SISTEMA CIRCULATÓRIO. Prof. Dr. Rodolfo C. Araujo Berber Universidade Federal de Mato Grosso

Documentos relacionados
Serve como um valioso instrumento para o diagnóstico de várias patologias cardíacas e distúrbios hidroeletrolítico.

Serviço de Fisiologia

Biofísica da circulação. Hemodinâmica cardíaca

Registro dos eventos elétricos. Base do ECG. O eletrocardiograma (ECG) é o registro dos sinais elétricos emitidos durante a atividade cardíaca.

Biofísica da circulação

Registro dos eventos elétricos. Base do ECG. O eletrocardiograma (ECG) é o registro dos sinais elétricos emitidos durante a atividade cardíaca.

Coração Vasos sanguíneos: artérias veias capilares Sangue: plasma elementos figurados: Hemácias Leucócitos plaquetas

Curso de capacitação em interpretação de Eletrocardiograma (ECG) Prof Dr Pedro Marcos Carneiro da Cunha Filho

Ciclo cardíaco. Biomorfofuncional I Problema 3 Módulo I Sistemas Cardiovascular e Respiratório. Profa. Dra. Juliana Vasconcelos

O Processo de Enfermagem aplicado ao Sistema Cardiovascular

FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR

Biofísica da circulação. Hemodinâmica cardíaca

ELETROCARDIOGRAFIA. Profª Enfª Luzia Bonfim

FISIOLOGIA DO SISTEMA CIRCULATÓRIO. Prof. Ms. Carolina Vicentini

SISTEMA CARDIOVASCULAR I

FISIOLOGIA DA CONTRAÇÃO MUSCULAR DISCIPLINA: FISIOLOGIA I

Cardiologia do Esporte Aula 2. Profa. Dra. Bruna Oneda

Eletrocardiograma. Introdução à Eletrónica Médica Célia Valbom, Bioengenharia

Universidade Estadual de Santa Cruz (DCB)

Prof. Ms. SANDRO de SOUZA

Ciclo cardíaco e anatomia dos vasos sanguíneos

Sistema Circulatório. Diogo Magalhães Cavaco Instituto de Histologia e Embriologia Faculdade de Medicina de Lisboa 2006

Sistema Cardiovascular

Problemas Cardiovasculares. Aspectos anatômicos e fisiológicos na UTI

Carlos Alberto Pastore Livre-docente pela Faculdade de Medicina da USP. Diretor de Serviços Médicos do Incor-HC-FMUSP.

Emergência Intra-Hospitalar II. Prof Enfermeiro Diogo Jacintho

Respostas cardiovasculares ao esforço físico

BIOFÍSICA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

Ciclo cardíaco. 1. Estrutura e Fisiologia Geral do Coração

SISTEMA CARDIOVASCULAR

Interpretação do eletrocardiograma. Prof.: Aguinaldo Alves Deão

PROBLEMAS CARDIOVASCULARES. Prof. Enf. Esp. Diógenes Trevizan

BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA FUNÇÃO CARDIO-VASCULAR E EXERCÍCIO

Carlos Alberto Pastore Nelson Samesima Rafael Munerato. 4ª edição

SIMPÓSIO DE ELETROCARDIOGRAMA

Aulas Multimídias Santa Cecília. Profª Ana Gardênia

O ELETROCARDIOGRAMA NORMAL

Sistema Cardiovascular

RESUMO APARELHO CARDIOVASCULAR

Noções básicas de eletrocardiografia e principais aplicações na toxicologia

Bacharelado em Educação Física. Função Cardio-vascular e Exercício

Sistema cardiovascular

SISTEMA CIRCULATÓRIO. 1. Funções da Circulação Sanguínea. 2. Classificação da circulação 3. VASOS 20/09/2018 PROFº STUART - BIOLOGIA 1

21/9/2010. distribuição do O2 e dos nutrientes; remoção do CO2 e de outros resíduos metabólicos; transporte de hormônios; termorregulação;

ELECTROCARDIOGRAMA EFEITO DA DIRECÇÃO DA ONDA DE DESPOLARIZAÇÃO NAS DEFLECÇÕES DO E.C.G.

Biofísica da circulação. Hemodinâmica cardíaca. Forças e mecanismos físicos relacionados à circulação sanguínea

Bombear e forçar o sangue através dos vasos sanguíneos do corpo, fornecendo a cada célula do corpo nutrientes e oxigénio.

