A INTERVENÇÃO DO ESTADO, DA SOCIEDADE E DO DIREITO NO COMBATE À CORRUPÇÃO

Documentos relacionados
Síntese da cooperação entre Portugal e Moçambique. na área a Justiça

3.5.4 PROGRAMA. 3.º Fórum de reflexão, partilha e criação de redes colaborativas entre juízes

NOTA BIOGRÁFICA E CURRICULAR

Síntese da cooperação entre Portugal e Moçambique na área da Justiça

Todos os países e comunidades anseiam por paz, liberdade, democracia, igualdade e desenvolvimento. O Estado de direito é um instrumento fundamental

CURRICULUM VITAE. Estado Civil: Casado S/uso e Costumes e pai de três filhos.

CURRICULUM VITAE RAUL CARLOS VASQUES ARAÚJO

18 de outubro Comunicações Eletrónicas Segurança na Sociedade de Informação Cloud Computing

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS PARA O ANO JUDICIAL 2018

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS PARA O ANO JUDICIAL

18 de outubro Comunicações Eletrónicas Segurança na Sociedade de Informação Cloud Computing

Imigração, migrantes e asilo no Espaço de Liberdade, Segurança e Justiça

CURRICULUM VITAE RAUL CARLOS VASQUES ARAÚJO

Assembleia Geral Anual da Portucel Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A. de 10 de Abril de 2012

Cargo Órgãos Sociais Eleição Mandato. Mesa da Assembleia Geral. Simonetta Luz Afonso 18/07/ Conselho de Administração.

Portuguesa

Eleito para Vogal do Conselho Distrital do Porto da Ordem dos Advogados no triénio 1984/86;

Susana de Meneses Brasil de Brito. Directora do CEJUR - Centro Jurídico da Presidência do Conselho de Ministros (de 2001 a Março de 2011);

ENCONTRO NACIONAL DE AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DAS COMISSÕES DE PROTEÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS EM Programa

AGENDA DO SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE POLÍTICAS DE SEGURANÇA PÚBLICA NO ESPAÇO DA CPLP: LIÇÕES E DESAFIOS. Maputo, 8 de Abril de 2013

XI CONFERÊNCIA DE CHEFES DE ESTADO E DE GOVERNO DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA. Brasília, 31 de outubro e 1 de novembro de 2016

CURRICULUM VITAE. 1. DADOS PESSOAIS Vitalino José Ferreira Prova Canas Nascido em 14 de Julho de 1959, em Caldas da Rainha - Portugal Três filhos.

NOTA BIOGRÁFICA Jorge Bruno da Silva Barbosa Gaspar Eleito pela Coligação Juntos Pela Mudança (PPD/PSD.NC)

FASE DE FORMAÇÃO INICIAL. Programa Nacional de Deontologia e Ética Profissionais do Advogado DEONTOLOGIA PROFISSIONAL ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA

Relatório de atividades de cooperação 2012/2014

Curriculum Vitae. Pedro Fernández Sánchez. Nome completo: Pedro Abel Carvalho de Amaral Fernández Sánchez

COLÓQUIO SOBRE CONTRAORDENAÇÕES Reforma precisa-se?

III REUNIÃO ORDINÁRIA DE MINISTROS DA SAÚDE DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA. Programa de Trabalho

Teresa Sou licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e Mestre em Direito do Ambiente pela Universidade de Londres.

Curriculum Vitae. Nasceu em Lisboa, no dia 28 de Agosto de

OS DESAFIOS DA REGULAÇÃO NO SÉCULO XXI PRAIA (CABO VERDE), OUTUBRO

NOTA CURRICULAR DE JOSÉ AUGUSTO SACADURA GARCIA MARQUES

II Congresso Ibero-americano sobre Cooperação Judiciária Internacional

Relatório de atividades de cooperação 2014/2016. Carlos Alberto L. Morais Antunes Presidente do Tribunal de Contas

Conclusões. II Conferência de Ministros de Turismo da CPLP

ACTIVIDADES DE COOPERAÇÃO 2007/2008

Relatório de atividades de cooperação

Proposta de Lei de alteração da Lei n.º 22/2007 de 1 de Agosto, Lei do Ministério Público 3ª versão de Julho de 2011 incorporando as propostas da PGR

COMUNICADO. 15 e 16 de Abril Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Lisboa. Auditório Agostinho Silva

DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA

1. Portugal no Mundo Promover a Paz e a Segurança PORTUGAL NO MUNDO PROMOVER A PAZ E A SEGURANÇA

Conferência - Fiscalidade Dia 21 de Janeiro de Das 14H00 18H30

CONFERÊNCIAS REALIZADAS NO ÂMBITO DO MESTRADO DE CONTABILIDADE E FINANÇAS. Ano letivo: 2010/2011

ACTIVIDADES DE COOPERAÇÃO 2010/2011

Europass-Curriculum Vitae

República de Moçambique

CONFERÊNCIA SOBRE AUDITORIA PÚBLICA INDEPENDENTE, E SOBRE A PERMEABILIDADE DA LEI A RISCOS DE FRAUDE, CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS

DA DA FORGES. 1 Dezembro de Novembro de UNICAMP, Campinas, Brasil UEM, Maputo, Moçambique

Direito da Segurança

Conferência das Jurisdições Constitucionais dos Países de Língua Portuguesa

DESPACHO Nº 1/2015 Exoneração do Delegado da CE-CPLP no Brasil e Presidente do Conselho Empresarial da CE-CPLP

Luís Eloy Azevedo Investigador integrado Mestre História Política Comparada Regimes, Transições, Colonialismo e Memória Áreas de Investigação

2010/ /12. Inquérito aos Licenciados da FDUL. Avaliaça o dos Cursos da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

Governo das Sociedades e Mercado de Capitais

República de Moçambique

/ O meu FUTURO na Madeira!

Jornadas para a transparência na Justiça

IV Encontro de Quadros das Áreas da Documentação, Informação e Arquivo dos Parlamentos de Língua Portuguesa

1ª Conferência de Arbitragem ICC em Moçambique

Organização. Coordenação Geral (2012) Apresentação

Curriculum Vitae. Pedro Fernández Sánchez

DECLARAÇÃO DE LUANDA I.ª REUNIÃO DE MINISTROS DO COMÉRCIO DA COMUNIDADE DOS PAÍ- SES DE LÍNGUA PORTUGUESA (CPLP)

A CPLP: PERSPETIVA INTERNACIONAL E A ABORDAGEM DA POLÍTICA DE INFLUÊNCIA

DESPACHO. Projeto ETHOS. Plataforma ETHOS - Corrupção e Criminalidade Económico-Financeira

BOLETIM DA REPÚBLICA PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE. Quarta-feira, 15 de Maio de 2013 I SÉRIE Número 39 SUMÁRIO CONSELHO DE MINISTROS

República de Moçambique

V CURSO DE FORMAÇÃO INTERPARLAMENTAR DE SECRETÁRIOS-GERAIS DOS PARLAMENTOS DE LÍNGUA PORTUGUESA [ASG-PLP]

Curriculum Vitae. Jorge Pação

Formação Profissional

INFORMAÇÃO PESSOAL Nome NEUZA LOPES EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL. CURRICULUM VITAE. Telefone - Morada - Correio electrónico

CURRICULUM VITAE. - Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

UNIVERSIDADE LUSÍADA DO PORTO RELATÓRIO DE ACTIVIDADES EXTRA-CURRICULARES FACULDADE DE DIREITO 2014 / 2015

Jornadas de Estudo dos Agentes de Execução anos de Processo Executivo

Conferência Internacional Luta contra o Cibercrime Os Ministérios Públicos da CPLP no Contexto Global e 2ª Reunião do Fórum Cibercrime

PROGRAMA 25 de Maio. Painel 1: Famílias, Justiça e Igualdade

PROJECTO DE LEI N.º 362/X. Altera legislação no sentido do reforço dos instrumentos de combate à corrupção. Exposição de Motivos

ENCONTRO. Painel I - O CONTEXTO SOCIAL E POLÍTICO DA DESCRIMINALIZAÇÃO

Nota de Imprensa. Programa

Heloísa Duarte de Oliveira. Adjunta do Ministro dos Negócios Estrangeiros Governo de Portugal Datas 29/01/ /09/2015 Função ou cargo ocupado

PROGRAMA DE COOPERAÇÃO PALOP E TIMOR-LESTE COM A UNIÃO EUROPEIA

CURRICULUM VITAE de Joaquim Pedro Formigal Cardoso da Costa (Junho/2016)

Rua Professor Prado Coelho nº19-3ºesq Lisboa Data de nascimento 03/08/1953 Nacionalidade Portuguesa

O Centro de Pareceres responde a consultas jurídicas, elabora estudos jurídicos e prepara reformas legislativas.

