METODOLOGIAS PARA UM MELHOR PLANEAMENTO E GESTÃO DO USO DO SOLO AGRÍCOLA ATENDENDO À VULNERABILIDADE DOS AQUÍFEROS À POLUIÇÃO DIFUSA

Documentos relacionados
Processos n. os 0607/11/16255 (0607/14/15799; 0607/17/14699; 0607/19/15437)

METODOLOGIAS PARA UM MELHOR PLANEAMENTO E GESTÃO DO USO DO SOLO AGRÍCOLA ATENDENDO À VULNERABILIDADE DOS AQUÍFEROS À POLUIÇÃO DIFUSA

PROPAGAÇÃO DE NITRATOS NA ZONA VADOSA DO SOLO Apresentação de um Ensaio de Traçador Realizado no Aquífero Artificial do GIAS

ESTUDO DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS NO ESTUÁRIO DO RIO GUADIANA E ZONAS ADJACENTES

Quantidade e Qualidade da Água em Alqueva

PROJETO MARSOL Apresentação do caso de estudo em S. B. Messines

MÓDULO 3 MODELAÇÃO INTEGRADA DE ECOSSISTEMAS

ANÁLISE INTEGRADA DA QUALIDADE DA ÁGUA E DOS ECOSSISTEMAS NA BACIA HIDROGRÁFICA DA RIBEIRA DE MELIDES

Ana Maria PIRES Carlos MACHADO João VILHENA José Paulo MONTEIRO Luís RODRIGUES Maria José CARVALHO Nelson LOURENÇO Rui REBELO

Resolução CONAMA Nº 396, de 03 de Abril de Dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento das águas subterrâneas.

Ana Maria PIRES Carlos MACHADO João VILHENA José Paulo MONTEIRO Luís RODRIGUES Maria José CARVALHO Nelson LOURENÇO Rui REBELO

RISCO DE INTRUSÃO SALINA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - GESTÃO INTEGRADA DE ÁGUA SUBTERRÂNEAS

IMPORTÂNCIA DA MONITORIZAÇÃO NA GESTÃO INTEGRADA DOS RECURSOS HÍDRICOS

UNIVERSIDADE DO ALGARVE FCMA Engenharia do Ambiente, 4º ano. DEGRADAÇÃO E CONSERVAÇÃO DO SOLO

Água no Solo. V. Infiltração e água no solo Susana Prada. Representação esquemática das diferentes fases de um solo

WORKSHOP OS DESAFIOS DA IMPLEMENTAÇÃO DE PROJETOS DE REUTILIZAÇÃO DE ÁGUAS RESIDUAIS EM PORTUGAL. PAINEL 2 Administração pública

METODOLOGIAS PARA UM MELHOR PLANEAMENTO E GESTÃO DO USO DO SOLO AGRÍCOLA ATENDENDO À VULNERABILIDADE DOS AQUÍFEROS À POLUIÇÃO DIFUSA

Características hidroquímicas e hidrodinâmicas do aquífero na planície arenosa da Costa da Caparica

DEFINIÇÃO DAS REDES DE MONITORIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES

Fontes de Poluição Difusa e as Diretivas no Domínio da Água

OBJETIVO. Analisar a dinâmica dos níveis potenciométricos de aquífero aluvial intensamente monitorado, no Agreste Pernambucano; Relacionar com:

ÁGUA SUBTERRÂNEA BAIXO MONDEGO

Salinização do Solo: Causas e Prevenção

10.1 Caracterização hidroquímica do Sistema Aquífero Moura-Ficalho

A GEOFÍSICA NA PROTECÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS. MAPEAMENTO DE ZONAS DE RISCO NO VALE DO TEJO-SADO RECORRENDO A PROSPECÇÃO GEOELÉCTRICA.

Encontro Técnico Blueprint- Protecção dos recursos hídricos da Europa Perspectivas para Portugal Práticas agrícolas e qualidade da água

Dr. Mário Jorge de Souza Gonçalves

A ÁGUA SUBTERRÂNEA faz parte

EVOLUÇÃO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NA ZONA ENVOLVENTE AO COMPLEXO QUÍMICO DE ESTARREJA. PERSPETIVAS FUTURAS

Programa de medidas do 2º ciclo planeamento e monitorização Sessão temática: Águas subterrâneas: estratégia para a sua gestão 9 maio 2019

