TÍTULO: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES PORTADORES DE PICC CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: ENFERMAGEM INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS AUTOR(ES): FELIPE LEAL MARQUES, ALEXANDRA GOMES ORIENTADOR(ES): ROSE FUGITA
1. RESUMO Este estudo tem como objetivo descrever a assistência de enfermagem a pacientes portadores de PICC. Metodologia foi a pesquisa bibliográfica, utilizando artigos e teses publicadas entre 1999 a 2011.Os resultados encontrados foram descritos segundo as categorias:prevenção de infecção, manutenção do cateter,prevenção de trombose venosa profunda(tvp). 2. INTRODUÇÃO O PICC é um cateter vascular de inserção periférica que, através de um dispositivo agulhado, funciona como guia para introdução até uma veia central (veia cava superior). É considerado como um dispositivo de acesso vascular seguro, por permitir a administração de fluidos e medicamentos que não podem ser infundidos em veias periféricas, diretamente na circulação central (LOURENÇO; OHARA, 2010). A cateterização venosa periférica com localização central esta sendo utilizada com maior frequência na atualidade e cotidiano do enfermeiro. Estes merecem atenção especial por parte da enfermagem, pois o manuseio incorreto pode levar a complicações como: infecções, extravasamento da infusão, flebite, trombose, sepse, deslocamento prematuro, embolia, oclusão e ruptura (LOURENÇO; KAKEHASHI, 2003; JESUS; SECOLI, 2007). Para uma melhor eficiência na manutenção do cateter é requerida a capacitação e educação dos profissionais de enfermagem para qualificar a assistência e minimizar as ocorrências que comprometam sua permanência. Desta forma, este estudo objetiva trazer aos enfermeiros uma atualização nesta área da assistência, fornecendo ferramentas que os capacitem a cuidar de pacientes submetidos à inserção de PICC de forma segura e competente. 3.OBJETIVO Descrever a assistência de enfermagem ao paciente com cateter central de inserção periférica (PICC). 4.METODOLOGIA Para elaboração deste trabalho foi realizado uma pesquisa bibliográfica.co contemplando-se as publicações de artigos científicos disponível nas bases de dados virtuais, como Scielo, Dedalus, Lilacs, PeriEnf e BdEnf. O período de levantamento bibliográfico foide 12 anos (1999a2011) Consideradas as palavras-chave: cateterismo periférico, cateterismo venoso central, infusões periféricas, assistência de enfermagem, cuidados. 1
5.DESENVOLVIMENTO As indicações relacionadas à terapia com o cateter de PICC são: terapia intravenosa por mais de seis dias; antibioticoterapia/quimioterapia; nutrição parenteral total; terapias hiperosmolares ou com ph não fisiológico; mensuração da pressão venosa central; terapia analgésica; fármacos vasoativos, vesicantes ou irritantes (VENDRAMIN, 2007). O uso do cateter de PICC vem aumentando pois mantêm preservados os demais acessos venosos, têm menor risco de infecção em relação a outros dispositivos vasculares centrais, causam menos desconforto e dor, diminuição do estresse do Paciente e da equipe de enfermagem por punções repetitivas. Para manutenção e manipulação desse cateter, são necessários conhecimento e competência técnico-científica por parte dos profissionais de enfermagem (WONG, 1999). 