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Transcrição:

Aula 11 Normas de proteção do trabalho da mulher e do menor Aula 12 Segurança e medicina do trabalho. DO TRABALHO DA MULHER ART 7º, XX: proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei. ART 7º, XXX: proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critérios de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil. ART. 372 ao 400, CLT 1

ART. 372 ao 400, CLT ART. 373-A: vedações legais visando proteger o trabalho da mulher IV - Exigir atestado ou exame, de qualquer natureza para comprovação de esterilidade ou gravidez na admissão ou permanência no emprego. VI Proceder o empregador ou prepostos a revistas íntimas nas empregadas ou funcionárias. APLICÁVEL AOS HOMENS, PELO PRINCÍPIO DA ISONOMIA ART. 5º, I, DA CRFB/88 PROTEÇÃO À MATERNIDADE ART. 7º, XVIII, CRFB/88: licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 120 (cento e vinte) dias. ART. 392 CLT: assegura a licença-maternidade de 120 dias. O afastamento do emprego pode ocorrer entre o 28º dia antes do parto e a ocorrência deste. ART. 392-A, CLT À empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança ou adolescente será concedida licença-maternidade nos termos do art. 392 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) 2

Art. 392-A 4 o CLT - A licença-maternidade só será concedida mediante apresentação do termo judicial de guarda à adotante ou guardiã. Art. 392-A, 5 o CLT - A adoção ou guarda judicial conjunta ensejará a concessão de licença-maternidade a apenas um dos adotantes ou guardiães empregado ou empregada. Art. 392-B. Em caso de morte da genitora, é assegurado ao cônjuge ou companheiro empregado o gozo de licença por todo o período da licença-maternidade ou pelo tempo restante a que teria direito a mãe, exceto no caso de falecimento do filho ou de seu abandono. Art. 392-C. Aplica-se, no que couber, o disposto no art. 392-A e 392-B ao empregado que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção. Art. 394-A, CLT - Sem prejuízo de sua remuneração, nesta incluído o valor do adicional de insalubridade, a empregada deverá ser afastada de: (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) I - atividades consideradas insalubres em grau máximo, enquanto durar a gestação; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) II - atividades consideradas insalubres em grau médio ou mínimo, quando apresentar atestado de saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o afastamento durante a gestação; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) III - atividades consideradas insalubres em qualquer grau, quando apresentar atestado de saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o afastamento durante a lactação. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 3

Art. 394-A, CLT 3 o Quando não for possível que a gestante ou a lactante afastada nos termos do caput deste artigo exerça suas atividades em local salubre na empresa, a hipótese será considerada como gravidez de risco e ensejará a percepção de salário-maternidade, nos termos da Lei n o 8.213, de 24 de julho de 1991, durante todo o período de afastamento. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) PRORROGAÇÃO DA LICENÇA MATERNIDADE Art. 1 o, Lei nº 11.770/2008 (com alterações da Lei nº 13.257/2016) - É instituído o Programa Empresa Cidadã, destinado a prorrogar: I - por 60 (sessenta) dias a duração da licença-maternidade prevista no inciso XVIII do caput do art. 7º da Constituição Federal; II - por 15 (quinze) dias a duração da licença-paternidade, nos termos desta Lei, além dos 5 (cinco) dias estabelecidos no 1 o do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. 1 o A prorrogação de que trata este artigo: I - será garantida à empregada da pessoa jurídica que aderir ao Programa, desde que a empregada a requeira até o final do primeiro mês após o parto, e será concedida imediatamente após a fruição da licença-maternidade de que trata o inciso XVIII do caput do art. 7º da Constituição Federal; II - será garantida ao empregado da pessoa jurídica que aderir ao Programa, desde que o empregado a requeira no prazo de 2 (dois) dias úteis após o parto e comprove participação em programa ou atividade de orientação sobre paternidade responsável. 2 o A prorrogação será garantida, na mesma proporção, à empregada e ao empregado que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança. 4

PROTEÇÃO À MATERNIDADE ART. 392, 4º, CLT É garantido à empregada, durante a gravidez: transferência de função, quando as condições de saúde assim o exigirem; dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para realização, pelo menos, 6 (seis) consultas médicas. Art. 394, CLT - Mediante atestado médico, à mulher grávida é facultado romper o compromisso resultante de qualquer contrato de trabalho, desde que este seja prejudicial à gestação. ART. 395, CLT - Aborto não criminoso a mulher terá um repouso remunerado de 2 (duas) semanas. PROTEÇÃO À MATERNIDADE Art. 396, CLT. Para amamentar seu filho, inclusive se advindo de adoção, até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais de meia hora cada um. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) 1º. Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis) meses poderá ser dilatado, a critério da autoridade competente. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 2º. Os horários dos descansos previstos no caput deste artigo deverão ser definidos em acordo individual entre a mulher e o empregador. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 5

