RELAÇÃO UNIVERSIDADE E ESCOLA NOS CURSOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES



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Transcrição:

RELAÇÃO UNIVERSIDADE E ESCOLA NOS CURSOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES Lilia Maria Pereira de Oliveira 1 - PUCPR Joana Paulin Romanowski 2 - PUCPR Grupo de trabalho Pesquisa Formação de Professores e Profissionalização Docente. Agência financiadora: CNPQ Resumo Esse relato de experiência insere-se no projeto de pesquisa que focaliza a formação inicial do professor da educação básica realizada em cursos de licenciatura quanto à relação entre a universidade e a escola básica, em específico, as disciplinas pedagógicas dos cursos de licenciatura. O objeto busca compreender como a universidade realiza a formação inicial do professor da educação básica e sua inserção no campo de trabalho. Para o seu desenvolvimento foram tomados por base os questionários respondidos por professores da educação básica realizados pelos participantes do grupo de pesquisa práxis educativa: dimensões e processos. Associado ao projeto de pesquisa está em desenvolvimento a criação de uma rede de pesquisadores interinstitucional de grupos de pesquisa que investigam formação de professores. Assim, este texto inclui o relato de experiência da criação deste grupo e os dados gerados na investigação. Os dados se referem a cento e sessenta e sete questionários respondidos por professores da educação básica. Destes respondentes, a maioria graduou-se durante a década de 1990 e 2000. Poucos são graduados em décadas anteriores e quinze não indicaram o período de formação. Em relação ao aprendido durante o curso os professores apontam que os cursos são base de sua formação. No entanto, apontam que sentiram falta de formação em prática docente. Um menor número reclama de alguns professores formadores e de condições materiais precárias. Em relação à formação em prática docente é recorrente entre os professores que os cursos de licenciatura focalizam uma densa formação teórica. Há queixa constante quanto à formação prática, pois os respondentes consideram a formação prática insuficiente, tanto no decorrer do conjunto das disciplinas do curso como nos estágios. Essa queixa foi constatada em outras pesquisas semelhantes. Palavras chave: Cursos de licenciatura. Formação inicial. Relação universidade e escola. 1 Lilia Maria Pereira de Oliveira - Pontifícia Universidade Católica do Paraná, graduanda de Pedagogia, bolsista pesquisadora do CNPQ, aluna PIBIC desde 2013. lilia_oliveira09@hotmail.com. 2 Profa. Dra. Joana Paulin Romanowski Pontifícia Universidade Católica (PR) - Coordenadora do GT 08 (Anped) - Formação de professores (2010/2013) Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal do Paraná - UFPR (1972). Mestrado em Educação pela UFPR (1985). Especialista em Alfabetização pela UFPR (1992). Doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo (2002). Atualmente é professor titular da Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PPGE e colaboradora no Centro Universitário UNINTER. Joana.romanowski@gmail.com. ISSN 2176-1396

32569 Introdução A formação inicial de professores no Brasil constitui-se objeto de inúmeras pesquisas na área de educação, preocupação que consta nas políticas públicas, programas, planos de Governo e nas reformas educacionais. A pesquisa, relação universidade e escola nos cursos de formação de professores, busca entender como a universidade realiza a formação inicial do professor da educação básica e sua inserção no campo de trabalho. O projeto inclui também a formação de uma rede de pesquisadores interinstitucional de grupos de pesquisa que investigam formação de professores. Na presente fase desse processo está em construção de um site para a comunicação desses grupos de pesquisa sobre formação docente. A investigação direciona-se para a formação inicial do professor da educação básica realizada em cursos de licenciatura. Focaliza a relação entre a universidade e a escola básica, em específico, as disciplinas pedagógicas dos cursos de licenciatura. Nossa pesquisa busca a inserção de professores da Educação Básica em atividades realizadas no grupo de pesquisa contribuindo com a sua formação e a articulação com professores de cursos de licenciatura, em decorrência, procura contribuir com os cursos de licenciatura. A formação docente tem sido alvo de inúmeros estudos e pesquisas no Brasil, especialmente as licenciaturas, tais como Diniz- Pereira (2000), Diniz-Pereira e Viana (2010), Terrazan (2004) Gatti (2010), Romanowski (2003), Martins e Romanoski (2010). Entre os referenciais de outros países esses estudos são desenvolvidos por Nóvoa (1992; 2009), Vaillant e Marcelo (2000); Imbernón (2001). Esses autores serão considerados na próxima fase quando for realizada a análise dos dados, neste relato incluímos apenas a descrição dos dados agrupados em categorias provisórias e uma primeira inferência obtida nas leituras realizadas. Sobre o desenvolvimento de um site, onde se concentrarão vários grupos que pesquisam a formação de professores descrevemos o processo a seguir. Analisamos alguns sites conhecidos que trabalham na mesma linha de pesquisa em que atuamos, entre eles: a) O site Centre de recherche interuniversitaire sur la formation et la profession enseignante (CRIFPE 3 ) é um centro para a pesquisa educacional sediado no Canadá, que acolhe pesquisadores daquele país e outros, a pagina Formacion de Profesores, administrada pelo Professor Carlos Marcelo professor do Departamento de Ensino e Organização Educacional da Universidade de Sevilha. 3 Centro de Pesquisa Interuniversitária sobre a Formação e Profissão Docente, tradução livre das autoras. Disponível em: <http://www.crifpe.ca/>.