República de Moçambique

7ª Conferência FORGES Moçambique

Projeto Apoio à Consolidação do Estado de Direito nos PALOP/TL. Termos de Referência para Contratação do Coordenador

Remunerações 2009-Corpos Especiais Não Revistos 1 de 13

P O L I T I C A L I N S I G H T

CONFEDERAÇÃO EMPRESARIAL


Organização. A 1ª Conferência Internacional sobre Serviço ao Cliente e Contact Center realizada em Moçambique. 1ª Edição PATROCÍNIO GOLD:

INFORMAÇÃO BÁSICA SOBRE EQUIPAS DE INVESTIGAÇÃO CONJUNTA NO ÂMBITO DA UNIÃO EUROPEIA

Síntese da Cooperação com a Guiné Bissau na área da Justiça

CURRICULUM VITAE HABILITAÇÕES ACADÉMICAS. Doutorando em Ciências Histórico-Jurídicas, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDL).

IV CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DE DIREITO, FINANÇAS E JUSTIÇA DO DESPORTO

III GRUPO DE TRABALHO II DE ALTO NÍVEL III GRUPO DE TRABALHO DE ALTO NÍVEL DAS COMISSÕES PARLAMENTARES ORÇAMENTAIS DOS PALOP E DE TIMOR-LESTE AGENDA

Transcrição:

CONFERÊNCIA A INTERVENÇÃO DO ESTADO, DA SOCIEDADE E DO DIREITO NO COMBATE À CORRUPÇÃO 3 e 4 de julho de 2018 Maputo Moçambique Organização Com o financiamento da União Europeia e do Camões, I.P.

Um dos assuntos de maior dificuldade a ser tratado no domínio da condução política das sociedades está relacionado com a integridade dos seus mecanismos de governação e de regulação. Entre os vários diagnósticos dos problemas que assolam a atualidade, encontra-se a capacidade/incapacidade dos Estados para lidar com os fenómenos criminais que afetam de forma mais direta a boa governação de uma comunidade: criminalidade organizada, fraude fiscal, criminalidade económico-financeira, lavagem de dinheiro, e, mais sintomaticamente, a corrupção. O fenómeno da corrupção, para além de todas as outras consequências negativas do ponto de vista económico e social, coloca em causa a atuação do Estado na prossecução dos seus fins essenciais, perverte os mecanismos de regulação e de efetividade das regras legais e, com isso, deslegitima e corrompe o compromisso democrático entre o cidadão e os poderes públicos. A ideia de Estado de Direito constitui, hoje, uma pedra de toque de todas as ordens jurídicas em democracia e um referencial para apurar o grau de consistência e de integridade dos regimes políticos nacionais e das instituições que os suportam. Esse conceito político fundamental tem evoluído e beneficiado a ideia primacial da determinação e limitação pelo direito dos poderes estatais e da separação de poderes, com sucessivos sedimentos fundados nos valores da democracia, do desenvolvimento e da paz, da justiça social, da defesa dos direitos humanos e mais recentemente da proteção ambiental. Para além desta definição, sabe-se que a prática e a concretização destes princípios só se podem fazer na discussão e apuramento das múltiplas dimensões da vida social em que os mesmos têm impacto, tanto do ponto de vista político, como económico e até cultural. A resposta à pergunta sobre o tipo de governação, de administração pública, de justiça, de economia, que se pretende face aos ditos fenómenos criminais, só pode ser obtida com o contributo de muitos. Esta questão, a ser colocada ao Direito não pode, em democracia, ser respondida apenas pelos juristas. Refletir sobre que Estado e que Direito em face da corrupção, é assim pensar de forma integrada e plural estes problemas, com as exigências próprias que o debate público e a cidadania reivindicam. Por último, concretizar as políticas públicas necessárias nestes domínios, de forma a consolidar o Estado de Direito, não pode deixar de ser integrado numa lógica de articulação entre as várias instituições nacionais envolvidas, numa dimensão de cooperação à escala da comunidade dos países parceiros, e também nos demais domínios internacionais implicados. Daí a necessidade deste debate e da estrutura desta conferência internacional que se oferece no âmbito das atividades do Projeto de Apoio à Consolidação do Estado de Direito (PACED), que tem como parceiros todos os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e ainda Timor-Leste, e que pretende alcançar o seu objetivo primacial justamente a consolidação do Estado de Direito através da utilização de instrumentos de política criminal e da concretização dos princípios da boa governação e da transparência no exercício da atividade pública.

