NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS REFERENTES AOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014 (Em milhares de reais)

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Transcrição:

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS REFERENTES AOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014 (Em milhares de reais) 1 CONTEXTO OPERACIONAL A Naomi Participações S.A. ("Companhia") foi constituída em 15 de junho de 2011 por meio da cisão parcial da Basel Participações S.A., tendo como objeto social a participação em outras sociedades, como sócia ou acionista, ou em consórcios, no País ou no exterior. A Naomi era controlada diretamente pela GP Investimentos Ltda., empresa com sede no Brasil, que detinha aproximadamente 99,99% do seu capital social. As despesas eram custeadas com recursos próprios, advindos de sua constituição e aportes de capital pelo acionista controlador. A controladora tinha a capacidade, intenção e comprometimento de prover o nível necessário de suporte financeiro para que a Naomi cumprisse com suas obrigações, considerando sua situação econômico-financeira. Em 06 de novembro de 2012, totalidade das ações da Companhia foi vendida pela controladora GP Investimentos Ltda. para a sociedade Neffele Investment LLC e para o fundo de investimento GPCP5 I - Fundo de Investimento em Participações na proporção de 96,4% e 3,6% respectivamente. Em 08 de novembro de 2012, a Companhia realizou, através de sua controlada direta Odis Participações Ltda., um investimento de R$ 450 milhões (cerca de US$ 250 milhões) para aquisição de aproximadamente 21,36% do Grupo SBF, holding que detém 100% da varejista Centauro ( SBF ou Centauro ). Desse total, aproximadamente R$ 232 milhões foram destinados à aquisição de debêntures conversíveis (Nota 6) e R$ 218 milhões como aumento de capital no Grupo SBF (Nota 8). Em Assembleia Geral Extraordinária, realizada em 28 de maio de 2015, foi aprovado aumento do capital social, no valor de R$ 1.159.190,01 mediante a emissão de 1.159.190 ações ordinárias, todas nominativas e sem valor nominal, subscritas e integralizadas pela Nefele Investments, LLC. A conversão das debêntures ocorreu em 19 de junho de 2015 e a Odis passou a deter 36,5% de participação no Grupo SBF.

Desempenho econômico Grupo SBF Apesar de um contexto macroeconômico negativo e cenário político conturbado, o Grupo SBF manteve um crescimento ligeiramente positivo sobre lojas já existentes. O exercício de 2015 foi um ano de consolidação de grandes projetos que visaram aumentar a produtividade por m2 em loja e reduzir estoques. Com o objetivo de focar nas redes Centauro e melhorar a rentabilidade, o Grupo SBF optou pelo desinvestimento das lojas Nike e de lojas deficitárias da rede By Tennis. Em 31 de dezembro de 2015, o grupo apresenta capital circulante líquido negativo decorrente, principalmente, da reclassificação de empréstimos e financiamentos para o passivo circulante em função da quebra de cláusulas restritivas durante o exercício. A Administração do Grupo vem adotando uma série de medidas como forma de equacionar sua posição financeira e patrimonial permitindo a liquidação e/ou a renegociação de suas obrigações de curto prazo. Ainda nesse sentido, em agosto foi implementado plano de turnaround para atuar nas despesas e geração de caixa, uma vez que o consumo brasileiro retraiu fortemente e o volume de receitas futuras era incerto. Como resultado destas novas medidas, as despesas realizadas no segundo semestre incorreram de acordo com o novo plano.

