Desenvolvendo o Pensamento Matemático em Diversos Espaços Educativos

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Transcrição:

VIVÊNCIA NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO E SUAS CONTRIBUIÇÕES NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA GT8 - Formação de Professores e Educação Matemática (FPM) Izailma Nunes De LIMA izailmanunes@gmail.com Cícero Félix Da SILVA cicero.bv_2007@hotmail.com Marília Lidiane Chaves Da COSTA marilialidiane@gmail.com RESUMO Este texto é um relato da experiência vivenciada na disciplina de Estágio Supervisionado I, do curso de Licenciatura em Matemática da UEPB, Campus VI, onde realizamos o estágio na escola Maria do Socorro Aragão Liberal no município de Monteiro, Paraíba. A experiência no estágio nos proporcionou vivenciar na prática os percalços da nossa profissão, constituiu em mais um aprendizado acerca de como lidar com os alunos, qual a melhor forma fazer aulas diferentes e como analisar o perfil do professor que desejamos nos tornar. Percebemos que os alunos tinham dificuldades em assuntos simples tais como equação do 2º grau. O estágio nos auxiliou no fato de que agora seria possível relacionar a teoria com a prática e a partir disso analisar com mais propriedade os aspectos que caracterizam a nossa profissão. Palavras-Chave: Estágio Supervisionado, Prática Pedagógica, Educação Matemática. 1. Introdução Durante nossa caminhada na Licenciatura em Matemática da UEPB passamos por diversos componentes curriculares que buscam trazer para nosso convívio um pouco de como nosso trabalho será vivenciado quando estivermos em sala de aula. Dentre esses, podemos citar as práticas pedagógicas de ensino e o estágio supervisionado este último constitui um momento de interação real entre a teoria vista na universidade e a prática que nos espera nas escolas. Além disso, conforme apontam Pimenta e Lima (2011, p. 103) o est ágio como reflexão da práxis possibilita aos alunos que ainda não exercem o magistério aprender com aqueles que já possuem experiência na atividade docente. 1

Dessa forma, a importância do estágio para nós, licenciandos em matemática, está em ser esse o componente curricular que mais nos aproxima da realidade, isto é, o momento em que podemos vivenciar experiências reais como futuros professores que seremos ao concluir o curso, e a partir dessa vivência é que decidiremos se seremos mesmos professores, se queremos ou não continuar na profissão ou seguir uma carreira que não seja a de educador matemático. E se formos continuar, é no estágio que também surgem outras questões: Como vamos atuar em sala de aula? De que forma falar com seus alunos sem que os deixem constrangidos? Que metodologia utilizar para que eles compreendam melhor o conteúdo? Esses e outros questionamentos surgem constantemente durante a realização do estágio supervisionado na escola. O Estágio Supervisionado baseia-se em um exercício que possibilita aos estudantes que estão ingressando na formação de professores vivenciarem o que aprenderam durante a graduação (MAFUANI, 2011). Os cursos de Licenciatura em Matemática devem relacionar teoria e prática de forma interdisciplinar e multidisciplinar, sendo que os componentes curriculares não podem ser isolados e deve haver mútuas ligações com outras disciplinas de natureza humana, social e histórica. Por isso, o Estágio Supervisionado é considerado um elo entre o conhecimento construído durante a vida acadêmica e a experiência real, que os discentes terão em sala de aula quando profissionais (FILHO, 2010). Todavia, quando chegamos a uma escola para realizar o estágio supervisionado, ficamos todos empolgados com a nova atividade, criamos muitas expectativas, dentre essas aquelas que acreditam que o estágio será ótimo, que o aluno não dá trabalho, que o aluno presta atenção na aula, e outros. Porém, observamos que na prática, é tudo muito mais complexo do que imaginamos, somado aos problemas já existentes na própria sala de aula, são constantes os problemas relacionados com a falta de organização, de recursos materiais, indisciplina, preconceitos e violência (PIMENTA; LIMA, 2011). 2. A experiência com o estágio 2