PROGRAMA 1.º DIA 08:30H Registo 09:00H - 10:30H Sessão de abertura Apresentação PACED 10:30H - 11:00H Pausa para café Conferência inaugural Boa governação, democracia e desenvolvimento Orador: Casimiro Ferreira, Professor Doutor, Faculdade de Economia, Universidade de Coimbra (Portugal) 11:00H-12:45H Almoço 14:30H- 16:00H 16:00H-16:15H 16:30H- 17:45H 1.º Painel: Estado de Direito, democracia e governação Democracia, cidadania e controlo Orador: José Abudo, Juiz Conselheiro jubilado do Tribunal Administrativo (Moçambique) Estado de Direito: patologias e controlos públicos Orador: José Mouraz Lopes, Juiz Conselheiro no Tribunal de Contas e Consultor Científico do PACED (Portugal) O Estado, o poder e o corrupto(r) (segundo a narrativa literária) Orador: Severino Ngoenha, Reitor da UDM - Universidade Técnica de Moçambique (Moçambique) Debate 2.º Painel: A corrupção e o seu tratamento económico, político e jurídico Ética, transparência e concorrência: o compromisso das empresas Orador: Salimo Abdula, Presidente da Confederação Empresarial da CPLP (Moçambique) Perda de bens e recuperação de ativos: uma abordagem comparada das novas respostas penais Orador: Nuno Coelho, Juiz Desembargador no Tribunal da Relação de Lisboa e Consultor Científico do PACED (Portugal) Debate Pausa (Continuação 2.º Painel) A investigação criminal dos crimes de corrupção Orador: Lino Mathe, Magistrado do Ministério Público, Gabinete Provincial Combate à Corrupção (Moçambique) Transparência, integridade e controlo social Orador: Abdul Carimo, Jurista (Moçambique) Debate 17:45H Encerramento do 1.º dia

PROGRAMA 2.º DIA 9:00H - 10:20H 3.º Painel: Cooperação judiciária em matéria penal A cooperação internacional em matéria penal na CPLP Oradora: Joana Ferreira, Procuradora da República, Diretora do Gabinete de Documentação e Direito Comparado da Procuradoria-Geral da República (Portugal) As garantias de defesa perante a criminalidade complexa Orador: Flávio Lopes Menete, Bastonário da Ordem dos Advogados, (Moçambique) 10:20H - 10:40H Pausa para café 10:40H - 12.00H (Continuação 3.º Painel) O contexto normativo internacional relativo à luta contra o tráfico de estupefacientes, corrupção e branqueamento de capitais Oradora: Helena Susano, Juíza de Direito, Docente e Coordenadora da Jurisdição Penal do Centro de Estudos Judiciários (Portugal) Prova e julgamento nos crimes económicos Orador: Manuel Guidione Bucuane, Juiz Desembargador do Tribunal Administrativo (Moçambique) Debate 12:00H - 12.45H Conferência de encerramento Hércules e Hidra: Estado de Direito e criminalidade económica transacional ante a dispersão do poder e crença mitológica no Direito Penal Oradora: Inês Ferreira Leite, Professora Doutora, Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (Portugal) Sessão de Encerramento