LEI Nº 9.029/95 Art. 1º Fica proibida a adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa para efeito de acesso a relação de emprego, ou sua manutenção, por motivo de sexo, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar ou idade, ressalvadas, neste caso, as hipóteses de proteção ao menor previstas no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal. LEI Nº 9.029/95 Art. 2º Constituem crime as seguintes práticas discriminatórias: I - a exigência de teste, exame, perícia, laudo, atestado, declaração ou qualquer outro procedimento relativo à esterilização ou a estado de gravidez; II - a adoção de quaisquer medidas, de iniciativa do empregador, que configurem; a) indução ou instigamento à esterilização genética; b) promoção do controle de natalidade, assim não considerado o oferecimento de serviços e de aconselhamento ou planejamento familiar, realizados através de instituições públicas ou privadas, submetidas às normas do Sistema Único de Saúde (SUS). 6

LEI Nº 9.029/95 Pena: detenção de um a dois anos e multa. Parágrafo único. São sujeitos ativos dos crimes a que se refere este artigo: I - a pessoa física empregadora; II - o representante legal do empregador, como definido na legislação trabalhista; III - o dirigente, direto ou por delegação, de órgãos públicos e entidades das administrações públicas direta, indireta e fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. LEI Nº 9.029/95 Art. 4 o O rompimento da relação de trabalho por ato discriminatório, nos moldes desta Lei, além do direito à reparação pelo dano moral, faculta ao empregado optar entre: I - a reintegração com ressarcimento integral de todo o período de afastamento, mediante pagamento das remunerações devidas, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros legais; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) II - a percepção, em dobro, da remuneração do período de afastamento, corrigida monetariamente e acrescida dos juros legais. 7

DO TRABALHO DO MENOR ART. 7º, XXXIII, CRFB/88: proibição de trabalho noturno, insalubre e perigoso a menores de 18 anos, e de qualquer trabalho aos menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos. ARTs. 402 ao 441 da CLT ART. 402 ao 441, CLT ART. 405 CLT: Ao menor não é permitido o trabalho: I nos locais perigosos e insalubres; II em locais ou serviços prejudiciais à sua moralidade; 3º - Considera-se prejudicial à moralidade do menor: a) Prestado de qualquer modo, em teatros de revista, cinemas, boates, cassinos, cabarés, dancings e estabelecimentos análogos; b) Em empresas circenses, em funções de acrobata, saltimbanco, ginasta e outras semelhantes; 8

ART. 402 ao 441, CLT ART. 406 CLT: O Juiz da infância e juventude pode autorizar o trabalho do menor nas hipóteses das alíneas a e b, do art. 405, 3º, da CLT: I - desde que a representação tenha fim educativo ou a peça de que participe não possa ser prejudicial à sua formação moral; II- desde que se certifique ser a ocupação do menor indispensável à própria subsistência ou à de seus pais, avós ou irmãos e não advir nenhum prejuízo à sua formação moral. ART. 408 CLT: O responsável legal do menor poderá pleitear a extinção do contrato de trabalho, desde que o serviço venha a acarretar prejuízos de ordem física ou moral. ART. 402 ao 441, CLT ART. 413, CLT: É vedado prorrogar a duração normal do trabalho do menor, salvo: I até mais 2 (duas) horas, independentemente de acréscimo salarial, em virtude de compensação semanal previsto em convenção ou acordo coletivo; II até o máximo de 12 (doze) horas, em caso de força maior (mesmo regra dos maiores), desde que o trabalho do menor seja imprescindível ao funcionamento do estabelecimento. 9

ART. 402 ao 441, CLT ART. 439 CLT: É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários. Tratando-se, porém, de rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao menor de 18 anos dar, sem assistência dos seus responsáveis legais, quitação ao empregador pelo recebimento da indenização que lhe for devida. ART. 440 CLT: Contra os menores de 18 anos não corre nenhum prazo de prescrição. CONTRATO DE APRENDIZAGEM Art. 428 ao 433 CLT Contrato de Trabalho especial escrito Prazo determinado: máximo 2 anos (salvo aprendiz portador de deficiência: 3º) Idade: 14 aos 24 anos (salvo aprendiz portador de deficiência: 5º) Formação técnico-profissional metódica Matrícula e frequência à escola Regra: 6 horas, vedadas prorrogação e compensação (exceção: 8 horas - completado ensino fundamental) Art. 433, CLT: fim contrato aprendizagem FGTS 2% - Art. 15, 7º, da Lei nº 8.036/90. 10