VULNERABILIDADE DE AQÜÍFEROS

PHD-5004 Qualidade da Água

Agrícola. Substítulo. Programa de Ação (Portaria 259/2012 de 28 de agosto) Pinhal Novo_ g Fernanda Fenyves - DAOT

DIAGNÓSTICO DOS POÇOS TUBULARES E A QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DO MUNICIPIO DE JUAZEIRO DO NORTE, CEARÁ

Nota: Os acetatos seguintes foram feitos com base na informação contida neste portal

SISTEMA AQUÍFERO: MONTE GORDO (M17)

Salinização do Solo: Causas e Prevenção

A plataforma FIGARO no apoio à gestão da rega

Monitorização da Qualidade das Águas e dos Sedimentos

NILDO DA SILVA DIAS Universidade Federal Rural do Semi-Árido

EVOLUÇÃO NA QUALIDADE DAS ÁGUAS RESIDUAIS TRATADAS. ARH do ALENTEJO

Metodologias para a identificação das melhores opções sobre estratégias com vista à gestão sustentável dos recursos hídricos no sul de Portugal

OPEN

Universidade Tecnológica Federal do Paraná. CC54Z - Hidrologia. Infiltração e água no solo. Prof. Fernando Andrade Curitiba, 2014

EVAPOTRANSPIRAÇÃO INTERCEPTAÇÃO PELO DOSSEL

Centro Experimental de Erosão de Vale Formoso: Passado, Presente e Futuro

GESTÃO DE REGA EM PEQUENOS FRUTOS. Onno Schaap António Ramos

A ANÁLISE GEOESTATÍSTICA DA CONCENTRAÇÃO DE NITRATOS NAS MASSAS DE ÁGUA SUBTERRÂNEA NA CONFEDERAÇÃO HIDROGRÁFICA DO JÚCAR, ESPANHA

RELATÓRIO DE MONITORIZAÇÃO AMBIENTAL ANUAL DE 2015 DA ZONA INDUSTRIAL E LOGÍSTICA DE SINES SUMÁRIO EXECUTIVO

Tarefa 2 - Monitorização de nutrientes e atividade trófica na albufeira do Enxoé

Avanços na Eficiência do Uso da Água na Agricultura

PLANO MUNICIPAL DA ÁGUA

Sistema de Vigilância de Qualidade da Água

DETERMINAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DE UM SOLO EM ENSAIOS DE COLUNA PARA UTILIZAÇÃO EM PROCESSOS DE RECARGA ARTIFICIAL

INFILTRAÇÃO* E ARMAZENAMENTO NO SOLO. Prof. José Carlos Mendonça

Projecto ROTALQ Soluções integradas de rotações culturais com viabilidade técnica, económica e ambiental na área de influência de Alqueva

NAZARÉ E DE ALCOBAÇA

ÁREAS DE ESPECIALIZAÇÃO:

APLICAÇÃO DA DIRETIVA NITRATOS

ASPECTOS QUANTITATIVOS DOS SISTEMAS AQUÍFEROS DO BAIXO TEJO

13 DOTAÇÕES DE REGA 13.1 Introdução 13.2 Evapotranspiração Cultural 13.3 Dotações de Rega 13.4 Exercícios Bibliografia

A ÁGUA É UM RECURSO ESCASSO E FUNDAMENTAL PARA A AGRICULTURA NUMA AGRICULTURA SUSTENTÁVEL É FUNDAMENTAL REDUZIR O RISCO DE POLUIÇÃO DA ÁGUA

Ana Maria PIRES Carlos MACHADO João VILHENA José Paulo MONTEIRO Luís RODRIGUES Maria José CARVALHO Nelson LOURENÇO Rui REBELO

APLICAÇÃO DE DOIS MÉTODOS DIFERENTES PARA A ESTIMATIVA DA RECARGA DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NUMA ÁREA DE ESTARREJA

OS RECURSOS HÍDRICOS NO CONTEXTO DO PLANEAMENTO URBANO. Maria José VALE; Bruno Miguel MENESES; Raquel SARAIVA; Rui REIS

RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO

COMPOSTAGEM DE VERDES A EXPERIÊNCIA DA ALGAR

A ÁGUA ÉUM RECURSO ESCASSO E FUNDAMENTAL PARA A AGRICULTURA NUMA AGRICULTURA SUSTENTÁVEL ÉFUNDAMENTAL REDUZIR O RISCO DE POLUIÇÃO DA ÁGUA

