RESILIÊNCIA COMO PREDITOR DO IMPACTO TRAUMÁTICO EM TECNICOS DE EMERGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR - TEPH

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DOCUMENTO DE APRESENTAÇÃO

Transcrição:

RESILIÊNCIA COMO PREDITOR DO IMPACTO TRAUMÁTICO EM TECNICOS DE EMERGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR - TEPH Sónia Cunha 1,2, Sílvia Fonseca 2, Rui Campos 1 & Cristina Queirós 2 1 Instituto Nacional de Emergência Médica, INEM, Portugal. 2 Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, Portugal

Resiliência como Preditor do Impacto Traumático em Técnicos de Emergência Pré-hospitalar - TEPH I. INEM Caracterização II. Estudo realizado com TEPH Objetivos Instrumentos Procedimento Resultados Conclusões

Introdução DL 34/2012 I. INEM O INEM, I. P., tem por missão definir, organizar, coordenar, participar e avaliar as atividades e o funcionamento de um Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) deforma a garantir aos sinistrados ou vítimas de doença súbita a pronta e correta prestação de cuidados de saúde.

Introdução INEM (Diretiva Operacional Nacional nº 1 DIOPS, 2010) Coordena todas as atividades de saúde em ambiente pré-hospitalar, a triagem e evacuações primárias e secundárias, a referenciação e transporte para as unidades de saúde adequadas, bem como a montagem de Postos Médicos Avançados (PMA); Executa a triagem e o apoio psicológico a prestar às vítimas no local da ocorrência, com vista à sua estabilização emocional e posterior referenciação para as entidades adequadas;

Introdução Centro de Orientação de Doentes Urgentes: Distribuição do território Nacional por 4 CODU

Introdução Meios INEM CODU MAR HOSPITAIS UMIPE PEM C O D U SHEM RESERVAS NINEM VMER TIP MEM AMB. INEM (AEM e SIV)

Introdução Meios do INEM tripulados por Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar - TEPH Meio Ambulância de Emergência Médica AEM Ambulância de Suporte Imediato de Vida SIV Motociclo de Emergência Médica MEM Unidade Móveis de Intervenção Psicológica de Emergência - UMIPE Ambulância de Transporte Inter-Hospitalar Pediátrico - TIP Início de Atividade Julho de 2004 (após o Euro2004) Outubro 2007 (enquadradas na reestruturação da rede de urgências) Julho de 2004 (após o Euro2004) Números Nacionais 56 39 Agosto de 2004 4 Abril de 2011 4 8

Introdução TEPH no INEM Estes meios são tripulados por 1 ou 2 TEPH. Os TEPH têm competências para a prestação de cuidados de emergência pré-hospitalar. Trabalho num regime por turnos, operacionalizando os meios do INEM 24H 7/7. Regime da Carreira especial de TEPH criada e definida pelo Decreto-Lei n.º 19/2016 de 15 de abril. No INEM trabalham cerca de 650 TEPH, de Norte a Sul do País.

Objetivos II. Estudo realizado com TEPH Identificar os níveis de resiliência; Avaliar o impacto dos incidentes críticos a que estão expostos no exercício da sua profissão e a variação em função das variáveis sociodemográficas; Analisar a resiliência enquanto preditor deste impacto traumático; Estes objetivos derivam de um dos princípios de gestão da qualidade, no que respeita ao desempenho dos profissionais, pois o compromisso e estabilidade emocional são fundamentais para a prática da sua função.

Método Bateria organizada em 3 grupos: o Grupo I - questionário sociodemográfico (idade, sexo, estado civil, existência de filhos, região do país, estar deslocado da residência, anos de experiência no INEM e número médio de horas de trabalho por semana) o Grupo II Resiliência (Resilience Scale RS, Wagnild & Young, 1993; versão portuguesa de Oliveira & Machado, 2011) o Grupo III Sintomatologia e impacto percebido dos eventos (Impact of Event Scale-Revised - IES-R, Weiss & Marmar, 1997; versão portuguesa de Matos, Pinto-Gouveia & Martins, 2011)

Procedimento Entre o segundo e terceiro trimestre de 2016 procedeu-se à distribuição dos questionários em suporte papel, e respetivo consentimento informado, pelas diferentes delegações (Norte, Centro e Sul). Contactados todos os profissionais. Decisão voluntária no preenchimento do questionário. Não existiu contacto entre o participante e o investigador. Preenchimento foi realizado num momento das reuniões de equipa ou enquadrado no âmbito da formação contínua mensal de grupos profissionais, demorando cerca de 10 minutos.

