Política de Gerenciamento de Riscos - CrediSIS

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Transcrição:

Política de Gerenciamento de Riscos - CrediSIS Versão 1.0 Elaborada em janeiro de 2018

SUMÁRIO 1. OBJETIVO... 3 2. DIRETRIZES... 3 3. ABRANGÊNCIA... 3 4. DAS ESTRUTURAS DE GERENCIAMENTO DE RISCOS... 3 4.1. Gerenciamento do Risco de Crédito... 4 4.2. Gerenciamento do Risco de Mercado... 4 4.3. Gerenciamento do Risco Operacional... 5 4.4. Gerenciamento do Risco de Liquidez... 5 4.5. Gerenciamento do Risco Socioambiental... 6 4.6. Gerenciamento do Risco de variação das taxas de juros... 6 4.7. Gerenciamento de Capital... 6 5. DA ESTRUTURA CENTRALIZADA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS... 7 5.1. Conselho de Administração... 7 5.2. Diretoria Executiva... 7 5.3. Áreas de Controles Internos... 7 6. ETAPAS DO GERENCIAMENTO DE RISCOS... 8 6.1. Identificação dos Riscos... 8 6.2. Análises dos Riscos... 8 6.3. Avaliação dos Riscos... 8 6.4. Tratamento dos Riscos... 9 6.5. Monitoramento dos Riscos... 9 6.6. Comunicação... 9 7. DA GESTÃO INTEGRADA DE RISCOS... 9 7.1. Perfil exigido do Agente de Gestão Integrada de Riscos... 9 7.2. Do Diretor de Riscos... 9 7.2.1. Atribuições do Diretor de Riscos... 10 8. RESPONSABILIDADES DA GESTÃO DE RISCOS... 10 8.1. Conselho de Administração... 10 8.2. Diretoria Executiva... 11 8.3. Controle Interno... 12 8.4. Auditoria Interna... 13 8.5. Gestão Integrada de Riscos... 13 9. DISPOSIÇÕES FINAIS... 14 2 P á g i n a

1. OBJETIVO A Política de Gestão integrada de Riscos tem como objetivo estabelecer as diretrizes e responsabilidades a serem observadas no processo de gerenciamento de riscos de forma a possibilitar a identificação, avaliação, tratamento, monitoramento e comunicação de riscos operacionais, de mercado, de liquidez e de crédito. O gerenciamento de risco envolve uma atuação conjunta da área de gestão integrada de riscos e demais áreas, objetivando a conformidade de seus processos e mitigação. 2. DIRETRIZES A presente política tem como diretrizes: a) Assegurar que os riscos sejam gerenciados de forma: Preventiva, Segura, Eficiente e Eficaz; b) Definir qual será o tratamento a ser adotado considerando as seguintes ações, de acordo com o grau de Apetite a Riscos: evitar, mitigar, compartilhar ou aceitar; c) Comunicar, de forma clara e objetiva a todas as partes interessadas, os resultados de todas as etapas do processo de gerenciamento de riscos; d) Contribuir para a manutenção e melhoria contínua da imagem corporativa, ao medir, monitorar e gerir impactos de desempenho das operações. 3. ABRANGÊNCIA A presente Política abrange todas as cooperativas do Sistema CrediSIS. As diretrizes deverão ser observadas e cumpridas pela Central e Filiadas do Sistema CrediSIS e servir como fonte de consulta permanente para implementar ou definir estratégias de gestão dos riscos. 4. DAS ESTRUTURAS DE GERENCIAMENTO DE RISCOS Aprimorando a harmonização, a integração e a racionalização de processos, e baseado no princípio de organização sistêmica, o Sistema CrediSIS implantará estruturas centralizadas de gerenciamento de capital e dos riscos de crédito, mercado, variação das taxas de juros, operacional, liquidez e socioambiental. No Sistema CrediSIS, as estruturas centralizadas de gerenciamento de riscos e de capital são compatíveis com a natureza das operações e à complexidade dos produtos e serviços oferecidos, sendo proporcional à dimensão da exposição aos riscos das cooperativas filiadas. 3 P á g i n a