32570 b) O site Grupo de Pesquisa Educação e Religião (GPER 4 ) um portal para voltado a divulgação do Ensino Religioso com a finalidade de ampliar e aprofundar os estudos acadêmicos para a identidade pedagógica do Ensino Religioso. Em seguida, tomando como base a estrutura dos sites acima citados adequamos o mapa do site a ser construído de acordo com as necessidades dos grupos de pesquisa que farão parte deste projeto. Encaminhamos e-mails de consulta e levantamos às sugestões dos participantes dos grupos de pesquisa. Neste momento a primeira versão do site está em funcionamento disponível no endereço <https://www.ripfor.com.br>. O material coletado foi sistematizado e a proposta inicial contém os seguintes itens, Minha página, Membros, Biblioteca, Material Didático, Eventos, Fórum e Grupos. A Rede Interinstitucional de Pesquisas de Formação e Práticas Docentes RIPFOR, de caráter não oneroso, é composta por grupos de pesquisa e pesquisadores que elegem este tema como objeto de investigação. As atividades de cooperação acadêmica da rede RIPFOR tem as seguintes características: a) articulação entre os Grupos de Pesquisa constitui a Rede Interinstitucional de Pesquisas de Formação e Práticas Docentes RIPFOR. b) elaboração e desenvolvimento conjunto de atividades de pesquisa e projetos de investigação no campo da Formação, Profissionalização, Trabalho e Práticas Docente; c) organização de iniciativas de dinamização acadêmica, cultural e científica, designadamente pela realização conjunta de seminários, conferências e/ou outros encontros; d) intercâmbio pedagógico e científico de docentes, pesquisadores e estudantes em programas conjuntos de formação graduada e pós-graduada; e) desenvolvimento de produções coletivas, comunicações e publicações, articulados aos estudos dos Grupos de Pesquisa. O site conta com 58 inscritos de diversas instituições são elas, FAE, FURB, Instituto Federal Sul Rio Grandense, SEED PR, SME PR, UFPEL, UFPR, UNINTER, UNIVILLE, com um participante inscrito, Prefeitura Municipal de Curitiba e UFSC, com dois participantes inscritos, UTFPR, com cinco participantes inscritos, UEPG, com dez participantes inscritos e por fim a PUCPR, com vinte e oito participantes inscritos. A expectativa é que com isso 4 Grupo de Pesquisa Educação e Religião. Disponível em: <http://www.gper.com.br.>.