Aplicando o conhecimento Caso concreto Semana 11 1- Cristina Maria foi dispensada por justa causa, sob a alegação de prática de ato de indisciplina e insubordinação, por ter se recusado a despir-se diante de sua superiora hierárquica. Tal fato ocorreu porque a empresa resolver submeter todos os empregados, inclusive mulheres, à revista íntima. A empresa alegou que os empregados estariam desviando mercadorias e por isso a adoção da revista íntima seria medida eficaz para a preservação e continuidade de suas atividades. Cristina Maria nada recebeu na extinção do contrato de trabalho e pretende propor ação trabalhista para defender seus interesses. Aplicando o conhecimento Caso concreto Semana 11 Diante da situação hipotética apresentada, na qualidade de advogado contratado por Cristina Maria indique a fundamentação jurídica que deverá ser adotada para a defesa dos interesses de sua cliente, discriminando as verbas rescisórias que devem ser postuladas. 11

Aplicando o conhecimento Questão objetiva 1- Sobre o contrato de aprendizagem, assinale a alternativa INCORRETA: a) não necessita ser escrito, podendo ser tácito. b) O prazo será de, no máximo, 2 (dois) anos. c) é garantido o salário mínimo hora, salvo condição mais favorável. d) o aprendiz deverá ter idade mínima de 14 (quatorze) e máxima de 24 (vinte quatro) anos, exceto no caso de aprendizes portadores de deficiência, com qualquer idade. SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO Segmento do direito do trabalho cuja finalidade consiste em oferecer condições de proteção à saúde do trabalhador no local de trabalho, e de sua recuperação quando não se encontrar em condições de prestar serviços ao empregador. 12

SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO ART. 7º,XXXIII, CRFB/88: Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 anos (...) ART. 7º, XXIII, CRFB/88: Adicional de remuneração para as atividades penosas insalubres ou perigosas, na forma da lei. ADICIONAL DE PENOSIDADE DEPENDE DE REGULAMENTAÇÃO SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO Insalubridade Periculosidade Quadro de atividades insalubres (Súmula nº 448, TST ex-oj 4, SDI-I, TST) Inflamáveis art. 193, I, CLT Explosivos art. 193, I, CLT Energia elétrica art. 193, I, CLT Roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais segurança pessoal ou patrimonial art. 193, II, CLT Atividades de trabalhador em motocicleta Sub. Radioativa ou ionizante OJ nº 345, SDI-I, TST Bombeiro civil art. 6º, III, Lei nº 11.901/2009 13

SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO Súmula nº 448 do TST (MAIO/2014) ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. PREVISÃO NA NORMA REGULAMENTADORA Nº 15 DA PORTARIA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO Nº 3.214/78. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS. I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho. II A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em residências e escritórios, enseja o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo o disposto no Anexo 14 da NR- 15 da Portaria do MTE nº 3.214/78 quanto à coleta e industrialização de lixo urbano SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO Insalubridade Periculosidade 10% - 20% - 40% Base cálculo salário mínimo (art. 192, CLT) - SV nº 4, STF 30% Sobre o salário base, s/acréscimos art. 193, 1º CLT 14

OJ 173 SBDI-I, TST. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. ATIVIDADE A CÉU ABERTO. EXPOSIÇÃO AO SOL E AO CALOR. (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) Res. 186/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I Ausente previsão legal, indevido o adicional de insalubridade ao trabalhador em atividade a céu aberto, por sujeição à radiação solar (art. 195 da CLT e Anexo 7 da NR 15 da Portaria Nº 3214/78 do MTE) II Tem direito ao adicional de insalubridade o trabalhador que exerce atividade exposto ao calor acima dos limites de tolerância, inclusive em ambiente externo com carga solar, nas condições previstas no Anexo 3 da NR 15 da Portaria Nº 3214/78 do MTE. 15

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI ART. 158, PARÁGRAFO ÚNICO, b,clt: constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada ao uso do equipamento de proteção individual fornecidos pela empresa. SÚMULAS TST SÚM. 139 TST: Enquanto percebido, o adicional de insalubridade integra a remuneração para todos os efeitos legais. SÚM. 80 TST: A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional. SÚM. 289 TST: O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade entre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado. 16