A implantação das estruturas centralizadas não desonera as filiadas de suas responsabilidades pela gestão de riscos e de capital, na forma da regulamentação aplicável. A Estrutura de Gerenciamento de riscos visa dar conformidade a resolução CMN nº 4.557/2017, onde dispõe que: É facultada a sistema cooperativo de crédito, independentemente do enquadramento das instituições integrantes, a implementação de estrutura centralizada para o gerenciamento de riscos e de estrutura centralizada para o gerenciamento de capital. Requer o efetivo envolvimento da administração do CrediSIS, para efeito de promover adequada integração pela execução das atividades. A estrutura de gerenciamento contínuo e integrado de riscos esta composto por: I. risco de Crédito; II. risco de mercado; III. risco de variação das taxas de juros; IV. risco operacional; V. risco de liquidez; e VI. risco socioambiental. 4.1. Gerenciamento do Risco de Crédito Para o cumprimento das ações relacionadas ao gerenciamento de Risco de Crédito, deverá ser observado todos os aspectos pertinentes ao processo de concessão de crédito, tais como concentração, garantias e prazos, visando assegurar a qualidade da carteira. A estrutura de Gerenciamento de Risco de Crédito prevê: a) Os limites operacionais relacionados ao Risco de Crédito são iguais para todas as Cooperativas Filiadas, respeitando a respectiva proporcionalidade econômicofinanceira; b) A Central, em conjunto com as Cooperativas Filiadas, é a instituição responsável pela atividade de identificação e classificação dos Riscos de Crédito, bem como pelo monitoramento e gerenciamento dos indicadores desses riscos; c) A Central, ao disponibilizar às Cooperativas Filiadas novas modalidades de crédito, faz avaliação prévia do produto, identificando as possibilidades de risco e adequando os controles e procedimentos para gerenciamento de Risco de Crédito; d) Os procedimentos para análise, concessão, provisionamento, acompanhamento e recuperação de crédito, descritos no Manual de Crédito do Sistema CrediSIS, visam prevenir e minimizar riscos que possam impactar negativamente nos objetivos da Central e Cooperativas Filiadas. 4.2. Gerenciamento do Risco de Mercado 4 P á g i n a

A gestão de Risco de Mercado monitora os riscos de variações nas cotações de mercado dos instrumentos financeiros, objetivando a otimização da relação entre risco e retorno, valendo-se de estrutura de limites, modelos e ferramentas de gestão adequados. Para atingir este objetivo, são levados em conta os seguintes aspectos: a) A métrica adotada para o cálculo gerencial do risco de mercado é o Valor em Risco VaR (Value At Risk) que mede a perda máxima estimada dos ativos que compõem nossas carteiras de investimentos, captação e aplicação de recursos, para um determinado horizonte de tempo, em condições normais de mercado, dado um intervalo de confiança; b) O Sistema CrediSIS adota políticas conservadoras na definição de limite de exposição ao Risco de Mercado. 4.3. Gerenciamento do Risco Operacional O risco operacional é a possibilidade da ocorrência de perdas resultantes de eventos externos ou de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas ou sistemas. O processo de gerenciamento do Risco Operacional possibilita a identificação, avaliação, mitigação e monitoramento dos riscos associados a cada Cooperativa Filiada e a Central. A Estrutura de Gerenciamento do Risco Operacional do Sistema CrediSIS prevê: a) Para as situações de riscos identificadas deverão ser estabelecidos planos de ação, para acompanhamento pela Diretoria da cooperativa; b) As perdas operacionais ocorridas terão as causas e os planos de ação para sua mitigação, devidamente registradas em relatório submetido ao Conselho de Administração e disponibilizado para as Cooperativas filiadas; c) Realização periódica de testes de avaliação dos controles internos, tanto por equipes da Central quanto por Agente de Controles Internos das Cooperativas Filiadas, com a elaboração de relatórios que permitam identificar e tratar tempestivamente as deficiências de controle e risco operacional; 4.4. Gerenciamento do Risco de Liquidez Define-se o risco de liquidez como a possibilidade de a instituição não ser capaz de honrar eficientemente suas obrigações esperadas e inesperadas, correntes e futuras, incluindo as decorrentes de vinculação de garantias, sem afetar suas operações diárias e sem incorrer em perdas significativas. Inclui a possibilidade de a instituição não conseguir negociar a preço de mercado uma posição, devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume normalmente transacionado ou em razão de alguma continuidade no mercado. A Estrutura de Gerenciamento do Risco de Liquidez do Sistema CrediSIS prevê: 5 P á g i n a