32571 possamos aproximar os pesquisadores e facilitar a comunicação entre eles possibilitando a troca de experiências entre as diferentes pesquisas realizadas pelos grupos. Os dados de pesquisa Participaram da pesquisa cento e sessenta e sete professores (as). Não foi solicitada a identificação quanto a sexo. Aplicamos um questionário com as seguintes questões: Conte como foi sua formação inicial, descreva um pouco. O que você sentiu falta na sua formação inicial no curso de licenciatura? O que você considera necessário saber para sua pratica docente? Quais são os problemas que você encontra na sua prática docente? Como faz para resolver os problemas da pratica? Em que se baseia? Que autores e que temas foram memoráveis em sua formação? E os atuais? A análise dos dados foi feita seguindo as seguintes etapas: (i) leitura das respostas para tomada de decisão sobre como melhor organizar os dados; (ii) composição das respostas em planilha do Excel agrupando as respostas semelhantes; (iii) definição da categoria de respostas pela análise de seu conteúdo; (iv) descrição dos dados após a organização das categorias; (v) inferência das conclusões. Incluímos neste item a caracterização dos respondentes dos questionários. São todos professores da educação básica que atuam em escolas públicas da rede municipal da cidade de Curitiba e região metropolitana. Ressalta-se que todos aceitaram participar da pesquisa manifestando por escrito a autorização para utilização das respostas. Os professores respondentes, a maioria graduou-se durante a década de 1990 e 2000. Poucos são graduados em décadas anteriores e quinze não indicaram o período de formação. A maioria dos professores é graduada pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Em menor número são graduados na Universidade Tuiuti do Paraná, Universidade Federal do Paraná, pelo Centro Universitário UNIANDRADE, e em outras instituições consta apenas um graduado. Apenas um respondente não informou a instituição. A maior parte dos professores entrevistados considera sua formação inicial boa com muita teoria, é comum encontrarmos nos depoimentos professores indicações que gostariam de ter tido um melhor preparo para a docência, afirmam que seus cursos de licenciatura formam para o conteúdo específico direcionando a formação para o bacharelado e não para ser professor. Quando foi perguntado sobre o que sentiam falta em sua formação inicial no curso de licenciatura, muitos responderam que sentiam falta de estágio, pois, saíram da faculdade sem

32572 ter a experiência que julgavam necessária para a docência. Como podemos notar no depoimento abaixo: Mais prática, pois trabalhava com muita teoria sem mostrar realmente a realidade em sala de aula. Senti falta de mais práticas diretas com alunos, pois teoricamente é diferente do que a prática. (Professor 11 licenciatura não informada). Apenas uma pequena parcela citou falta de estrutura e atendimento do professor dos cursos de licenciaturas, outros poucos disseram que faltaram práticas didáticas, outras questões citadas foram, falta de conteúdos específicos, falta de preparo para inclusão, falta de material didático, poucos disseram não sentir falta de nada em sua formação inicial. Conhecimentos necessários para ser professor Na pergunta o que você considera necessário saber para sua prática docente? A resposta mais comum entre os entrevistados foi da necessidade de saber o que ensina, como ensina, e para quem ensina. Como no depoimento: Dominar o conteúdo de sua disciplina, ser inter e transdisciplinar, ter noção da globalização quando se fala do regional, entender do comportamento humano diante de vários problemas. (Professor 20 licenciatura em pedagogia) A segunda resposta mais citada foi, atualização profissional, os professores citam a atualização profissional como item de extrema importância. A prática docente exige atualização. Estar sempre em dia com os acontecimentos, buscando informações e acima de tudo ter muita criatividade para despertar o interesse da criança. (Professor 15 licenciatura em pedagogia) Em relação aos problemas em sua prática docente, foram citados superlotação das escolas, a falta de recursos financeiros e pessoais, conflitos e relações interpessoais, falta de tempo para o planejamento de suas aulas, porém a maioria cita como principal problema o comportamento tanto de seus alunos como de familiares de seus alunos, que agem com falta de respeito e falta de comprometimento, assim como nos depoimentos abaixo. Falta de compromisso da família com o aluno, indisciplina do aluno e as limitações que enfrentamos na escola devido ao sistema... (Professor 19 licenciatura em pedagogia) Educação que o aluno traz de casa, comprometimento dos pais com a escola e com seu filho. (professor 8 licenciatura não informada)

