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P.: 01/17 1. OBJETIVO Padronizar condutas e técnicas para atendimento de doadores que apresentem reações adversas à doação de sangue. 2. APLICAÇÃO No atendimento ao doador de sangue que apresentar reação adversa durante ou após a doação. 3. RESPONSABILIDADES Médico; Enfermeiro; Técnico de Enfermagem; Auxiliar de Enfermagem; Outro profissional treinado. *2 4. CONDIÇÕES GERAIS 4.1 O setor deve estar equipado com todo material necessário para o atendimento do doador que apresentar reação adversa à doação. Este material está descrito nos anexos III (utilizado para o Hemocentro sede) e anexo IV (utilizado para as Unidades de Hemoterapia, Posto de Coleta e setores de coleta dos Núcleos de Hemoterapia). Uma caixa com o material descrito do anexo IV deve fazer parte dos materiais levados nas Coletas Externas. Os anexos III ou IV devem ser utilizados para conferência mensal do material de urgência dos respectivos setores. *6 Todos os medicamentos controlados (Psicotrópicos) deverão ser mantidos trancados. *8 4.2 Todos os profissionais envolvidos devem conhecer e estar aptos para manusear os equipamentos e materiais de urgência do setor. 4.3 Os dados referentes aos medicamentos utilizados, bem como os dados respectivos usuários deverão ser registrados no livro: Controle de Medicamentos. * 4 4.4 Todos os profissionais que atendem o doador durante a coleta de sangue devem estar habilitados para reconhecer os sintomas de reações adversas e prestar atendimento ao doador até a sua completa recuperação. 4.5 A equipe de enfermagem deve prestar o atendimento inicial ao doador que apresentar reação e se não houver melhora rápida deve ser solicitada avaliação do médico do serviço. 4.6 Devem ser evitados aglomeração e tumulto durante o atendimento das reações adversas.

P.: 02/17 4.7 O doador jamais deve ser deixado só e nunca deve ser liberado até que esteja completamente restabelecido. 4.8 As reações adversas devem ser registradas no SBS, por meio da ATV 2744. *3 *7 *12 Registrar o número da triagem clinica e automaticamente aparecerão os dados da doação: PF do doador; data da doação e tipo de doação (Fracionada ou Aférese). Em seguida marcar o tipo de reação: Sistemica; Local ou Exclusivas do Procedimento de Aférese. Com o auxilio do F10, registrar qual reação o doador apresentou de acordo com a opção marcada anteriormente (Sistemica; Local ou Exclusivas do Procedimento de Aférese) o sistema apresentará um menu das reações. E por último marcar a gravidade da doação de acordo com a tabela apresentada neste PO, quadro 1. Caso a pessoa erre o registro da reação, terá que ir até a ATV 2758 excluir a reação e então registra-la novamente. Importante lembrar que as reações serão registradas na tela de Inclusão de Histórico de Pessoa Física (ATV 00406). Na tela de registro da coleta continuaremos registrando a classificação da reação em: Leve, Moderada ou Grave. 4.9 Orientações devem ser reforçadas para que o doador notifique o serviço caso venha apresentar outros sintomas após ter sido liberado. 4.10 As notificações de reações adversas na doação/ Acidentes de Coleta preenchidas em cada expediente de coleta deverão ser entregues ao setor de captação de doadores com objetivo de possibilitar um contato posterior para informações sobre a situação clínica do doador e registro deste contato. Esta entrega deverá ocorrer no inicio do primeiro dia útil posterior à mesma, ficando com o enfermeiro a responsabilidade desta tarefa. *7 *11 4.10.1 Antes da entrega destes documentos ao setor de captação de doadores os mesmos deverão ser conferidos com os dados do relatório obtido através da ATV 00685. O funcionário do setor de captação de doadores deverá acusar o recebimento das notificações assinando este relatório o qual ficará arquivado na gerência de enfermagem até a confecção do índice de reação adversa a doação (IRAD) do respectivo mês podendo ser descartado em seguida. *7 4.11 As reações adversas podem ter causas e sintomas diversos sendo necessárias condutas específicas para cada situação. Estas condutas estão descritas no Anexo I. *3 4.12 Normas de Biossegurança devem ser observadas durante a realização dos procedimentos de acordo com o manual vigente. 4.13 Em caso de situações gravíssimas quando houver necessidade de encaminhamento do doador para hospitalização deverá ser acionado o Serviço Médico de Emergência pelo telefone 192. 4.14 O médico que atender a reação fatal à doação deverá fazer contato o mais rápido possível, por telefone ou fax, com a Vigilância Sanitária Estadual e com o diretor médico responsável (Gerente Médico /Diretor de Núcleo/Responsável por Unidade), que por sua vez, deverá elaborar um relatório a ser enviado à Vigilância Sanitária Estadual no prazo máximo de 07 dias com cópia para a Coordenadora Médica da instituição. *1 *7