NOTAS BIOGRÁFICAS De acordo com a ordem do programa. António Casimiro Ferreira É licenciado em Sociologia pelo ISCTE e doutorado em Sociologia do Estado e da Administração pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, onde exerce funções de Professor Auxiliar. É também investigador do Centro de Estudos Sociais. Em 2006 foi distinguido com o Prémio Agostinho Roseta, na categoria de Estudos e Trabalhos de Investigação, atribuído pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social. Entre 1999-2002 foi assessor do secretário de Estado do Emprego e Formação profissional e do ministro do Trabalho e Solidariedade Social. Membro da Comissão do Livro Branco das Relações Laborais entre 2006 e 25 de Setembro de 2007, é colaborador da Organização Internacional do Trabalho e faz parte da lista de árbitros presidentes do Conselho Económico e Social. José Ibraimo Abudo Juiz Conselheiro jubilado do Tribunal Administrativo. Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Eduardo Mondlane de Maputo; Mestre em Ciências Jurídico Empresariais pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e Doutor no ramo de Ciências Jurídicas, especialidade do Direito da Família, da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Foi Delegado do Procurador da República (1978 a 1980); Juiz da Secção Cível do Tribunal Judicial da Província de Sofala (1980 a 1994); Juiz Presidente do Tribunal Judicial da Província de Sofala; (1985 a 1994); Membro do Conselho Superior da Magistratura Judicial (1992 a 1994); Ministro da Justiça, em mandatos de 1995 a 1999 e de 2000 a 2004; Inspetor Judicial (2005-2007); Juiz Conselheiro de Tribunal Administrativo de Setembro (2007-2012); Membro do Conselho Superior da Magistratura da Jurisdição Administrativa (2010-2012); e Provedor de Justiça (2012-2018). Foi também regente das disciplinas de Direito Empresarial e de Introdução ao Direito, no Instituto Superior da Contabilidade e Auditoria, nos anos letivos de 2007 e 2008; regente da disciplina de Introdução ao Direito, no ano letivo de 2009, na Universidade Mussa Bin Bique Delegação de Maputo; docente da Disciplina do Direito da Família e das Sucessões, na Universidade Mussa Bin Bique Delegação de Maputo; e regente da disciplina de Introdução ao Direito, no ano letivo de 2012, no Instituto Superior de Comunicação e Imagem de Moçambique. José Mouraz Lopes Juiz Conselheiro no Tribunal de Contas de Portugal, e Consultor Científico do PACED. Mestre em Ciências Jurídico Criminais pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, tendo apresentado a tese A Tutela da Imparcialidade Endoprocessual no Processo Penal Português, e doutorado em Direito, Justiça e Cidadania, pela mesma Universidade, com a tese A Fundamentação das sentenças no sistema penal português. Foi docente da área Penal do Centro de Estudos Judiciários e Diretor Nacional Adjunto da Polícia Judiciária. Foi diretor das revistas Sub Judice Justiça e Sociedade e JULGAR e é membro do Grupo da Colectânea de Jurisprudência. Tem várias obras editadas e mais de 40 artigos científicos publicados em revistas jurídicas em Portugal, Espanha e Brasil. Severino Ngoenha Reitor da UDM - Universidade Técnica de Moçambique e professor de Filosofia. Salimo Abdula Empresário moçambicano de renome que conta com mais de 30 anos de experiência empresarial em diversas áreas e setores de atividade. Foi o primeiro moçambicano formado em ética e governança corporativa pelo Departamento de Estado Norte Americano e é membro fundador da Ética Moçambique. Atualmente desempenha as seguintes funções: Presidente da Confederação Empresarial da CPLP (CE-CPLP); Presidente de Conselho de Administração da Vodacom Moçambique (cargo que também ocupou entre 2009 e 2011, e entre 2013 e 2015); Presidente do Conselho de Administração da Intelec Holdings, S.A., (grupo empresarial que atua nos ramos de Energia, Publicidade, Turismo, Finanças, Recursos Minerais, Telecomunicações, Imobiliária e Consultoria); e Cônsul Honorário da Malásia em Moçambique. Anteriormente ocupou também os seguintes cargos: Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Confederação das Associações de Económicas de Moçambique (CTA), entre 2011 e 2014 e entre 2014 e 2017, Presidente do Conselho Diretivo da CTA, entre 2005 e 2008 e entre 2008 e 2011, e Deputado da Assembleia da República de Moçambique.