MODELAÇÃO MATEMÁTICA DOS RECURSOS HÍDRICOS SUBTERRÂNEOS DA REGIÃO DE MOURA

GESTÃO DA ÁGUA E FERTILIZAÇÃO

PROJECTO PTDC/AAC-AMB/105061/2008

GESTÃO INTEGRADA DA REGA

CARTA AGRÍCOLA DO ANO DE 2007/200 /2008 OBRA DE REGA DA CAMPINA DE IDANHA. Albufeira Marechal Carmona ELEMENTOS ESTATÍSTICOS REFERENTES A 2008

A importância da monitorização da água e do solo no Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva

QUALIDADE DOS SOLOS, ÁGUAS E VEGETAIS EM HORTAS URBANAS DE LISBOA

1.Introdução. 2.Enquadramento Geral

Pressão antropogénica sobre o ciclo da água

Caracterização da Situação de Referência. Pedreiras de Lourosa

Caracterização e Enquadramento da região ZV de Elvas

MECANISMOS E FONTES DE CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DE NATAL/RN POR NITRATO

Sector Recursos Hídricos Equipa: Rodrigo Proença de Oliveira; Luis Ribeiro; Maria Paula Mendes; João Nascimento.

Experimento Correção de P (safra 2010/11 a 2015/16)

Estudo da interacção água subterrânea/água superficial nos sistemas associados à Lagoa de Albufeira, em periodo de barra aberta

Plano de Gestão das Bacias Hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis

PROJETO ADAPTACLIMA-EPAL

WATER4EVER. Otimização do uso da água na agricultura para preservar o solo e os recursos hídricos. Tiago Ramos. Beja, 12 Dezembro de 2017

Gestão integrada do fósforo para controlo da eutrofização em bacias hidrográficas - EUTROPHOS. O caso da bacia hidrográfica do Enxoé

METODOLOGIAS PARA DELIMITAR PERÍMETROS DE PROTECÇÃO DE CAPTAÇÕES DE ÁGUA SUBTERRÂNEA

Proteção de Recursos Hídricos Subterrâneos

Evento PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE EDIFÍCIOS, SUSTENTABILIDADE E CONFORTO INTERIOR OPTIMIZAÇÃO DE SOLUÇÕES CONSTRUTIVAS SIMULAÇÃO DINÂMICA

REPÚBLICA DE ANGOLA MINISTÉRIO DA AGRICULTURA. PLANO NACIONAL DIRECTOR DE IRRIGAÇÃO 1 Lisboa, Outubro de 2011

RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJECTO DE EXECUÇÃO. Variante Norte de Loulé à EN270 (2ª Fase)

BLOCO V ÁGUA COMO RECURSO NO MOMENTO ATUAL. Temas: Escassez. Perda de qualidade do recurso (água) Impacto ambiental

ANÁLISE COMPARATIVA DE DOIS ÍNDICES DE POLUIÇÃO AGRÍCOLA NO SISTEMA AQUÍFERO DOS GABROS DE BEJA (SECTOR DA MARGEM ESQUERDA DO RIO GUADIANA)

APOSTILA DE EXERCÍCIOS PARTE I

2 Determine a razão de bifurcação média geométrica da rede hidrográfica abaixo representada.

Implementação do EMAS na BA5 e ER2

DECLARAÇÃO DE IMPACTE AMBIENTAL PROJECTO DE ALTERAÇÃO DA UNIDADE INDUSTRIAL DA COMPAL

Transcrição:

METODOLOGIAS PARA UM MELHOR PLANEAMENTO E GESTÃO DO USO DO SOLO AGRÍCOLA ATENDENDO À VULNERABILIDADE DOS AQUÍFEROS À POLUIÇÃO DIFUSA Teresa E. LEITÃO (Coord.) Luís G. S. OLIVEIRA J.P. LOBO FERREIRA Isabel LARANJEIRA

> Contribuir para atingir o Bom estado das águas subterrâneas até 2015 -> implementação de ações destinadas à proteção das massas de água e à redução gradual da poluição em massas de água poluídas. O objetivo global do projecto é: "Estimular a utilização futura de culturas e práticas agrícolas mais sustentáveis que possam contribuir para diminuir o risco de degradação da qualidade das águas subterrâneas protegendo-as atendendo, entre outros aspectos, à sua vulnerabilidade".