No estágio supervisionado I, não fomos diretamente ao colégio fazer as observações tivemos aula com a professora Marília Lidiane Chaves Costa nessas aulas fazíamos discussões de textos e dinâmica, então começamos a providenciar toda a documentação e, na sequência, procuramos um (a) professor (a) para observarmos suas aulas foi então que falamos com a professora Maria das Dores Cordeiro Moura, a qual já havíamos tido contato durante o Ensino Médio, gentilmente disponibilizou suas turmas para que escolhêssemos de acordo com o nosso melhor horário. Nesse momento, realizamos um levantamento do histórico escolar da instituição a qual iríamos realizar o estágio, o qual continha dados sobre a fundação da escola, sobre seu quadro de funcionários e como era o perfil dos alunos que fazem parte da escola. Na sequência, realizamos uma entrevista com o professor a ser observado. Essa entrevista era composta de dados sobre a sua formação profissional, a quanto tempo leciona e quais as turmas, se utiliza algum tipo de recurso em suas aulas (tais como materiais manipuláveis, jogos, etc.), qual a importância do ensino da Matemática na sociedade atual, se conhecia os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e se concordava com as orientações indicadas nos mesmos. O objetivo dessa entrevista foi o de traçar um perfil do professor observado. Após essa fase, escolhemos uma turma de 9 ano do Ensino Fundamental com aproximadamente 37 alunos, distribuídos numa faixa etária entre 14 e 15 anos. A turma era bastante barulhenta, a grande maioria não queria fazer nada. Logo no primeiro dia, foi necessário realizar uma prova acerca do conteúdo que havia sido trabalhado anteriormente, se reclamaram de que a prova era extensa e difícil, mas o nível da prova era fácil. Após essa avaliação, começamos o estágio supervisionado observando as primeiras aulas. Para realizar essa observação, foram estabelecidos alguns critérios, dos quais podemos citar: ambientação, domínio de sala, domínio de conteúdo, metodologia, avaliação, planejamento, dentre outros. Ao iniciar a observação de cada aula, estabelecíamos primeiro o critério a ser avaliado e a partir daí prosseguíamos na observação deste. 3

Com relação ao critério ambientação observamos que a sala de aula é pequena para o número de alunos que fazem parte da turma, com apenas dois ventiladores e uma janela, a sala se torna muito abafada e com pouca claridade. Sobre o critério domínio de sala percebemos que a professora observada tem domínio sobre seus alunos e sempre mantêm o tom de voz adequado com a turma, só em alguns casos é que ela precisa aumentar um pouco o seu tom de voz, pois os alunos em certos momentos não davam atenção à aula. Ao tratarmos do critério domínio de conteúdo foi observado que a professora sabe se expressar muito bem e o domínio com os conteúdos tratados em sala de aula é muito proveitoso, sua maneira de se expressar é condizente com sua prática de ensino, e oferece um bom entendimento aos seus alunos. Com relação à metodologia adotada pela professora observada podemos destacar que era constituída em sua maioria pela aula expositiva e apenas com o uso do quadro e do livro didático, com relação a outros materiais didáticos, durante nosso estágio em nenhum momento a professora utilizou outras metodologias sempre eram as mesmas. Após a realização das observações ocorria semanalmente uma partilha de experiência entre o grupo da disciplina Estágio Supervisionado I, onde cada estagiário deveria relatar como tinham sido as aulas da semana. A realização desse momento possibilitou aos estagiários uma discussão sobre os problemas e dificuldades de cada um e sugestões de como transpor tais dificuldades. Segundo Cyrino (2008, p. 81) não é possível deixar ao futuro professor a tarefa de integrar e transpor seu saber-fazer para o fazer, sem ter a oportunidade de participar de uma reflexão coletiva e sistemática sobre o processo. Tínhamos um plano de observação onde cada aula observada era colocada data, assunto apresentado pela professora e a assinatura da mesma, a professora tinha uma boa relação com todos os alunos da turma do estágio fomos bem recebidos por todos que compõem a escola, diretoras, professores, alunos e auxiliares de serviço. 4

3. Conclusão O estágio supervisionado I foi muito mais do uma experiência, foi um aprendizado pra vida toda, onde também decidimos o queremos daqui para frente na minha formação achei interessante o fato de não ser só a teoria e ter a prática um dos pontos positivos que acho é o fato de que era uma turma trabalhosa, mas que a professora sabia dominar alguns dos alunos um fato negativo é que muitos deles não gostam de estudar matemática, mas talvez seja pelo fato que eles querem algo diferente e não o método tradicional definição, exemplo, exercício e prova, não tive nenhuma dificuldade com relação ao estágio apenas me fez ver e poder refletir um pouco mais como será a minha didática como futura professora também fez perceber como um professor deve se comportar em uma sala de aula. Durante a realização do estágio encontramos algumas dificuldades, como por exemplo, a maneira de como nos comportar em sala de aula, pois naquele momento havíamos nos inserido naquele ambiente não mais como alunos e sim como futuros professores e fazer da observação uma expectativa da tarefa de ensinar. 4. Referencias Bibliográficas CYRINO, Márcia, C. C. T. Preparação e emancipação profissional na formação inicial do professor de Matemática. In: NACARATO, A. M. N.; PAIVA, M. A. V. (Orgs.) A formação do professor que ensina Matemática: perspectivas e pesquisas. 1. Ed. 1. Reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. FILHO, A. P. O Estágio Supervisionado e sua importância na formação docente. Revista P@rtes. 2010. Disponível em: http://www.partes.com.br/educacao/estagiosupervisionado.asp Acesso em: 15 out. 2014. MAFUANI, F. Estágio e sua importância para a formação do universitário. Instituto de Ensino superior de Bauru. 2011. Disponível em http://www.iesbpreve.com.br/base.asp?pag=noticiaintegra.asp&idnoticia=1259. Acesso em: 03 set. 2014. PIMENTA, S. G; LIMA, M. S. L. Estágio e Docência. São Paulo: Editora Cortez, 2011. 5