2 APRESENTAÇÃO DAS DEMOSNTRAÇÕES CONTÁBEIS E RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTÁBEIS 2.1 Base de preparação a) Abrangência As demonstrações contábeis individuais e consolidadas da Companhia foram preparadas e estão sendo apresentadas de acordo com as normas internacionais de relatórios financeiros (International Financial Reporting Standards (IFRS) - IAS 1) e de acordo com a deliberação CVM 676/11 que aprovou o CPC 26 (R1), emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). A emissão dessas demonstrações contábeis foi autorizada pela diretoria da Companhia em 29 de abril de 2016. b) Base de mensuração As demonstrações contábeis individuais e consolidadas foram preparadas com base no custo histórico. c) Moeda funcional e moeda de apresentação As demonstrações contábeis individuais e consolidadas são apresentadas em Real, que é a moeda funcional da Companhia. Todas as informações financeiras apresentadas em Real foram arredondadas para o valor mais próximo, exceto quando indicado de outra forma. d) Uso de estimativas e julgamentos A preparação das demonstrações contábeis individuais e consolidadas de acordo com as normas IFRS e as normas BR GAAP exige que a Administração faça julgamentos, estimativas e premissas que afetam a aplicação de políticas contábeis e os valores reportados de ativos, passivos, receitas e despesas. Os resultados reais podem divergir dessas estimativas. Estimativas e premissas são revistas de uma maneira contínua. Revisões com relação a estimativas contábeis são reconhecidas no período em que as estimativas são revisadas e em quaisquer períodos futuros afetados. As informações sobre julgamentos críticos referentes as políticas contábeis adotadas que apresentam efeitos sobre os valores reconhecidos nas demonstrações contábeis individuais e consolidadas os quais, eventualmente, podem ser distintos dos valores de realização.

2.2 Principais práticas contábeis As políticas contábeis descritas em detalhes abaixo têm sido aplicadas de maneira consistente a todos os períodos apresentados nessas demonstrações contábeis individuais e consolidadas, exceto nos casos indicados em contrário. a) Base de consolidação As demonstrações contábeis consolidadas incluem as demonstrações contábeis da controlada Odis Participações Ltda., com participação de 100% em seu capital social em 2015 e 2014. As demonstrações contábeis consolidadas incluem as demonstrações da Naomi Participações S.A. e sua controlada Odis Participações Ltda. conforme Nota 6, que adota políticas contábeis alinhadas com a controladora. Principais procedimentos de consolidação: Eliminação dos saldos das contas de ativos e passivos entre as empresas consolidadas; Eliminação da participação da controladora no patrimônio líquido da entidade controlada; e Eliminação dos saldos de receitas e despesas, bem como de lucros não realizados, decorrentes de negócios entre as empresas. Perdas não realizadas são eliminadas da mesma maneira, mas apenas quando não há evidência de problemas de recuperação dos ativos relacionados. b) Caixa e equivalentes de caixa Incluem os saldos em caixa, contas correntes (depósitos bancários à vista) e investimentos de curtíssimo prazo (aplicações financeiras) considerados de liquidez imediata ou conversível em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor. As aplicações financeiras são demonstradas ao custo, acrescido dos rendimentos apurados até a data do balanço, que não excede o valor de mercado. c) Investimentos A participação na controlada é avaliada pelo método de equivalência patrimonial nas demonstrações contábeis individuais. A participação no Grupo SBF é avaliada pelo método de equivalência patrimonial nas demonstrações contábeis consolidadas.