32573 Ausência da família... (professor 2 licenciatura em letras) Indisciplina por parte dos alunos e desmotivação para os estudos, famílias ausentes e restrições financeiras e problemas de ordem emocional e psicológica bastantes presentes nas famílias... (Professor 7 licenciatura não informada) Alunos desinteressados, com poucos limites, sem uma sólida formação em valores, pais menos presentes e acreditando que a tecnologia resolverá seus problemas fazem parte segundo os depoimentos dos professores dos problemas enfrentados na prática. Insuficiências nos cursos de licenciatura Ao apontarem sobre o que sentiram falta na sua formação em relação aos cursos de licenciatura em que se graduaram, os respondentes centralizam as indicações na formação em prática docente, em conhecimentos específicos. Em relação à formação em prática docente é recorrente entre os professores que os cursos de licenciatura focalizam uma densa formação teórica. No entanto, há uma queixa constante quanto à formação prática. Os respondentes consideram a formação prática insuficiente, tanto no decorrer do conjunto das disciplinas como nos estágios. A compreensão da prática se manifesta como ação, estar em contato com o campo profissional. Alguns recortes de relatos expressam estas questões: Pouca prática. É importante para os futuros professores o contato com a realidade das escolas. Hoje, boa parte das professoras não cursaram o magistério, fazem curso superior e acabam assumindo sem ter uma boa formação da didática em sala de aula.(professora 3, formada em Pedagogia). Trabalhar com a realidade escolar, com os vários problemas que nos deparamos quando entramos com uma sala de aula, não é só o conteúdo da disciplina que precisamos saber, mas todo um conhecimento de relação interpessoais, familiares, sociais, de ordem publica, entre outros. (Professor 7, Licenciatura em Educação Física) Senti falta da prática, da atuação em escolas, treinamento, pois conhecemos a realidade depois de formada. (Professor 5, licenciatura em Matemática). Em algumas respostas o foco direciona-se a situações específicas da prática profissional. No entanto, as indicações feitas pelos respondentes só foram possíveis após o professor ingressar no campo de atuação profissional. Como trabalhar com adolescentes, como transmitir o conteúdo de maneira mais clara para o entendimento dos mesmos. (Professor 9,sem identificação de curso)

32574 Senti falta da prática, da atuação em escolas, treinamento, pois conhecemos a realidade depois de formada. (Professor 5, licenciatura em Matemática). Em específico aos estágios os respondentes apontam que esperavam maior intensidade de inserção no campo da prática: encontrado: No meu ponto de vista faltou mais contato de estágio nas escolas para adquirir experiências na formação. (Professor 4, licenciatura em Língua Portuguesa) Ainda sobre o estágio, na perspectiva de seu encaminhamento metodológico foi Faltaram estágios orientadores (presença do orientador do curso para supervisão e orientação gerando intervenções pedagógicas). (Professor 9, licenciatura não informada) Em relação às sugestões para a melhoria da sua prática docente os respondentes apontam a necessidade de ampliar seus conhecimentos e compartilhar conhecimentos. Ampliar seus conhecimentos Em relação a ampliar seus conhecimentos os respondentes apontam que conhecer melhor a escola, aspectos didáticos e de conteúdos específicos, atualização e inclusão são assuntos a serem estudados. Necessário conhecer melhor o contexto da escola; na contemporaneidade há muitos problemas pertinentes tanto à sociedade, a família e nesse contexto a escola. Não considero o aluno sem problema, pois este é fruto das relações e a função primordial da escola é medir o conhecimento e orientar a construção e aprofundamento do mesmo. Respeitar o aluno, o que ele é e traz de casa, sua família, seu conhecimento existente. Criar um vínculo com esse aluno, para que ele confie em você. Trazer novidades com muita criatividade e imaginação. A realidade da escola. (Professor 5, licenciatura em geografia).