a) Conformidade com as normas internas e externas, disponibilizando as metodologias, os modelos e as ferramentas utilizadas para a identificação, controle, monitoramento e mitigação; b) Avaliar, monitorar, documentar e informar a diretoria executiva sobre a exposição ao risco de liquidez; c) Estabelecer padrões e procedimentos de gestão de risco, em conformidade com as recomendações dos órgãos reguladores responsáveis. 4.5. Gerenciamento do Risco Socioambiental Risco de perdas em consequência de efeitos negativos no meio ambiente e na sociedade decorrentes de impacto ambiental, impactos em povos e comunidades nativas e proteção da saúde humana, de propriedades culturais e da biodiversidade. O gerenciamento do risco considera: a) Sistemas, rotinas e procedimentos para identificação, classificação, avaliação, monitoramento, mitigação e controle do risco socioambiental presente nas atividades e nas operações do Sistema CrediSIS; b) Avaliação prévia dos potenciais impactos socioambientais negativos de novas modalidades de produtos e serviços; c) Procedimentos para adequação do gerenciamento do risco socioambiental às mudanças legais, regulamentares e de mercado. 4.6. Gerenciamento do Risco de variação das taxas de juros Define-se como o risco, atual ou prospectivo, do impacto de movimentos adversos as taxas de juros no capital e nos resultados da instituição financeira, para os instrumentos classificados na carteira bancária. a) Gerenciar e controlar as exposições assumidas, de forma a garantir a adoção de uma visão sistêmica do controle de riscos; b) Revisar e aperfeiçoar de forma contínua as metodologias e práticas de gestão de risco de mercado; 4.7. Gerenciamento de Capital A estrutura de gerenciamento de capital objetiva garantir a aderência às normas vigentes e minimizar o risco de insuficiência de capital para fazer face aos riscos em que a entidade está exposta 6 P á g i n a

A estrutura mantém níveis adequados dos requerimentos mínimos de Patrimônio de Referência (PR), Patrimônio de Referência (Nível I) e de Capital Principal da Central e das Cooperativas Filiadas e prevê: a) Manter o plano de capital, observando o Planejamento Estratégico do Sistema CrediSIS, abrangendo metas, projeções e principais fontes de capital, bem como um plano de contingência; b) Um sistema de gestão de risco para medir, monitorar e controlar os requerimentos mínimos de Patrimônio de Referência, Patrimônio de Referência (Nível I) e de Capital Principal de acordo com as normas vigentes; c) Realizar simulações de testes de estresse, para avaliar o impacto no capital em eventos severos e condições de mercado; d) Adotar postura preventiva, antecipando necessidade de capital de acordo com o planejamento estratégico e decorrente de possíveis mudanças nas condições de mercado. 5. DA ESTRUTURA CENTRALIZADA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS As Cooperativas Filiadas ao Sistema CrediSIS também atuam em conjunto visando as melhores ações para o negócio. Para isso, compõem a seguinte estrutura: 5.1. Conselho de Administração É responsável por avaliar as políticas, normas e metodologias para monitorar os riscos, aprovar as estratégias e as políticas para o adequado Gerenciamento dos Riscos na Cooperativa Filiada e supervisionar a sua observância e implementação, alinhado e em conformidade com os normativos do Sistema CrediSIS. 5.2. Diretoria Executiva Responsável pelo cumprimento das políticas, normas e metodologias para monitorar e gerenciar os riscos, propor projetos e ações mitigadoras de riscos, bem como implementar as deliberações do Conselho de Administração, referentes às eventuais não conformidades apontadas para a Cooperativa. 5.3. Áreas de Controles Internos 7 P á g i n a