d) Intangível - Ágio O ágio (goodwill) é representado pela diferença positiva entre o valor pago e/ou a pagar pela aquisição de um negócio e o montante líquido do valor justo dos ativos e passivos da controlada adquirida. O ágio de aquisições de controladas é registrado como "Ativo Intangível". Se a adquirente apurar deságio, deverá registrar o montante como ganho no resultado do período, na data de aquisição. O ágio é testado anualmente para verificar perdas (Impairment). É contabilizado pelo seu valor de custo menos as perdas acumuladas por Impairment. Perdas por Impairment reconhecidas sobre ágio não são revertidas. Os ganhos e as perdas da alienação de uma entidade incluem o valor contábil do ágio relacionado com a entidade vendida. O ágio é alocado a Unidades Geradoras de Caixa (UGCs) para fins de teste de Impairment. A alocação é feita para as Unidades Geradoras de Caixa ou para os grupos de Unidades Geradoras de Caixa que devem se beneficiar da combinação de negócios da qual o ágio se originou, e são identificadas de acordo com o segmento operacional. e) Debêntures Foram reconhecidas pelo valor subscrito, mandatoriamente conversíveis em ações entre 30 de dezembro de 2013 e 30 de abril de 2014. A emissão, colocação e subscrição foram realizadas em caráter privado e direcionadas exclusivamente ao subscritor, sem a interveniência de instituições financeiras integrantes do sistema de distribuição, sendo vedada a sua negociação em bolsa de valores ou em mercado de balcão. f) Redução ao valor recuperável (Impairment) Ativos financeiros Um ativo financeiro mensurado pelo valor justo por meio do resultado é avaliado a cada data de apresentação para apurar se há evidência objetiva de que tenha ocorrido perda no seu valor recuperável. Um ativo tem perda no seu valor recuperável se uma evidência objetiva indica que um evento de perda ocorreu após o reconhecimento inicial do ativo, e que aquele evento de perda teve um efeito negativo nos fluxos de caixa futuros projetados que podem ser estimados de uma maneira confiável. A evidência objetiva de que os ativos financeiros perderam valor pode incluir o não pagamento ou atraso no pagamento por parte do devedor, a reestruturação do valor devido a Companhia sobre condições de que a Companhia não consideraria em outras transações ou indicações de que o devedor ou emissor entrará em processo de falência. Ativos não financeiros Os valores contábeis dos ativos não financeiros da Companhia são analisados a cada período de apresentação para apurar se há indicação de perda no valor recuperável. Caso ocorra tal indicação o valor recuperável do ativo é determinado. A Administração não identificou qualquer indicação que evidenciasse perda de valor recuperável dos ativos não financeiros.

g) Passivos financeiros (fornecedores) As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos no curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivos circulantes se o pagamento for devido no período de até um ano. Caso contrário, as contas a pagar são apresentadas como passivo não circulante. Elas são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método de taxa efetiva de juros. h) Provisões Uma provisão é reconhecida, em função de um evento passado, se a Companhia tem uma obrigação legal ou operacional que possa ser estimada de maneira confiável, e é provável que um recurso econômico seja exigido para liquidar a obrigação. i) Capital social As ações ordinárias são classificadas no patrimônio líquido. Os custos incrementais diretamente atribuíveis à emissão de novas ações ou opções são demonstrados no patrimônio líquido como uma dedução do valor captado, líquida de impostos. Quando é efetuada a compra de ações do capital da Companhia (ações em tesouraria), o valor pago, incluindo quaisquer custos adicionais diretamente atribuíveis (líquidos do imposto de renda), é deduzido do patrimônio líquido atribuível aos acionistas da Companhia até que as ações sejam canceladas ou reemitidas. Quando essas ações são subsequentemente reemitidas, qualquer valor recebido, líquido de quaisquer custos adicionais da transação diretamente atribuíveis e dos respectivos efeitos do imposto de renda e da contribuição social, é incluído no patrimônio líquido atribuível aos acionistas da Companhia.