32575 Necessário saber o que ensina/ como ensina e para quem ensina. Nossa diretriz curricular do Paraná é muito extensa e com conteúdos que não são dominados pelos professores. Ênfase nenhuma a um roli de conteúdos teóricos. Um pouco de psicologia, ter domínio de sua disciplina, ética e postura profissional. Ter um conhecimento mais linguístico. Alem do pleno domínio dos conteúdos também é necessário se saber como ensinar, além de postura do docente, vocabulário acessível aos alunos. O básico da formação. Uma troca maior entre os educando sobre a prática cotidiana. Conhecimento teórico, voz de comando, disciplina e domínio da turma. Dominar os conteúdos específicos, planejar aulas de forma a aprimorar o tempo e os recursos a serem utilizados. Ter um conhecimento básico dos recursos tecnológicos. Dominar o conteúdo de sua disciplina, ser inter e transdisciplinar, ter noção da globalização quando se fala do regional, entender do comportamento humano diante de vários problemas. É necessário dominar o conteúdo, ter controle das turmas, saber identificar problemas de aprendizagem e estar preparado para enfrentar qualquer imprevisto, ou seja, saber de tudo um pouco. (Professor 30, licenciatura em pedagogia). Necessário atualizar-se. A prática docente exige atualização. Estar sempre em dia com os acontecimentos, buscando informações e acima de tudo ter muita criatividade para despertar o interesse da criança. Necessidade de referencial teórico, informações sobre a turma e alunos que sejam relevantes para o andamento da aula e postura docente. Domínio dos conteúdos a transmitir e a forma como fazê-lo, ou seja, seguir uma linha teórica. Quanto mais o professor se informar melhor, leituras de jornais, revistas, fazer cursos e se atualizar sempre. Considero necessário conhecimentos especifico e elementos relacionados a psicologia, para compreender as relações humanas e as metodologias e didáticas aplicadas na ação profissional. Estar atualizada e entender a dificuldade de cada aluno durante a realização da pratica. (Professor 39, licenciatura em pedagogia). Necessário especializar-se. Fundamentação teórica mais a pratica efetiva. Necessário referencial teórico e capacitação voltada para a área de atuação. Toda parte didática referente ao ciclo trabalhado. Atualizações periódicas em questões científicas e novas metodologias para auxiliar na escola para atender melhor a clientela atual. Saber sobre a educação inclusiva e praticas com alunos com déficit de aprendizagem. Como trabalhar com os alunos de inclusão. Necessário compartilhar experiências entre os professores. (Professor 90, licenciatura em pedagogia). Cabe destacar a valorização da troca de experiências com os professores com mais tempo em sala de aula e também a questão de gostar do que faz. Os futuros professores carecem de mais apoio e atenção quando estão iniciando, também precisam de teorias ligadas a pratica docente diária. O professor iniciante deve estar apto às mudanças rápidas e repentinas, para lidar com as diferentes situações em constantes e diversos momentos e estar sempre em contato com a atualidade, ler bastante, vivenciar e gostar do que faz. Considerações finais Percebemos que a maioria dos professores considera sua formação inicial boa quando se referem à parte teórica. No entanto, a maioria aponta como problema a forma de como as

32576 universidades os preparam para a docência. Dizem que quando saem da universidade para trabalhar nas escolas sentem-se despreparados para enfrentar a realidade da sala de aula. Entre os principais problemas apontam a falta de comprometimento dos alunos e a não participação da família no processo de ensino. Alunos desinteressados, com menos limites, menos valores, pais menos presentes e acreditando que a tecnologia resolverá seus problemas fazem parte segundo os depoimentos dos professores do maior problema da docência. Desse modo, verifica-se que as licenciaturas não conseguiram ainda romper com a dicotomia existente entre a teoria e a prática, como apontam Romanowski, Martins e Cartaxo: a dicotomização existente na organização, estruturação e sistematização dos cursos de licenciatura pode ser representada por duas paralelas que mantém entre si um espaço vazio a ser superados pelos alunos, futuros professores, na sua prática profissional. A desarticulação se manifesta entre as instituições de formação com as instituições em que se dá o exercício profissional; entre as áreas de formação dos conhecimentos específicos e dos conhecimentos pedagógicos; na abordagem destes conteúdos pela separação da teoria e da prática; entre professores da educação superior e professores da educação básica; entre pesquisa e ensino; entre professores formadores e licenciandos (ROMANOWSKI; MARTINS; CARTAXO. 2011, p.405). Assim a formação pedagógica permanece desarticulada do conjunto das disciplinas fragilizando a formação. A mudança na educação implica cada vez mais nas iniciativas dos educadores. Cada vez mais temos que assumir a condição de educadores, e seguir as diretrizes que orientam no sentido de que educar e cuidar são indissociáveis. Para Romanowski: Desde a década de 1990, os sistemas de ensino proclamam por uma formação de professores capaz de promover mudanças no processo de ensino. Nesta perspectiva, entre as alternativas, na definição das políticas de intervenção no estatuto da formação de professores, é elevar o nível de exigência para os cursos de formação inicial do professor e a ampliação da formação continuada (ROMANOWSKI; MARTINS; CARTAXO. 2011, p.409). As universidades direcionam a formação inicial de seus alunos para uma educação focada nas teorias em detrimento de uma intensificação de apropriação da prática docente. De que modo priorizar as inúmeras teorias sem a segurança necessária para a atuação docente favorece esta relação? Não por acaso encontramos na sociedade pessoas formadas em licenciaturas que não atuam na área educacional por não julgarem-se aptos para a função. A pesquisa sobre formação inicial de professores vem sendo investigada desde o final de 1998, e ainda está em continuidade, isso implica dizer que são provisórios os dados desta reflexão, porém já se podem apontar alguns pontos para sua continuidade. Universidade e Educação Básica continuam campos distintos, as questões do campo de atuação profissional são abordadas como teorias disciplinares, conceitos, sem que as