P.: 03/17 5. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES Reações Adversas na Doação de Sangue: Diagnóstico e Tratamento. (Anexo I) PODM 08 Reações Adversas no Doador de Sangue e Aférese. *7 POAF 010 Reações Adversas em Aféreses. *7 6. REGISTRO DA QUALIDADE Sistema SBS Registro de Coleta - ATV 00228. Histórico de Pessoa Física ATV 00406. *1 FH 2.18 Ficha de Doação de Sangue para Coletas não Informatizadas. (Anexo do POEC 002) *13 Livro: Controle de Medicamentos. (Anexo V) *4 *8 Listagem de Medicamentos e Materiais do Carrinho de Urgência (Anexo III ou IV de acordo com a localidade). *6 Notificação de Reação Adversa na Doação / Acidente de coleta. (Anexo II) *1 *7 Aprovação Gerente de Enfermagem *4 Data / / Diretor Responsável Data / / Implementação Gestão da Qualidade Data / /

P.: 04/17 ANEXO I INTRODUÇÃO REAÇÕES ADVERSAS NA DOAÇÃO DE SANGUE: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO A maioria dos doadores tolera muito bem a sangria, mas ocasionalmente reações adversas podem ocorrer. Os profissionais que trabalham no setor de coleta devem estar preparados para reconhecer e tratar adequadamente a maioria destas reações. Todos os profissionais devem conhecer e estar treinados nos procedimentos de ressuscitação cardio-pulmonar (RCP). As reações podem ser resultado de influência psicológica, tais como a visão do sangue, excitação, medo, apreensão etc. Podem também constituir uma resposta neurofisiológica à doação. Doadores ansiosos ou excitados apresentam um padrão respiratório caracterizado por inspirações profundas e em alta freqüência (hiperventilação) que quando mantido por um certo período pode ocasionar queda nos níveis de CO2 (gás carbônico) e conseqüentemente alcalose e tetania caracterizada por contrações musculares involuntárias e espasmos. Durante a doação os profissionais que atendem o doador devem estar atentos para que não ocorra a hiperventilação. Deve-se procurar conversar com o doador para acalmá-lo e interromper o padrão respiratório. As reações vasovagais são caracterizadas por sinais e sintomas que incluem, dentre outros, os a seguir: palidez, sudorese, tremores, calafrios, sensação de tontura, de mal-estar, de náusea, vômitos, cefaleia, escurecimento da visão, perda da consciência, convulsões e perda do controle esfinctérico com consequente micção e defecação involuntários. A pele se torna fria e a pressão arterial cai a níveis sistólicos inferiores a 50 mm Hg tornando-se às vezes inaudíveis à ausculta. A taxa de pulsação sempre diminui significativamente sendo muito útil na distinção entre a síncope (a taxa de pulsação cai) e o choque hipovolêmico (a taxa de pulsação se eleva). *7 *1 *7 *12 O Guia para a Hemovigilância no Brasil classifica as reações como: *12 *12

P.: 05/17 *7 *10 *11*12 *12 Classificação das reações quanto ao tipo de doação: *12 1. Reações Locais: a) Caracterizadas essencialmente por extravasamento sanguíneo: I. Hematoma II. Punção Arterial III. Sangramento pós doação b) Caracterizadas essencialmente por dor: I. Irritação do nervo II. Lesão do nervo III. Lesão do tendão IV. Braço doloroso c) Outros tipos de reações com sintomas locais I. Tromboflebite II. Alergia 2. Reações Sistêmicas a) Reação vasovagal b) Hipovolemia c) Fadiga