j) Receitas financeiras e despesas financeiras As receitas financeiras abrangem receitas de juros sobre aplicações financeiras e outras receitas diversas. As receitas de juros são reconhecidas diretamente no resultado. As despesas financeiras abrangem despesas bancárias e encargos financeiros sobre tributos. As despesas de juros são reconhecidas diretamente no resultado. k) Imposto de renda e contribuição social O imposto de renda e a contribuição social do exercício corrente são calculados com base nas alíquotas de 15%, acrescidas do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente de R$ 20 mil mensais para imposto de renda e 9% sobre o lucro tributável para contribuição social sobre o lucro líquido, e consideram, quando aplicável, a compensação de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social, limitada a 30% do lucro real. l) Resultado por ação O resultado básico por ação é calculado por meio do resultado do período atribuível aos acionistas controladores e não controladores da Companhia, com base no estatuto social e legislação aplicável, excluindo as ações mantidas em tesouraria. m) Informação por segmento Um segmento operacional é um componente da Companhia que desenvolve atividades de negócio das quais pode obter receitas e incorrer em despesas, incluindo receitas e despesas relacionadas com transações com outros componentes da Companhia. A Naomi Participações S.A. e sua controlada direta Odis Participações Ltda. são holdings que exercem a participação em outras sociedades, como sócias ou acionistas, ou em consórcios, no País ou no exterior. O Grupo SBF, investida indireta da Naomi Participações, atua em um único segmento operacional referente a comércio varejista de artigos esportivos. 2.3 Determinação do valor justo Diversas políticas e divulgações contábeis da Companhia exigem a determinação do valor justo, tanto para os ativos e passivos financeiros como para os não financeiros. Os valores justos têm sido apurados para propósitos de mensuração e/ou divulgação baseados nos métodos abaixo. Quando aplicável, as informações adicionais sobre as premissas utilizadas na apuração dos valores justos são divulgadas nas notas específicas àquele ativo ou passivo. (i) Outros créditos: encontram-se apresentadas pelos seus valores justos de entrada de fluxo de caixa. (ii) Derivativos: a Companhia não possui instrumentos financeiros derivativos. (iii) Passivos financeiros não derivativos: contas a pagar e outras contas encontram-se apresentadas pelos seus valores justos nominais.

2.4 Demonstração do valor adicionado (DVA) A apresentação da Demonstração do Valor Adicionado (DVA), individual e consolidada, é requerida pela legislação societária brasileira e pelas práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis a companhias abertas. As normas IFRS não requerem a apresentação dessa demonstração. Como consequência, pelas normas IFRS, essa demonstração está apresentada como informação suplementar, sem prejuízo do conjunto das demonstrações contábeis. 2.5 Normas novas, alterações e interpretações de normas que ainda não estão em vigor As alterações das normas existentes a seguir foram publicadas e serão obrigatórias para períodos contábeis subsequentes. Não houve adoção antecipada dessas normas e alterações de normas por parte da Companhia. Norma Vigência Principais pontos introduzidos pela norma IFRS 9-1º de janeiro A principal alteração refere-se aos casos onde Instrumentos de 2018 o valor justo dos passivos financeiros Financeiros calculados deve ser segregado de forma que a parte relativa ao valor justo correspondente ao risco de crédito da própria entidade seja reconhecida em Outros resultados IFRS 15 Receita de contratos com clientes IFRS 16 Leases 1º de janeiro de 2018 1º de janeiro de 2019 abrangentes e não no resultado do período. Essa nova norma traz os princípios que uma entidade aplicará para determinar a mensuração da receita e quando ela deverá ser reconhecida. Essa norma substitui a norma anterior de arrendamento mercantil, IAS 17/CPC 06 (R1) - Operações de Arrendamento Mercantil, e interpretações relacionadas, e estabelece os princípios para o reconhecimento, mensuração, apresentação e divulgação de arrendamentos para ambas as partes de um contrato, ou seja, os clientes (arrendatários) e os fornecedores (arrendadores). Os arrendatários são requeridos a reconhecer um passivo de arrendamento refletindo futuros pagamentos do arrendamento e um "direito de uso de um ativo" para praticamente todos os contratos de arrendamento, com exceção de certos arrendamentos de curto prazo e contratos de ativos de baixo valor. Para os arrendadores, o tratamento contábil permanece praticamente o mesmo, com a classificação dos arrendamentos como arrendamentos operacionais ou arrendamentos financeiros, e a contabilização desses dois tipos de contratos de arrendamento de forma diferente. Impactos da adoção A Administração está avaliando o impacto total de sua adoção. A Administração está avaliando os impactos de sua adoção. A Administração está avaliando os impactos de sua adoção.