Nuno Coelho Juiz Desembargador no Tribunal da Relação de Lisboa, Portugal, e Consultor Científico do PACED. Licenciado em Direito, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Mestre em Novas Fronteiras do Direito (Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa) e Doutorando do programa de doutoramento Direito, Justiça e Cidadania no Século XXI, na Universidade de Coimbra. É Presidente Honorário da União Internacional dos Juízes de Língua Portuguesa (UIJLP). Foi diretor da revista Sub Judice Justiça e Sociedade e coordenou o projeto do portal Direitos e Deveres do Cidadão, para a Fundação Francisco Manuel dos Santos. Viu serem publicados diversos estudos, artigos e decisões em livros, revistas e periódicos de cariz judiciário e jurídico. Lino Mathe É Procurador da República. Licenciado em Direito pela Universidade Eduardo Mondlane (1999-2004). Frequentou o V Curso de Ingresso para as carreiras da Magistratura Judicial e do Ministério Público, no Centro de Formação Jurídica e Judiciária (Moçambique), no ano de 2005. É magistrado do Ministério Público desde o ano de 2005, tendo exercido funções na Procuradoria do Distrito de Monapo (Província de Nampula). No ano de 2007 exerceu funções na Procuradoria da cidade de Nampula. No ano de 2010 foi transferido para o Gabinete Provincial de Combate à Corrupção de Sofala (cuja jurisdição, na altura, abrangia as Províncias de Sofala, Manica, Tete e Zambézia, o que lhe permitiu desenvolver diversas actividades nessas Províncias, na vertente preventiva/ educativa e repressiva). No Gabinete Provincial de Combate à Corrupção de Sofala exerceu diversas funções, destacando-se as de Coordenador da Área de Investigação e Coordenador da Área de Instrução e Acção Penal (exercidas em acumulação). Desde fevereiro de 2018 que pertence ao quadro de pessoal do Gabinete Central de Combate à Corrupção, na carreira da magistratura do Ministério Público. É co-autor da obra Direito de Uso e Aproveitamento da Terra, colaborou ativamente na obra Lei de Terras Anotada e Comentada. Abdul Carimo Mahomed Issá Presidente do Conselho de Arbitragem do Centro de Arbitragem, Conciliação e Mediação. Licenciado em Direito e Pós-Graduação (parte académica) em Ciências Jurídico-Empresariais. Diretor da Unidade Técnica da Reforma Legal (UTREL) (2002-2013). Membro do Board da Osisa (2004-2009). Deputado, Membro da Comissão Permanente e 1º Vice-Presidente da Assembleia da República (1995/2000). Membro-fundador e Presidente da Ética Moçambique (1997-2001). Chairman for the Southern African Group of African Parliamentarian Network Against Corruption (1999). Judge of the commission of Inquiry on the use of the Death Penalty in the USA- Boston, onde apresentou a comunicação Human Rights and the Death Penalty (1991). Diretor Geral do INAJ. Juiz do Tribunal Internacional (Administrative Appeals Board) do PTA (1991/94). Assessor do Ministro da justiça. Vice-Presidente da Comissão Técnica Preparatória das Eleições Multipartidárias de 1994 (1991/1994). Docente Universitário (1989/2004). Procurador da República 1977/78. Juiz Presidente do Tribunal Judicial de Gaza e Cidade de Maputo (1978/1990). Joana Antónia Ribeiro Gomes Ferreira Procuradora da República. Diretora do Gabinete de Documentação e Direito Comparado da Procuradoria-Geral da República, desde 18 de março de 2003. Coordenadora do Sector de Cooperação Judiciária Internacional em matéria penal desde outubro de 1999. Membro do Comité PC-OC do Conselho da Europa e perita do Conselho em matéria de cooperação. Docente, a tempo parcial, no Centro de Estudos Judiciários, sobre cooperação judiciária internacional em matéria penal. Coordenadora do ENCS (Sistema Nacional da Coordenação da EUROJUST). Ponto de contacto da Rede Judiciária Europeia, da IberRed e da Rede de Pontos Focais da CPLP. Magistrada do Ministério Público desde 1986. Flávio Lopes Menete Bastonário da Ordem dos Advogados no triénio 2016-2019, licenciou-se em Direito pela Universidade Eduardo Mondlane Moçambique (UEM), em 1997 e é advogado desde 2007. Sendo detentor de conhecimento e formação nas áreas do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo foi membro do Grupo Técnico (Task Force) que aconselhou