P.: 06/17 OBS 1.: Em situações que necessitarem de atendimento médico, a classificação da reação adversa será definida pelo mesmo de acordo com os critérios acima. *5 *12 Sempre que o médico atender um doador entregue a ele a ficha Notificação de reação adversa/acidente de coleta para que relate o atendimento e prescreva medicamentos. *10 *11 *7 *12 ORIENTAÇÕES GERAIS E PRINCIPAIS CONDUTAS *7 Diante de sintomas de reações adversas ou acidente de punção, as seguintes orientações devem ser observadas: *7 a) Ao primeiro sinal de reação adversa, interrompa a doação (se possível, colha amostras para exames antes de retirar a punção venosa). b) Nas reações vasovagais: *7 1. Coloque o doador em decúbito dorsal e eleve os seus membros inferiores ao nível superior ao de sua cabeça. Se possível, coloque-o em posição de Trendelemburg. *7 2. Afrouxe as roupas do doador se estiverem apertadas. *7 3. Certifique-se de que as vias aéreas do doador estejam permeáveis e que ele respira com facilidade. 4. Monitorize a pressão arterial e pulso periodicamente até que o doador se recupere. *7 5. Nos casos de reação vasovagal moderada ou grave, afira e anote os dados vitais no impresso Notificação de reação adversa à doação / Acidente de coleta. *7 c) Converse com o doador a medida que o tratamento está sendo administrado, a fim de reduzir a tensão/ansiedade. Estas podem ser as principais causas da reação. d) Se necessário, remova o doador para a sala de recuperação com a finalidade de atender a intercorrência com privacidade. e) Chame o médico do serviço se as medidas iniciais não resultarem em rápida recuperação. f) Se necessário, aproxime do doador todos os materiais para atendimento de urgências. OBS.: Alguns doadores com hipotensão prolongada podem necessitar de infusão de S.F. 0,9% por indicação médica. As seguintes condutas devem ser seguidas diante de situações específicas: *7 A) NÁUSEA E VÔMITOS *7 a) Coloque o doador na posição mais confortável possível. b) Oriente o doador para que respire devagar e profundamente. c) Vire a cabeça do doador para o lado. d) Providencie um recipiente para recolher o vômito e tenha toalhas limpas para oferecer ao doador. Caso esteja inconsciente certifique-se de que a sua cabeça esteja virada para o lado para evitar o perigo de aspiração. e) Ofereça água para que o doador possa lavar a boca.

P.: 07/17 B) CONTRAÇÕES E ESPASMOS MUSCULARES Doadores muito nervosos podem hiperventilar causando tremores ou espasmos tetânicos de mão (rigidez ou dormência nos dedos, espasmos dos dedos e do polegar assumindo posição anômala) e face (dormência de lábios e repuxamento da boca). a) Permaneça calmo, procurando não alarmar os outros doadores. b) Distraia a atenção do doador, iniciando uma conversa para interromper o padrão de hiperventilação c) Permaneça todo o tempo ao lado do doador, contudo, o auxilio deve ser providenciado, já que a reação pode progredir para um estado mais grave (convulsões). C) CONVULSÕES Convulsões verdadeiras são raras. a) Providencie auxílio imediatamente e permaneça ao lado do doador. b) Proteja delicadamente o doador para evitar que ele se machuque. c) Estabeleça uma via aérea adequada. d) Providencie medicações se prescritas pelo médico. e) Mantenha o doador em observação até a sua recuperação plena e liberação pelo médico. D) PROBLEMAS CARDÍACOS E/OU RESPIRATÓRIOS Se o doador desenvolver dificuldade respiratória ou parecer estar tendo problemas cardíacos, solicite assistência médica imediatamente e chame o SME (serviço médico de emergência). Se o doador apresentar uma parada cardio-respiratória, inicie as medidas de ressuscitação cardio-pulmonar até que chegue o auxílio médico. Passos Básicos da RCP (Ressuscitação Cardio-pulmonar) a) Posicione-se ao lado da vítima. b) Posicione a vítima em decúbito dorsal em superfície rígida. c) Verifique se há responsividade, se não houver: *9 d) Inicie RCP na sequencia C-B-A, segundo Guideline da American Heart Association de 2010. *9 e) Exponha o tórax da vítima. *9 f) Inicie imediatamente 30 compressões torácicas. *9 g) Após ter completado as 30 compressões torácicas, abra a via aérea do paciente e aplique duas respirações; um socorrista faz as compressões torácicas e o outro as ventilações. *9 h) Continue o ciclo da seguinte forma até a colocação da via aérea avançada: 30:2. *9