Não há outras normas, alterações de normas e interpretações que não estão em vigor que a Companhia espera ter um impacto material decorrente de sua aplicação em suas demonstrações contábeis. 3 INSTRUMENTOS FINANCEIROS POR CATEGORIA Consolidado 2015 2014 Caixa e equivalentes de caixa Total Caixa e equivalentes de caixa Total Ativos, conforme o balanço patrimonial Caixa e equivalentes de caixa 727 727 386 386 727 727 386 386 Outros passivos financeiros Total Outros passivos financeiros Total Passivos, conforme o balanço patrimonial Fornecedores 1 1 30 30 1 1 30 30 Controladora Caixa e equivalentes de caixa 2015 2014 Caixa e equivalentes Total de caixa Total Ativos, conforme o balanço patrimonial Caixa e equivalentes de caixa 725 725 273 273 725 725 273 273 Outros passivos financeiros Total Outros passivos financeiros Total Passivos, conforme o balanço patrimonial Fornecedores - - 30 30 - - 30 30

4 CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Controladora Consolidado 2015 2014 2015 2014 Bancos 7 273 9 3 Aplicações financeiras 718-718 383 725 273 727 386 Esses investimentos financeiros referem-se substancialmente a debêntures compromissadas de bancos de primeira linha remunerada a taxas do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). 5 DEBÊNTURES Em 20 de dezembro de 2012, o Grupo SBF S.A., por meio da escritura da primeira emissão privada de debêntures, acordada entre todos os sócios, emitiu 232.142.978 debêntures pelo valor unitário de R$ 1,00, subscritas e integralizadas a vista pela sócia Odis Participações Ltda., mandatoriamente conversíveis em ações ordinárias, entre 30 de dezembro de 2013 e 30 de abril de 2014, não sendo permitido o subscritor requerer o pagamento em dinheiro, bem como resgate ou amortização parcial. Tais debêntures não possuem nenhum tipo de remuneração/atualização. A emissão, colocação e distribuição das debêntures foram realizadas em caráter privado e direcionadas exclusivamente ao Subscritor, sem a interveniência de instituições financeiras, sendo vedado qualquer tipo de esforço para venda ou a negociação em bolsa de valores ou em mercado de balcão. Em 19 de junho de 2015 ocorreu o exercício da conversão das debêntures e a Odis passou a deter 36,5% de participaçao no Grupo SBF.

6 INVESTIMENTOS Controladora Em 31 de dezembro de 2013 438.078 Equivalência patrimonial 9.847 Reserva de capital reflexa opção de compra de ações 656 Em 31 de dezembro de 2014 448.581 Equivalência patrimonial (106.665) Reserva de capital reflexa opção de compra de ações 2.685 Outros 251 Em 31 de dezembro de 2015 344.852 Consolidado Em 31 de dezembro de 2013 50.696 Equivalência patrimonial 9.898 Reserva de capital reflexa opção de compra de ações 656 Ajuste alocação do intangível (11) Em 31 de dezembro de 2014 61.239 Aquisição conversão de debêntures 128.567 Equivalência patrimonial (106.619) Reserva de capital reflexa opção de compra de ações 1.446 Em 31 de dezembro de 2015 84.633 Abaixo demonstramos as principais informações do Grupo SBF, em 31 de dezembro de 2014: Capital social realizado 62.218 Resultado do exercício 46.406 Patrimônio líquido 137.267 Total do ativo 2.071.056 Abaixo demonstramos as principais informações do Grupo SBF, em 31 de dezembro de 2015: Capital social realizado 294.796 Reservas de capital 95.890 Prejuízos acumulados (258.920) Patrimônio líquido 131.766 Total do ativo 1.771.731