ELECTROFISIOLOGIA CARDÍACA

Prof. Adjunto Paulo do Nascimento Junior Departamento de Anestesiologia da Faculdade de Medicina de Botucatu

ELETROCARDIOGRAMA. Profº Enf Eduwaldo Araújo Ferreira

PROPRIEDADES FUNCIONAIS DO CORAÇÃO

Sistema Circulatório. Profª Talita Silva Pereira

O coração como bomba Ciclo e Débito Cardíaco Efeitos do Exercício. Lisete C. Michelini

Faculdade Maurício de Nassau Disciplina: Anatomia Humana. Natália Guimarães Barbosa

CAPÍTULO XIV ATIVIDADE ELÉTRICA DO CORAÇÃO

SISTEMA CARDIOVASCULAR. Prof. Me. Renata de Freitas Ferreira Mohallem

PRINCÍPIOS BÁSICOS DO ELETROCARDIOGRAMA

Introdução ao Sistema Cardiovascular Propriedades da Fibra cardíaca Regulação da FC: Efeitos do Exercício. Lisete C. Michelini

Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina do Cariri Liga de Medicina Intensiva e Emergências Médicas do Cariri

Contracções ventriculares prematuras

Cardiologia do Esporte Aula 1 Sistema circulatório. Prof a. Dr a Bruna Oneda

Resposta fisiológica do Sistema Cardiovascular Durante o Exercício Físico

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA

Anatomia e Fisiologia Humana

HEMODINÂMICA SISTEMA CARDIOVASCULAR. Rosângela B. Vasconcelos

Análise vectorial dum vector de despolarização

SISTEMA CARDIOVASCULAR

Eletrofisiologia 13/03/2012. Canais Iônicos. Proteínas Integrais: abertas permitem a passagem de íons

Reconhecimento do ritmo cardíaco sinusal. Profa Dra Rita de Cassia Gengo e Silva Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica - EEUSP

SISTEMA CIRCULATÓRIO. Prof a Cristiane Oliveira

Tema 07: Propriedades Elétricas das Membranas

PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO/2014

Cardiologia do Esporte Aula 1 Sistema. Prof a. Dr a Bruna Oneda 2013

d) Aumento da atividade da bomba hidrogênio-potássio e) Aumento da atividade da fosfatase miosínica

Transporte de nutrientes e oxigénio até às células

Sistema Cardiovascular. Dra. Christie Ramos Andrade Leite-Panissi

Cuidando do cliente com agravos cardiovasculares em Urgência e Emergência. Profº. Enf.º Diógenes Trevizan Especialização em urgência e Emergência

Aula 5: Sistema circulatório

Uma Proposta de um Sistema de Apoio ao Diagnóstico de Patologias Cardíacas Utilizando Wavelets

PRINCÍPIOS BÁSICOS DE INTERPRETAÇÃO DO ELETROCARDIOGRAMA

ECG - ELETROCARDIOGRAFIA

O sistema circulatório. Autores: Inês Salvador e Tiago Cardoso Adaptação: Profa. Conceição Leal Fonte: Slide Share

Arritmias Cardíacas Doenças Valvares Morte Súbita. Prof. Dra. Bruna Oneda

UNIVERSIDADE DE SÃOPAULO FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA

SISTEMA CARDIOVASCULAR. Prof. Victor Uchôa

Fisiologia I Aulas Práticas

BIOLOGIA. Identidade dos Seres Vivos. Sistema Esquelético e Muscular Humano Parte 2. Prof. Daniele Duó

Sistema Cardiovascular. Prof. Dr. Leonardo Crema

ELETROCARDIOGRAMA 13/06/2015 ANATOMIA E FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR

PROPEDÊUTICO Tecido Muscular

6.1 ASPECTOS DA ELECTRICIDADE DOS MÚSCULOS

Unidade 6. Sistema circulatório. Planeta Terra 9.º ano. Adaptado por Ana Mafalda Torres

SISTEMA CIRCULATÓRIO PROF.ª LETICIA PEDROSO

OBS: o sangue (tecido sanguíneo) é o líquido impulsionado por este sistema.

AULA-10 FISIOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM

Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM

Fisiologia Cardíaca Bloco 1 de exercícios

SISTEMA CIRCULATÓRIO PROF.ª LETICIA PEDROSO

Transcrição:

SISTEMA CIRCULATÓRIO Prof. Dr. Rodolfo C. Araujo Berber Universidade Federal de Mato Grosso

É TÃO FREQUENTE OS PROBLEMAS CARDÍACOS EM CÃES?

Tipos de músculo Músculo estriado esquelético Músculo estriado cardíaco Atividade contração forte, rápida, descontínua e voluntária contração forte, rápida, contínua e involuntária Músculo liso contração fraca, lenta e involuntária

Contração Muscular

Contração Isotônica Contração Isométrica Concêntrica Excêntrica

CORAÇÃO

Pericárdio e Autoexcitação

Diferenças nas direções das fibras nervosas cardíaca REGISTROS POSITIVOS E NEGATIVOS

Transmissão do Impulso Elétrico O sistema de condução está organizado de maneira que não passe muito rápido das aurículas aos ventrículos; Esse atraso é assegurado pelo Nódulo AV Dimensões menores do que as fibras musculares auriculares Menor número de junções intercelulares abertas

Sentido Unidirecional Barreira fibrosa que separa aurícula dos ventrículos (isolante); Obriga a passagem do impulso pelo feixe AV Next

Ramos direito e esquerdo FEIXE AV

Assistir sobre Bloqueios de Impulsos Nervosos no Coração https://www.youtube.com/watch?v=ldvug_9ortg

Propagação do Impulso Elétrico X Dinâmica de íons

PA no coração 0 Na+ entra 1 K+ sai 2 Ca++ entra (abre canais lentos) K+ sai 3 Ca++ não entra (fecha canais lentos) K+ sai 4 Potencial de repouso

ELETROCARDIOGRAMA (ECG)

Registros ECG

Diferenças nas direções das fibras nervosas cardíaca REGISTROS POSITIVOS E NEGATIVOS

DERIVAÇÕES CARDÍACAS A ideia é observar o coração em diferentes ângulos; As derivações são definidas pela posição dos eletrodos (chamados eletrodos exploradores) no plano frontal e no plano horizontal.