P.: 08/17 i) As ventilações com via aérea avançada devem ser executadas da seguinte forma: 1 ventilação a cada 6 a 8 segundos (8 a 10 ventilações por minuto) são assíncronas com compressões torácicas e levam cerca de 1 segundo por ventilação. *9 j) Se houver o DEA na unidade, coloque e use assim que disponível. *9 k) Tente minimizar as interrupções nas compressões torácicas antes e após a aplicação do choque para que não percamos tempo e possíveis avanços; *9 l) Reiniciar RCP começando com compressões torácicas imediatamente após cada choque. *9 m) Se a vítima não se recuperar continue a RCP até que o Serviço Médico de Emergência (SME) chegue e assuma o atendimento. n) Se a vítima se recuperar coloque-a em posição de recuperação e mantenha-a sob rigorosa observação até a chegada do SME. E) HEMATOMA/PUNÇÃO ARTERIAL *7 a) Remova o torniquete e a agulha do braço do doador. b) Pressione o local da punção com gaze estéril por sete a dez minutos elevando o braço do doador acima do nível do coração. c) Aplique gelo no local por cinco minutos, se achar necessário. d) Se suspeitar de punção arterial, retire a agulha imediatamente e aplique firme pressão por dez minutos. Cheque para conferir a normalidade do pulso radial. Se o pulso não estiver palpável ou estiver fraco (comparando com o contralateral), é um claro sinal de acidente de punção. Chame o médico quando suspeitar de punção arterial. e) Instrua o doador que irá desenvolver no local da punção uma área azul escura que evoluirá lentamente (aproximadamente 21 dias) passando pelo violeta, vermelho acastanhado e amarelo. *7 f) Oriente o doador a retornar ao Hemocentro para avaliação. F) LESÃO DE NERVOS (Injúria nervosa) *7 A injúria nervosa nada mais é do que a lesão do nervo periférico pela agulha de punção. Isto ocorre devido a íntima relação anatômica entre a veia e o nervo que pode ser atingido pela agulha no momento da punção. Até 1% dos doadores podem apresentar algum grau de dormência e parestesia após a doação. *7 O doador refere sintomas de alterações sensoriais no território do nervo (antebraço, punho, mãos, braço e ombro) de diferentes intensidades, sendo as mais freqüentes a dormência e parestesias que podem estar ou não associadas a uma dor que irradia e a um hematoma. *7 Em casos muito raros, o doador desenvolve uma alteração sensorial permanente ou uma dor regional complexa (causalgia ou síndrome dolorosa regional complexa tipo 2), que manifesta-se como uma dor lancinante, espontânea e reentrante, com sensação de uma descarga nervosa ou choque elétrico que passa rapidamente pelo local acometido. Inicia-se imediatamente (92%) ou até 18 horas (8%) após a punção. *7 Em todos os casos, solicitar avaliação do médico do serviço. *7

P.: 09/17 OBS.: Os procedimentos relacionados ao atendimento de reações adversas em aféreses estão descritos no POAF 010 Reações Adversas em Aféreses. H) SINTOMAS TARDIOS *1 Alguns doadores podem apresentar queixas horas depois de deixarem o Serviço de Hemoterapia onde realizou a doação ou até nos dias seguintes, como por exemplo, uma sensação de cansaço extremo, (fadiga) que pode inclusive interferir na capacidade laboral. *7 Estes doadores devem ser encaminhados para avaliação médica da qual dependerá a conduta a ser tomada. Toda ocorrência deste tipo deve ser registrada no SBS através das ATVs 00406 - Inclusão de Histórico de Pessoa Física e 00598 - Alteração de Reação de Doador, utilizando-se o número de pessoa física do doador e o número da triagem correspondente à última doação, respectivamente. *1

P.: 10/17 ANEXO II *1 *2 *6 *7 *9 *10 *12

P.: 11/17 ANEXO II (continuação) *1 *2 *6 *7 *9 *10 *12

P.: 12/17 ANEXO III *6 *9 *11

P.: 13/17 ANEXO III (continuação) *6 *9 *11

P.: 14/17 ANEXO III (continuação) *6 *9 *11

P.: 15/17 ANEXO IV *6 *9 *11

P.: 16/17 ANEXO IV (continuação) *6 *9 *11

P.: 17/17 ANEXO V *8