Responsável por monitorar os indicadores de riscos instituídos pelo Sistema CrediSIS e pela Cooperativa Filiada, avaliar sistematicamente os processos e propor à área de Controles Internos e Riscos da Central CrediSIS novos pontos de controle relacionados aos Riscos de Crédito, de Mercado, Liquidez e Operacional, sempre que necessário. 6. ETAPAS DO GERENCIAMENTO DE RISCOS O processo de gestão de riscos deverá ser realizado observando as etapas, conforme especificação a seguir: 6.1. Identificação dos Riscos Definir o conjunto de eventos, externos ou internos, que podem impactar os objetivos do Sistema CrediSIS, inclusive aqueles relacionados aos ativos intangíveis (risco de imagem). Os riscos operacionais são identificados através da execução do controle interno e auditorias nos processos, conforme previsto no plano anual de auditoria. São identificados também através da apreciação de denúncias com contestação de fraudes. 6.2. Análises dos Riscos Analisar os riscos é um processo permanente com o objetivo de aferir quais os riscos que possuem maior possibilidade de afetar os objetivos, baseando-se em evidências, e levando em consideração as perspectivas das partes interessadas impactadas pelo risco. Para as análises serão utilizados os seguintes mecanismos: a) Sistemas; b) Matriz de Riscos; c) Testes; d) Gráficos; e) Questionários. Nas análises verificar a origem dos eventos, causas, consequências e a probabilidade de concretização de referidas consequências. Os riscos operacionais recebem classificação de grau: alto, médio e baixo considerandose duas variáveis: se o risco é ou não inerente e se existem ou não falhas de controles que nos expõe ao risco. 6.3. Avaliação dos Riscos 8 P á g i n a

Avaliar os impactos em caso de eventual ocorrência do risco, considerando suas consequências financeiras ou de outras naturezas, quantificáveis ou não quantificáveis. A área de Gestão de Risco deverá realizar, com periodicidade mínima trimestral, testes de avaliação de monitoramento dos Riscos. 6.4. Tratamento dos Riscos Definir qual será o tratamento a ser adotado considerando as seguintes ações, de acordo com o grau de Apetite a Riscos: evitar, mitigar, compartilhar ou aceitar. 6.5. Monitoramento dos Riscos Assegurar a eficácia e adequação dos controles internos e obter informações que proporcionem melhorias no processo de gerenciamento de riscos. O monitoramento deve ser realizado por meio de avaliações contínuas. 6.6. Comunicação Comunicar, de forma clara e objetiva a todas as partes interessadas, os resultados de todas as etapas do processo de gerenciamento de riscos, de forma a contribuir para o entendimento da situação atual e da eficácia dos Planos de Ação. 7. DA GESTÃO INTEGRADA DE RISCOS 7.1. Perfil exigido do Agente de Gestão Integrada de Riscos A área Gestão Integrada de riscos deve ter quantidade suficiente de profissionais experientes e qualificados em gerenciamento de riscos que atendam aos seguintes requisitos: I. possuam conhecimento do mercado e dos produtos e serviços da instituição; II. III. IV. tenham acesso regular a capacitação e treinamento; sejam capazes de questionar os riscos assumidos nas operações realizadas pelas unidades de negócios; e compreendam as limitações e as incertezas relacionadas às metodologias utilizadas nas estruturas de gerenciamento de riscos. 7.2. Do Diretor de Riscos A Central e as cooperativas filiadas do sistema CrediSIS devem indicar diretor para gerenciamento de risco (CRO) responsável pela unidade específica e deve designar o 9 P á g i n a

nome perante ao Banco Central do Brasil. Admite-se que o diretor indicado desempenhe outras funções, exceto as que configurem conflito de interesses. A nomeação e a destituição devem ser aprovadas pelo conselho de administração. 7.2.1. Atribuições do Diretor de Riscos I. supervisão do desenvolvimento, da implementação e do desempenho da estrutura de gerenciamento de riscos, incluindo seu aperfeiçoamento; II. III. IV. responsabilidade pela adequação, à RAS e aos objetivos estratégicos da instituição, das políticas, dos processos, dos relatórios, dos sistemas e dos modelos utilizados no gerenciamento de riscos; responsabilidade pela adequada capacitação dos integrantes da unidade específica, acerca das políticas, dos processos, dos relatórios, dos sistemas e dos modelos da estrutura de gerenciamento de riscos, mesmo que desenvolvidos por terceiros; subsídio e participação no processo de tomada de decisões estratégicas relacionadas ao gerenciamento de riscos e, quando aplicável, ao gerenciamento de capital auxiliando o conselho de administração. 8. RESPONSABILIDADES DA GESTÃO DE RISCOS 8.1. Conselho de Administração O Conselho de Administração é um órgão estatutário responsável pela governança de toda a cooperativa, cujas competências e atribuições estão previstas no Estatuto, no Regimento Interno e em seu regimento próprio. Na estrutura de gerenciamento de risco o Conselho de Administração é responsável, pelas competências relacionadas na sequência: I. Indicar o CRO; II. III. IV. Fixar os níveis de apetite por riscos e revisa-los no mínimo anualmente, com auxílio da diretoria CRO; Definir e aprovar a política de gerenciamento de risco; Disseminar a política de gerenciamento do risco operacional instituída, nos diversos níveis da instituição estabelecendo papéis e responsabilidades; V. Analisar, no mínimo anualmente, os relatórios que permitam identificar e corrigir tempestivamente as deficiências de controle e de gerenciamento de risco; 10 P á g i n a