Tarefa 1 - Caracterização do sistema agro-hídrico Quantificação das fontes de poluição difusa, culturas, fertilizantes e tipos de tratamentos, processos de irrigação típicos de cada cultura. Tarefa 2 Caracterização de parâmetros de qualidade e hidrodinâmicos do solo, zona vadosa, saturada, águas de escorrência. Tarefa 3 - Monitorização e modelação do aquífero Modelação do escoamento e do transporte de massa para análise das interações entre as águas subterrâneas e as de superfície. Tarefa 4 Otimização da melhor ocupação do solo para a região estudada.

RECOQUAR "Rede de Controlo da Qualidade da Água de Rega", COTR Pequena bacia com cerca de 4 km 2

2006 Localização Modalidades Descrição da modalidade Monte da Mancoca MMAFC Milho, com adubação de fundo e cobertura (fertirrigação) Monte do Pinheirinho PMAFLC Milho, com adubação de fundo localizada e cobertura (fertirrigação) PGSAFC Girassol, sem adubação de fundo e sem cobertura 2007 Localização Modalidades Descrição da modalidade Solos Monte da Mancoca MM Milho para grão, adubação de fundo e cobertura (fertirrigação) Pagc PML1 Melão, rega gota-a-gota (fertirrigação) Bpc Monte do Pinheirinho PML2 Melão, rega gota-a-gota (fertirrigação) Pagc

Amostragem de solos (0-15 cm, 15-30 cm, 30-45 cm, 45-60 cm e 60-75 cm), amostras não perturbadas, para a determinação de: o curvas de tensão-humidade, o densidade aparente e real do solo, o porosidade e o análise textural o Análise físico-química: iões maiores, fosfatos e nitratos), ph, condutividade eléctrica

Cápsulas de recolha de água na zona vadosa Humidade do solo Tensão do solo

Solos e águas de escorrência Águas da zona vadosa Águas subterrâneas

NO3 (mg/l) e CE (us/cm) mg/l PLANEAMENTO E GESTÃO DO USO DO SOLO AGRÍCOLA 250 200 150 100 2006 16 de Junho de 2006 22 de Junho de 2006 30 de Junho de 2006 4 de Julho de 2006 12 de Julho de 2006 18 de Julho de 2006 28 de Julho de 2006 7 de Agosto de 2006 18 de Agosto de 2006 22 de Agosto de 2006 30 de Agosto de 2006 7 de Setembro de 2006 Águas de escorrência: NO3 Valores muito elevados em NO3, com claros efeitos da rega 2007 50 0 1600 1400 1200 Água de Rega Mancoca (Milho) Pinheirinho (Milho) Pinheirinho (Girassol) 1000 800 600 400 25 de Maio 31 de Maio 11 de Junho 18 de Junho 25 de Junho 09 de Julho 16 de Julho 23 de Julho 06 de Agosto 13 de Agosto 20 de Agosto 27 de Agosto 3 de Setembro 10 de Setembro 200 0 NO3 CE

Nitratos (mg/l) Nitratos (mg/l) PLANEAMENTO E GESTÃO DO USO DO SOLO Herdade AGRÍCOLA da Mancoca 600 Cultura do milho PARA UMA PROTECÇÃO SUSTENTÁVEL 550 DAS ÁGUAS NO3 500 Vadosa: NO 3 450 400 350 300 250 25-05-2006 16-06-2006 22-06-2006 28-07-2006 07-08-2006 30-08-2006 07-09-2006 13-09-2006 2006 200 150 100 50 0 20 40 60 Profundidade (cm) 600 550 500 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0 Herdade da Pinheirinho Cultura do girassol NO3 20 40 60 Profundidade (cm) 25-05-2006 16-06-2006 22-06-2006 18-07-2006 07-08-2006 30-08-2006

NO3 (mg/l) PLANEAMENTO E GESTÃO DO USO DO SOLO AGRÍCOLA Vadosa: NO 3 Nitratos (sonda LNEC + LQA Ambiente) - Cápsulas 450 400 350 300 250 200 150 100 2007 Ensaios 2007 31 Maio 11-Jun 18-Jun 25-Jun 02-Jul 09-Jul 16-Jul 23-Jul 30-Jul 06 Ago 13 Ago 20 Ago 27 Ago 03-Set 10-Set 17-Set 50 0 20 cm 40 cm 60 cm 20 cm 40 cm 60 cm 20 cm 40 cm 60 cm MM PML1 PML2