Princípio do triângulo de EINTHOVEN Se houver dois pontos conhecidos se consegue traçar a resultante e saber o terceiro ponto; Na perna direita coloca-se o fio terra, para estabilizar o traçado; Os lados do triangulo formam derivações bipolares D1, D2 e D3; Ao acrescentar ângulos de 30 graus formam as derivações unipolares dos membros avr (direita), avl (esquerda) e avf (pé); Nas derivações avr, avl e avf os eletrodos negativos são os exploradores que se dirigem para um fio terra comum.

DERIVAÇÕES FRONTAIS Derivação I = Os pólos estão entre o braço direito e braço esquerdo; Derivação II = Os pólos estão entre o braço direito e perna esquerda; Derivação III = Os pólos estão entre o braço esquerdo e perna esquerda;

DERIVAÇÕES FRONTAIS Unipolares amplificadas dos membros (av = amplificada voltagem) avr => eletrodo explorador no membro superior direito (+) avl => eletrodo explorador no membro superior esquerdo (+) avf => eletrodo explorador no membro inferior esquerdo (+)

DERIVAÇÕES PRECORDIAIS Um dos eletrodos é o explorador (+), enquanto os outros fecham o circuito (-) servindo de fio terra: V1 -> 4º espaço intercostal direito, junto ao esterno V2 -> 4º espaço intercostal esquerdo, junto ao esterno V3 -> entre V2 e V4 V4 -> 5º espaço intercostal na linha hemiclavicular esquerda V5 -> 5º espaço intercostal na linha axilar anterior esquerda V6 -> 5º espaço intercostal na linha axilar média esquerda

Equipamento

DERIVAÇÕES PRECORDIAIS

Exemplo de como o QRS pode ser registrado de acordo com as derivações precordiais

DERIVAÇÕES EM CÃES

Onda P Onda T Segmento P-R Segmento S-T Intervalo P-R Intervalo Q-T Complexo QRS

RELAÇÃO ENTRE O REGISTRO ELÉTRICO E OS EVENTOS CARDIACOS Evento Onda P Intervalo P-R Complexo QRS Onda Q Onda R Onda S Onda T Segmento S-T Onda U Intervalo Q-T Fenômeno que ocorrem no coração Despolarização Atrial Intervalo entre as despolarizações atriais e ventriculares Despolarização dos Ventrículos Despolarização Septal (Deflexão P/A Baixo) Despolarização Ventricular (Deflexão P/A Cima) Deflexão Negativa após a onda R. Despolarização da região basal posterior do ventrículo esquerdo Repolarização dos ventrículos Período de inatividade elétrica após despolarização Após a onda T (potenciais tardios do início da diástole) Intervalo entre a despolarização e repolarização dos ventrículos

Inicio da atividade elétrica Disparo NSA Onda P (Ativação Atrial) NAV -HIS(Retardo da condução) Ativação Septal Ativação das paredes livres Ativação das porções basais Onda T Recuperação ventricular Onda U Ativação ventricular tardia

Patologias Cardíacas

Bloqueio da condução por lesão Destruição do sistema de Purkinje e substituição por tecido fibroso. Obstrução dos vasos coronariano: parte de condução é bloqueado. Bloqueio da condução AV para Purkinje (bloqueio atrioventricular) comum na velhice; sinais não vão para os ventrículos Fibrilação Ventricular: sinal cardíaco circula sem interrupção, Parte dos ventrículo estão contraídos o tempo todo, Morte em poucos segundos.

Arterioesclerose

Hipertrofia Cardíaca

Dilatação Cardíaca

Fibrose Valvar Crônica

Persistência Forame Oval

Persistência Ducto Arterioso

SONS CARDÍACOS Abertura e fechamento de válvulas Escoamento do sangue pelas câmaras cardíacas

VASCULAR

PROPAGAÇÃO SANGUÍNEA VENOSA

Dilatações

PRESSÕES VASCULARES HIDROSTÁTICA ELÁSTICA OSMÓSTICA COLOIDOSMÓSTICA

ALTERAÇÕES NA PULSAÇÃO CONFORME A RESPIRAÇÃO

Controle pressão Arterial NEURAL Barorreceptores RENAL Controle da filtração Sistema renina-angiotensina-aldosterona

OBRIGADO