VI. VII. VIII. IX. Manifestar-se quando necessário para correção tempestiva das deficiências apontadas nos relatórios de risco; Verificar se testes de avaliação dos sistemas de controle de riscos operacionais implementados foram realizados, no mínimo, anualmente; Estabelecer condições de acesso público às informações da estrutura de gerenciamento do risco operacional; Aprovar e implementar as estratégias do plano de contingência para garantir as condições mínimas de continuidade das atividades e para mitigar graves perdas decorrentes de risco operacional; X. implementar, manter e divulgar processo estruturado de comunicação e informação e outras que se fizerem necessárias ao adequado gerenciamento do risco operacional na cooperativa. 8.2. Diretoria Executiva A Diretoria-Executiva é um órgão estatutário subordinado ao Conselho de Administração e tem como responsabilidade executar a administração da cooperativa, suas competências estão previstas no Estatuto Social, no Regimento Interno e no Regimento próprio. No gerenciamento de risco, a diretoria executiva tem o papel de: I. Assessorar o Conselho de Administração no gerenciamento do risco operacional no que tange à definição e elaboração da política deste risco, bem como na aprovação e atualização desta; II. III. IV. Revisar em conjunto ao Conselho de Administração, a política de gerenciamento de risco operacional da cooperativa com periodicidade mínima anual; Em conjunto ao Conselho de Administração, fazer disseminar a política de gerenciamento do risco operacional instituída, nos diversos níveis da instituição; Em conjunto ao Conselho de Administração, analisar os relatórios que permitam identificar e corrigir tempestivamente as deficiências de controle e de gerenciamento de risco, com periodicidade mínima anual; V. Sugerir ações de melhoria no processo de gerenciamento do risco operacional para correção tempestiva das deficiências apontadas nos relatórios de risco; VI. VII. Averiguar se os testes de avaliação dos sistemas de controle de riscos operacionais implementados foram realizados, no mínimo, anualmente; Assegurar o armazenamento das documentações e informações referente às perdas associadas ao risco operacional; 11 P á g i n a

VIII. IX. Assegurar as condições necessárias para acesso público da estrutura de gerenciamento do risco operacional; Assegurar e estabelecer as condições necessárias para que o Coordenador de Risco, o Agente de Controle Interno e o Compliance exerçam adequadamente e sem prejuízo suas funções; X. acompanhar as ações desenvolvidas pelo Coordenador da Gestão Integrada de Risco, pelo Agente de Controle Interno, pelo Compliance e demais empregados da cooperativa, inclusive prestadores de serviços, para correção tempestiva de deficiências identificadas de controle e de gerenciamento de riscos; XI. XII. Informar ao Conselho de Administração as deficiências e vulnerabilidades que apresentam riscos relevantes e imediatos à cooperativa; cumprir e fazer como que todos cumpram as atividades de gerenciamento de risco operacional; 8.3. Controle Interno O controle interno é um setor voltado a fiscalização e acompanhamento dos processos internos da instituição, atestando a veracidade das informações e dos processos, de forma que este possa garantir uma razoabilidade nos controles da instituição para a alta administração. O Analista de Controle Interno está diretamente subordinado ao Conselho de Administração, porém este mantém relacionamento com todos os setores da cooperativa inclusive com a Diretoria-Executiva. Dentro da estrutura de gerenciamento de risco o Analista de Controle Interno é responsável, pelas atribuições previstas no manual de controle interno e demais atribuições citadas abaixo: I. desenvolver as atividades que são de sua competência, com a finalidade de que a estrutura de gerenciamento do risco operacional atinja seus propósitos; II. III. IV. adotar os procedimentos necessários de identificação, de avaliação, de monitoramento e de mitigação do risco operacional; identificar avaliar e monitorar o risco operacional decorrente de serviços terceirizados; Analisar a eficácia dos planos de contingência; V. elaborar e apresentar ao Conselho de Administração e à Diretoria Executiva, com periodicidade mínima anual, relatórios que permitam a identificação e a correção tempestiva de deficiências da Gestão Integrada de Riscos; 12 P á g i n a