NO3 (mg/l) PLANEAMENTO E GESTÃO DO USO DO SOLO AGRÍCOLA Enquadramento Objectivos Tarefas Desenvolvimento Resultados 250 200 150 100 50 0 Águas Subterrâneas 2006 NO3 NO3 3 de Maio 25 de Maio de 2006 28 de Maio de 2006 31 de Maio de 2006 6 de Junho de 2006 8 de Junho de 2006 16 de Junho de 2006 22 de Junho de 2006 30 de Junho de 2006 4 de Julho de 2006 12 de Julho de 2006 18 de Julho de 2006 28 de Julho de 2006 1 de Agosto de 2006 7 de Agosto de 2006 18 de Agosto de 2006 22 de Agosto de 2006 30 de Agosto de 2006 7 de Setembro de 2006 13 de Setembro de 2006 10 de Outubro de 2006 16 de Novembro de 2006 17 de Novembro de 2006 Mancoca Pinheirinho

mg/l m PLANEAMENTO E GESTÃO DO USO DO SOLO AGRÍCOLA Enquadramento Objectivos Tarefas Desenvolvimento Resultados 9 8 7 6 Variação da profundidade ao nível piezométrico P1 P2 P3 P4 P5 PzMc Águas Subterrâneas 2007 5 4 3 2 350 Variação da concentração em nitratos nas águas subterrâneas 1 300 0 25-Jun 5-Jul 15-Jul 25-Jul 4-Ago 14-Ago 24-Ago 3-Set 250 13-Set 23-Set P1 P2 P3 P4 P5 PzMc No final do mês de Agosto, há um aumento da concentração dos nitratos, especialmente notório para os piezómetros P2, P3, e P5, possivelmente resultante da aplicação de fertilizantes, com cerca de 2 meses de desfasagem 200 150 100 50 0 25-Jun 5-Jul 15-Jul 25-Jul 4-Ago 14-Ago 24-Ago 3-Set 13-Set 23-Set

Enquadramento Objectivos Tarefas Desenvolvimento Resultados Vulnerabilidade à poluição: DRASTIC Vulnerabilidade baixa e intermédia Vulnerabilidade baixa e vulnerabilidade alta

Modelação da área de estudo Modelo regional alargado de 18,6 km 2 3 camadas, 67 linhas e 192 colunas

Piezometria da área de estudo

Movimento de partículas Se se considerar uma velocidade de 10 m/d, para atravessar toda a área longitudinalmente (3,5 km) demorar-se-ia cerca de 1 ano (demora a chegar à zona saturada e há saídas para as agsup)

Modelação da qualidade da água: modelo MT3D Sobre a modelação da situação atual foram analisados diversos cenários de potencial ocupação do solo, para os anos 2007 a 2015. Correspondem ao cenário de base (ano de 2007) sobre o qual é alterada uma cultura de cada vez numa só parcela (cf. as alterações no Quadro abaixo), verificando-se os seus efeitos nas restantes parcelas. Cenários A B C D E F 1 Par1 - Olival Par1 - Melão Par1 - Tomate Par1 - Meloa Par1 - Beterraba Restantes parcelas iguais 2 Par2 - Milho Par2 - Melão Par2 - Tomate Par2 - Meloa Par2 - Beterraba Restantes parcelas iguais 3 Par3 - Milho Par3 - Olival Par3 - Tomate Par3 - Meloa Par3 - Beterraba Restantes parcelas iguais 4 Par4 - Milho Par4 - Olival Par4 - Melão Par4 - Meloa Par4 - Beterraba Restantes parcelas iguais 5 Par5 - Milho Par5 - Olival Par5 - Melão Par5 - Meloa Par5 - Beterraba Par5 - Tomate Restantes parcelas iguais

Modelação da qualidade da água: modelo MT3D Cenário 1A (em 2015) Cenário 4D (em 2015)

Considerações finais Os dados obtidos permitiram verificar de forma clara a influência que diferentes práticas agrícolas têm na qualidade das águas de jusante (águas de escorrência, zona vadosa e águas subterrâneas) e solos. A informação de campo foi modelada em termos do estudo do escoamento e do transporte de poluentes. Com base nos dados obtidos projetaram-se diferentes cenários dos efeitos que diferentes ocupações do solo podem ter na qualidade dos recursos hídricos de jusante, permitindo otimizar a sua ocupação.

Considerações para o futuro: Zonas vulneráveis Perspectiva de precaucionaridade onde a declaração de uma área como vulnerável implica uma alteração das práticas agrícolas para melhores procedimentos definidos no CBPA Sistemas aquíferos e formações sedimentares identificados como estando poluídos Zonas vulneráveis no Continente Potenciais zonas de risco e susceptíveis de se identificarem como zonas vulneráveis