7 INTANGÍVEL Em dezembro de 2012, a Odis Participações Ltda., controlada direta da Naomi, adquiriu 8.684.592 ações do Grupo SBF por R$ 217.857. O valor do patrimônio líquido referente a esta parcela adquirida foi de R$ 63.239, gerando um ágio por rentabilidade futura no valor de R$ 154.618, registrado contabilmente na Companhia. Conforme mencionado na nota explicativa nº 6, em 19 de junho de 2015, a Odis adquiriu 29.087.239 novas ações da Grupo SBF, mediante conversão das debêntures, no valor global de R$ 232.579, que resultou em ágio adicional de R$ 105.250. 8 PATRIMÔNIO LÍQUIDO (a) Capital social Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 28 de maio de 2015, foi aprovado aumento do capital social, no valor de R$ 1.159, mediante emissão de 1.159.190 novas ações ordinárias, todas nominativas e sem valor nominal, dos quais, R$ 116 foi destinado ao capital social e R$ 1.043 foi destinado a formação de reserva de capital. O capital social integralizado é de R$ 451.968, representado por 453.011.706 ações ordinárias, todas nominativas e sem valor nominal, totalmente subscritas e integralizadas. A Companhia está autorizada a aumentar seu capital social em até 5.000.000 ações, ordinárias ou preferenciais, independentemente de reforma estatutária, mediante deliberação do Conselho de Administração que fixará as condições da emissão. (b) Reserva legal A Companhia apropriará, conforme definido pela legislação societária, 5% do lucro líquido anual para reserva legal, sendo limitada a 20% do capital social. (c) Dividendos Aos acionistas está assegurado, pelo estatuto social, um dividendo mínimo correspondente a 25% do lucro líquido apurado em cada exercício social, calculado nos termos da legislação societária. Em razão de apuração de prejuízo não há resultados a serem distribuídos aos acionistas.

9 CONTINGÊNCIAS A Companhia não é parte envolvida em quaisquer processos, seja de natureza trabalhista, seja de natureza cível, que devessem estar registrados nas demonstrações contábeis encerradas em 31 de dezembro de 2015. 10 IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Em 31 de dezembro de 2015, a Companhia possuía prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social, passíveis de compensação com lucros tributáveis futuros nas condições estabelecidas pela legislação vigente, sem prazo de prescrição, no montante de R$ 1.888. Em função de incertezas quanto à realização dos créditos tributários decorrentes do prejuízo fiscal e da base negativa acima mencionada, a Companhia optou por não os registrar em seu balanço patrimonial. 11 INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2015, a Companhia não executou transações envolvendo instrumentos financeiros na forma de derivativos. 12 GESTÃO DE RISCOS (a) Política de gestão de riscos A Companhia possui uma política formal para gerenciamento de riscos cujo controle e gestão é responsabilidade da diretoria financeira, que se utiliza de instrumentos de controle através de sistemas adequados e de profissionais capacitados na mensuração, análise e gestão de riscos. Adicionalmente, não são permitidas operações com instrumentos financeiros de caráter especulativo. (b) Risco de crédito O risco de crédito é o risco que surge da possibilidade de prejuízo resultante do não recebimento, de terceiros, dos valores contratados. (c) Risco de mercado acionário A Companhia pode investir em participações de companhias de capital aberto em bolsa de valores e, por isso, estará exposta à volatilidade deste mercado. Em 31 de dezembro de 2015, a Companhia não possuía participações em empresas listadas em bolsa de valores. (d) Risco de liquidez É o risco em que a Companhia irá encontrar em cumprir com as obrigações associadas com seus passivos financeiros que são liquidados com pagamentos à vista ou com outro ativo financeiro.

(e) Risco de taxa de juros O caixa da Companhia pode ser investido em Certificados de Depósito Bancário (CDBs), indexados a taxas de juros, portanto variações nas taxas de mercado podem afetar o fluxo de caixa da Companhia. 13 OUTRAS INFORMAÇÕES Benefício pós-emprego A Companhia não possui planos de concessão de benefícios de longo prazo, de rescisão de contrato de trabalho ou remuneração baseada em ações para a Diretoria ou membros do Conselho de Administração. * * *