VI. VII. VIII. Verificar a conformidade dos trabalhos executados pelos Agentes de Controles Internos das cooperativas singulares do sistema CrediSIS; Sugerir eventuais atualizações no sistema de controle de riscos operacionais; Prestar as informações necessárias à execução do monitoramento pela Central. 8.4. Auditoria Interna A Auditoria Interna é um órgão estatutário responsável pela fiscalização de todo o corpo governamental, administrativo e operacional das singulares do sistema. Tem uma estrutura centralizada e trabalha de forma independente, tendo como subordinação unicamente o conselho de administração, suas atribuições estão discriminadas no regimento interno e manuais próprios e em algumas resoluções específicas do Banco Central. Na estrutura de risco operacional, cabe a auditoria interna as seguintes atribuições. I. executar auditoria nas filiadas, e avaliar a estrutura de gerenciamento do risco executadas pelo Agente de Controle Internos; II. III. IV. Levar ao Conselho de Administração eventuais deficiências na gestão do risco operacional, informando as providências necessárias de correção; Acompanhar a execução das providências corretivas recomendadas; Estar disponível ao Conselho de administração, Conselho Fiscal e Banco Central do Brasil. 8.5. Gestão Integrada de Riscos A Central monitora a execução do gerenciamento do risco operacional das singulares do Sistema CrediSIS e da própria Central, isso só é possível através da área de Gestão Integrada de Risco que é a principal área de acompanhamento e mapeamento de risco dentre outros setores que também monitoram, é um setor que atua de forma independente e centralizada efetuando o levantamento e monitoramento de todas as exposições dos diferentes tipos de riscos incorridos na cooperativa e é subordinada ao Conselho de Administração. É de responsabilidade da Gestão Integrada de Riscos as seguintes atribuições: I. Deve ser assegurado ao Coordenador do Gerenciamento Integrado de Riscos acesso a todas as informações necessárias ao cumprimento de suas atribuições; II. Implantar estrutura de gerenciamento contínuo e integrado de riscos e de capital que seja compatível com o modelo de negócio e a natureza das operações e com a complexidade dos produtos e serviços da cooperativa; 13 P á g i n a

III. IV. Aplicar a Declaração de Apetite por Riscos (RAS) conforme definido pelo Conselho de Administração (CA) em conjunto com o Diretor de Risco (CRO); Identificar, mensurar, avaliar, monitorar, reportar, controlar e mitigar o risco de crédito, mercado, operacional, liquidez, socioambiental e o risco de variação das taxas; V. Efetuar testes de estresse; VI. VII. VIII. IX. Manter documentados os apetites de riscos; Elaborar relatórios gerenciais tempestivos que reflitam o perfil dos riscos e as necessidades da cooperativa; Estar disponível à diretoria executiva e ao conselho de administração; Questionar os riscos assumidos pelas singulares em suas operações; X. Elaborar resumo contendo a descrição da estrutura de gerenciamento de risco e capital e que este seja de acesso público, com periodicidade mínima anual; XI. XII. XIII. XIV. XV. XVI. Publicar em conjunto com as demonstrações contábeis, o resumo das descrições da estrutura de gerenciamento de riscos e de gerenciamento de capital, o qual deve indicar a localização no sítio da internet, do relatório gerencial de risco; Manter o Conselho de Administração e a Diretoria-Executiva informados sobre quaisquer situações de risco operacional imediato; Elaborar o relatório das perdas decorrentes do risco operacional; Monitorar a regularização, pela cooperativa singular, das deficiências relacionadas ao risco operacional; Executar os procedimentos definidos na política de gerenciamento do risco operacional; Participar de treinamentos específicos para Gestão Integrada de Risco, bem como manter-se em aprendizado contínuo. 9. DISPOSIÇÕES FINAIS A documentação relativa à RAS (Declaração de Apetite por Riscos), estrutura de gerenciamento de riscos, estrutura de gerenciamento de capital e os relatórios da descrição da estrutura de gerenciamento de riscos e da estrutura de gerenciamento de capital, devem ser mantidos à disposição do Banco Central do Brasil por cinco anos. 14 P á g i n a

A revisão desta política deverá ocorrer anualmente ou a qualquer tempo conforme necessidade interna. Esta Política de Gestão Integrada de Riscos foi aprovada na reunião Ordinária do Conselho de Administração em 18/01/2018. 15 P á g i n a