SÚMULAS DO TST SÚM. 47 TST: O trabalho executado, em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional. SÚM. 293 TST: A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições nocivas, considerando agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica o pedido de adicional de insalubridade. SÚM. 248, TST - A reclassificação ou a descaracterização da insalubridade, por ato da autoridade competente, repercute na satisfação do respectivo adicional, sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial ORIENTÃÇÕES JURISPRUDENCIAS OJ 165, SDI-I, TST. PERÍCIA. ENGENHEIRO OU MÉDICO. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE. VÁLIDO. ART. 195 DA CLT O art. 195 da CLT não faz qualquer distinção entre o médico e o engenheiro para efeito de caracterização e classificação da insalubridade e periculosidade, bastando para a elaboração do laudo seja o profissional devidamente qualificado. 17

ORIENTÃÇÕES JURISPRUDENCIAS OJ 278, SDI-I, TST. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. PERÍCIA. LOCAL DE TRABALHO DESATIVADO A realização de perícia é obrigatória para a verificação de insalubridade. Quando não for possível sua realização, como em caso de fechamento da empresa, poderá o julgador utilizar-se de outros meios de prova. SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO Periculosidade Inflamáveis art. 193, I, CLT Explosivos art. 193, I, CLT Energia elétrica art. 193, I, CLT Roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais segurança pessoal ou patrimonial art. 193, II, CLT (acrescentado pela Lei nº 12.740/12) Atividades de trabalhador em motocicleta (art. 193, 4º, CLT) Sub. Radioativa ou ionizante OJ nº 345, SDI-I, TST Bombeiro civil art. 6º, III, Lei nº 11.901/2009 18

SÚMULAS DO TST SÚM. 39 TST: Os empregados que operam em bombas de gasolina têm direito ao adicional de periculosidade. SÚM. 132 TST: I - O adicional de periculosidade, pago em caráter permanente integra o cálculo de indenização e de horas extras. II - Durante as horas de sobreaviso, o empregado não se encontra em condições de risco, razão pela qual é incabível a integração do adicional de periculosidade sobre as mencionadas horas. ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS OJ 324, SDI-I, TST. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA. DECRETO Nº 93.412/86, ART. 2º, 1º É assegurado o adicional de periculosidade apenas aos empregados que trabalham em sistema elétrico de potência em condições de risco, ou que o façam com equipamentos e instalações elétricas similares, que ofereçam risco equivalente, ainda que em unidade consumidora de energia elétrica. 19

ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS OJ 385, SDI-I, TST. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. DEVIDO. ARMAZENAMENTO DE LÍQUIDO INFLAMÁVEL NO PRÉDIO. CONSTRUÇÃO VERTICAL. É devido o pagamento do adicional de periculosidade ao empregado que desenvolve suas atividades em edifício (construção vertical), seja em pavimento igual ou distinto daquele onde estão instalados tanques para armazenamento de líquido inflamável, em quantidade acima do limite legal, considerando-se como área de risco toda a área interna da construção vertical. SÚMULAS DO TST SÚM. 364 TST: ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E INTERMITENTE (inserido o item II) - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016 I - Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. 20

ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS O.J. 347 SDI-1: É devido adicional de periculosidade aos empregados cabistas, instaladores e reparadores de linhas e aparelhos de empresas de telefonia, desde que, no exercício de suas funções, fiquem expostos a condições de risco equivalente ao do trabalho exercido em contato com sistema elétrico de potência. IMPORTANTE: O EMPREGADO NÃO PODE CUMULAR OS ADICIONAIS DE PERICULOSIDADE E INSALUBRIDADE. (ART 193, 2º, CLT) 21

Aplicando o conhecimento Caso concreto Semana 12 1- Se um empregado de um condomínio residencial, utilizando luvas, coloca diariamente o saco de lixo, já lacrado, na calçada, no horário predeterminado para coleta, passa a ter direito ao adicional de insalubridade? Justifique a resposta. Aplicando o conhecimento Questão objetiva 1- No que se refere ao adicional de periculosidade e ao adicional de insalubridade, assinale a opção correta. a) A eliminação da insalubridade do trabalho em uma empresa, mediante a utilização de aparelhos protetores aprovados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, não é suficiente para o cancelamento do pagamento do respectivo adicional. b) As horas em que o empregado permanecer em sobreaviso também geram a integração do adicional de periculosidade para o cálculo da jornada extraordinária. c) Frentistas que operam bombas de gasolina não fazem jus ao adicional de periculosidade, visto que não têm contato direto com o combustível. d) O caráter intermitente do trabalho executado em condições insalubres não afasta o direito de recebimento do respectivo adicional. 22

Próxima aula: AULA 13 a 16: O Direito Coletivo do Trabalho "A única coisa que se coloca entre um homem e o que ele quer na vida é normalmente a vontade de tentar e a fé para acreditar que aquilo é possível. (Richard M. Devos) Maria Inês Gerardo A Persistência da Memória 1931 Salvador Dalí 23