentassem para esse fato. Os autores vão mais além, eles relatam que é papel do CD identificar possíveis fatores de risco para doenças cardiovasculares, inclusive a presença da doença periodontal. É muito importante que médicos e CDs se unam para melhorar a condição bucal e subseqüentemente a condição da saúde geral dos seus pacientes. É bastante importante que estudos com amostras maiores e com metodologias diferentes sejam realizados com o objetivo de determinar a força com que essa relação entre a doença periodontal e a doença cardiovascular realmente ocorre. Apesar de uma explicação biológica consistente estar presente nos estudos atuais, ainda é difícil precisar o quanto a doença periodontal pode afetar as doenças cardiovasculares. CONCLUSÕES 1. Diante do exposto, podemos concluir que os médicos parecem não dar muita importância à relação entre a doença periodontal e a doença cardiovascular, visto que, a grande maioria, mesmo acreditando que a doença periodontal possa ser um fator de risco para doenças cardiovasculares, não avaliam a condição bucal dos seus pacientes e um número expressivo de médicos, mesmo quando detectados problemas periodontais, não encaminham seus pacientes para tratamento. 2. Os CDs, de uma maneira geral, apresentaram um nível de conhecimento a respeito da relação entre as doenças periodontal e cardiovascular muito bom. Talvez fosse necessário um questionário direcionado para os CDs com um enfoque maior sobre as doenças cardiovasculares e não periodontais. Dessa forma achamos que o resultado poderia ser diferente do apresentado. ABSTRACT The periodontal disease (PD) have been considerate a putative risk factor to cardiovascular disease (CVD). The knowledge about this relationship from dentistries and physicians is very important to try to eliminate this possible risk factor. The aim of this work was to investigate through a questionary if physicians and dentistries are aware about this relationship and if they think that it is important. These forms were distributed into 4 groups: cardiologists (n=90), physicians from other specialist (POS) (n=110), periodontists (n=35) and dentistry from other specialist (DOE) (n=85). There was a lost of 32,4% of the total sample due to a lack of response of some professionals. The results showed that all cardiologists, all dentists and 68,2% of POE said that they had gotten information about the relationship between PD and CD, and just six POS don t believe that this relationship can occur. When questioned if, even when a PD is diagnosed, there is a habit to treat or orient the patient for treatment, 29,5% of cardiologists and 25,5% of POE answered that they did not orient and 4% of DOE answered not treat or orient. The physicians seem not to think important the relationship between PD and CD and the dentistry have shown a good knowledge about this subject. UNITERMS: Cardiovascular disease; Periodontal disease; Questionary. 76
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1- ALBANDAR JM.; RAMS TE. Global epidemiology of periodontal diseases: an overview. Periodontology 2000 2002; 29: 7-10. 2- BECK JD et al. Periodontitis: a risk factor for coronary disease? Annals J Periodontol 1998; 3:127-141. 3- BUHLIN K et al. Risk factors for cardiovascular disease in patients with periodontitis. European Heart J 2003; 24: 2099-2107. 4- CUETO A et al. Periodontitis as risk factor for acute myocardial infarction. A case control study of Spanish adults. J Periodontal Res 2005; 40: 36-42. 34: 340-45. 18- SEINOST J et al. Periodontal treatment improves endothelial disfunction in patients with severe periodontitis. American Heart J 2005; 149: 1050-4. 19- YAMAZAKI K et al. Effect of periodontal treatment on the C-reative protein and proinflammatory cytokine levels in Jananese periodontitis patients. J Periodontal Res 2005; 40: 53-58. 5- D AIUTO F; READY D; TONETTI MS. Periodontal disease and C-reative protein associated cardiovascular risk. J Periodontal Res 2004; 39: 236-41. 6- GUIMARÃES HP et al. Epidemiologia do infarto agudo do miocárdio. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo 2006; 16: 1-7. 7- HERZBERG MD; MEYER MW. Effects of oral flora on platelets: possible consequences in cardiovascular disease. J Periodontol 1996; 67: 1138-42. 8- JANSSON L et al. Relationship between oral health and mortality in cardiovascular disease. J Clinical Periodontol 2001; 38: 762-68. 9- KINANE DF; LOWE GDO. How periodontal disease may contribute to cardiovascular disease. Periodontology 2000 2000; 23: 121-26. 10- KINANE DF et al. Bacteraemia following periodontal procedures. J Clinical Periodontol 2005; 32: 708-13. 11- LÓPEZ R et al. Coronary heart disease and periodontitis a case control study in Chilean adults. J Clinical Periodontol 2002; 29: 468-73. 12- LOTUFO PA. Epidemiologia das doenças cardíacas no Brasil: Histórico, situação atual e proposta de modelo teórico. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo, 1996; 6: 541-47. 13- MAIA AP; MAIA BGF. Doença Periodontal x Doença cardiovascular: há uma preocupação por parte dos que fazem cardiologia e clínica médica? 2004. 58f. (Monografia - Trabalho de Conclusão de Curso). Natal: Universidade Potiguar. Natal. 14- PADILLA C et al. Periodontal pathogens in atheromatous plaques isolated from patients with chronic periodontitis. J Periodontal Res 2006; 41: 350-53. 15- PERSSON GR et al. Chronic periodontitis, a significant relationship with acute myocardial infarction. European Heart J 2003; 24: 2108-15. 16- SCANNAPIECO FA et al. Periodontal disease as a potential risk factor for systemic disease. J Periodontol 1998; 59: 841-850. 17- SCANNAPIECO FA; GENCO RJ. Association of periodontal infections with atherosclerotic and pulmonary diseases. J Periodontal Res 1999; Endereço para correspondência: Alexandre Pinto Maia Rua Felipe Cortez, 1469 - Lagoa Nova CEP: 59056-150 - Natal - RN Tels: (84) 3234-0173 / (84) 9988-98389 E-mail: alexandrepintomaia@yahoo.com.br 77