o Governo moçambicano nessa área, tendo estado envolvido na elaboração da lei que cria o Gabinete de Informação Financeira (GIFIM) e sua regulamentação, e também participado nas atividades da ESAAMLG (Grupo de Acção Financeira da África Oriental e Austral). Desempenhou ainda as seguintes funções: consultor do Banco Mundial para avaliar o sistema anti-branqueamento de capitais e anti-financiamento do terrorismo na República de Angola (2011-2012); Director Nacional de Investigação Criminal (2004 2007); assessor do Ministro do Interior (2002 2004); consultor jurídico e fiscal na Ernest & Young (1995 2002), onde contribuiu para a elaboração de propostas de leis, prestou assessoria fiscal e esteve envolvido em acções de formação a empresários e a funcionários com vista à introdução, em 1999, do Imposto Sobre o Valor Acrescentado; docente assistente universitário da Faculdade de Direito da UEM (1997 2008) e Instituto Superior Politécnico e Universitário, hoje Universidade Politécnica (1998-2002); piloto-aviador da Força Aérea de Moçambique entre 1977 e 1998, tendo exercido funções de comandante da Base Aérea de Nacala; e professor (1976 1977). Helena Susano Juíza de Direito na Instância Central Criminal de Lisboa, Portugal. Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas e pós-graduada em Literatura pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Licenciada em Direito pela Universidade Autónoma de Lisboa e Mestre em Ciências Jurídico-Criminais pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Doutoranda em Ciências Jurídicas Criminais na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, com a parte curricular já concluída. Desde 2014 e até ao presente encontra-se em comissão de serviço, a exercer funções de Docente e Coordenadora da Jurisdição Penal do Centro de Estudos Judiciários, intervindo quer na formação inicial, quer na formação contínua de Magistrados. Formadora do PACED. Organizadora e oradora em várias conferências de âmbito jurídico e judiciário. Autora de dois livros e vários artigos jurídicos publicados. Manuel Guidione Bucuane Juiz Desembargador, Secção Criminal, no Tribunal Superior de Recurso de Maputo, formador no Centro de Formação Jurídica e Judiciária, nas áreas de Jurisdição Penal e Processual Penal, desde 2008, e ainda membro da Comissão Central da Ética Pública. Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Eduardo Mondlane e mestrando em Ciências Jurídicas (estando na fase de conclusão da sua dissertação), é magistrado judicial desde 2002, ano em que concluiu o curso de ingresso a esta carreira no Centro de Formação Jurídica e Judiciária Maputo. Trabalhou como Juiz Cível (2008 a 2011) e Juiz da Instrução Criminal (2005 a 2008) no Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, e como Juiz de Direito no Tribunal Judicial do Distrito de Cuamba Província de Niassa (2002 a 2005). Entre 1989 a 2000, ocupou ainda o cargo de Professor do ensino Secundário Geral em História e Geografia, após concluir curso de formação específica na Faculdade de Educação pela Universidade Eduardo Mondlane. Inês Ferreira Leite É doutorada em Direito Penal e Professora Auxiliar desde 2015, sendo já assistente da Faculdade de Direito de Lisboa desde 2001. É Membro-Fundadora e foi Vogal da Direção do Instituto de Direito Penal e Ciências Criminais da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, (2007/2009), tendo lecionado em vários cursos do Instituto. Foi assessora no Ministério da Justiça entre 2006 e 2009, tendo, nessa qualidade, assumido funções como Membro do Conselho Consultivo da Unidade para a Reforma Penal, (2006/2007) e como Membro do Grupo de Trabalho para Reforma do Direito da Família, (2007/2009). É conferencista convidada no Ciclo de Conferências do Mestrado em Biologia Humana e Ambiente do Centro de Biologia Ambiental da Faculdade de Ciências de Lisboa, desde 2007. É membro da Capazes, Associação feminista, sendo cronista da plataforma capazes.pt desde 2015. É membro da Comissão Para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial desde 2017. É advogada desde 2018.

Financiado pela União Europeia (10º FED) e pelo Governo de Portugal, através do Camões, I.P., instituto também responsável pela execução, o PACED tem como objetivos a afirmação e consolidação do Estado de direito nos PALOP e Timor-Leste, a prevenção e luta contra a corrupção, o branqueamento de capitais e a criminalidade organizada, em particular o tráfico de estupefacientes. A sua intervenção centra-se na melhoria do ambiente legal e da organização administrativa, no fortalecimento das capacidades institucionais e atualização dos procedimentos operacionais e no reforço da cooperação regional PALOP e Timor-Leste. Mais informações em www.paced-paloptl.com Em 2017, o grupo PALOP-TL - Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste - comemorou o 25.º aniversário do programa de cooperação regional com a União Europeia, PALOP-TL/UE. Com o apoio de: República de Moçambique Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos Tribunal Supremo Gabinete de Informação Financeira de Moçambique GIFiM Serviços de Investigação Criminal Gabinete do Ordenador Nacional - Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Esta publicação foi produzida no âmbito do PACED com o apoio da União Europeia e do Camões, I.P.. Os seus conteúdos são da responsabilidade exclusiva dos seus autores e não podem ser entendidos como expressão das opiniões e das posições da União Europeia ou do Camões, I.P..