32577 articulações necessárias possam ser estabelecidas, e por outro lado a realidade na prática da escola não fundamenta os estudos realizados na universidade. Nas universidades a formação para a compreensão da totalidade é uma meta não concretizada, a conscientização dos professores sobre sua profissionalidade na maioria das vezes é construída na prática da docência, o recém-formado precisa determinar-se como professor e muitas vezes esta atitude está longe de acontecer. Conforme Romanowski: o desafio vai muito além da expansão do número de matrículas e da reformulação das propostas curriculares e dos processos formativos, as universidades precisam encontrar o ponto de fusão entre teoria e pratica docente em contraponto os recémformados precisam apropriar-se deste conceito (ROMANOWSKI, 2009 p.89). Ao analisar as respostas dos professores podemos concluir que a maioria atribui exclusivamente ao professor a responsabilidade de prender a atenção dos estudantes, assumindo um papel de único responsável pelo aprendizado. A sociedade cultiva uma ideia de que os professores detém o poder de ensinar o aluno fica eximido da responsabilidade de aprender, como se fosse menos importante o estudante ter a consciência de aprendiz. Essa cultura deve ser combatida e desde bem cedo já na educação infantil deve-se mostrar aos pequenos que eles devem assumir seu papel de aprendiz. É claro que o papel do professor é indiscutivelmente essencial na construção do conhecimento, porém ele não é o único responsável é uma via de mão dupla que deve ser amplamente explorada nas escolas de todo país. REFERÊNCIAS DINIZ-PEREIRA, J. E. Formação de professores: pesquisas, representações e poder. Belo Horizonte: Autêntica, 2000. DINIZ-PEREIRA, J. E; VIANA, G. M. A atual reforma das licenciaturas na UFMG e as lutas concorrenciais no campo universitário. In: Simone Albuquerque da Rocha. (Org.). Formação de professores: licenciaturas em discussão. Cuiabá: EDUFMT, 2010. GATTI, B. A. Formação de professores no Brasil: características e problemas. Educação & Sociedade. Campinas: 2010. IMBERNÓN, Francisco. Formação Docente e Profissional: formar-se para a mudança e a incerteza. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2001. MARTINS, P. L.O; ROMANOWSKI, J. P. A didática na formação pedagógica de professores nas novas propostas para os cursos de licenciatura. In: Angela Dalben; Júlio Diniz; Leiva Leal; Lucíola Santos. (Org.). Convergências e tensões no campo da formação e do

32578 trabalho docente: didática, formação de professores e trabalho docente. Belo Horizonte: Autêntica, 2010. NÓVOA, António. Formação de professores e formação docente. In: NÓVOA, António. (org.) Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992.. Professores imagens do futuro presente. Lisboa: Educa, 2009. ROMANOWSKI, J. P. Expansão dos cursos de licenciatura no Brasil. In: Ana Maria Eyng; Romilda Teodora; Sérgio Rogério Azevedo Junqueira. (Org.). O tempo e o espaço na educação: a formação do professor. Curitiba: Champagnat, 2003. ROMANOWSKI, Joana P.; MARTINS, Pura L. O.; CARTAXO, Simone R. M. Reformulation of undergraduate courses in Brazil: new directions? In: Conference Proceedings,15 Th Biennial ISATT Conference. Braga, Pt.: Universidade do Minho, International Study Association on Teachers and Teaching ISATT, 2011. ROMANOWSKI, Joana Paulin. Formação e Profissionalização docente. Curitiba: Ibpex, 2009. TERRAZAN, E. A. Condicionantes para tutoria escolar no estágio curricular supervisionado: articulando formação inicial e formação continuada de professores (COTESC). Projeto e relatório de pesquisa. Santa Maria: UFSM, (texto de relatório) 2004. VAILLANT, Denise, MARCELO, Carlos. Quién educará a los educadores? Teoría y práctica de la formación de formadores. Montevideo: ANEP, AECI, 2000.