Análise Estatística Medidas Descritivas (mínimo, máximo, média e desvio-padrão) Análises Comparativas (t-student para amostras independentes) Correlações R de Pearson Análise de Regressão Múltipla (com recurso ao método Enter)

Participantes Amostragem de tipo não-probabilístico por conveniência: 400 TEPH (62%); Região Sul 39%, região Norte 35% e região Centro 26%; Idades entre os 23-50 anos, média 34 anos; 67% sexo masculino; 53% sem filhos e 52% não casados; 34% deslocados da sua residência; 7 anos em média de serviço no INEM; Carga horária semanal cerca de 42 horas.

Resultados Níveis de Resiliência e de Trauma Na Resiliência, médias aproximaram-se dos valores máximos da escala (moderada/elevada a elevada); no Trauma, médias reduzidas (ausência de trauma). Dimensões (escala) Média Desvio Padrão Competências pessoais (1-7) 5.92.58 Aceitação si próprio e vida (1-7) 5.49.71 Total Resiliência (25-175) 143.0 14.80 Pensamentos intrusivos (0-4) 0.9.87 Evitamento (0-4) 0.9.75 Hiperativação (0-4) 0.6.81 Total Trauma (0-88) 18.7 16.52

Resultados Distribuição por níveis de Resiliência 23; 6% Resiliência reduzida Resiliência moderada 192; 48% Resiliência moderada elevada a resiliência elevada 185; 46%

Resultados Distribuição por presença de Trauma Ausência de indicadores de trauma 77; 19% Presença de indicadores de trauma 323; 81%

Resultados Análise comparativa em função das características sociodemográficas Não revelou diferenças significativas. Diferença em função do sexo nas competências pessoais, total resiliência e pensamentos intrusivos. Dimensões (escala) Masculino (n=265) Feminino (n=131) t Student p Competências pessoais (1-7) 5.86 6.02-2.572.010** Aceitação si próprio e vida (1-7) 5.46 5.55-1.132.258 Total Resiliência (25-175) 141,97 145.29-2.127.034* Pensamentos intrusivos (0-4).90 1.11-2.103.037* Evitamento (0-4).88.95 -.839.402 Hiperativação (0-4).62.69 -.767.444 Total Trauma (0-88) 17.83 20.43-1.373.171 *p <.05 **p <.01

Resultados Análise através do coeficiente Correlação de Pearson A idade contribuiu para a diminuição da resiliência e os anos de serviço no INEM potenciaram o aumento de trauma. Confirmada correlação negativa entre resiliência e trauma. Dimensões *p <.05 **p <.01 Idade Anos no INEM Horas semanais Competências pessoais Aceitação de si e vida Total de Resiliência Competências pessoais -,061 -,055 -,024 Aceitação si e vida -,089 -,098 * -,076 Total Resiliência -,098 * -,089 -,061 Pensamentos intrusivos,039,165 ** -,001 -.173** -.220** -.196** Evitamento,043,126 * -,012 -.208** -.211** -.216** Hiperativação,033,147 **,026 -.208** -.216** -.217** Total Trauma,037,153 **,002 -.211** -.234** -.227**

Resultados Análise de Regressão Múltipla Características profissionais predizem 2% do trauma e a resiliência prediz 4,6%, enquanto as características individuais não constituem um fator preditor significativo para o trauma. Variável dependente Preditor R 2 R 2 change F p Características individuais.023.023 1.447.196 Trauma Características profissionais.043.020 3.793.023* Resiliência.088.046 6.136.000*** *p <.05; **p <01; ***p <.001

Conclusões Existência de bem-estar psicológico na amostra, pois os resultados revelaram moderada a elevada resiliência e baixa presença de trauma. 19% desta amostra revelou a presença de sinais de trauma. Indica risco aumentado dos TEPH manifestarem problemas de saúde mental em comparação com a população em geral (Ex. Gray e colaboradores (2004) concluíram que 8 a 9% dos indivíduos expostos a um incidente crítico podem desenvolver PPST).

Conclusões Variação em função do sexo, talvez resultante da diferente gestão dos estados emocionais por parte das mulheres (Ekman, 2004). Acumulação da exposição a incidentes críticos constitui um fator de risco no desenvolvimento de trauma, suportado pela relação positiva entre os anos de serviço e trauma e negativa com a resiliência.

Conclusões Identificada a necessidade de implementar programas de promoção do bem-estar psicológico e que previnam o desenvolvimento de patologia nestes profissionais. Importa promover a capacidade de confronto com as exigências inerentes às funções que desempenham, potenciando, ainda mais, a resiliência, a procura de suporte social e a valorização do sucesso em eventos traumáticos anteriores Estes estudos são essenciais para o conhecimento e planeamento de linhas de intervenção, visando a prevenção de estados emocionais negativos, redução dos custos e a promoção do serviço de excelência que caracteriza o INEM.

Obrigada pela atenção! sonia.cunha@inem.pt