6. RESULTADOS PRELIMINARES 6.I - PREVENÇÃO DE INFECÇÃO Vendramim (2007) descreve que há necessidade da utilização de um curativo que promova barreira máxima no local da inserção do PICC.Recomenda-se o uso de uma película transparente e usar técnica estéril. (PHILLIPS,2001;TAMES, 2002) Troca das torneiras deve ser máximo em 48 horas, realizar higienização com álcool a 70% Lavagem das mãos (RODRIGUES;CHAVES;CARDOSO;2006) 6.2 - MANUTENÇÃO DO CATETER A lavagem do cateter deve ser realizada com seringa maior que 10 ml devido ao risco de ruptura do cateter se utilizado seringa de calibre menor, relacionado ao aumento da pressão GORSKI,2004 Realizar a lavagem do PICC com agua destilada antes e após as medicações; Realizar radiografia após inserção do PICC para localizar a ponta do cateter (RODRIGUES; CHAVE; CARDOSO, 2006). 6.3 PREVENÇÃO DE TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP) E EMBOLIA PULMONAR (EP) A profilaxia medicamentosa é a mais efetiva na prevenção TVP. Todo paciente portador clinico ou submetido a tratamento cirúrgico que vai permanecer acamado por período mais que 24 horas deve ser submetido a profilaxia com Heparina nao fracionada ou de baixo peso molecular (GARCIA, et al.,2005). Indica-se a lavagem rotineira do cateter com solução fisiológica a 0,9% administrada em flushing, solução anticoagulante ou agente fibrinolíticos com baixas doses de heparina ou varfarina para prevenir a formação do coagulo em paciente oncológicos (VENDRAMIN, 2005). Para evitar essa complicação nao se deve utilizar força ao lavar o cateter ou ao retira-lo; em caso de suspeita de 2
embolia por cateter deve se encaminhar o paciente á radiografia para observar a posição do êmbolo (TOMA, 2004). No cotidiano, deve-se avaliar diariamente o membro em que foi inserido o PICC,observar a presença de edema, dor no tórax, ouvido ou mandíbula e mediar a circunferência do membro (GEORSKI et al.,2004) 7 FONTES CONSULTADAS Baggio MA; Bazzi FCS; Bilibio CAC. Cateter central de inserção periférica: descrição da utilização em UTI Neonatal e Pediátrica. Rev Gaúcha Enferm, v.31, n.1, p. 70-6, 2010. Camargo PP, Kimura AF, Toma E, Tsunechiro MA. Localização inicial da ponta do cateter central de inserção periférica (PICC) em recém-nascidos. Rev Esc Enferm USP, v 42, n.4, p.723-8, 2008 Gorski,2004 descreve a importância do uso de seringa maior que 10 ml para lavagem do cateter, devido à ruptura do cateter pela pressão exercida por seringa menor que 10 ml. Lourenço, S. A.; Kakehashi, T.Y. Avaliação da implantação do cateter venoso central de inserção periférica em neonatologia. Acta Paulista de Enfermagem, São Paulo, v. 16, n.2, p. 26-32, 2003. Lourenço AS, Ohara CVS. Conhecimento dos enfermeiros sobre a técnica de inserção do cateter central de inserção periférica em recém-nascidos. Rev. Latino-Am. Enfermagem, v.18, n.2, 2010 Jesus VC; Secoli SR. Complicações acerca do cateter venoso central de inserção periférica (PICC). Ciênc. Cuid. Saúde, v.6,n.2,p. 252-60, 2007. PHILLIPS, LD. Manual de terapia intravenosa. Artmed. São Paulo, cap. 9, p. 236-68, 2001. Rodrigues ZS, Chaves EMD, Cardoso MVLML. Atuação do enfermeiro no cuidado com o cateter central de inserção periférica no recém-nascido. Rev. Bras. Enferm, v. 59, n.5, p. 626-29, 2006 Secoli SR, Kishi HM, Carrara D. Inserção e manutenção do PICC: aspectos da prática clínica de enfermagem em oncologia. Prática Hospitalar (São Paulo), v. 47, n.7, p. 155-62, 200 Toma, E. Avaliação do uso do PICC - cateter central de inserção periférica em recém-nascidos [Tese de Doutorado]. São Paulo: Escola de Enfermagem da Universidade de SãoPaulo; 2004 VENDRAMIM, P; PEDREIRA, M.L.G.; PETERLINI, M.A.S. Cateteres centrais de inserção periférica em crianças de hospitais do município de São Paulo. Rev. Gaúcha Enferm, v. 28, n.3, p. 331-9, 2007. 3
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